Com as mudanças no Plano de Assistência à Saúde dos
Servidores Públicos (Planserv) e reajuste na tabela de pagamento do
plano (veja abaixo), os servidores públicos estaduais vão ter que ficar
de olho nas contas. Para alívio deles, os agregados já usuários do
seguro continuarão usufruindo dos benefícios já utilizados hoje, sem
precisar comprovar que não possuem vínculos empregatícios. Porém, esses
vão ter que pagar o mesmo valor dos titulares.
O governador Rui Costa tem 14 dias para sancionar a lei aprovada pela Assembleia Legislativa anteontem. Entre as mudanças que deverão impactar no contracheque e no orçamento dos servidores está o aumento na mensalidade dos cônjuges. A contribuição do companheiro(a), que era de 40% da mensalidade do titular, vai para 50%.
O governador Rui Costa tem 14 dias para sancionar a lei aprovada pela Assembleia Legislativa anteontem. Entre as mudanças que deverão impactar no contracheque e no orçamento dos servidores está o aumento na mensalidade dos cônjuges. A contribuição do companheiro(a), que era de 40% da mensalidade do titular, vai para 50%.
Sem assistência
Se sancionada, a lei deve mexer com o orçamento de muitos servidores e de suas famílias, que terão as mensalidades aumentadas em até três vezes, segundo apurou a reportagem. É o caso da professora aposentada Conceição Mesquita, de 57 anos. Além do aumento de 2,98% na mensalidade, ela terá que pagar o triplo do valor para continuar com o benefício para ela e seus seis agregados. Desses, duas são suas filhas, que têm mais de 18 anos - e quatro netos. “A de 33 estuda e a de 24 já trabalha, mas ela precisa do Planserv, pois é diabética”, conta.
Apesar de considerar positiva a decisão da
Assembleia de continuar incluindo o agregado com idade entre 24 e 35
anos, ela diz que a cobrança pelo valor integral da mensalidade é
abusiva. “As mudanças vão interferir nas minhas contas. Tenho outras
obrigações a cumprir”, afirma. Sem a contribuição dos netos, ela pagará
R$ 943,50. “Se não conseguir adequar, terei que tirá-las do plano”.
Dos 502 mil segurados pelo Planserv, 37,8% são
titulares e 33,6% são agregados - filhos, enteados e ex-pensionistas
maiores de 18 anos ou netos de até 35 anos.
A servidora aposentada Vera Lucia Mascarenhas, 63,
também diz que terá que tirar sua filha, de 31 anos, do seguro.
Atualmente, o benefício dela custa R$ 223,60 e o da filha R$ 79,49, o
que totaliza R$ 303,09. Com a aprovação da lei, ela vai pagar R$ 447,20.
“Gosto do serviço do Planserv e não sou contra o
reajuste. Mas, nessas proporções é errado. Vai interferir no meu
orçamento e de várias pessoas. Além disso, tivemos um reajuste abaixo
da inflação”.
Com salário em torno de R$ 6 mil, a servidora
Robelia Guimarães, 38, por sua vez, será mais afetada pelo aumento da
contribuição de seu esposo, de R$ 125,84 para R$ 170,95.
Em entrevista ao CORREIO, a coordenadora do
Planserv, Cristina Cardoso, reconhece que as mudanças no plano vão
interferir no orçamento dos servidores, mas considera que é melhor fazer
essa medida agora do que colocar em risco a qualidade de serviço.
“Tentamos manter a lógica da remuneração pensando no social. Todas as
mudanças visam à sustentabilidade, à ampliação e à interiorização do
plano. Tudo levando em consideração o envelhecimento da população e o
aumento do custo dos serviços”, diz, acrescentando que o Planserv vai
rever a cota de consultas em 2016.
Fonte:Redação Correio c/adaptações
imagem:reprodução
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