Defesa de Chester Hollman III diz que ele foi preso 'apenas por ser negro'
Após viver 28 anos atrás das grades, um motorista dos Estados Unidos recebeu recentemente o direito a ter uma indenização de US$ 9,8 milhões (cerca de R$ 50 milhões). Chester Hollman III foi condenado por assassinato em 1991, quando tinha apenas 21 anos. Ele foi solto apenas em 2019.
O crime em que Chester estava supostamente envolvido foi o de matar um estudante universitário durante uma tentativa de assalto na Filadélfia (EUA). Ele não tinha antecedentes criminais e trabalhava como motorista de carro-forte.
Em 2019, durante revisão do caso, um juiz ordenou que Chester, então com 49 anos, fosse libertado após quase três décadas atrás das grades.
A polícia e os promotores construíram seu caso com base em declarações forjadas de pessoas que eles coagiram como testemunhas, disse o juiz. Eles também haviam ocultado provas que apontavam para os verdadeiros perpetradores do crime, relatou o "Philadelphia Inquirer".
Chester e os seus advogados sustentam que a sua prisão só foi feita por ele ser negro e estar dirigindo um carro semelhante ao visto na cena do crime.
Para encerrar o caso, a cidade de Filadélfia concordou na semana passada em pagar a volumosa indenização, que é um dos maiores acordos de condenação injusta da sua história.
"Não há palavras para expressar o que foi tirado de mim. Mas este acordo fecha um capítulo difícil na minha vida", disse Chester em comunicado à imprensa.
Como parte do acordo, a polícia e as autoridades municipais não admitiram qualquer irregularidade no processo que levou à condenação do americano.
fonte:Correio da Bahia 05/01/2021
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