quarta-feira, 10 de abril de 2019

Professores da Uneb decidem pela continuidade da greve; Uesc adere


foto:Aduneb/reprodução/facebook
Os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) decidiram, em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (10), pela continuidade da greve. Segundo a Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), os docentes demonstraram indignação com as posturas do governo que, de acordo com ele, "vem tentando confundir informações e colocar a opinião pública contra os professores". 
Durante a assembleia, a coordenadora da Aduneb, Ronalda Barreto, fez o repasse de uma reunião ocorrida, nesta manhã, entre as representações docentes, deputados da Assembleia Legislativa e representante da Secretaria de Relações Institucionais. Embora não tenham apresentado nenhuma proposta concreta, os políticos acenaram com a possibilidade de serem os mediadores entre o movimento grevista e o governo. Os docentes ainda decidiram intensificar as estratégias de mobilização e protesto
Entre os fatos que aumentaram a indignação dos professores está a decisão do governador da “liberação imediata” de R$ 36 milhões para ser repartido entre as quatro instituições de ensino. Mas, segundo a Aduneb, o orçamento não significa um acréscimo, mas uma antecipação de um recurso que já pertencia à Uneb e está previsto no atual orçamento. 
Os professores refutaram também a afirmação do governo de que houve um crescimento da folha de pagamento dos servidores em 19,35% nos últimos quatro anos reafirmam. Segundo eles, o último aumento real, ou seja, acima da inflação, ocorreu apenas em 2013. 
Professores da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), situada entre Ilhéus e Itabuna, no sul da Bahia, anunciaram nesta quarta-feira (10) que vão aderir à greve da categoria, já iniciada por outras universidades estaduais, como Uefs, Uesb e Uneb.
Na Uesc, a greve começa nesta segunda-feira (15), para que seja respeitado o prazo de 72h de aviso à reitoria da universidade de que as atividades serão paralisadas pelos professores. A greve é por tempo indeterminado.
Somadas, as quatro universidades possuem mais de 50 mil alunos, a maioria dos quais, segundo informações de integrantes dos Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs), estão em apoio ao movimento dos professores. Eles também fazem reivindicações.
A última greve da categoria havia ocorrido em 2015, quando as universidades ficaram paradas por quase três meses. As reivindicações, segundo os docentes, eram basicamente as mesmas de hoje, e a maior parte delas não foram atendidas.
fonte:BNews e Correio da Bahia c/adaptações

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