• Praça do Feijão, Irecê - BA

sábado, 16 de junho de 2018

EUA: Lei citada por Trump para separar pais e filhos imigrantes não existe


Lei citada por Trump para separar pais e filhos imigrantes não existe
foto:reprodução


A lei que autoriza a separação de pais e filhos imigrantes apreendidos na fronteira do México com os Estados Unidos não existe, ainda que o presidente americano, Donald Trump, insista em sua validade, mostra o serviço de verificação de fatos da Associated Press

Em recentes declarações a jornalistas e em entrevista na Fox News, Trump não apenas manteve o argumento como culpou os democratas pela implantação da suposta legislação. 

A separação de pais e filhos se deve, na verdade, à política de "tolerância zero" adota pela administração Trump na questão imigratória. Nenhuma lei a impõe. "Tolerância zero" significa que quando se descobre uma família entrando de forma clandestina dos Estados Unidos, os pais são detidos e processados penalmente, mesmo se não tiverem antecedentes criminais em seus países de origem. É neste momento que as crianças são separadas dos seus responsáveis. Antes da política, em geral, os pais eram alvo de processos civis de deportação, que não requeriam separação imediata. 

Um relatório da Segurança Nacional obtido pela Associated Press mostra que, desde quando a "tolerância zero" foi imposta, em abril, 1.995 crianças foram separadas de seus pais. As reiteradas - porém pouco específicas - referências de Trump à lei democrata parecem aludir a um projeto de 2008. A legislação foi aprovada por unanimidade no Congresso e assinada pelo então presidente do país, o republicano George W. Bush. 

O texto prevê a liberação e ajuda a menores que chegaram à fronteira sem pais ou tutores e nada fala sobre a separação de famílias. Os aliados de Trump no Congresso atribuem as separações a decisões judiciais, o que também é evasivo. Os tribunais estabeleceram que as crianças imigrantes sejam liberadas da detenção, mas o direito não é extensivo aos pais. A discrepância faz com que os adultos sejam mantidos atrás das grades. Porém, o aumento da separação de famílias deriva da prática do governo de maximizar os processos penais e a forma como as autoridades aplicam a medida. Em 1997, o acordo alcançado após uma demanda coletiva estabeleceu protocolos para o tratamento e liberação de crianças não acompanhadas que eram capturadas na fronteira.

O "Acordo Flores", que leva o nome de uma adolescente apreendida na fronteira na década de 1980, requer que o governo libere as crianças e seus pais, parentes adultos e outros cuidadores, nesta ordem de preferência. Se essas opções forem esgotadas, as autoridades devem encontrar um arranjo "menos restritivo" para o menor que chegou ao país sem seus pais. O governo Trump quer que o Congresso apoie uma lei que revogue este acordo. Em 2015, um juiz federal de Los Angeles ampliou os termos do acordo, ao determinar que ele se aplica também a crianças capturadas com seus pais, além daqueles que chegaram sozinhos aos Estados Unidos. Decisões recentes, derivadas de processos de apelação, afirmam o direito dos menores a uma audiência judicial e requerem a melhora das condições nos centros de detenção de curto prazo, administrados pela Patrulha Fronteiriça.

Em 2016, a Corte de Apelações do 9º Distrito dos EUA conclui que as crianças imigrantes que chegaram à fronteira com seus pais devem ser tiradas de trás das grandes. A decisão não especificou se os pais também devem liberadas, tampouco se seguirão separados de seus filhos. 

fonte:BN c/adaptações

Em Feira: Mais um PM é assassinado;tentou evitar assalto

O policial militar Wagner Silva Araújo, de 27 anos, lotado na 67ª Companhia Independente de Polícia militar (67ª CIPM), foi assassinado com um tiro no peito na madrugada desde sábado (16), na Rua Uberlândia, transversal com Rua dos Maias, bairro São João em Feira de Santana.
Ele saía de uma festa próximo ao local do crime, quando percebeu que duas pessoas estavam sendo assaltadas. O PM reagiu ao assalto, foi baleado e morreu no local.
Segundo o delegado Roberto Leal, coordenador regional da Polícia Civil, o crime aconteceu por volta das 4h30 da manhã. O policial estava dentro do carro, indo para casa, quando viu o assalto e trocou tiros com os criminosos.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Estamos colhendo as informações para prosseguir as investigações. Ele entrou na polícia em 2015. Um policial jovem e um crime que deixa todos consternados”, afirmou.
O coronel Luziel Andrade, comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL), lamentou a morte do policial e informou que no local onde aconteceu o crime não há câmeras de segurança. Ele frisou que a polícia clama por um melhor serviço, profissionalismo porque também é parte da sociedade.
“A gente trabalha para que essas coisas não aconteçam. Mas, infelizmente ele foi alvejado. Vamos agora apoiar a família e buscar identificar a autoria”, declarou.

O CPRL emitiu uma nota lamentando a morte do PM Wagner Silva Araújo. Leia a nota na íntegra:
O Comando de Policiamento da Região Leste sente com muito pesar a morte de um membro do seu efetivo, o Sd PM Wagner Souza de Araújo, que era lotado na 67 CIPM/Feira de Santana, morto nesta madrugada (15.06), quando saía de uma casa de show em Feira de Santana e houve um roubo, tendo este reagido, sendo atingindo e morto por por dois criminosos, que evadiram. As providências para o total esclarecimento e punição dos autores desta triste ocorrência já estão sendo adotadas, e em breve teremos a identificação dos mesmos. Conclamo a região leste para que apoie em oração os familiares e amigos enlutados.

Fonte:Acorda cidade/reprodução.

Irecê: Prefeitura assina ordem de serviço do novo acesso a UNEB

                             O auditório estava lotado - foto:reprodução ASCOM/PMI

O prefeito de Irecê, Elmo Vaz(PSB) esteve na última quinta(14) no auditório da Uneb, assinando a ordem de serviço para asfaltar a Avenida Adolfo Moitinho, no trecho entre o Campus XVI-Irecê  da Uneb  a Rodoviária de Irecê.

A pavimentação asfáltica em CBUQ (asfalto quente) faz parte do projeto Urbaniza Irecê, onde mais de 100 ruas estão sendo completamente urbanizadas, e será realizada com parte dos recursos oriundos do Governo do Estado, recursos próprios do município e emenda parlamentar da deputada estadual Fabíola Mansur. 
“Muito mais do que asfaltamento, esse novo acesso que liga a Rodoviária à Uneb se trata de um projeto de mobilidade urbana”, explicou o prefeito, salientando que a opção pelo asfalto quente se deve ao fato de entender a necessidade de se usar asfalto de alta qualidade para uma via que vai absorver um volume considerável de tráfego, afirmou o prefeito.

Na ocasião, o prefeito foi recebido pelo Diretor eleito prof. Claudio Meira, que em nome do atual  diretor prof. Joabson Figueiredo deu as boas vindas a todos e justificou a ausência de prof. Claudio agradeceu a prefeitura por essa importante obra de mobilidade que beneficiará de maneira significativa a toda comunidade acadêmica do Campus Irecê.

O novo acesso vai facilitar o fluxo de veículos que chegam de Salvador para a região central e melhorar o acesso dos moradores dos bairros São José e Lagoa de Tió à universidade e outros bairros do município. Também ficará muito mais fácil e rápido para a maior parte dos moradores se deslocarem até o campus da Uneb

Na oportunidade, o prefeito anunciou  também a pavimentação do acesso que liga a UNEB ao Mercado do Produtor, e quatro quilômetros de iluminação na BA-052, no trecho entre a Cerb e o Mercado do Produtor.

Prestigiaram o evento,funcionários, professores e alunos do Campus e alunos do projeto UPT -Universidade para Todos, bem como a deputada Fabíola Mansur(PSB) secretários,vereadores, empresários e a imprensa ireceense.

Chineses taxam importações americanas nos mesmo 25% impostos por Trump


imagem:reprodução
Poucas horas após os Estados Unidos anunciarem a imposição de tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em bens importados da China, o país asiático fez sua represália: também irá impor tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em produtos importados dos Estados Unidos.
Como justificativa, o Ministério apontou que as medidas americanas “violaram as regras relevantes da Organização Mundial do Comércio (OMC) e são contrárias ao consenso alcançado nas negociações sino-americanas, que violam seriamente nossos direitos e interesses legítimos e ameaçam os interesses de nosso povo e de nosso país”.
O ministério também informou que, a partir de 6 de julho de 2018, serão impostas tarifas de aproximadamente US$ 34 bilhões em mercadorias americanas e o tempo de implementação das barreiras adicionais sobre outras commodities será anunciado separadamente. De acordo com a China, produtos agrícolas e automóveis americanos estão entre os itens que sofrerão tarifas já no início do próximo mês.
Trump, que diz que a decisão de Washington é uma reposta ao que a Casa Branca caracteriza como “roubo” de propriedade intelectual e tecnologia pela China, chegou afirmar que caso os chineses fizessem represália, os EUA iriam impor mais taxas. As medidas abrem uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
As barreiras americanas atingem principalmente produtos que contêm tecnologia, mas exclui celulares e TVs. O principal alvo de Trump é a política “Made in China 2025”, pela qual o país asiático pretende dominar indústrias emergentes de alta tecnologia que dominarão a economia no futuro.
A retaliação chinesa deve atingir principalmente aviões fabricados pela Boeing, carros e soja, o que pode beneficiar o Brasil.
fonte:Diário do Poder

Concurso: PF oferta 500 vagas; confira o edital

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Polícia Federal lançou o edital de concurso público, nesta sexta-feira (15), para 500 vagas, distribuídas entre os cargos de delegado de polícia federal (150), perito criminal federal (60), escrivão de polícia federal (80), papiloscopista de polícia federal (30) e agente de polícia federal (180).
O certame será realizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), que utilizará o método Cespe de seleção. A inscrição será feita apenas via http://www.cespe.unb.br/concursos/pf_18/   

no período entre 10 horas do dia 19 de junho e 18 horas do dia 2 de julho (horário de Brasília/DF).
A taxa de inscrição poderá ser efetuada por meio de Guia de Recolhimento da União, disponibilizada na página de acompanhamento do concurso e paga em qualquer banco, bem como nas casas lotéricas e nos Correios. O pagamento da taxa de inscrição deverá ser efetuado até o dia 20 de julho de 2018.





STF: Fachin pede que 2ª Turma do STF julgue pedido de liberdade de Lula


Espectro eleitoral: EM VÍDEO – Lula: primeira aparição depois de dois meses de prisão
© Reprodução EM VÍDEO – Lula: primeira aparição depois de dois meses de prisão
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STFEdson Fachin, relator da Operação Lava Jatona Corte, decidiu submeter à Segunda Turma do STF o novo pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ele deixe a prisão até que os recursos contra sua condenação na Lava Jato sejam julgados. Fachin quer que o pedido de liberdade de Lula seja julgado no colegiado no dia 26 de junho.
A Segunda Turma do Supremo tem em sua composição, além de Edson Fachin, os ministros Gilmar MendesRicardo LewandowskiCelso de Mello e Dias Toffoli. Responsável por julgar os processos da Lava Jato na Corte, o colegiado já havia negado, em maio, um pedido de Lula para deixar a prisão. Na ocasião, a decisão se deu de forma unânime em um julgamento virtual. Apesar do entendimento neste caso, Gilmar, Lewandowski, Mello e Toffoli são contrários à possibilidade de que réus condenados em segunda instância sejam detidos para cumprir pena.
Lula está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba desde o dia 7 de abril. Ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) no caso do tríplex do Guarujá. Com o fim do processo em segunda instância, a defesa do ex-presidente entrou com recurso especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e recurso extraordinário no STF contra a condenação. A vice-presidência do TRF4 ainda analisa a admissibilidade dos recursos, isto é, se eles podem ser remetidos aos tribunais superiores.
Embora a possibilidade de prisões após segunda instância seja autorizada por uma decisão do plenário do próprio Supremo, os defensores do ex-presidente sustentam à Corte que a prisão dele “viola um dos direitos mais basilares do requerente (e também de qualquer cidadão brasileiro) – seu direito à liberdade” e “afronta” o princípio da presunção de inocência.
O pedido afirma ainda que Lula é pré-candidato à Presidência da República na eleição de outubro e, “além de ver sua liberdade tolhida indevidamente, corre sérios riscos de ter, da mesma forma, seus direitos políticos indevidamente cerceados, o que, em vista do processo eleitoral em curso, mostra-se gravíssimo e irreversível”.
Mesmo preso, o petista lidera as pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto. Conforme o mais recente levantamento feito pelo Datafolha, divulgado no último domingo, 10, Lula tem 30% das intenções de voto.
Os advogados também sustentam que o juiz federal Sergio Moro não poderia ter julgado o ex-presidente na Lava Jato porque o caso do tríplex não teria relação com o esquema de corrupção da Petrobras. O magistrado, argumentam, pretende se tornar “juízo universal da corrupção e estender a seu talante sua atribuição jurisdicional a todos os fatos e sujeitos que julgar convenientes”. Além disso, a defesa acusa Moro de ter sido parcial no julgamento do petista.
Outros argumentos são os de que houve violação à ampla defesa e irregularidades na atuação de procuradores do Ministério Público Federal (MPF).
Logo no início da peça, os advogados de Lula ponderam saber que um recurso excepcional, como o recurso extraordinário, não tem o poder de suspender o efeito de uma decisão até que ele seja julgado. Segundo os defensores, no entanto, o pedido ao STF se justifica porque “o ordenamento processual prevê a possibilidade de concessão de efeito suspensivo aos recursos dirigidos às Cortes Superiores quando a execução da decisão recorrida for passível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação”.
fonte:MSN/reprodução

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Bahia: Secretário de segurança recebe ator baleado pela polícia


[Após ator ser baleado, Bando de Teatro Olodum aponta racismo em abordagem policial]
ator Leno Sacramento foi baleado por policiais -foto:reprodução/Bnews
O Secretario da Segurança Pública do Estado (SSP), Maurício Barbosa, reuniu-se com o ator Leno Sacramento e outros integrantes do Bando de Teatro Olodum, na tarde desta quinta-feira (14), no Centro de Operações e Inteligência 2 de Julho (COI), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.
"Os fatos serão devidamente apurados e acompanhados com todo o afinco que o caso requer, não somente pela Polícia Civil, mas pela Secretaria da Segurança Pública. Caso seja comprovada, dentro dos ritos, uma ação ilegal dos agentes, os mesmos serão devidamente punidos", garantiu Barbosa.
O ator foi abordado por agentes da Polícia Civil, no Relógio de São Pedro, no Centro de Salvador, e foi baleado na perna na quarta (13). O cenotécnico Garlei Souza acompanhava o ator na ocasião e também foi abordado pelos policiais. Leno Sacramento narrou todo o acontecimento para Maurício Barbosa e outras autoridades presentes. 
Já o delegado-geral da Polícia Civil, Bernardino Brito, destacou que não apoia as condutas como as que ocorreram ontem. "Há uma persistência de nossa parte em capacitar, todos os dias, os policiais, com o intuito de evitar casos de racismo e intolerância protagonizados por membros da corporação. A Corregedoria já está à frente para se ter o melhor resultado possível e se chegar à verdade e às medidas cabíveis". Informações do B.News.

Bahia: Estado sanciona lei que criou nove cargos de desembargadores e 18 assessores no TJ-BA


Rui Costa sanciona lei que cria nove cargos de desembargadores no TJ-BA
Foto : Camila Souza/GOVBA/reprodução

O governador Rui Costa (PT) sancionou a lei  13.964 de 13 de junho de 2018 que cria nove cargos de desembargadores no Tribunal de Justiça da Bahia e 18 cargos de assessores. O ato foi publicado no Diário Oficial do Estado de hoje(14). 

Com a medida, a Corte baiana passa a ter 70 desembargadores. A matéria para a criação dos postos foi aprovada na última segunda-feira (12) pela Assembleia Legislativa. Segundo informações do Metro 1, ontem, o conselheiro federal da OAB da Bahia, Fabrício Castro, disse que vai acionar o Conselho Nacional de Justiça contra o projeto.

 No dia 6 de junho, quando o Pleno do TJ-BA aprovou a matéria, o presidente da OAB Bahia, Luiz Viana, disse, também segundo o site, que “a criação de nove vagas para novos desembargadores viola as diretrizes definidas pelo CNJ na Resolução 194, de priorizar a Justiça de 1º grau”.

Confira a Lei
LEI Nº 13.964 DE 13 DE JUNHO DE 2018

Altera o art. 38 da Lei nº 10.845, de 27 de novembro de 2007, e cria cargos de Desembargador, Assessor de Desembargador e Assistente de Gabinete.

O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Ficam criados, no âmbito do Poder Judiciário, 9 (nove) cargos de Desembargador, com os seguintes cargos de Gabinete, que serão providos na forma da Lei:

I - 18 (dezoito) cargos de Assessor de Desembargador, símbolo TJ-FC-2, sendo 02 (dois) para cada Gabinete;

II - 9 (nove) cargos de Assistente de Gabinete, símbolo TJ-FC-3, sendo 01 (um) por Gabinete.

Art. 2º - O art. 38 da Lei nº 10.845, de 27 de novembro de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 38 - O Tribunal de Justiça, órgão supremo do Poder Judiciário do Estado da Bahia, tendo por sede a Capital e Jurisdição em todo o território estadual, compõe-se de 70 (setenta) Desembargadores, sendo presidido por 01 (um) de seus integrantes, desempenhando 04 (quatro) outros as funções de 1º Vice-Presidente, 2º Vice-Presidente, Corregedor Geral da Justiça e Corregedor das Comarcas do Interior.
.......................................................................................................”(NR)

Art. 3º - As despesas decorrentes desta Lei correrão à conta das dotações consignadas ao Poder Judiciário nos próximos orçamentos do Estado.

Parágrafo único - A instalação de Gabinetes de Desembargador, na forma da lei, dependerá de disponibilidade orçamentária, observada a compatibilidade com o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 13 de junho de 2018.

RUI COSTA
Governador

Carlos Mello

Secretário da Casa Civil em exercíc








fonte:Acorda cidade c/adaptações

Região de Irecê: Licitação da BA 799 trecho. BA.052 -Soares já tem data definida

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Av. Irecê/ povoado de Soares de América Dourada foto:reprodução

O Governo do Estado da Bahia através da Seinfra -Secretaria de Infraestrutura publicou hoje(14) o Aviso de Licitação na modalidade Concorrência nº 041/2018 para escolha da empresa que irá Recuperar a rodovia BA. 799 no trecho BA.052(Lagoa dos Borges) -Soares com extensão de 12,10 km. A licitação será realizada no dia 16/07/18 às 14h30min, na Seinfra.


SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA
Pregão Presencial
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

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SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA - AVISO DE LICITAÇÃO
CONCORRÊNCIA  Nº 041/2018.
Tipo: Menor Preço - Abertura: 16/07/2018 às 14h30min. Objeto: Recuperação na rodovia: BA.799, no trecho: BA.052 (Lagoa dos Borges) - Soares, extensão 12,10 km. Família 07.30.   Local: Comissão Permanente de Licitação - CPL - SEINFRA, Av. Luiz Viana Filho, nº 440 - 4ª Avenida - Centro Administrativo da Bahia - Prédio Anexo - 1º andar - Ala B, Salvador-Ba. Os interessados poderão obter informações no endereço supracitado, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12:00h e das 13h30 às 17h30. Maiores esclarecimentos no telefone (71)3115-2174, no site: www.infraestrutura.ba.gov.br e email: cpl@infra.ba.gov.br. Salvador-Ba, 13/06/2018. Alexinaldo Negreiros da Silva/Presidente da CPL.



fonte:DOE 14/06/18 executivo/Licitação
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Copa 2018: Deputada pede que russas não façam sexo com estrangeiros para evitar " filhos mestiços"

A líder do Comitê para as Famílias do Parlamento russo pediu nesta quarta-feira (13) que suas compatriotas não façam sexo com estrangeiros que não sejam brancos durante a Copa do Mundo.
À imprensa local, a parlamentar Tamara Pletnyova disse que transar com estrangeiros aumenta o risco de que as russas se tornem mães solteiras de filhos mestiços.
"Essas crianças mestiças sofrem e sofreram desde os tempos soviéticos ", justificou Pletnyova.
"É uma coisa se eles são da mesma raça, mas outra bem diferente, se eles são de uma raça diferente. Eu não sou nacionalista, mas mesmo assim sei que as crianças sofrem. As crianças são abandonadas, e é isso, acabam ficando aqui com a mãe", afirmou a deputada do Partido Comunista KPRF, que costuma apoiar o presidente Vladimir Putin em votações importantes.
Os comentários geraram controvérsia. Os russos brancos, segundo o censo de 2010, correspondem a 81% da população do país - o restante inclui minorias étnicas como turcos e mongóis.
torcida: Deputada, que é líder do Comitê para as Famílias do Parlamento, alega que crianças mestiças 'sofrem muito'. Por isso, segundo ela, é melhor evitar que russas engravidem de estrangeiros na Copa© Christopher Furlong/Getty Images Deputada, que é líder do Comitê para as Famílias do Parlamento, alega que crianças mestiças 'sofrem muito'. Por isso, segundo ela, é melhor evitar que rus

'Filhos da Olimpíada'

O comentário da deputada foi motivado por uma pergunta relacionada aos chamados "filhos da Olimpíada" de Moscou, em 1980.
O termo é considerado pejorativo e normalmente é a associado a russos de ascendência africana, latina ou asiática - que sofrem preconceito no país, principalmente em cidades do interior.
A frase sugere que estas pessoas teriam sido concebidas durante os Jogos, por mulheres russas que se relacionaram com estrangeiros. Nos anos 1980, ainda sob a régua do comunismo soviético, métodos contraceptivos eram raros no país.
Ainda segundo Pletnyova, as russas devem "se casar por amor, independente de sua etnia".
Mulheres russas com trajes típicos, num dos eventos preparatórios da Copa do Mundo de 2018© ANATOLY MALTSEV Mulheres russas com trajes típicos, num dos eventos preparatórios da Copa do Mundo de 2018
A FIFA estima que 1 milhão de turistas estrangeiros visitem o país durante a Copa do Mundo, que começa oficialmente nesta quinta-feira, em Moscou, com partidas em 11 cidades, até 15 de julho.
Nem a FIFA nem o Comitê Organizador da Copa do Mundo comentaram as declarações.
Um estudo divulgado recentemente pelas ONGs russas Fare Network e Sova Centre, em Moscou, aponta para um aumento de manifestações racistas nos estádios que serão usados durante a Copa.
Segundo relatório, 19 menções a "macaco" e canções neonazistas foram identificadas nos estádios entre 2017 e 2018.
Entre 2016 e 2017, segundo o levantamento, apenas duas menções do tipo haviam sido registradas. O estudo é realizado desde 2012.
fonte:MSN/BBC/reprodução

PF atribui a Temer obstrução de Justiça

PF atribui a Temer obstrução de Justiça
foto:reprodução
Relatório da Operação Cui Bono?, que mira desvios na Caixa, dedica um capítulo somente para a suposta compra do silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB) e do delator Lúcio Funaro, pelo presidente Michel Temer.
Segundo o relatório, 'no edifício probatório dos autos do inquérito 4483/STF', da Operação Patmos, 'foram verificados indícios suficientes de materialidade e autoria atribuível a Michel Miguel Elias Temer Lulia, Presidente da República, no delito previsto no Artigo 2.º, inciso 1, da 12.850/13, por embaraçar investigação de infração penal praticada por organização criminosa'.
O documento de conclusão do inquérito sobre fraudes no banco público indicia 16 pessoas, entre elas Cunha, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, Funaro e executivos dos grupos Bertin, 'Constantino' - Henrique Constantino, dono da Gol , Marfrig e J&F. Temer é apenas citado, ele não está entre os indiciados porque detém foro privilegiado.
De acordo com o relatório, 'na medida em que incentivou a manutenção de pagamentos ilegítimos a Eduardo Cunha, pelo empresário Joesley Batista, ao tempo em que deixou de comunicar autoridades competentes de suposta corrupção de membros da Magistratura Federal e do Ministério Público Federal que lhe fora narrada pelo mesmo empresário'.
A PF se refere ao dia 7 de março, em que Temer foi gravado em encontro fora da agenda por Joesley. Na conversa, o delator narrou ao presidente a suposta ajuda financeira a Eduardo Cunha e a Lúcio Funaro com o fim de que não firmassem acordos de colaboração com as autoridades.
Em delação premiada, o executivo afirmou ter feito pagamentos de R$ 5 milhões após a prisão de Eduardo Cunha como 'saldo da propina' de R$ 20 milhões pela relacionada à 'desoneração tributária do setor do frango'. Também narrou pagamentos mensais de R$ 400 mil em benefício de Funaro. Ele relata que Temer tinha ciência disso.
Ao ouvir de Joesley sobre os pagamentos, o presidente teria dito: "Tem que manter isso, viu?"
O relatório cita ainda ação controlada da Polícia Federal em que a irmã do doleiro Lúcio Funaro é flagrada recebendo uma mala de dinheiro do delator Ricardo Saud, da J&F nos fundos de uma escola situada no complexo da JBS. Em delação premiada, o doleiro confirmou ter um 'pacto de silêncio' com Joesley firmado quando a Operação Lava Jato começou a seguir o rastro de Eduardo Cunha. O pacto envolveria suposta assistência à sua família pela J&F.
Denúncia. O presidente Michel Temer foi denunciado duas vezes pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na segunda 'flechada' da PGR, o emedebista foi acusado de integrar o 'Quadrilhão do PMDB' na Câmara - crime de organização criminosa. A acusação imputava a Temer também o crime de obstrução de Justiça relacionado à conversa que o presidente teve às escondidas no Palácio do Jaburu naquele 7 de março de 2017. As denúncias contra Michel Temer foram enterradas por votações da Câmara Federal.
COM A PALAVRA, TEMER
É mentirosa a insinuação de que o presidente Michel Temer incentivou pagamentos ilícitos ao ex-deputado Eduardo Cunha e a Lúcio Funaro. Isso jamais aconteceu. A gravação do diálogo com Joesley Batista foi deturpada para alcançar objetivo político. A verdade é que, na conversa grampeada, quando o empresário diz que mantinha boa relação com o deputado, o presidente o incentiva a não alterar esse quadro. Segue a transcrição desse trecho do diálogo:
Joesley - "Eu tô de bem com o Eduardo"
Michel Temer - "Tem que manter isso, viu?"

Portanto, não tem nada a ver com aval a qualquer pagamento a quem quer que seja. Assim, é ridículo dizer que houve obstrução à Justiça e, muito menos, relativamente a qualquer caso envolvendo integrantes da Magistratura e do Ministério Público. O presidente não tinha nomes, e nem sequer sabia que o procurador Marcelo Müller estava trabalhando para a J&F da família Batista. Apesar da ausência absoluta de provas, investigadores insistem em retirar do contexto diálogos e frases para tentar incriminar o presidente da República. Perpetuam inquéritos baseados somente em suposições e teses, sem conexão com fatos reais.
COM A PALAVRA, EDUARDO CUNHA
"A defesa diz que por mais kafkaniano que possa parecer, embora a imprensa já tenha acesso ao relatório, os advogados ainda não tiveram esse privilégio e aguardam para eventual manifestação sobre o documento".
Délio Lins e Silva Júnior
COM A PALAVRA, GEDDEL VIEIRA LIMA
O advogado Gamil Foppel não respondeu aos contatos da reportagem até a conclusão da reportagem. O espaço está aberto.
COM A PALAVRA, MARFRIG
"No dia 15 de maio de 2018, o empresário Marcos Molina dos Santos firmou com o Ministério Público Federal um termo de compromisso de reparação de eventuais danos relacionados às investigações da Operação Cui Bono. Não se trata de um acordo de colaboração ou de delação e não há admissão de qualquer culpa por parte do empresário, que mantém suas atividades empresariais inalteradas. O termo já foi homologado judicialmente e hoje produz plenos efeitos. O relatório da Polícia Federal não altera a situação jurídica de Marcos Molina dos Santos."
COM A PALAVRA, JOESLEY
A defesa do empresário Joesley Batista reafirma que ele é colaborador da Justiça e, como bem destacado no relatório apresentado pela Polícia Federal, sua colaboração foi essencial, "trazendo celeridade e eficácia a esta investigação criminal", motivo pelo qual a autoridade policial sugeriu a concessão dos benefícios da colaboração premiada.
COM A PALAVRA, HENRIQUE CONSTANTINO
"Henrique Constantino segue colaborando com as autoridades para o total esclarecimento dos fatos".
fonte:MSN /reprodução

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Em RS: Motorista é internado após ter caminhão tombado pelo vento: veja o vídeo

Motorista é internado após ter caminhão tombado pelo vento no RS: ‘Nasci de novo’
Foto: Reprodução / YouTube
Um motorista foi internado na cidade de Tapejara, no Rio Grande do Sul, após ter seu caminhão tombado pelo vento. Domingos Favretto, 57 anos, relatou ao site GaúchaZH que o veículo, com cerca de 14 toneladas, chegou a rodopiar sem tocar o chão. O incidente aconteceu na última segunda-feira (11) e para ele representou uma nova vida. "Dá pra dizer que nasci de novo", afirmou. “Pensava que era meu último dia”, disse. "O caminhão deu uma balançada e deu o primeiro tombo. Daí eu senti que ele não encostou mais no chão. Eu não sentia batida nunca, só que ele girava. Aí deu um estouro maior, foi quando eu imaginei que não tinha mais pra mim. Mas ele deu mais um tombo e parou. Ele ficou um bom tempo no ar, sem bater no chão", descreveu o motorista. A ventania, sem precedentes na região, atingiu o caminhão em um trecho da rodovia RS-463. Moradores acreditam que um tornado passou pelo local, causando a morte de animais, danos em propriedades rurais e a queda de árvores. Vídeos gravados no início desta semana mostram o estrago provocado. Assista:

Governo amplia saques no PIS/Pasep para todas as idades;confira quem tem direito


Ministério do Planejamento estima que a ampliação de saques do PIS/Pasep vai inj...
O Ministério do Planejamento estima que a ampliação do público que poderá sacar recursos das contas do PIS/Pasep vai injetar R$ 39,3 bilhões na economia, o que poderá gerar impacto potencial de 0,55 ponto porcentual no Produto Interno Bruto (PIB).
A ampliação do público que poderá sacar os recursos foi formalizada em cerimônia nesta quarta-feira, 13, no Palácio do Planalto. O Planejamento informou saques começam na próxima segunda-feira, 18
Com a ampliação do programa, todos os trabalhadores - independentemente da idade - que tiveram emprego formal entre 1971 e 1988 poderão sacar recursos das contas do PIS/Pasep até 28 de setembro.
A partir dessa data, terão prioridade aqueles com idade superior a 60 anos e todos os que já poderiam retirar os recursos nas condições anteriores. Trabalhadores poderão consultar canais de atendimento do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal que serão criados especialmente para o programa.
Estimativa do Ministério do Planejamento indica que, na média, cada conta do PIS/Pasep registra valor médio de R$ 1 mil. Segundo o Ministério do Planejamento, as atuais condições do programa de saque do PIS/Pasep já acumulava saque de R$ 5 bilhões por 3,6 milhões de trabalhadores.
fonte:MSN/c/adaptações
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"Olha no que deu. Cadê o Lula e onde estou eu?!', diz Ciro sobre repetir aceno de petista ao mercado

Sob o olhar de Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola, na sede paulista do PDT, o presidenciável Ciro Gomes recebia uma camada de base sobre o rosto para conter o brilho do suor. Embora fizesse um clima ameno em São Paulo na última segunda-feira, Ciro tinha motivos para suar. Em um cenário sem o ex-presidente Lula (PT), ele disputa com Marina Silva (Rede) a vaga para o segundo turno do pleito 2018, com 10% a 11% dos votos, de acordo com o último Datafolha.
Para garantir a vaga, tenta aglutinar em torno de si os partidos de esquerda, especialmente o PSB, que lhe acrescentaria 1 minuto e 23 segundos diários de exposição televisiva na campanha. Ao mesmo tempo, tem aberto diálogo com partidos de centro e direita, como DEM, PP e Solidariedade. Mas declarações recentes suas criaram mal-estar entre os possíveis aliados, que a equipe de Ciro tentava debelar enquanto ele falava à BBC News Brasil.
Ele disse que, antes de sentar à mesa com essas siglas, se dedicará a garantir a "hegemonia moral e intelectual" da candidatura, o que foi entendido pela centro-direita como um demérito. "O que há nesse momento é uma brutal onda de especulação, muita intriga", exaltou-se o ex-governador do Ceará, negando conversas com partidos como DEM.

  • "Aliança é por definição contraditória. O que elimina essa contradição é o propósito com o qual ela é firmada", explicou-se, em referência ao termo "hegemonia moral e intelectual". Se nega que as conversas estejam em curso, Ciro não perde oportunidade de elogiar o atual presidente da Câmara e presidenciável do DEM Rodrigo Maia, "por quem tenho estima desde garoto".
Equacionada a questão política, Rodrigo Maia, deputado com bom trânsito no mercado financeiro, poderá ser um importante aliado para que Ciro consiga reduzir resistência nessa frente.
"Nenhum liberal desses toscos mal lidos chegará perto do meu governo", dispara o candidato. Questionado sobre a autonomia do Banco Central para conduzir a política de juros, Ciro afirma que a instituição passará a ser orientada a obter "a menor inflação a pleno emprego".
O pedetista critica duramente o sistema bancário nacional e garante que ampliará a competição entre bancos na sua gestão, a fim de reduzir os juros reais praticados no país. Afirma que fará o ajuste fiscal reduzindo as desonerações a setores da indústria, implantadas sobretudo no governo Dilma Rousseff (PT), e criando impostos sobre heranças e doações e sobre a distribuição de lucros e dividendos a empresários e investidores.
Para a Previdência, defende um modelo de capitalização público, em que o trabalhador resgate como aposentadoria algo proporcional ao que depositou ao longo da carreira.
Ciente do temor do mercado em relação a seu nome, Ciro diz que em "hipótese nenhuma" fará um texto de compromisso como a Carta ao Povo Brasileiro, apresentado por Lula na campanha de 2002 para assegurar contratos e pagamento de dívida. "Olha no que deu. Cadê o Lula e onde estou eu", diz.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista.
BBC News Brasil - O senhor tem excluído a possibilidade de aliança com MDB, chama de "ladrões" alguns integrantes do partido. No entanto, o partido com mais condenados pela Lava Jato é o PP, do qual pode sair seu vice, Benjamin Steinbruch. Não é uma contradição?
Ciro Gomes - O que há nesse momento no Brasil é uma brutal onda de especulação, muita intriga, o que também não me assusta, que é muito própria dos tempos.
O que eu tenho buscado fazer é buscar alianças com partidos que não têm candidato a presidente da República. Nesse momento, o único partido desse campo que não tem candidato é o PSB.
Michel Temer: 'Nós precisamos destruir o MDB, pelos caminhos democráticos', diz Ciro sobre partido de Temer
© EPA/Joedson Alves 'Nós precisamos destruir o MDB, pelos caminhos democráticos', diz Ciro sobre partido de Temer

Isso dito, o jornalismo me pergunta às vezes, instrumentalizado por fofoca - e o jornalista não é culpado disso: 'E o PP, você aceita?' Claro que aceito. 'E o Democratas, você aceita?' Claro que aceito. E começam as especulações.
E o que eu digo, e isso elimina possibilidade de contradição, no Brasil nenhum partido político terá mais de 10% da Câmara Federal, se tiver mais do que 10%, será 11%, mas 12% seguramente nenhum partido terá. Mesmo eu ganhando, não tenho a chance de fazer 12% com o meu partido.
BBC News Brasil - Nem o MDB?
Ciro - Nenhum partido. Nenhum. O MDB vai encolher, o PT vai encolher.
BBC News Brasil - É uma novidade o que o senhor está antevendo. Por que até hoje não foi assim...
Ciro - O MDB hoje tem 70 deputados, é um pouco mais de 10% (o MDB elegeu 66 deputados em 2014, mas hoje a bancada tem 51 deputados, o que equivale a 10%), a Câmara tem 513 deputados. Nenhum fará 12%.
O que quer dizer que qualquer presidente responsável que queira traduzir suas promessas em compromisso resgatado com o povo tem que anunciar desde antes que aqueles a quem o povo depositar o voto, será com eles que nós teremos que negociar.
Eu sou um homem muito vivido e sempre disse que o problema não são as contradições da aliança, porque a aliança é por definição contraditória. Se não fosse contraditória, não era aliança.
O que elimina essa contradição é o propósito, no meu caso é claramente a fixação de um programa muito explícito, até julho ficarão muito claras as providências que eu pretendo tomar no ambiente de reformas interativas com o Congresso Nacional.
E, de outra forma, aquilo que eu chamo de hegemonia moral e intelectual, ou seja, o que importa aqui é a qualidade, o cimento da aliança e o propósito com o qual ele é firmado.
Nesse sentido, eu excluo o MDB apenas por isso: porque ele escapuliria claramente de qualquer possibilidade de hegemonia moral e intelectual. O que eles têm feito hoje - o MDB está comandando o poder a partir de um golpe; o que ele fez ontem - traiu e desmontou o projeto de aliança com o PT; o que ele fez anteontem - destruiu o governo Fernando Henrique Cardoso. Sempre com a mesma característica: fisiologia, clientelismo e roubalheira.
BBC News Brasil - O DEM, com quem o senhor estaria tendo conversa, é fiador desse governo Temer.
Ciro - Eu não tive nenhuma conversa com o DEM. O DEM tem candidato à presidência da República, ninguém menos do que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, por quem tenho estima desde garoto.
As pessoas não sabem, mas sou velho amigo do pai de Rodrigo Maia, César Maia. Ajudei o César Maia em campanhas importantes dele no Rio de Janeiro, tenho respeito pelo César Maia e esse respeito imediatamente se transferiu para o Rodrigo, de maneira que eu não cometeria nenhuma indelicadeza porque ele é candidato.
Se ele não for e, não sendo, admitir conversar comigo, a conversa estará aberta.
BBC News Brasil - O senhor já se colocou contra o teto de gastos e a reforma trabalhista. Vai revogar todas as reformas do Temer?
Ciro - Os valores perseguidos por essas reformas são valores corretos: equilíbrio fiscal, modernizar as relações trabalhistas. Só que, a pretexto disso, o Brasil fez coisas selvagens e incongruentes, coisas insustentáveis no campo da aritmética básica.
Por exemplo, você estabelecer, sem qualquer precedente e sem legitimidade, um status constitucional de que o Brasil está proibido de expandir seu gasto em termos reais com educação e saúde, colide com coisas evidentes.
Dilma Rousseff e Ciro Gomes em 2015: 'No primeiro governo Dilma fez-se o quê em matéria de nacional desenvolvimentismo? Renúncia fiscal?', questiona o candidato
© Roberto Stuckert Filho/PR 'No primeiro governo Dilma fez-se o quê em matéria de nacional desenvolvimentismo? Renúncia fiscal?', questiona o candidato

Isso vai constranger o custeio da máquina. Você não vai repor os carros da polícia? A munição da polícia? Se eventualmente a inflação ficar perto de zero, como queremos, em torno de 3%, você vai crescer só 3% as viaturas do Exército e da Polícia?
Isso daqui (o teto de gastos) tem que ser revogado pura e simplesmente. Mas, como o valor é correto, nós admitimos discutir. Mas nunca por status constitucional e nunca pesando sobre educação, saúde e investimento.
BBC News Brasil - Como faria o ajuste fiscal? De um lado, você defende que não haja diminuição do investimento público, mas, mesmo com o ajuste fiscal que a gente tem hoje, com redução de investimentos, há um deficit previsto nas contas públicas até 2021. Como vai dar pra o Estado voltar a investir e ao mesmo tempo sanear as contas públicas?
Ciro - É só a gente raciocinar e sair das interdições ideológicas. O raciocínio é básico e todo mundo está sabendo fazer em casa nesse momento trágico de dificuldade, em que 13,7 milhões de brasileiros estão desempregados.
Como essa gente faz todo dia? Diminui a despesa - às vezes na conta do sacrifício, como é o caso do nosso povo - e procura aumentar a receita. Tem muita gente aí no bico, fazendo hora extra, trabalhando 14, 16 horas.
BBC News Brasil - A diferença é que o governo tem uma série de gastos que não podem ser diminuídos...
Ciro - É só a gente ir em linha com o mundo. Qual é o país do mundo que compromete metade de seu orçamento com despesa financeira? Aqui você tem que cortar custo com juro e rolagem de dívida.
Quem determina a taxa de juros é um conjunto de variáveis práticas. Mas no Brasil essas variáveis práticas têm sido violadas em favor de uma especulação patrocinada pelo governo, claramente. A conta de juro no Brasil não fecha.
Mas a outra grande questão é aumentar a receita e, para isso, considerar criticamente três grandes passos: é razoável um país com esse nível de deficit ter renúncias fiscais da ordem de quase meio trilhão de reais por ano?
No mundo inteiro, cobra-se tributo progressivo sobre as grandes heranças e doações. O Brasil cobra 4% em média.
O mundo inteiro, menos o Brasil e a Estônia, cobram imposto sobre lucros e dividendos empresariais.
Por esse caminho e mais algumas outras providências de combate à corrupção, de garantia da eficiência, tudo isso permite a mim visualizar, dependendo do nível de apoio que eu conseguir granjear na população brasileira, de virar o jogo de deficit em 24 meses.
BBC News Brasil - Está no horizonte criar impostos, então?
Ciro - Acabei de falar em dois, que teriam que ser criados, como o imposto sobre lucros e dividendos, ou mudados em sua orientação, no caso de heranças e doações.
BBC News Brasil - Sim, ambos recaem sobre uma parcela específica da população...
Ciro - Só a maioria rica. Nesse país, cinco pessoas têm renda acumulada equivalente às posses de 100 milhões de brasileiros.
BBC News Brasil - No seu governo haveria interferência sua sobre a política de juros do Banco Central?
Ciro - Minha não, o Banco Central Brasileiro será orientado no meu governo para perseguir a menor inflação a pleno emprego. Portanto, a lógica do mandato do Banco Central mudará e voltará para ser um mandato em linha com as nações mais civilizadas do planeta Terra.
BBC News Brasil - Não haverá independência e autonomia do Banco Central?
Ciro - Não, ele será autônomo para perseguir a menor inflação a pleno emprego.
BBC News Brasil - O mercado financeiro tem sinalizado que prefere Jair Bolsonaro ou Marina Silva ao senhor. O senhor cogita formular uma espécie de Carta ao Povo Brasileiro?
Ciro - Não, em nenhuma hipótese. A minha autoridade para reformar o país depende de que fique muito claro que meu patrão é o povo brasileiro e o interesse nacional.
Isso não quer dizer que eu tenha qualquer tipo de preconceito ou hostilidade contra qualquer grupo de interesse, mas eu não aceito a tutela do autorreferido mercado, que se trata, na verdade, de meia dúzia de especuladores financeiros, sobre a democracia.
Jair Bolsonaro: 'Felizmente para nós, o Bolsonaro é um intérprete ridículo de valores muito sérios e ameaçadores pra humanidade', diz Ciro Gomes
© Sebastião Moreira/Reuters 'Felizmente para nós, o Bolsonaro é um intérprete ridículo de valores muito sérios e ameaçadores pra humanidade', diz Ciro Gomes

Isso é uma perversão absolutamente grave que tem destruído a economia brasileira. Repare bem, veja se é razoável: recebi a prefeitura de Fortaleza com 3 meses de funcionalismo atrasado e toda receita corrente só pagava 80% de uma folha. Não pratiquei um ano de deficit, saí com o superávit maior entre as capitais. Depois fui governador do oitavo Estado brasileiro (Ceará), não tive um único dia de deficit.
Por que o mercado quer me tratar agora como uma pessoa não austera? É por que eu estou dizendo que, nesse país, 26% da dívida pública está vencendo em quatro dias clandestinamente e isso não é nada austero, isso é corrupção.
BBC News Brasil - O senhor se refere às operações compromissadas do BC?
Ciro - Operações compromissadas do Banco Central (títulos vendidos ao mercado financeiro para serem posteriormente recomprados pelo BC), R$ 1,1 trilhão que vencem em quatro dias. Pergunte a qualquer especialista do planeta Terra se isso não cheira a crime, bandalheira, corrupção.
BBC News Brasil - O Lula cometeu um erro ao fazer a Carta ao Povo Brasileiro?
Ciro - Absolutamente, olha no que deu. Cadê o Lula e onde estou eu? Adiantou isso? O Lula foi 8 anos presidente do Brasil com superavit primário ao redor de 3% ao ano, o quê que adiantou?
BBC News Brasil - O senhor considera que foi o mercado financeiro que o colocou na cadeia?
Ciro - Eu não considero nada, eu estou perguntando a você o que adiantou aceitar que 85% das operações de um país como o Brasil sejam concentradas em cinco bancos.
BBC News Brasil - O senhor ativamente mudaria a estrutura bancária do país?
Ciro - Claramente. Vai ter mais banco e, com certeza, a partir do primeiro dia vai ter mais concorrência porque os dois bancos públicos - Banco do Brasil e Caixa Econômica - estão ali cartelizados junto com os três privados.
BBC News Brasil - Outros candidatos, liberais - como João Amoêdo, do Novo -, batem na mesma tecla e defendem privatização dos bancos públicos como parte do processo do aumento de concorrência para poder baixar juros...
Ciro - São engraçadinhas essas pessoas. Eles ganham com a perversão e querem ganhar com a denúncia da perversão. Isso é muito pitoresco no Brasil.
Esses pouco estudados, pouco vividos e agora metidos a estadistas, o Brasil tem dessas coisas, o camarada nunca foi prefeito, nunca foi vereador e agora quer ser o chefe de Estado de uma nação complexa de 207 milhões de habitantes.
Viva a democracia, mas essa é uma peculiaridade bem curiosa do Brasil.
Lula: 'O PT, eu compreendo o trauma que está passando, respeito o momento deles e vou cuidar da minha vida sem o PT', afirma Ciro
© Rodolfo Buhrer/Reuters 'O PT, eu compreendo o trauma que está passando, respeito o momento deles e vou cuidar da minha vida sem o PT', afirma Ciro

Mas aí veja bem, o que é no Brasil privatização tem significado, com raras exceções, internacionalizar a economia. E eu não quero internacionalizar o sistema financeiro brasileiro.
Então, olhe a contradição: o que o sr. Amoêdo está propondo é que você destrua o sistema financeiro brasileiro porque, ao privatizar o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, nenhuma entidade privada brasileira tem dinheiro para comprar.
O que ele está anunciando é simplesmente desnacionalizar o sistema financeiro do país. O que eu quero fazer: para começar, Banco do Brasil e Caixa, estatais que são, serão orientadas pelo acionista controlador, o povo brasileiro, para competir, tarefa para a qual foram criados originalmente.
BBC News Brasil - Quem seria o seu ministro da Fazenda?
Ciro - Primeiro é hora de ter humildade de pedir ao povo voto.
BBC News Brasil - Mas claramente não seria um (Joaquim) Levy, um Henrique Meirelles?
Ciro - Nenhum neoliberal desses toscos mal lidos chegará perto do meu governo.
BBC News Brasil - A política econômica do senhor é inspirada no nacional desenvolvimentismo do Bresser Pereira. A última vez que isso foi tentado foi no primeiro governo Dilma, e deu no que deu. Por que agora seria diferente?
Ciro - Não houve isso no governo Dilma. Vamos ter clareza. No primeiro governo Dilma fez-se o quê em matéria de nacional desenvolvimentismo? Renúncia fiscal?
BBC News Brasil - Conteúdo nacional.
Ciro - Conteúdo nacional sim, é o elemento básico, importante, central. Se não, não se explicaria a recém-proibição pelo governo americano, pelo presidente Trump pessoalmente, de que os chineses comprassem a Qualcomm (em março, a fabricante chinesa de chips Bradcom fez oferta de aquisição à concorrente americana).
Por quê? Porque os americanos sabem que a política de conteúdo nacional é absolutamente necessária e central.
Agora, o que a Dilma fez foi renúncia fiscal para setores oligopolizados do capital estrangeiro. Não houve verticalização, nem política industrial de comércio exterior no Brasil em nenhum setor.
BBC News Brasil - Houve congelamento de preço de energia, mudança na política de preços da Petrobras, para segurar os preços de combustíveis...
Ciro - Isso daí é incompetência, não tem nada a ver com nacional desenvolvimentismo. E nem eu sou nacional desenvolvimentista, porque o nacional desenvolvimentismo produziu no Brasil um fenômeno muito interessante.
Quando acabou a Segunda Guerra Mundial esse era um país de monocultura de cana-de-açúcar e café. Quando colapsou esse modelo nós éramos a 15ª economia industrial do planeta.
A Coreia do Sul, 30 anos atrás, não sabia fazer um automóvel, e hoje é uma das mais importantes plataformas automobilísticas do planeta. A China, em 1980, tinha um produto industrial que era um sexto do produto industrial do Brasil. Hoje é sete vezes o Brasil. E não consta que eles tenham feito isso inventando a roda.
BBC News Brasil - Mas o nível de poupança interna desses países é bem maior, fator que impulsionou os investimentos.
Ciro - Essa é a questão. Só se sustenta o desenvolvimento baseado em alto nível doméstico de formação de capital, de capital nacional. Mas, ao contrário da mistificação neoliberal, o nível de formação bruta de capital de uma nação é consequência de arranjos institucionais que a política faz ou deixa de fazer.
Por isso eu quero propor, não uma reforma da Previdência, mas uma nova Previdência, ainda que a transição seja complexa.
Essa Previdência vem em linha para construir um bolo de poupança pública de longo prazo, elevando o nível de formação doméstica de capital.
BBC News Brasil - Qual o modelo que vocês propõem? Misto, parte no sistema de partilha e parte no de capitalização?
Ciro - A transição é mista. Minha ideia é fazer um regime de capitalização em que nós todos poupamos, parte compulsoriamente - a contribuição - e parte voluntariamente, se eu quero ter uma aposentadoria um pouco maior.
Eu quero até experimentar no Brasil uma coisa pública, mas não estritamente estatal. Por isso eu falo: pública, sob o controle dos trabalhadores.
Protesto feito durante a greve de caminhoneiros em maio de 2018: 'Eles estão pedindo, de uma forma tosca, autoridade, o fim da impunidade, da corrupção. E aí, o passo seguinte é a ilusão de que o estamento militar algum dia representou isso de verdade', afirma o candidato sobre eleitores que pedem intervenção militar
© Ueslei Marcelino/Reuters 'Eles estão pedindo, de uma forma tosca, autoridade, o fim da impunidade, da corrupção. E aí, o passo seguinte é a ilusão de que o estamento militar algum dia representou isso de verdade', afirma o candidato sobre…

Serão grandes fundos, que a gente deve descentralizar pra não correr riscos coletivos - não colocar os ovos todos em uma cesta só -, e os trabalhadores controlarão através de conjuntos de mecanismos modernos de democratização, de poder, e com uma carreira de Estado premiada pelo êxito, com agências de risco vigiando, pelo menos em um primeiro momento, o padrão do investimento.
Durante a transição, estou propondo retirar todos os benefícios que não têm contribuição (aposentadoria rural, por exemplo) e discriminar do orçamento, pra que sejam pagos diretamente pelo Tesouro - como na prática já é, só que agora com transparência. Isso então vai dar clareza do problema real da Previdência.
Nós estamos ensaiando um teto novo (valor máximo do benefício, que hoje é de pouco mais de R$ 5 mil), não pra mexer em ninguém hoje, mas um teto novo de três, quatro e cinco salários mínimos.
Aqui é o seguinte: se for de três salários mínimos esse teto, a transição é mais rápida (porque o valor das aposentadorias será menor), se for quatro é intermediária, e cinco, é uma transição mais longa.
BBC News Brasil - Sem aumento de idade mínima?
Ciro - O acesso a isso você tem que discutir, mas discutir respeitando o Brasil. Não é razoável que um trabalhador intelectual de uma região rica tenha a idade mínima igual à de um trabalhador rural do semiárido.
Tem toda uma sofisticada discussão, que eu proponho que dure 6 meses, de maneira que a gente faça um desenho sólido, democrático, aceito pela maioria do povo brasileiro.
BBC News Brasil - O presidente Lula lançou sua candidatura na última sexta-feira. O senhor considera isso um erro da esquerda...
Ciro - (interrompendo) Não comentarei mais nenhuma vez a estratégia do PT, os dizeres do PT. Apenas repito aquilo que eu digo: o PT, eu compreendo o trauma que está passando, respeito o momento deles, respeito seu tempo e vou cuidar da minha vida sem o PT.
BBC News Brasil - O senhor é signatário do Manifesto do Projeto Brasil Nação, capitaneado pelo professor Bresser Pereira, que é muito próximo de Nelson Marconi, um de seus assessores econômicos. O manifesto defende câmbio desvalorizado como um caminho para estimular exportação e fortalecer a indústria nacional. Ao mesmo tempo, a gente sabe que esse tipo de política achata salários. O que o senhor acha dela?
Ciro - Não se apresse em reproduzir essas manifestações pouco lidas de uma certa elite muito "goeluda" desse país sofrido que é o nosso Brasil. A China trabalha com uma taxa de câmbio consistentemente estimulante da competitividade (moeda depreciada) e os salários reais da economia chinesa só crescem consistentemente, todo ano.
BBC News Brasil - Depois de décadas de muita pobreza, não?
Ciro - Todo dia, todo mês, todo ano ela só cresceu.
BBC News Brasil - O senhor defende câmbio fixo?
Ciro - Não. Eu defendo que a taxa de câmbio seja aquela que reflita a saúde das contas do país com o estrangeiro. E toda e qualquer influência cíclica que possa acontecer seja perseguida pela política do Estado brasileiro de maneira a garantir esta variável como um preço estimulante a quem produz e a quem trabalha.
BBC News Brasil - Com um dólar a R$ 4, uma série de insumos importados da indústria passa a custar mais caro e acaba aumentando os preços no mercado doméstico, diminuindo o poder de compra dos salários, não?
Ciro - Se nós deixarmos assim como está, parece ser verdade, mas é aquilo que a gente chama de falácia. Por quê? Porque o país deixou de ter uma política industrial e de comércio exterior, esse é um fato.
BBC News Brasil - O que o senhor pensa sobre a Lava Jato?
Ciro - Sou completamente a favor, ponto.
Ciro Gomes: 'A Polícia Federal é subordinada, sob o ponto de vista de hierarquia e disciplina, ao presidente da República, e como tal será no meu governo'
© Ricardo Moraes/Reuters 'A Polícia Federal é subordinada, sob o ponto de vista de hierarquia e disciplina, ao presidente da República, e como tal será no meu governo'

BBC News Brasil - E manteria a independência do Ministério Público Federal, da Polícia Federal?
Ciro - Não é tarefa do presidente da República constranger isso.
BBC News Brasil - O ministro da Justiça, que controla a PF, é escolhido pelo presidente.
Ciro - A Polícia Federal é subordinada, sob o ponto de vista de hierarquia e disciplina, ao presidente da República, e como tal será no meu governo.
Quem vai mandar na Polícia Federal sou eu, sem qualquer tipo de contemporização. Isto dito, quando ela exercitar as tarefas de polícia judiciária, ela está sob ordens do Judiciário.
Qual é a diferença? Um mandato de prisão - cumpra-se, seja de quem for, porque quem está mandando é o juiz. Mas uma entrevista de um delegado, um vazamento de uma informação sem ética, que destrua a reputação de um inocente ainda não acusado, será tarefa disciplinar que eu vou tomar.
BBC News Brasil - O senhor tem se colocado como anti-Bolsonaro. O senhor faria uma composição com o MDB e com o PSDB, se necessário, para vencê-lo?
Ciro - Com o MDB eu não quero nenhum tipo de negócio.
BBC News Brasil - Nem para eventualmente ganhar do Bolsonaro?
Ciro - Com o MDB não haverá aliança no meu governo, porque eu escolhi o MDB, pelo mal que ele faz hoje, fez ontem.
Nós precisamos destruir o MDB, pelos caminhos democráticos, tirando o oxigênio da roubalheira que é o que explica esse poder quadrilheiro que sua hegemonia tem.
Lembrando que há outras pessoas respeitabilíssimas lá. Roberto Requião é uma pessoa honrada, que eu respeito, só pra dar um exemplo.
Isto dito, eu não sou contra o Bolsonaro, eu sou contra o fascismo.
Felizmente para nós, o Bolsonaro é um intérprete ridículo de valores muito sérios, muito graves e muito ameaçadores pra humanidade. É um despreparado, uma pessoa cheia de preconceitos, militarista, extremista. Ele representa cada vez mais esses valores toscos do fascismo, da violência, da intolerância, do preconceito contra a mulher, do preconceito contra LGBT, contra religião, contra pobre.
BBC News Brasil - O que o senhor diz para o eleitor que pede por intervenção militar como solução para o país?
Ciro - Eu compreendo. Eles estão pedindo, de uma forma tosca, autoridade. A restauração do Estado de direito, regras que sejam cumpridas, o fim da impunidade, da corrupção.
E aí, o passo seguinte é a ilusão de que o estamento militar algum dia representou isso de verdade. Nunca representou, nem aqui e nem em lugar nenhum do mundo.
Em um país que tem contradição democrática, a gente tem que negociar, tolerar as diferenças e, para essa gente que é vulnerável ao autoritarismo, provavelmente mal amada em casa - provavelmente o pai não beija, não abraça -, tem essa coisa frágil.
Ou provavelmente sexual mesmo. Eu tenho pra mim que parte importante desse discurso homofóbico é de gente que, sendo homossexual, não tem a coragem dos homossexuais de se assumir.
fonte:BBC BRASIL/REPRODUÇÃO