Documentos entregues à CPI da Covid expõem decisões do Ministério da Economia que atrasaram a compra de doses de vacinas contra a Covid-19. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo a análise da comissão, um dispositivo que facilitava a compra da vacina da Janssen e da Pfizer foi excluído da medida provisória que facilitava a compra de vacinas sem licitação e antes de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Respondendo ao questionamento da CPI sobre os custos e riscos da aquisição das doses, a pasta afirmou que não participava das negociações e que só foi provocada sobre o assunto em meados de março. O documento aponta, contudo, a participação de Guedes na interlocução desde dezembro.
Segundo a análise, houve um alinhamento entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, para se municiar de argumentos contra as exigências feitas pelas farmacêuticas. Eles temiam, como dito várias vezes pelo próprio presidente, os efeitos adversos à vacina e eventuais judicializações.
“A manifestação do Ministério da Economia relativa à referida medida provisória restringiu-se à fase de sanção do Projeto de Lei de Conversão nº 1, de 2021, no sentido de não haver na matéria tratada competência afeta”, argumentou à CPI o secretário-executivo adjunto da pasta comandada por Guedes, Miguel Ragone de Mattos.
À reportagem da Folha, Guedes também declarou que não foi convocado para emitir um parecer, mas que participou da elaboração da MP.
Fonte: Metrópoles - 20/07/2021
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