Presa desde novembro do ano passado no Complexo da Papuda, em Brasília, a empresária Geciane Maturino, peça-chave do esquema desmontado pela Faroeste, buscou o Ministério Público Federal (MPF) para propor acordo de delação premiada. Um dos principais arquivo-vivo sobre a rede de grilagem de terras e venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), Geciane é esposa e sócia do falso cônsul da Guiné Bissau Adailton Maturino, também preso na Papuda e apontado pelo MPF como mentor da organização criminosa desbaratada pela operação. Segundo apurou a Satélite, Geciane teria manifestado recentemente o desejo de colaborar com as investigações, em troca de benefícios penais. Sobretudo, a eventual migração para o regime domiciliar.
Saco cheio
Fontes da Faroeste informaram que a esposa do falso-cônsul se disse cansada da prisão e orientou advogados a iniciarem negociações com o MPF, onde há grande interesse na provável delação da empresária.
Parte II
Em outro flanco da Faroeste, a desembargadora Ilona Márcia Reis, presa no início de dezembro durante as duas últimas fases da operação, também teria demonstrado interesse em delatar o que sabe sobre o esquema de corrupção no TJ. Pouco depois de ter sido presa pela Polícia Federal (PF) em um condomínio de luxo de Buraquinho, Lauro de Freitas, Ilona pediu à sua defesa que preparasse uma proposta de colaboração com o MPF.
fonte:Colina Satélite/Correio da Bahia - 05/01/2021
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