Em entrevista a influenciadores digitais que comentam futebol nas redes sociais, Jair Bolsonaro (PL) atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que nesta quinta-feira (14) barrou inquéritos movidos pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Polícia Federal (PF), ambos subordinados ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, contra os institutos de pesquisas.
"Como a medida dele agora, do Alexandre de Moraes. Começou aí o Cade e a Polícia Federal investigarem institutos de pesquisa. O que ele fez? (Decidiu que) Não pode investigar. Ou seja, os institutos vão continuar mentindo. E nessas mentiras, quanto arrastam para o outro lado? (As pessoas) Geralmente votam em quem está ganhando", afirmou Bolsonaro, em sua estratégica atual, de atacar os institutos de pesquisa.
"Quantos votos ele arrasta para o outro lado? 2 ou 3 milhões de votos. Parabéns, Alexandre de Moraes. O seu candidato não é o Lula, o seu candidato é o Alckmin", emendou Bolsonaro, dizendo que Moraes "foi secretário de Alckmin em São Paulo, quando o vice de Lula foi governador".
"Nós sabemos para quem você advogava no passado", disse, fazendo alusão à fake sobre o PCC. "E na verdade, não é o Alexandre de Moraes com o Alckmin. É o Alexandre de Moraes com o Lula".
Bolsonaro ainda atacou a decisão de Moraes que proibiu ele de usar a estrutura do Palácio do Planalto - o que ele chamou de "casa" - para as lives.
"Você vê, tem um aparelhamento das instituições. Você já viu alguma decisão do Alexandre de Moraes a meu favor lá no TSE? Inclusive me proibiu de fazer live em casa. Imagine, a situação que eu estou, proibido de fazer uma live em sua casa, que humilhação é essa? Por que o cara proibiu? O argumento é que eu gasto energia elétrica - sim eu gasto -, mas quando eu saio a 20 km para fazer live, eu levo 10 carros e 50 seguranças. Qual é a intenção disso? Humilhar", afirmou.
Fonte:Revista Fórum - 14/10/2022
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