sexta-feira, 30 de abril de 2021

Alagoas: Fenômeno geológico causado por mineração afunda bairros em Maceió

Foto: Reprodução/Twitter

Foto: Reprodução/Twitter


Um fenômeno geológico causado por ações de exploração de sal-gema pela empresa petroquímica Brasken, na cidade de Maceió-AL, tem causado o afundamento do solo, engolido ruas e derrubado paredes de casas, além de provocar a realocação de moradores desde 2018.

A empresa explora o minério sal-gema nos arredores da cidade por décadas, e o afundamento é consequência de problemas na selagem dos poços explorados. De acordo com o portal Metrópoles, mais de 17 mil pessoas que viviam no bairro Pinheiro já foram realocadas, mas o chão segue cedendo em vizinhanças próximas.

Ainda segundo a publicação, nesta quinta-feira (29), moradores do bairro de Bebedouro fecharam um importante cruzamento em forma de protesto para exigir que quem vive na localidade também seja incluído no Programa de Compensação bancado pela Braskem, que concordou, em 2020, pagar R$ 2,7 bilhões para trocar os atingidos de endereço e sanar os problemas geológicos.

A remoção transformou o Pinheiro em um bairro fantasma; agora moradores dos bairros vizinhos de Mutange e Bom Parto, além de Bebedouro, também estão vendo o fenômeno abalar seus terrenos.

Em março de 2020, o Centro Sportivo Alagoano, o CSA, uma das equipes de futebol da capital, teve que deixar seu Centro de Treinamento no bairro Mutange após 97 anos, devido ao afundamento do solo. O CSA realizou acordo com a Braskem, que pagaria uma indenização ao clube, para deixar o local.

Em nota ao Metrópoles, a Brasken informou que “tem mantido diálogo permanente com as autoridades públicas, na busca das melhores soluções para os moradores e comerciantes atendidos pelo Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação. A empresa vem cumprindo o acordo assinado em janeiro de 2020 e todos os dados vêm sendo apresentados às autoridades”.

Confira o relato de um morador:

 

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