Lorenza de Pinho morreu no dia 2 de abril — Foto: Reprodução/Facebook
O Ministério Público de Minas Gerais denunciou nesta sexta-feira (30) o promotor André Luís Garcia de Pinho pelo feminicídio triplamente qualificado
da mulher, Lorenza Maria Silva de Pinho, de 41 anos. As informações são do UOL.
O laudo técnico sobre a morte de Lorenza Maria Silva Pinho, de 41 anos, aponta que ela teve lesões provocadas por estrangulamento, incompatíveis com a versão de André Pinho de que ela teria engasgado.
Lorenza morreu em 2 de abril, no apartamento do casal no bairro Buritis, em Belo Horizonte. O corpo chegou a ser levado a uma funerária, porém um delegado pediu que ele fosse retornado ao IML. De acordo com o UOL, a promotoria suspeita que houve fraudes na primeira necropsia.
O MPMG disse que o crime foi praticado por motivação torpe, meio cruel e sem chance de defesa da vítima, o que configura homicídio com qualificadoras. Por conta das características e do contexto do crime, o caso foi enquadrado como feminicídio, o que pode agravar ainda mais uma possível pena.
Ao UOL, o advogado de defesa de André Pinho, Robson Lucas, enviou uma nota dizendo que as marcas no corpo de Lorenza foram causadas na tentativa de reanimá-la. A defesa contratou uma perícia particular para rebater o laudo do IML.
“Concluiu-se morte por intoxicação por remédios e álcool. As compressões torácicas e as duas tentativas de intubação naturalmente deixaram marcas, que são absolutamente compatíveis com os dois achados ‘infiltrados hemáticos’ na região torácica e região cervical”, disse.
Ele também argumenta que foram constatadas incoerências entre o relato dos achados no corpo da periciada e a conclusão apresentada pelos peritos oficiais. “Observou-se que intoxicação exógena não é causa direta de asfixia, mas de possível parada respiratória”, disse o advogado.
A promotoria reafirmou a credibilidade dos laudo do IML e desqualificou a tentativa de laudo particular. Os promotores disseram que Lorenza já chegou morta ao hospital e que, mesmo com reanimação e intubação, os métodos não seriam suficientes para deixar tais marcas. Além disso, também refutaram que as quantidades de álcool e remédio tenham sido propulsores fatais. Informações da ISTOÉ em 01/05/2021.
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