Em entrevista à revista Veja, o ministro defendeu uma CPI ampla e disse que vai requisitar à PF informações sobre os inquéritos que envolvem governadores em desvios de recursos destinados à Covid-19.
Os delegados afirmam que o acesso a esses dados só é possível mediante determinação judicial, pedido que deveria ser feito por parte de senadores da base governista, e não por um ministro à qual a PF está submetida. Eles temem que o órgão seja usado politicamente na CPI.
Os policiais federais dizem ainda que Anderson Torres sabe qual é o procedimento padrão a ser seguido e que há potencial de crise se qualquer dado for compartilhado fora do protocolo.
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), convocou o ministro da Justiça para prestar depoimento à comissão sobre o seu comentário.
Ministros da Saúde
A comissão estreia nesta semana a fase de depoimentos focada nas ações dos ministros da Saúde que passaram pelo governo de Jair Bolsonaro. Ao longo dos dias, a CPI deve ouvir os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e, principalmente, Eduardo Pazuello.
Estão previstos para depor, ainda, o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, e o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres.
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