O carro em que o agricultor estava Foto: Reprodução/Redes Sociai
Paulo Antonio Ribas Grendene, agricultor em Barreiras, foi assassinado na última sexta-feira (11). Grendene que tinha 62 anos e era natural de Nova Londrina (PR), já havia denunciado que suas terras estariam sendo invadidas por pessoas ligadas à organização investigada pela Operação Faroeste.
Com o acontecido, a Aprochama divulgou uma nota a imprensa. Confira abaixo
A Associação dos Produtores Rurais da Chapada das Mangabeiras (Aprochama) vem a público denunciar, mais uma vez, o grave clima de violência instaurado na região Oeste da Bahia. A triste situação foi evidenciada esta semana pelo brutal assassinato, em Barreiras, do agricultor Paulo Antônio Ribas Grendene.
No fim do ano passado, ele havia denunciado às autoridades, segundo relatos na imprensa, que suas terras estariam sendo invadidas por pessoas ligadas à organização criminosa investigada pela Operação Faroeste. A Aprochama vem alertando constantemente as autoridades sobre a crescente tensão na região. Agricultores, que ajudaram a transformar o Oeste em uma das áreas mais prósperas do país, são constantemente ameaçados por bandos armados a abandonar suas terras.
A Aprochama já levou denúncia formal ao Ministério Público sobre esse tipo de situação. Na próxima semana, o assassinato de Paulo Antônio Ribas Grendene será levado ao conhecimento do ministro Og Fernandes, relator no Superior Tribunal de Justiça da ação criminal relativa à Operação Faroeste.
A instabilidade é agravada pelo fato de que, até hoje, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) não concedeu formalmente a posse das terras aos agricultores – mesmo já tendo se passado quase dois anos desde que a Operação Faroeste revelou as gravíssimas fraudes e extorsões praticadas por grupos interessados em tomar ilegalmente essas propriedades. Pedidos da Aprochama ao TJBA para garantir a posse de uma vez por todas não têm sido considerados.
Como consequência, permanece um grave clima de instabilidade e insegurança jurídica na região. Esse cenário atrapalha a produção, prejudica os investimentos e afeta psicologicamente agricultores e familiares, que vivem sob o risco de uma tragédia iminente.
Pedimos à Justiça que, além de apurar rigorosamente o crime cometido contra o senhor Paulo Antônio Ribas Grendene, pacifique de uma vez por todas nossa região, assegurando aos agricultores a posse de suas terras de forma definitiva.
Associação dos Produtores Rurais da Chapada das Mangabeiras (Aprochama)
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