A presidente Dilma Rousseff negou, em entrevista à
Folha de S.Paulo, qualquer possibilidade de renúncia do cargo e
classificou a oposição que pede seu afastamento de “um tanto golpista”.
“Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso aí é moleza, é luta
política”, disse a presidente. “Eu não sou culpada. Se tivesse culpa no
cartório me sentiria muito mal. Eu não tenho nenhuma. Nem do ponto de
vista moral, nem do ponto de vista político”, disse a presidente quando
questionada sobre a possibilidade de renúncia.
Foto: AFP/reprodução
|
A
presidente disse que não é o PMDB que quer sua saída do poder e
desafiou que seus opositores provem que ela recebeu “um tostão”. “Não
tem base para eu cair. E venha tentar, venha tentar. Se tem uma coisa
que eu não tenho medo é disso. Não conte que eu vou ficar nervosa, com
medo. Não me atemorizam”, desafiou a presidente.
Dilma comentou também as críticas feitas pelo
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, em uma reunião fechada,
disse que tanto ele quanto a presidente estavam no “volume morto”. “Ele
tem todo o direito de dizer onde ele está e onde acha que eu estou. Mas
não me sinto no volume morto não. Estou lutando incansavelmente para
superar um momento bastante difícil na vida do País”, disse a
presidente, antes de completar.
“Querido, podem querer, mas não faço crítica ao
Lula. Não preciso. Deixa ele falar”. A presidente disse ainda que o
governo prepara novas medidas para ampliar o ajuste fiscal e torná-lo
mais rápido, mas não quis dizer quais são. “Acelerar é tudo que tiver de
fazer de ajuste façamos já. Porque, quanto mais rápido fizermos, mais
rápido sairemos dele”, disse.
Sob a pressão da pior crise política desde que
assumiu a Presidência, Dilma ironizou os boatos sobre uma possível
tentativa de suicídio. “Outro dia postaram que eu tinha tentado
suicídio, que eu estava traumatizadíssima. Não aposta nisso, gente. Foi
cem mil vezes pior ser presa e torturada”, comentou.
Dilma falou ainda sobre o escândalo da Petrobras, disse que não gosta de delação porque as pessoas dão seus depoimentos em momento de fragilidade e criticou o juiz Sergio Moro. “Não gostei daquela parte (da decisão de Moro que dizia que eles (empreiteiros deveriam ser presos porque iriam participar no futuro do programa de investimento e logística e, portanto, iriam praticar crime continuado. Ora, o programa não tinha licitação. Não tinha nada”, disse. Informações do Estadão.
Dilma falou ainda sobre o escândalo da Petrobras, disse que não gosta de delação porque as pessoas dão seus depoimentos em momento de fragilidade e criticou o juiz Sergio Moro. “Não gostei daquela parte (da decisão de Moro que dizia que eles (empreiteiros deveriam ser presos porque iriam participar no futuro do programa de investimento e logística e, portanto, iriam praticar crime continuado. Ora, o programa não tinha licitação. Não tinha nada”, disse. Informações do Estadão.
0 comentários:
Postar um comentário