A leitura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), é de que a tese bolsonarista de mudança no voto eletrônico será rejeitada pelo Congresso Nacional. “A tese do presidente, a princípio, será vencida, e sendo vencida ele e todos que apoiam essa tese haverão de respeitar”, disse o presidente do Senado em entrevista a GloboNews nesta sexta-feira (6).
“Temos que ter obediência ao estado democrático de direito, quem decide é o Congresso a partir da ideia de maioria”, destacou Pacheco, ao sinalizar para a possibilidade do tema se encerrar na Câmara dos deputados e nem chegar ao Senado.
Pacheco também sugeriu que não deve avançar o “Distritão”, projeto que prevê mudança do sistema eleitoral. Segundo ele, a tendência é de que as eleições se mantenham proporcionais.
Durante a entrevista, o presidente do Senado defendeu a independência e a necessidade de uma convivência harmoniosa entre os poderes, ao citar as recentes trocas de farpas entre o presidente da República Jair Bolsonaro e integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Numa nova escalada na crise institucional aberta com o Judiciário, o presidente reagiu na quarta-feira (4) à sua inclusão como investigado no inquérito das fake news e disse, em tom de ameaça, que o "antídoto" para a ação não está "dentro das quatro linhas da Constituição" (lembre aqui).
Sobre essa declaração, Pacheco classificou como grave e disse que o povo e a história vão julgar a pontar como “inimigos da nação” figuras que não respeitem a Constituição e a harmonia e diálogo entre os poderes. Informações do BN em 06/08/2021.
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