O pedido feito pelos Estados Unidos para a extradição do fundador do Wikileaks, Julian Assange, não foi acatado pela Justiça Britânica. De acordo com a corte, seria opressivo extraditar o hacker australiano diante de seu estado de saúde demasiadamente frágil e da falta de evidências de que os procedimentos adotados pelas penitenciárias de segurança máxima dos EUA seriam suficientes para mantê-lo seguro.
Assange enfrenta 18 acusações criminais nos EUA que envolvem conspiração para obter e divulgar, entre 2010 e 2011, mais de 250 mil telegramas diplomáticos e cerca de 500 mil documentos confidenciais sobre as atividades do Exército americano no Iraque e no Afeganistão durante a chamada “guerra ao terror”.
De acordo com os críticos de Assange, as denúncias põem em xeque a liberdade de imprensa, e podem lhe render até 175 anos de prisão.
Os advogados americanos anunciaram imediatamente que irão recorrer da decisão, algo que tem até 14 dias para fazer. A defesa indicou que entrará com um pedido para que o hacker seja liberado sob fiança, mas até lá Assange continuará sob custódia. Informações da Revista Fórum em 04/01/2021
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