O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu o
ex-presidente Fernando Henrique e disse ter ficado “triste” pelas
declarações do tucano no programa do PSDB exibido na noite da
terça-feira (19).
Segundo Lula, se o ex-presidente quer falar de
corrupção, ele precisa “contar ao País a história de sua reeleição”.
Ontem, no programa do PSDB, Fernando Henrique afirmou que os desvios e
maus feitos começaram no governo Lula e que “nunca se roubou tanto em
nome de uma causa”.
Lula: FHC não tinha direito de falar a bobagem que falou ontem à noite (Foto: Evaristo Sá/AFP)
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“Eu
vi o programa do nosso adversário ontem, eu fico triste, porque um
homem que foi presidente da República, letrado como ele é, não tinha do
direito de falar a bobagem que ele falou”, disse Lula, durante evento
promovido pela Contraf-CUT, na capital paulista.
“Se ele quisesse falar de corrupção ele precisaria
contar para esse país a história de sua reeleição”, disse. Lula disse
ainda que o seu antecessor não precisa contar diretamente a ele sobre as
acusações de compra de votos para a sua reeleição, mas que ele precisa
contar para as próximas gerações.
“Se ele quisesse falar de corrupção ele precisaria contar para esse país a história de sua reeleição”, disse Lula sobre FHC (Foto: ABr)
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“Eu
espero que com a mesma postura como que ele foi agredir o PT ontem à
noite ele diga, se não quiser dizer para mim não tem problema, eu sei
como é que foi, mas senta na frente do seu neto e conta para ele”,
afirmou o petista. O ex-presidente disse ainda estar “assustado”, pois
os adversários querem atacá-lo já pensando em 2018.
“Agora eles não querem mais atacar a Dilma, agora
eles já estão pensando que tem de balear o Lula, pensando que o Lula vai
voltar em 2018”, afirmou. “É um absurdo. Eu nem sei se eu vou estar
vivo. Eles se enganam porque eu sei apanhar e não vou revidar”.
Lula disse ainda que as pessoas que hoje estão
batendo panela deveriam saber que a democracia tem que ser respeitada.
“Dilma foi eleita, quem não gostar e quiser eleger o seu que espere
próximas eleições.”
Fonte: Estadão
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