foto:reprodução
A Bahia perdeu, nesta quinta-feira (3), uma de suas mais importantes vozes do jornalismo e defensora da igualdade racial: Wanda Chase. Aos 74 anos, a jornalista amazonense radicada em Salvador faleceu na madrugada, vítima de complicações decorrentes de uma cirurgia. Sua trajetória profissional, marcada pela atuação em grandes veículos de comunicação e pela militância no movimento negro, a consagrou como uma referência na mídia baiana e um exemplo de luta por representatividade.
Nascida em Manaus (AM), Wanda Chase construiu uma carreira sólida e multifacetada ao longo de mais de 47 anos dedicados à comunicação. Sua paixão pelo jornalismo a levou a trabalhar em importantes veículos como o Jornal A Crítica (Manaus), a extinta Rede Manchete, a Tv Cabo Branco (Paraíba), a Rede Globo Nordeste (Pernambuco) e, por um convite que durou 27 anos, na TV Bahia. Em sua passagem pela emissora baiana, Wanda se destacou como repórter investigativa, consolidando-se posteriormente como uma respeitada jornalista de cultura e uma comentarista emblemática do Carnaval de Salvador. Sua versatilidade a levou a atuar também na TV Aratu, na TVE Bahia e, mais recentemente, no portal iBahia.
Além de sua marcante presença nos veículos de comunicação, Wanda Chase foi uma militante fervorosa do movimento negro. Sua voz ecoou na luta por maior visibilidade e inclusão das comunidades afrodescendentes na mídia e na sociedade. Sua atuação ia além das reportagens, engajando-se ativamente em causas que promoviam a igualdade racial e a valorização da cultura afro-brasileira. Paralelamente à sua vida profissional e ativismo, Wanda era conhecida por sua alegria contagiante e por ser torcedora do Esporte Clube Bahia.
Além de sua marcante presença nos veículos de comunicação, Wanda Chase foi uma militante fervorosa do movimento negro. Sua voz ecoou na luta por maior visibilidade e inclusão das comunidades afrodescendentes na mídia e na sociedade. Sua atuação ia além das reportagens, engajando-se ativamente em causas que promoviam a igualdade racial e a valorização da cultura afro-brasileira. Paralelamente à sua vida profissional e ativismo, Wanda era conhecida por sua alegria contagiante e por ser torcedora do Esporte Clube Bahia.
Mesmo após se aposentar, Wanda Chase manteve-se ativa e engajada. Continuou a compartilhar suas reflexões e análises em sua coluna “Opraí Wanda Chase” no Portal iBahia. Explorando novas plataformas, lançou o podcast “Bastidores com Wanda Chase” e dedicava-se à escrita de um livro sobre a história da axé music, demonstrando sua paixão pela cultura baiana e seu desejo de continuar produzindo conteúdo relevante.
A homenagem à sua contribuição para a Bahia já havia sido reconhecida em vida. Wanda, neta de caribenhos que chegou à Bahia em 1988, recebeu mais de 45 prêmios ao longo de sua carreira. Sua trajetória e seu impacto na sociedade baiana foram recentemente alvo de uma proposta de honraria da Bancada do Partido dos Trabalhadores, liderada pela deputada Fátima Nunes, celebrando seu trabalho como jornalista, apresentadora e militante. O prêmio não chegou a ser entregue por causa de seu estado de saúde na época.
A família Chase, em nota oficial, lamentou profundamente a perda de "uma mulher pioneira e inspiradora na luta pela igualdade racial e pela representatividade na mídia", lembrando-a como "referência de alegria, determinação, sensatez, honestidade e competência".
A morte de Wanda Chase deixa uma lacuna irreparável no jornalismo baiano e no movimento negro. Seu legado de profissionalismo, coragem, paixão pela justiça social e pela cultura da Bahia, continuarão a inspirar as futuras gerações de comunicadores e ativistas. As informações sobre o funeral, que ocorrerá no Cemitério Campo Santo, em Salvador, serão divulgadas em breve pela família.
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