quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Rio: Acusado de matar Marielle Franco, Ronnie Lessa é expulso da PM


Ronnie Lessa
Reprodução/TV Globo - Ronnie Lessa


Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) divulgou em um boletim interno a expulsão de Ronnie Lessa  da corporação. Ele foi preso acusado de matar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

Segundo a publicação, Lessa descumpriu preceitos éticos e estatutários que devem ser cumpridos pelos oficiais da corporação. Ele responde um processo disciplinar desde 2021, quando foi condenado por destruir provas relacionadas à morte de Marielle e Anderson.

Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), o ex-militar e outros acusados pelo crime jogaram armas no mar da Barra da Tijuca, cerca de um ano após a morte da vereadora.

De acordo com afirmações da Justiça, entre as armas despejadas, é possível que estivesse a submetralhadora usada nas mortes. As investigações apontam que as armas foram retiradas de um apartamento de Ronnie Lessa na Taquara, na Zona Oeste do Rio, dias antes da sua prisão dele, em 2019. Elas nunca foram encontradas pelos agentes.

O documento que informa a expulsão de Lessa diz que ele se encontra "desvencilhado da ética e da moral que regem a Bicentenária Instituição, tornando-se incapaz de permanecer nas fileiras inativas da Corporação".

A conduta de Lessa é destacada na determinação como "execrável" e destaca, ainda, que, ao longo do processo disciplinar, o ex-militar teve a oportunidade de se defender:

"Nota-se que com a sua execrável conduta, descumpriu preceitos éticos e estatutários em vigor, mormente o preconizado no parágrafo único do art. 14 da Portaria/PMERJ n.º 254 – IR -22, de 07 de abril de 2005, que trata acerca das Instruções reguladoras para aquisição, registro, transferência, porte, transporte, extravio, furto, roubo, acautelamento e devolução de armas de fogo e munições de policiais militares", afirma um trecho da decisão.

Ronnie Lessa foi condenado a mais de 13 anos de prisão, em setembro do de 2022, por comércio ilegal de armas. A pena se refere a 117 peças de fuzis incompletas localizadas na casa colega de Lessa, também militar, que foi absolvido.

Fonte: Portal IG 09/02/2023


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