quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Eleições 2022: Arcebispo de Aparecida fala sobre presença de Bolsonaro: ‘Ou somos evangélicos ou somos católicos’


O presidente Jair Bolsonaro participa da missa em homenagem à padroeira no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, no interior de Sâo Paulo, ao lado do candidato ao governo do Estado, Tarcísio de Freitas. Foto: André Ribeiro/Futura Press

O presidente Jair Bolsonaro participa da missa em homenagem à padroeira no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, no interior de Sâo Paulo, ao lado do candidato ao governo do Estado, Tarcísio de Freitas. Foto: André Ribeiro/Futura Press -© Fornecido por Estadão


 O arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, defendeu nesta quarta-feira, 12, que os fiéis devem ter uma “identidade religiosa” ao ser questionado sobre eventual uso político-eleitoral das celebrações do Dia de Nossa Senhora Aparecida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O chefe do Executivo participa da missa das 14 horas na basílica, e, mais tarde, de uma oração do terço. “Eu não posso julgar as pessoas, mas nós precisamos ter uma identidade de religiosa. Ou somos evangélicos ou somos católicos. Então, nós precisamos ser fiéis à nossa identidade católica. Mas, seja qual for a intenção, (Bolsonaro) vai ser bem recebido, pois é o nosso presidente”, afirmou Dom Orlando a jornalistas após a celebração de uma das sete missas programadas hoje no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

Como mostrou o Estadão, Bolsonaro, que se apresenta como católico, se aproxima cada vez mais de grupos evangélicos no período eleitoral. Em cultos nos quais esteve presente e discursou aos fiéis, o presidente pediu aos ouvintes, por exemplo, que conversem com seus “irmãos nordestinos” sobre em quem votar no segundo turno. Nesta manhã, o presidente esteve em Belo Horizonte, onde participou da inauguração de uma Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada pelo apóstolo evangélico Valdemiro Santiago.

Dom Orlando Brandes também disse que é importante distinguir a ideologia da verdade. “Nós temos um compromisso ético com a verdade. A verdade na política, mas a política caminha muito pelos caminhos ideológicos, que são caminhos de grupos e interesses pessoais”, afirmou. Ele ainda incentivou as pessoas a votarem e disse que é preciso “acolher aquele que for eleito com o voto e o poder do povo”.

Fonte: Estadão -13/10/2022

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