Autor de inúmeras ameaças contra a realização das eleições do ano que vem, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nem sempre defendeu de forma veemente o voto impresso. Pelo contrário.
Em 1993, portanto há 27 anos, o então deputado federal de primeiro mandato disparou declarações sobre a necessidade de se informatizar o sistema da Justiça Eleitoral, quando já questionava o resultado das eleições.
Reportagem do Jornal do Brasil, assinada pela jornalista Daniella Sholl e datada de 21 de agosto daquele ano, traz a defesa de Bolsonaro pela modernização das eleições durante um encontro de militares da reserva, no Rio de Janeiro.
“Esse Congresso está mais do que podre. Estamos votando uma lei que não muda nada. Não querem informatizar as apurações pelo TRE. Sabe o que vai acontecer? Os militares terão trinta mil votos e só terão computados três mil” .
Quase três décadas depois, o presidente coloca em xeque a credibilidade das urnas. Desta vez, apegado ao argumento completamente oposto.
Recentemente, o titular do Palácio Planalto citou um ataque hacker ao código-fonte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como prova de que houve fraude eleitoral em 2018.
Nesta quinta-feira (5/8), contudo, o TSE voltou a rebater os argumentos de Bolsonaro, apontando, entre outros argumentos, que as urnas não são conectadas à internet e, portanto, não suscetíveis a invasões.
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