O ex-presidente da Colômbia, Andrés Pastrana, a mulher do opositor
venezuelano Leopoldo López, Lilian Tintori, e o ex-presidente da
Bolívia, Jorque Quiroga (ao centro, atrás de Lilian), concedem
entrevista após serem impedidos de visitar os presos políticos de
Nicolás Maduro Foto:(Marco Bello/Reuters/reprodução)
As autoridades venezuelanas impediram nesta sexta-feira uma visita
dos ex-presidentes de Colômbia e Bolívia, Andrés Pastrana e Jorge
Quiroga, respectivamente, aos presos políticos mantidos pelo governo
bolivariano de Nicolás Maduro. Tanto Pastrana quanto Quiroga viajaram à
Venezuela para investigar qual o estado de saúde do chefe do partido
opositor Vontade Popular, Leopoldo López, e do ex-prefeito de San Cristóbal Daniel Caballos,
López, de 44 anos, está em greve de fome desde o dia 22 deste mês para
cobrar sua libertação e protestar contra a transferência de Ceballos
para outra prisão. "Está claro que na Venezuela governa uma ditadura",
afirmou Pastranas. "É a segunda vez que não nos deixam passar, mas
aquele que se cansar será o perdedor. E aqui estaremos novamente",
acrescentou, fazendo alusão a uma tentativa fracassada de visitar o
opositor em janeiro.
A imprensa venezuelana noticiou que Ceballos foi transferido para
outra prisão após autoridades flagrarem o ex-prefeito e López gravando
áudios e vídeos em protesto contra o autoritarismo de Maduro. Uma das
filmagens divulgadas esta semana mostra López convocando protestos para
este sábado contra o governo bolivariano. O chefe do Vontade Popular foi
preso após Maduro acusá-lo de "incitar a violência" nas manifestações
que resultaram na morte de 43 pessoas, no ano passado. Ceballos, por sua
vez, foi denunciado por respaldar os bloqueios montados por ativistas
em vias públicas. A expectativa é de que Pastrana e Quiroga participem
das novas mobilizações populares.
Para Tarek William Saab,
que ocupa o cargo de defensor do povo no governo venezuelano, os
ex-presidentes têm o objetivo de fazer uma "campanha internacional"
contra a administração bolivariana de Maduro. "Agora eles vêm dar aulas
de direitos humanos ao nosso país", disse. "Isto é um distúrbio, um
ruído que se soma à guerra midiática do nosso país".
Fonte:Redação Veja c/ agência Reuters
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