terça-feira, 9 de abril de 2019

‘Ele me botou aqui e deveria ser ministro’, diz Bolsonaro sobre filho Carlos


Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, durante visita ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília (DF) (Sergio Lima/AFP)
O presidente Jair Bolsonaro declarou nesta segunda-feira, 8, que seu filho Carlos Bolsonaro e o trabalho dele nas redes sociais foram os responsáveis por sua eleição ao Palácio do Planalto. A afirmação do presidente, que é criticado pela influência recebida dos filhos, sobretudo de Carlos, foi feita em uma entrevista à rádio Jovem Pan, quando questionado sobre o polêmico vídeo que publicou no Twitter que mostrava um rapaz urinando sobre a cabeça de outro em um bloco de Carnaval.
Embora tuítes do “Zero Dois”, como Carlos é chamado pelo pai, já tenham levado à demissão de um ministro – Gustavo Bebianno, ex-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República –, Jair Bolsonaro disse que o filho nunca “atrapalhou em nada”. Para o presidente, o vereador carioca pelo PSC deveria ocupar um ministério em seu governo, mas resiste à ideia.
“O Twitter, Facebook, Instagram não me tomam mais de 30 minutos por dia. Quem realmente me ajuda nessa coordenação é o Carlos Bolsonaro, por isso muita gente quer afastá-lo de mim. ‘Ah, o pit bull tá atrapalhando.’ Atrapalhando o quê? No meu entender, não atrapalhou em nada. Eu acho até que ele deveria ter cargo de ministro, ele me botou aqui, foi realmente a mídia dele que me botou aqui. Ele não tá pleiteando um cargo de ministro, poderia botá-lo, mas não está pleiteando isso aqui.”
Responsável pelas redes sociais e pela estratégia da campanha de Bolsonaro em 2018, Carlos Bolsonaro é o filho mais próximo do presidente e atuou em Brasília no período da transição de governo. Seu nome passou a ser cogitado para a Secretaria Especial de Comunicação, com status de ministério, após declarações de Gustavo Bebianno, mas o próprio Carlos deu declarações públicas de que não ocuparia cargo na gestão do pai. O vereador interpretou o movimento de Bebianno como uma tentativa de “queimar” sua indicação.
“Já falei que não aceitarei Ministério ou Secretaria com status de, mesmo que tal situação seja permitida por lei. Repito novamente e novamente… Sigo meu trabalho sem problema algum no Rio. O resto das especulações é desconhecimento ou mau caratismo mesmo. Fim da história!”, escreveu no Facebook em novembro de 2018.
fonte:Veja.com 09/04/19 -14:00hs

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