Apontado como o autor do “estudo paralelo” do Tribunal de Contas da União (TCU), o qual nega a ocorrência de metade das mais de 500 mil mortes em consequência da Covid-19 no Brasil, o auditor do órgão Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques é amigo dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, conforme publicação do Blog do Valente, hospedado no portal do Correio Braziliense.
De acordo com o levantamento feito pelo auditor, os governadores inflaram o total de óbitos para obterem mais verbas do governo federal. O “estudo paralelo” foi citado por Bolsonaro na segunda-feira (7) para desqualificar a pandemia do novo coronavírus. Nesta terça (8), o presidente assumiu que o “estudo” não pertence oficialmente ao TCU (reveja).
Alexandre é lotado na secretaria do TCU que lida com inteligência e combate à corrupção. Quando começou a pandemia do novo coronavírus, ele pediu para acompanhar as compras com dinheiro público de equipamentos para o combate à Covid, conta a reportagem, indicando terem sido estes os dados utilizados para o levantamento não oficial.
Ao apresentar os resultados de sua tese aos colegas de trabalho, Alexandre teria sido veemente repreendido, pois ficou claro que ele queria desqualificar os governadores e favorecer o discurso de Bolsonaro. Nenhum outro auditor do TCU endossou o “estudo” por considerá-lo uma farsa.
Assustados com a insistência de Alexandre, os colegas de trabalho comunicaram os ministros da Corte de Contas o que estava acontecendo.
Mas o auditor entregou a sua tese aos filhos de Bolsonaro, que a tornou pública. O TCU abriu investigação para apurar a conduta de Alexandre, diz a publicação.
Fonte:Bahia notícias em 08/06/2021
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