Entre julho de 2020 e março deste ano, o número de leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 financiados pelo Ministério da Saúde caiu 71%. Durante o pico da pandemia, no ano passado, o governo federal mantinha 11.565 leitos habilitados, enquanto agora, no pico da segunda onda da pandemia, mantém 3.372 leitos.
Os números foram obtidos pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), a partir de portarias publicadas no Diário Oficial da União (DOU).
O G1 analisa que essa queda foi progressiva. Por exemplo, em dezembro, o Ministério da Saúde financiava o custo de 60% dos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS). Em janeiro, passou para 30% e, em fevereiro, apenas 15%. Com isso, o presidente do Conass, secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, avaliou que o orçamento da pasta para 2021 não levou em conta a pandemia.
À publicação, ele disse que os estados têm aumentado a quantidade de leitos por conta própria. "Mas é falso dizer que os estados estão confortáveis para fazer essa expansão de novo. É preciso um novo orçamento de guerra pra saúde", defende Lula.
De acordo com ele, nos próximos meses, o ministério deve financiar cerca de 7 mil leitos de UTI. Eles se referem a uma portaria publicada na última terça-feira (2), que prevê repasses retroativos à manutenção de leitos de UTI referentes aos meses de janeiro e fevereiro.
fonte:BN -09/03/2021 09h:45min.
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