sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Em Salvador: Ilê pede a Lula que priorize educação e projetos culturais para povo negro

 

Ilê pede a Lula que 'novo governo' priorize educação e projetos culturais para povo negro
Foto: Matheus Caldas/Bahia Notícias

Ao receber o ex-presidente Lula em sua sede nesta quinta-feira (26), o Ilê Aiyê, por meio do presidente da entidade, Antônio Carlos dos Santos, conhecido como Vovô do Ilê, entregou ao político uma carta com uma série de pautas, as quais pedem prioridade "em um novo governo". As ações principais estão direcionadas as áreas da Educação e da Cultura. 

 

No documento, a entidade enfatiza o trabalho realizado em prol a conscientização do povo negro, na perspectiva de “atentar” a juventude para a “necessidade da luta pelo poder do povo negro”. 

 

“Não podemos esperar que os partidos de direita soft ou reacionária venham reconhecer este fato histórico, entendemos que os partidos de esquerda terão a visão para resolver essa injustiça secular. Precisamos de homens e mulheres negras nas esferas de poder e entendemos que estamos aptos a ocupar setores diversos, não apenas os ligados às questões raciais. Se o poder é bom, nós também queremos poder”, diz. 

 

Cita ainda as Leis 10.639/2003 e 11.645, aprovadas e sancionadas no período em que Lula esteve à frente da Presidência, classificando-as como elementos importantes para a operacionalização da diversidade cultural no país por meio da educação, área para a qual pede prioridade. “Queremos, em um novo governo, que essas leis sejam priorizadas, reforçadas e seu cumprimento acompanhado e fiscalizado. Clamamos também pela garantia de capacitação específica para os docentes e material pedagógico disponibilizado conforme preceitua as referidas leis”, diz o texto.  

 

Por fim, solicita ao ex-presidente “o estabelecimento de um percentual dos recursos do Fundo Nacional de Cultural para serem destinados a projetos de cultura e a arte do povo negro e indígena, priorizando aos que desenvolvem em paralelo trabalhos sociais”, assim como a transformação da Fundação Cultural Palmares em política de Estado. A mudança evitaria o desmonte das políticas originárias da fundação, a exemplo do que tem ocorrido diante da atual gestão federal. Para concretizar a proposta, o Ilê sugere que o debate seja estabelecido por meio do Conselho Nacional do Programa de Igualdade (CNPIR). 


fonte: BN - 27/08/2021 -00h:17min

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