terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Ex-presidentes Dilma e FHC reagem a fala de Bolsonaro sobre tortura

                                 foto:reprodução

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) rebateu as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre ter sido torturada no período em que foi presa pelo Regime Militar. Na manhã desta segunda-feira (28), o político sem partido cobrou uma radiografia da petista para provar uma fratura na mandíbula.

Em resposta, Dilma afirmou em nota que Bolsonaro se revela “exatamente como é” a cada manifestação pública. A ex-presidente se refere a um comportamento que desconhece a empatia pelo outro ser humano, que desrespeita a vida e defende a tortura.

A insensibilidade do presidente, segundo Dilma, persiste até mesmo diante dos quase 200 mil mortos que não resistiram às complicações da Covid-19.

“A visão de mundo fascista está evidente na celebração da violência, na defesa da ditadura militar e da destruição dos que a ela se opuseram. É triste, mas o ocupante do Palácio do Planalto se comporta como um fascista. E, no poder, tem agido exatamente como um fascista”, disse Dilma.

A ex-presidente disse ainda que Bolsonaro mostra a “índole própria de um torturador” na medida que debocha gargalha com escárnio de quem foi torturado enquanto esteve sob custódia do Estado. Na avaliação de Dilma Rousseff, a postura do presidente insulta não só ela, como também outras milhares de vítimas da Ditadura Militar.

“Um sociopata,que não se sensibiliza diante da dor de outros seres humanos, não merece a confiança do povo brasileiro”, finalizou.

FHC, 'inaceitável'

No Twitter, o tucano afirmou que “brincar com tortura é inaceitável”, independentemente do lado político das vítimas. Para ele, as declarações de Bolsonaro “passam dos limites”.

“Minha solidariedade a ex Pr Dilma Rousseff. Brincar com a tortura dela — ou de qualquer pessoa — é inaceitável. Concorde-de ou não com as atitudes políticas das vítimas. Passa dos limites”, escreveu FHC.

Minha solidariedade a ex Pr Dilma Rousseff. Brincar com a tortura dela — ou de qualquer pessoa — é inaceitável. Concorde-de ou não com as atitudes políticas das vítimas. Passa dos limites.

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