quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Camaçari: “Reprovação das contas tem caráter pessoal”, diz Caetano sobre TCM






                                Foto:reprodução

Assim que a reprovação das contas do ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), for publicada pelo Tribunal de Contas dos Municípios, a defesa do atual deputado federal vai recorrer da decisão.
 
Segundo o advogado Jefiton Ramos, que, ao lado do também advogado Celso Castro, integra a defesa de Caetano, já está em andamento na Justiça ação que busca o anulação dos atos praticados pelo conselheiro no julgamento das contas em questão.
 
Por meio da assessoria de comunicação, Caetano afirmou que o resultado da votação no TCM já era conhecido, segundo ele, porque “o mundo político baiano” já tinha conhecimento prévio da decisão do relator do processo, o conselheiro Paolo Marconi, desafeto público do ex-prefeito. “Ele ajuizou dois processos contra a deputada estadual Luiza Maia, cônjuge do ex-alcaide. Além disso, deu “deixas” em diversos momentos de que votaria pela reprovação”, diz a nota.
 
Argumentos

O argumento do recurso de Caetano é baseado na Lei Orgânica do Tribunal de Contas, que proíbe membros de julgar processos de investigados contra os quais movam pessoalmente – “ou contra os cônjuges desses investigados” – processos judiciais. O entendimento da Corte, alega a defesa, é que tal fato faz com que, nestes casos, os juízos tendam a ser parciais. “Ou seja, um julgamento técnico se torna político, prática bastante comum nos tempos em que o carlismo campeava na Bahia, período em que Marconi, que assessorou o ex-senador ACM, foi alçado ao TCM”, reverberou o deputado federal, por meio do advogado.

Segundo Jefiton Ramos, a reprovação das contas pelo conselheiro não implica inelegibilidade. “Haverá recurso de reconsideração”, reforça. Outro aspecto é de que as contas de Camaçari referentes a 2013, quando a cidade já tinha outro prefeito, foram aprovadas com, praticamente, as mesmas ponderações apresentadas no relatório de 2012, “o que fortalece a ideia de que a questão é mesmo contra Caetano”.

“A impressão que fica com a antecipação do julgamento das contas de 2012 do ex-prefeito é a de que o conselheiro-relator quis se antecipar a uma decisão judicial que o impedisse de relatar o processo, pois, como ponderaram em plenário alguns integrantes do TCM, dever-se-ia esperar o julgamento das auditorias determinadas pelo próprio Paolo Marconi, o que de fato não aconteceu”, argumentou a defesa.


Fonte:Bocão News

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