Papa Francisco - foto:(Tony Gentile/Reuters/reprodução
Teorias de conspiração dignas de um romance de Dan Brown brotaram na
mídia italiana nesta semana, com as acusações de que os inimigos do papa
Francisco estavam tentando minar seu poder, depois que um jornal
informou que ele tinha um tumor cerebral. O Vaticano negou furiosamente a
história publicada na quarta-feira, qualificando-a como irresponsável e
imperdoável, mas em vez de o tema perder força, a saga se transformou
em uma história de mistério no estilo capa e espada.
"Quem quer o papa morto?", diz a principal manchete do Il Giornale. Os jornais La Repubblica e La Stampa,
ambos diários que não são adeptos do sensacionalismo, escreveram sobre a
"sombra de um complô" em suas primeiras páginas.
A maioria das
reportagens concluiu que a história era falsa. Mas, ao invés de
descartá-la como um erro jornalístico, comentaristas e clérigos na terra
que deu ao mundo Maquiavel, o mestre de astúcia política, passaram a
examinar a intriga que está por trás da história do tumor. O denominador
comum é que os inimigos do papa dentro do Vaticano e da Igreja Católica
querem enfraquecer sua autoridade, já que uma reunião crucial de bispos
de todo o mundo sobre questões de família se aproxima do fim, no
domingo.
Segundo o La Repubblica, o bispo argentino Victor Manuel
Fernández teme uma "estratégia apocalíptica" bem planejada contra
Francisco pelos conservadores que querem desestabilizar a Igreja e
bloquear suas tentativas de mudá-la. O destacado colunista político
Massimo Franco escreveu no diário Corriere della Sera que a história foi provavelmente "gestada no mais obscuro subterrâneo do Vaticano e visava deslegitimar o pontífice". O La Stampa definiu a saga como parte de uma "calúnia para bloquear a mudança".
Todos esses desdobramentos foram resultados de uma reportagem no Quotidiano Nazionale,
segundo a qual um médico japonês tinha secretamente visitado o Vaticano
em janeiro para examinar o papa e concluiu que ele estava com um tumor
benigno que poderia ser tratado sem cirurgia.
O Vaticano emitiu três
negativas detalhados e o médico, Takanori Fukushima, divulgou um
comunicado por intermédio de seu consultório no Estado americano da
Carolina do Norte, afirmando: "Eu nunca o examinei como médico. Essas
histórias são completamente falsas". O consultório de Fukushima disse
que ele apertou a mão do papa ao lado de milhares de pessoas em uma
audiência geral, mas nada mais que isso.
O Quotidiano Nazionale disse que mantinha as informações de sua reportagem.
Fonte:Veja
Fonte:Veja
0 comentários:
Postar um comentário