terça-feira, 6 de julho de 2021

Cidade de São Paulo confirma o primeiro caso da variante Delta do novo coronavírus

 primeiro caso da variante Delta do novo coronavírus, originalmente detectada na Índia, foi confirmado na cidade de São Paulo. Segundo a Prefeitura, um homem de 45 anos testou positivo para a variante e está sob monitoramento. A variante é considerada de preocupação global e tem forçado diferentes países a adotar novas medidas restritivas.

A gestão municipal disse que outras três pessoas da família (mulher, enteado e filho) estão sendo acompanhados pela Unidade Básica de Saúde (UBS) da região, que não foi informada.

Barreira de monitoramento foi montada no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com objetivo de evitar a disseminação da variante Delta
© WERTHER SANTANA/ESTADÃO 27/05/ 2021 Barreira de monitoramento foi montada no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com objetivo de evitar a disseminação da variante Delta

"Desde abril, em parceria com o governo do Estado, a capital encaminha parte das amostras de exames RT-PCR positivos ao Instituto Butantan para análise genômica em busca de identificar as cepas circulantes neste momento no município de São Paulo. Foi por meio desta iniciativa que foi possível identificar o primeiro caso positivo na cidade", informou em nota a Prefeitura.

Segundo o Município, o monitoramento das variantes na capital é realizado por meio de cálculo amostral, por semana epidemiológica, "com cerca de 250 amostras semanais que seguem para análise do laboratório do Instituto Butantan, onde é realizado o sequenciamento genético".

Brasil tem duas mortes confirmadas pela variante Delta

No Brasil, o Ministério da Saúde informou que, até o fim da semana passada, foram registrados 11 casos da variante Delta. Seis deles são de um navio que está na costa do Maranhão; há um caso em Campos dos Goytacazes (RJ), um em Juiz de Fora (MG), dois em Apucarana (PR) e um em Goiânia.

Duas pessoas morreram em decorrência da infecção causada pela nova cepa: um tripulante de um navio atracado no Maranhão, no dia 24 de junho, e uma gestante de 42 anos, no dia 18 de abril, no Paraná.

Na maior parte do Brasil, as ações para contenção e prevenção da covid-19 são universais para todas as variantes e abrangem estratégias de isolamento social, testagem, incentivo à vacinação e aos protocolos de proteção, como o uso de máscaras. Em alguns locais, porém, há também a realização de barreiras sanitárias, controladas, em sua maioria, por municípios e reforço nas ações de monitoramento genômico.

Cepa causa preocupação na Europa

A preocupação com a rápida disseminação da variante Delta vem forçando um número crescente de países a impor novamente medidas restritivas mais rigorosas na tentativa de impedir que uma nova onda da covid-19 atrapalhe os esforços globais para conter a pandemia e a retomada da normalidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cepa circula por 92 países.

Detectada pela primeira vez em fevereiro na Índia, a variante Delta se tornou uma preocupação global nos últimos meses. Devido à acelerada transmissibilidade, a cepa gera temores de sobrecarga nos sistemas de saúde e ameaça reverter planos de reabertura mundo afora.

Responsável por 91% dos casos no Reino Unido e 96% em Portugal, a variante também avança na Alemanha, França e Espanha, de acordo com uma análise do Financial Times do fim do mês passado. Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) aponta que a cepa é responsável por 10% dos casos no País. A B.1.617.2, nome original da variante, também está presente na Oceania e África.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em maio, classificou a Delta e suas sublinhas como “variantes de preocupação”. A designação significa que uma variante pode ser mais transmissível ou causar doenças mais graves, não responder ao tratamento, evitar a resposta imune ou não ser diagnosticada por testes padrão.

Especialistas atrelam a variante à onda de infecções que abalou a Índia no primeiro semestre. No pior dia da pandemia no País, a Índia chegou a concentrar 49% dos infectados e 28% dos óbitos do mundo em 24h, foram 3.980 mortes. 

Fonte:ESTADÃO/COLABORARAM JÚLIA MARQUES E MARIANNA GUALTER - 06/07/2021

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