O cenário atual é de guerra e vai piorar se medidas mais restritivas não forem adotadas, segundo o CEO do Hospital Sírio-Libanês, Paulo Chapchap. O médico relatou, em evento do banco Itaú, que a unidade paulista tem internadas no momento 235 pessoas, 80 a mais do que no pico da Covid-19 no ano passado, e já suspendeu transferências e internações. As informações são de Vera Magalhães, de O Globo.
“Sabemos como lidar, mas não fazemos”, desabafou Chapchap. “Portugal teve um pico de 18 mil pacientes infectados por dia, o que é muito pior do que o Brasil ajustado pela população. Mas tomou as medidas e conteve a pandemia. Medidas muito duras por seis semanas.” O médico, porém, não recomenda um lockdown, fechando tudo. “Eu fecharia bares e restaurantes e proibiria eventos sociais. Faria essas medidas por duas ou três semanas, disse.
O uso da máscaras seria obrigatório.”Eu preconizava deixar escola aberta, mas com uso de máscara.Mas agora tem que fechar, a situação é crítica”, concluiu.
O CEO acrescentou que a variante P1, encontrada em Manaus-AM, já é predominante no país. Paulo Chapchap ponderou que a forma como se enfrentou a nova cepa influenciou na sua proliferação. “Quanto transferimos pessoas de Manaus pelo Brasil quando ela apareceu, não contivemos no Amazonas. As pessoas viajaram em avião de carreira para ter assistência em outros lugares.”
Ainda na conversa com os clientes do banco, o médico reforçou que a Covid-19 deixa sequelas em todo o organismo, apesar de o impacto no pulmão ser maior. “Coágulos podem gerar isquemia. A doença é grave”, alertou. Sobre o uso de remédios sem eficácia comprovada, o CEO informou que pacientes que atende tiveram que fazer transplantes de rins em função da ivermectina.”
fonte:Bahia.Ba - 11/03/2021
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