O presidente dos Estados Unidos Donald Trump teve as contas no Facebook e no Instagram bloqueadas, nesta quinta-feira (7). O presidente das plataformas, Mark Zuckerberg alegou que os "eventos chocantes das últimas 24 horas" influenciaram na ação.
"O presidente Donald Trump pretende usar seu tempo restante no cargo para minar a transição pacífica e legal de poder para seu sucessor eleito, Joe Biden. Sua decisão de usar sua plataforma para tolerar, em vez de condenar, as ações de seus apoiadores no prédio do Capitólio, com razão, perturbou as pessoas nos Estados Unidos e em todo o mundo. Removemos essas declarações ontem porque julgamos que seu efeito - e provavelmente sua intenção - seria provocar mais violência", disse em texto públicado em suas páginas.
Mark comentou também que após a certificação dos resultados eleitorais pelo Congresso, a prioridade para todo o país "deve agora ser garantir que os 13 dias restantes e os dias após a posse decorram pacificamente e de acordo com as normas democráticas estabelecidas". "Nos últimos anos, permitimos que o presidente Trump usasse nossa plataforma de acordo com nossas próprias regras, às vezes removendo conteúdo ou rotulando suas postagens quando violavam nossas políticas", acrescentou.
O presidente do Facebook disse que fizeram o bloqueio porque "acreditamos que o público tem direito ao mais amplo acesso possível ao discurso político, mesmo ao discurso polêmico. Mas o contexto atual agora é fundamentalmente diferente, envolvendo o uso de nossa plataforma para incitar uma insurreição violenta contra um governo eleito democraticamente".
"Acreditamos que os riscos de permitir que o presidente continue a usar nossos serviços durante esse período são simplesmente grandes demais. Portanto, estamos estendendo o bloqueio que colocamos em suas contas do Facebook e Instagram indefinidamente e por pelo menos as próximas duas semanas até que a transição pacífica de poder seja concluída", finalizou.
PASSADO DE BLOQUEIO
Apesar da medida do Facebook ser inédita, o Twitter chegou a bloquear uma conta de campanha de Trump por desinformação sobre Covid-19 em agosto de 2020, e limitou o alcance de tuítes que colocavam dúvidas sobre a apuração das eleições dos EUA em novembro passado.
A "sansão" mais impactante sofrida por Trump foi a inclusão de selos em suas postagens, sem remover os conteúdos do ex-presidente.
fonte: BN - 07/01/2021
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