O senador Otto Alencar rebateu a provocação do seu colega Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que é defensor de medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina, que não têm eficácia comprovada contra a covid-19. O parlamentar gaúcho citou o baiano ao dar como exemplo de sucesso a experiência em Porto Seguro, que segundo ele, teria tido resultados positivos após o uso dos medicamentos.
“Senador Otto, doutora Raíssa [secretária de saúde do município] foi criticada, inclusive, pela Secretaria de Saúde, que não recomendava o tratamento. Os empresários bancaram e estão aqui os resultados […] Mais de 50 municípios brasileiros adotam esse procedimento e são resultados positivos”, argumentou.
Heinze ainda atribuiu a gravidade da pandemia a uma disputa ideológica promovida pela ‘esquerda’, que segundo ele, tinha o objetivo de tirar o Donald Trump da presidência nos Estados Unidos e fazer o mesmo com Jair Bolsonaro (sem partido) no Brasil. “Seguramente se a gente tivesse adotando o tratamento precoce e deixassem a politicagem de lado, teríamos menos mortos no Brasil e no mundo”.
“Eu não me coloco como alguém de esquerda muito menos faço politicagem na medicina. Tenho quase 50 anos formado em medicina. Fui professor da Ufba, formei vários médicos. Tenho responsabilidade científica muito grande para proferir minhas opiniões, não por jornais ou capas de revista”, rebateu Otto. “Leviano é uma doença como a covid-19 que 90 a 95% das pessoas tem sintomas leves ou moderados, que se tomar um copo de água é melhor do que tomar 10 ou 20 comprimidos de cloroquina. A água é melhor porque não tem efeito colateral. Não custa nada um charlatão receitar cloroquina, o doente ficar bom de qualquer jeito, e ele dizer que o paciente ficou bom por causa do remédio”, reforçou o pessedista.
Por final, Otto ironizou a declaração de Heinze. “Não sei se por vossa excelência ser agrônomo, não sei está confundindo aquilo que se faz nos animais com o que se faz com humanos […] Da maneira que vossa excelência falou com tanta raiva de quem se coloca contra aqueles que preescrevem de foram incorreta e não são médicos, uma vacinação antirrábica não ficava inadequada para vossa excelência”.
fonte:Bahia.Ba - 05/05/2021 23h
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