O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reagiu às provocações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que disse a apoiadores, nesta sexta-feira (8/1), que o parlamentar e o PT são “coisas muito parecidas”, em tom de deboche. Em resposta, Maia ressaltou que o bloco liderado por ele em torno da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) se uniu “para condenar o autoritarismo, o fascismo e a incompetência”.
Numa sequência de mensagens no Twitter, Maia pontuou atitudes autoritárias e antidemocráticas do presidente brasileiro, como quando ele esteve em praça pública instigando manifestações pelo fechamento do Congresso Nacional e do STF, em plena pandemia.
“O bloco Democracia e Liberdade se une pra condenar o autoritarismo, o fascismo e a incompetência. São muito naturais as críticas e o incômodo de Bolsonaro à nossa união”, disse.
O parlamentar também lembrou que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, debochou do Centrão durante a campanha presidencial de 2018, cantando “se gritar pega ladrão” em referência à parlamentares do bloco.
Apesar das críticas de Bolsonaro e de integrantes do governo ao Centrão, o Palácio do Planalto se aproximou do bloco e, agora, apoia o líder desse grupo, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), na disputa pela presidência da Câmara contra o candidato do bloco de Maia, que reúne partidos da centro-direto e da oposição, entre eles, o PT.
Mais cedo, Bolsonaro ironizou a união entre Maia e deputados do PT em apoio à candidatura de Rossi. Na ocasião, o presidente citou o voto favorável de Maia ao impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016, e caracterizou a suposta mudança de lado do deputado como um “jogo de poder”.
Maia destacou que o bloco “defende o papel da política, a relevância de todos os partidos, na construção de soluções para o país”. O bloco é formado por DEM, MDB, PSB, PSDB, PSL, PDT, Cidadania, PV, PT, PCdoB e Rede e conta com 281 deputados.
fonte:Metrópoles - 09/01/2021 13h:29min.
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