Informações obtidas pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, apontam para a perda total da paciência de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) com o presidente Jair Bolsonaro, que passou a ser chamado pelos magistrados da corte constitucional de moleque.
Para os ministros, a postura de Bolsonaro de continuar reiteradamente atacando o sistema eleitoral brasileiro, sem qualquer prova, não tem sido suficientemente combatida pela TSE. As respostas dadas ao chefe do Executivo federal são importantes, mas não têm dado resultado para contê-lo. Seria necessário agir com mais firmeza e com medidas legais, inclusive no com sanções no âmbito eleitoral.
O STF estuda a possibilidade de processar criminalmente Bolsonaro e seus assessores, que vivem espalhando mentiras e fake news para colocar em xeque a urna eletrônica utilizada nos pleitos do país, que já são auditáveis e sobre as quais não recaem quaisquer dúvidas sobre segurança.
Diariamente o TSE vem respondendo às afirmações do presidente pelo Twitter. A cada nova investida do líder extremista questionando a legitimidade do processo eleitoral, o perfil oficial do Tribunal Superior Eleitoral posta links e informações legais que desmentem os ataques, mas isso não tem surtido efeito definitivo, uma vez que o presidente continua radicalizando seu discurso e distribuindo cada vez mais mentiras e conteúdo falso contra as urnas eletrônicas.
A mudança de comportamento dos integrantes do Supremo teve como ponto de partida a live transmitida por Bolsonaro na noite de quinta-feira (29), convocada para “apresentar provas” contra o sistema eleitoral brasileiro. No entanto, o ocupante do Planalto apenas insistiu em teses comprovadamente mentirosas e voltou a difundir vídeos e teorias falsas que já foram desmentidas dezenas de vezes.
A conclusão da corte mais alta do Judiciário nacional é de que será preciso cessar essas ataques agora, para que as eleições de 2022 transcorram dentro da normalidade e tranquilidade que têm marcado todos os pleitos brasileiros desde a redemocratização.
Fonte: REVISTA FÓRUM - 30/07/2021 15h
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