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sábado, 17 de abril de 2021

Salvador está no topo do ranking de cidades que mais vacinam contra a Covid-19

Covid -19: ONU anuncia antecipação de 8 milhões de doses de vacina para o Brasil

 

ONU anuncia antecipação de 8 milhões de doses de vacina contra Covid para o Brasil
Foto: Betto Jr./ Secom

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta sexta-feira (16) que vai antecipar o envio de 8 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 para o Brasil, por meio do consórcio Covax Facility.

 

O anúncio do repasse foi feito em reunião virtual de dirigentes da ONU e da OMS com 22 governadores e 4 vice-governadores do Fórum de Governadores do Brasil nesta sexta.

 

Segundo informações da CNN Brasil, na próxima semana, o consórcio irá definir se virão doses da vacina da Pfizer ou da vacina de Oxford para o Brasil.  “Foi uma reunião muito produtiva. Serão 4 milhões de doses para abril e mais 4 que a OMS tenta antecipar para o mês de maio. Vacinas são um bem escasso. Mas o consórcio está fazendo uma gestão e direcionando as doses para quem mais precisa", disse Marlova Noleto, coordenadora da ONU no Brasil.

 

Até o momento, o Brasil recebeu pouco mais de 1 milhão de doses dos 42 milhões contratados junto ao consórcio Covax. Coordenado pela ONU, o programa oferece auxílio especialmente a países em desenvolvimento, permitindo que eles vacinem profissionais de saúde e outros grupos em alto risco, mesmo se seus governos não conseguiram garantir vacinas com os fabricantes. Informações do Bahia Notícias.

Rio: Evangélico, traficante que criou ‘Complexo de Israel’ pintou cidade de Jerusalém no muro de casa

Casa do traficante Peixão tem painel com reprodução da cidade de Jerusalém Foto: Reprodução de vídeo


Durante uma operação em Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio, nessa quinta-feira, policiais civis localizaram uma das casas do traficante Álvaro Malaquias Santarosa, cohecido como Peixão, chefe do tráfico na comunidade e no chamado Complexo de Israel, criado pelo criminoso no ano passado. No imóvel, um enorme painel na área externa, ao lado de uma grande piscina, surpreendeu os agentes. Trata-se de uma pintura reproduzindo parte da cidade de Jerusalém. Vídeos obtidos pelo EXTRA mostram a área externa da casa.

No meio da imagem, é possível ver a chamada cúpula da Rocha, localizada no Monte do Templo. Do lado esquerdo, foram pintados homens que fazem parte de um exército e carregam uma bandeira com a estrela de Davi. No alto da imagem, foi escrito “Feliz é a nação cujo Deus é o senhor”.

A casa de Peixão em Parada de Lucas tem três andares e alémde piscina na área externa, conta com uma churrasqueira.

Peixão é evangélico e acusado de atuar com intolerência com religiões de matrizes africanas, chegando a proibir o uso de branco nas comunidades dominadas por ele e determinando a destruição de terreiros. Em julho do ano passado, o criminoso criou o que batizou de Complexo de Isarael, conjunto de favelas ocupadas por ele, como Cidade Alta, Parada de Lucas, Vigário Geral, Cinco bocas e Pica pau.

Nas áreas dominadas por Peixão, foram erguidas bandeiras de Israel e afixadas imagens da Estrela da Davi.

Ao chegarem à casa de Peixão, os policiais civis não encontraram ninguém no imóvel. Os agentes também estiveram na casa primo do traficante, onde conseguiram apreender um telefone celular, fardamento e um carregador popularmente chamado de “goiabada”.

Segundo fontes da Polícia Civil, os agentes chegaram perto de prender Peixão e o primo, que acabaram conseguindo escapar e se esconder em outros pontos da favela. Ainda de acordo com informações de agentes, quando a polícia deixou a comunidade, ambos teriam ido para a rua rezar.

A operação contou com policiais civis do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Cooordenadoria de Recursos Especiais (Core). Com a chegada dos agentes à comunidade, houve troca de tiros, mas não há informações de feridos.

Os policiais estiveram em alguns endereços na favela. Em um deles, prenderam André Pereira de Souza Gomes, apontado como integrante de uma facção criminosa paulista, atualmente associada ao bando de Peixão. No apartamento onde ANdré foi preso foram encontrados carregadores e munição. De acordo com informações da polícia, o preso é responsável pelo fornecimento de drogas para criminosos do Rio.

Os policiais ainda encontraram um durante a operação, um depósito de drogas. No local, foram apreendidos sacos de pó branco e de erva seca, pinos contendo pó branco, 75 tabletes de erva seca, 950 trouxinhas de erva sexa, balanças, carregadores de fuzil, munição e rádios comunicadores.

fonte:Alagoas24h - 17/04/2021

Presidente do Serpro mentiu à Câmara ao dizer que não esteve em reunião com Flávio Bolsonaro

  


O diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro)

 Gileno Gurjão Barreto, mentiu ao afirmar em ofício à Câmara dos Deputados

 que não se reuniu com Flávio Bolsonaro e suas advogadas.

De acordo com a coluna de Guilherme Amado, Gurjão esteve na manhã do dia

 29 de setembro em uma casa do Lago Norte, bairro nobre de Brasília, para 

uma reunião com Flávio e suas advogadas, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach.

A reunião teria sido para tratar das suspeitas da defesa do senador sobre uma

 possível devassa fiscal em seu perfil por uma organização criminosa da Receita.

O encontro foi na Quadra do Lago 2, no conjunto seis. A coluna não informa

 o número da casa em nome da privacidade alheia.Advogado olavista interrompe Moraes para defender Kassio Nunes e leva invertida de Fux

Gurjão Barreto respondeu na conversa que não poderia entregar nenhum dado 

da Receita Federal, porque o Serpro tem com todos os seus clientes um contrato de confidencialidade, que seria descumprido se qualquer informação fosse

 fornecida.

O presidente do Serpro não respondeu à coluna por que disse para a Câmara 

que não houve o encontro.

Em resposta a um requerimento de informações da bancada do Novo, Gurjão 

diz que “não houve reuniões com o senador Flávio Bolsonaro e nem com

 sua representação”.

Fonte:Revista Fórum /Com informações da coluna de Guilherme Amado

17/04/2021

Mais um estudo: Cloroquina aumenta mortalidade em pacientes de Covid-19, diz revista Nature

Caixa de sulfato de hidroxicloroquina - Foto: Reprodução/Twitter


A revista científica Nature publicou uma análise internacional de estudos, nesta quinta-feira (15), que aponta a hidroxicloroquina como um medicamento associado ao aumento da mortalidade entre pacientes com Covid-19. O remédio faz parte do chamado “kit Covid”, conjunto de substâncias defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro como “tratamento precoce” contra a doença, algo que não tem comprovação científica.

A pesquisa afirma ainda que a hidroxicloroquina está associada a uma hospitalização mais longa e maior risco de progressão para ventilação mecânica invasiva e/ou morte.

Em relação à cloroquina, os estudos afirmam que não houve benefício de seu uso no tratamento da Covid-19. Com isso, o artigo recomenda aos profissionais médicos em todo o mundo que informem os pacientes sobre essas evidências científicas.

Ao todo, 28 ensaios clínicos foram analisados, incluindo 10.319 pacientes. “Esta meta-análise oferece informações úteis para uma situação de saúde desafiadora. Centenas de milhares de pacientes receberam hidroxicloroquina e cloroquina fora dos ensaios clínicos, sem evidências de seus efeitos benéficos. O interesse público é sem precedentes, com evidências fracas que apoiam os méritos da hidroxicloroquina sendo amplamente discutidas em mídias e redes sociais, apesar dos resultados desfavoráveis”, diz a pesquisa.

fonte:Revista Fórum - 17/04/2021 10h:15min.

PGR apura se André Mendonça usou Lei de Segurança para investigar opositores de Bolsonaro

 

PGR apura se Mendonça usou Lei de Segurança para investigar opositores de Bolsonaro
Foto: Isac Nóbrega/PR

O procurador-geral da República, Augusto Aras, abriu um procedimento preliminar para apurar a conduta de André Mendonça por ter usado a Lei de Segurança Nacional quando era ministro da Justiça para investigar opositores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Aras informou ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura do procedimento na ação em que a deputada Natália Bonavides (PT-RN) pede à corte para Mendonça ser investigado por suposto abuso de autoridade.

Após a apuração preliminar, a PGR (Procuradoria-Geral da República) analisará se tem elementos suficientes para abrir um inquérito e tornar o atual advogado-geral da União formalmente investigado perante o Supremo.

Atualmente, Aras e Mendonça disputam a indicação de Bolsonaro para a próxima vaga no STF, que será aberta em julho com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio.

Mendonça iniciou o governo como chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), foi deslocado para o Ministério da Justiça e, no fim do mês passado, voltou para o órgão que faz a defesa judicial do governo.

Quando esteve na pasta da Justiça, determinou à Polícia Federal a instauração de diversos inquéritos contra críticos de Bolsonaro.

Um dos primeiros alvos de Mendonça foi o colunista do jornal Folha de S.Paulo Hélio Schwartsman, que foi investigado com base na Lei de Segurança Nacional por ter escrito uma coluna intitulada "Por que torço para que Bolsonaro morra".

A apuração, porém, foi arquivada por ordem do ministro Jorge Mussi, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que deferiu habeas corpus protocolado pelo jornalista e suspendeu a tramitação do inquérito.

Recentemente, Mendonça também mandou a PF investigar um sociólogo e um empresário responsáveis por dois outdoors que comparavam Bolsonaro a um "pequi roído".

Ao Supremo, Aras informou nesta sexta-feira (16) que já investiga a conduta de Mendonça.

"Nesta Procuradoria-Geral da República, já tramita Notícia de Fato destinada à averiguação preliminar dos fatos relatados pela Deputada noticiante, bem assim de outros que possam com eles guardar relação de pertinência", afirmou o procurador-geral.

Aras, porém, afirmou que a atuação de Mendonça já é alvo de apuração e, por isso, a ação apresentada pela deputada petista ao Supremo deve ser arquivada.

"Em face do exposto, tendo em vista que as condutas noticiadas são do conhecimento deste órgão ministerial e estão sendo apuradas em procedimento próprio, o procurador-geral da República opina pela negativa de seguimento à petição, arquivando-se os autos".


fonte:FOLHAPRESS -17/04/2021 10H:05MIN.

Bolsonaro anuncia nova cirurgia e diz deixar que outras pessoas 'apavoradas' se vacinem antes

                        foto:reprodução


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou nesta sexta-feira (16) a apoiadores que deve passar por mais uma cirurgia para corrigir uma hérnia, em consequência da facada que sofreu em setembro de 2018, durante a campanha presidencial. As informações são do jornal O Globo.

Questionado por um apoiador, Bolsonaro brincou sobre a necessidade de um novo procedimento cirúrgico.

“Tu é muito curioso, hein, cara? Eu estou ficando meio barrigudo, acho que vai ser lipoaspiração. Pega mal, também, fazer lipo, botox, né? Mas talvez esse ano mais umazinha, mas é tranquila. Hérnia. Eu tenho uma tela aqui na frente, tá saindo o bucho pelo lado, então tem que botar uma tela do lado”, disse o presidente.

Ainda de acordo com O Globo, esta deve ser a sétima cirurgia a que Bolsonaro será submetido após o atentado em Juiz de Fora (MG), embora duas delas não tenham sido por conta da facada que sofreu.

Durante a conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que será “o último” a se vacinar contra a Covid-19, pois deixará que outras pessoas “apavoradas” se imunizem antes.

“Tem muita gente apavorada, aguardando a vacina. Deixa as pessoas tomarem na minha frente. Eu vou tomar, mas por último. Acho uma atitude louvável. Tem gente que não sai de casa, está apavorada dentro de casa”, disse o presidente, que inúmeras vezes afirmou que não tomaria o imunizante.

fonte:ISTOÉ -17/04/2021 10h

Médicos veem flexibilização precoce da quarentena em SP e temem nova pressão sobre hospitais

 A gestão João Doria (PSDB) anunciou nesta sexta-feira, 16, a transição do Estado de São Paulo da fase vermelha para uma nova fase de transição, com liberação de mais atividades econômicas. Especialistas veem a flexibilização c uma semana após o último relaxamento de regras como precoce. Eles temem por um novo colapso da rede hospitalar e apontam o risco de um "ciclo sem fim" da pandemia. O Brasil registrou 3.070 mortes pela covid-19 nesta sexta - 791 no Estado de São Paulo.

O argumento do governo é o de que houve melhora nos números da pandemia nas últimas semanas, com taxas de ocupação dos leitos de UTI hoje em 85,3%, no Estado. Os índices estão abaixo dos observados no início deste mês, superiores a 90%, mas ainda são considerados altos peos médicos. Além disso, várias cidades paulistas têm relatado estoques críticos de remédios de kit intubação e já há até redução de atendimentos por falta do produto.

Objetivo do Plano São Paulo é evitar aglomerações e o avanço da covid
© Tiago Queiroz/Estadão Objetivo do Plano São Paulo é evitar aglomerações e o avanço da covid

“A comunidade médica pede para que haja lockdown total e baixemos de verdade os índices de transmissão. Não é porque teve uma melhora que você vai dar um passo atrás no que já foi feito. Cria um ciclo sem fim”, afirma Monica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), que classifica os atuais níveis de ocupação em UTI como um sinal de que “ainda tem muita gente" com quadro grave. “Estamos muito longe de termos uma taxa de transmissão condizente com essa flexibilização.”

Pelas novas, o comércio e os cultos religiosos podem ser retomados neste domingo, 18. Bares, restaurantes, academias e salões de beleza poderão ser reabertos no próximo sábado, 24. O toque de recolher, entre 20 horas e 5 horas, foi mantido. Defendido por grande parte dos cientistas por causa do novo ápice de infecções no País, o lockdown foi adotado em poucas regiões. O maior exemplo foi Araraquara, que fechou totalmente o comércio após identificar a nova variante do vírus e assistir a uma alta de mortes na cidade.

Monica Levi não está sozinha na preocupação. Com a experiência no planejamento de campanhas de vacinação desde 1975, José Cássio de Moraes, ex-diretor do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo, afirma que “nunca fizemos um distanciamento social adequado”. “Estamos colhendo somente o ônus, na área da saúde e na economia, e não um bônus para termos um número menor de casos e uma recuperação econômica mais rápida”, aponta. Na quarta-feira, 14, a taxa de isolamento social no Estado foi de 42%. Especialistas apontam que é necessário que esse índice atinja ao menos 60% para frear o contágio.

Na coletiva de imprensa em que foram anunciadas as mudanças na tarde desta sexta-feira, 16, Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência da Covid, admitiu que, "no mundo ideal", o Estado implementaria o "maior nível de restrição possível e de redução de mobilidade das pessoas". "Todos sabemos que, se fosse possível nos trancarmos dentro de casa por três a quatro semanas, teríamos um cenário de praticamente interrupção de transmissão (do vírus). Mas vivemos no mundo real", afirmou ele, que chefia o centro ligado ao governo paulista.

“É preciso ter mais um tempo para sedimentar essa melhora. É uma abertura precoce”, afirma Monica,. “Não é deixar as pessoas do comércio na mão, mas criar um plano efetivo de governo para auxiliar financeiramente as pessoas a ficarem em casa. Essa situação vai gerar uma nova onda de transmissão ou um novo colapso”, alerta.

Pesquisador e diretor da Fiocruz em São Paulo, Rodrigo Stabeli acredita que esse eterno “abre e fecha” cria uma situação catastrófica para a saúde e para a economia”. “Estamos fazendo a mesma política de contenção do vírus desde março de 2020, incorrendo nos mesmos erros e querendo resultados diferentes”, avalia.

As melhoras recentes nos índices de novas internações e ocupações de leitos, explica, podem ser apenas uma “evolução natural da doença”. “O Plano São Paulo sempre faz as medidas de flexibilização ou endurecimento com base em projeções. Precisaríamos aguardar pelo menos uma semana para ter garantia dessa baixa sustentada. Não sabemos se essa diminuição é uma oscilação que vai fazer pressão daqui a uma semana nos hospitais, ou se é realmente de queda", alerta.

fonte: João Ker/Estadão -17/04/2021 09h:51min.

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Com o aumento casos de Covid-19, região de Irecê tem toque de recolher prorrogado entre 18h e 5h

                                      Praça do feijão - Centro - Irecê- foto:Blog Fique Informado

 Os 19 municípios que fazem parte da região de Irecê, mais as cidades de: Bonito, Morro do Chapéu, Tapiramutá e Souto Soares terão o toque de  recolher entre 18h às 5h. O restante do Estado ficará no horário da 20h às 5h., até o próximo dia 26(segunda). 

A informação foi divulgada na noite desta sexta-feira (16) pela gestão estadual, após uma reunião com o governador Rui Costa(PT) e prefeitos da região, tendo em vista que houve aumento expressivo de novos casos para a Covid-19, nestes últimos 15 dias, bem como o aumento expressivo de mortes pela doença, principalmente em Irecê, que registrou 
12 óbitos até esta sexta-feira.

O blog fez um levantamento  levantamento dos boletins junto a secretarias municipais de Saúde das 23 cidades, e temos  mais de 1.400 Casos Positivos Ativos, e com os leitos hospitalares para o coronavírus lotados e com pacientes que já foram transferidos para unidades de saúde da capital e hospital da chapada em Seabra. 

A cidade de Irecê, cidade polo da região com 216 casos positivos ativos e Uibaí (36 km de Irecê) com  229 lideram na região até nesta sexta-feira(16). Já a cidade de Barra do Mendes registra o menor número, estando com 7 casos ativos.





Brasil: YouTube vai remover vídeos que fazem defesa da cloroquina; Bolsonaro pode ser afetado

 

YouTube vai remover vídeos que fazem defesa da cloroquina; Bolsonaro pode ser afetado
Foto: Sérgio Lima / Poder360

O YouTube anunciou que removerá de sua plataforma todos os vídeos que defendem o uso de cloroquina e ivermectina contra a Covid-19. A medida vale tanto para conteúdos já publicados quanto para novas postagens. As informações são da revista Época.

 

Um dos prováveis atingidos pela decisão é o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que tem realizado transmissões ao vivo constantemente fazendo defesa desses medicamentos como preventivos da Covid-19, o que é contestado por estudos científicos.

 

No último dia 25 de março, Bolsonaro afirmou que, se for infectado novamente pela Covid-19, tomará o que o “salvou” da vez anterior, em referência ao kit cloroquina. “Se eu porventura for reinfectado, já tenho meu médico e sei o que ele vai receitar para mim, o que me salvou lá atrás”, disse.

 

“Não tem um medicamento certo para isso ainda de forma clara, não existe medicamento para isso ainda. Mas o médico tem alternativas que podem salvar sua vida”, afirmou o presidente da República.

 

No mês anterior, em 4 de fevereiro, Bolsonaro usou sua live para comparar a prescrição de remédios sem eficácia comprovada à aplicação de água de coco durante uma guerra.

 

“Se não faz mal, o médico falou para você que não está previsto... Esse mal que você tem naquela bula. Não provoca arritmia... Por que não tomar? Eu tomei. Vai que lá na frente aconteça, como aconteceu um fato concreto, na Guerra do Pacífico, quando botaram água de coco na veia do soldado que estava morrendo por sangramento, perda de sangue excessiva. Deu certo. Se não tivessem feito aquilo, quantos teriam morrido?”, defendeu. Informações do BN.

 

SP: novos exames apontam novos focos de câncer no prefeito Bruno Covas

 Exames realizados pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), apontaram novos focos de câncer no fígado e nos ossos, de acordo com boletim médico divulgado nesta sexta-feira, 16. Após o diagnóstico, a equipe médica optou por fazer ajustes no tratamento.

Além de continuar com as sessões de quimioterapia – retomadas em fevereiro, quando se descobriu um novo nódulo no fígado – o prefeito agora também será submetido à imunoterapia.

Clinicamente, ainda de acordo com a nota divulgada pela Prefeitura, Covas “está bem, sem sintomas, e apto a prosseguir suas atividades pessoais e profissionais”. Desta forma, ele não se afastará da Prefeitura. A alta está prevista para o início da semana que vem, após se completar esta nova etapa do tratamento.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas  © Marcelo Chello/Estadão (1/12/2020) O prefeito de São Paulo, Bruno Covas 

O tucano luta contra a doença há um ano e meio, quando recebeu o primeiro diagnóstico. Na época, a descoberta foi de um câncer no estômago com metástase para o fígado e linfonodos da região abdominal. Desde então, o prefeito já teve a indicação de 12 sessões de quimioterapia, que duram 48 horas e, portanto, exigem internação.

Ao final de cada ciclo, novos exames são realizados para checagem dos resultados e controle da doença. A metástase para os ossos foi diagnosticada, segundo boletim, exatamente nesse processo.

Pelas redes sociais, o prefeito afirmou que seguirá lutando e que ainda tem muito trabalho a fazer. “Obrigado a todos pelo carinho de sempre. Rezas, orações, pensamentos positivos que recebo de todos os cantos me fazem mais forte nessa batalha”, escreveu.

Como fez das outras vezes, Covas irá despachar do próprio hospital, a partir de um tablet configurado para validar a assinatura eletrônica que os documentos oficiais exigem. Já as visitas deverão ser restritas.

fonte:Estadão - 16/04/2021

Da BBC News: Tragédia das crianças mortas por covid no Brasil; 'Meu filho poderia ter sobrevivido se tivesse sido testado'

 A pandemia de covid-19 vitimou também os pequenos no Brasil: mais de 2 mil crianças com menos de nove anos já morreram devido ao novo coronavírus, das quais 1,3 mil bebês.

Lucas não foi testado e morreu de covid-19© Jessika Ricarte Lucas não foi testado e morreu de covid-19

Essas mortes, apesar de raras, são resultado de uma combinação de baixa testagem, falta de diagnóstico adequado e más condições socioeconômicas, dizem especialistas e médicos ouvidos pela BBC.

O filho da professora cearense Jessika Ricarte, Lucas, de um ano, foi uma das vítimas do coronavírus.

Um médico se recusou a testá-lo para covid-19, dizendo que seus sintomas não se encaixavam no perfil dos doentes. Dois meses depois, ele morreu de complicações da doença.

Lucas foi uma criança muito esperada. Chegou após dois anos de tentativas e tratamentos de fertilidade malsucedidos. Jessika e seu marido, Israel, quase desistiram de ter uma família. Então, ela engravidou.

"O nome Lucas quer dizer 'iluminado'. E ele foi uma luz em nossa vida. Lucas mostrou que a felicidade era muito maior do que imaginávamos", diz ela à BBC News Brasil.

Lucas começou a apresentar dificuldade para se alimentar© Jessika Ricarte Lucas começou a apresentar dificuldade para se alimentar

Jessika primeiro suspeitou que algo estava errado quando Lucas, que nunca teve problemas para se alimentar, perdeu o apetite.

A princípio, pensou que seu filho estava tendo problemas de dentição. A madrinha de Lucas, uma enfermeira, sugeriu que o menino poderia estar com a garganta inflamada.

Mas depois que Lucas desenvolveu febre, fadiga e dificuldade para respirar, Jessika o levou ao hospital e pediu que seu filho fosse submetido a um teste de covid.

"O médico colocou um oxímetro nele. Os níveis de oxigenação de Lucas estavam em 86%. Agora sei que isso não é normal", diz Jessika.

"Um bebê não diz o que está sentindo, então dependemos de testes", diz Jessika© BBC "Um bebê não diz o que está sentindo, então dependemos de testes", diz Jessika

Mas Lucas não estava com febre, e o médico disse: "Minha querida, não se preocupe. Não há necessidade de fazer o teste de covid. Provavelmente é apenas uma pequena dor de garganta."

Ele explicou a Jessika que a covid-19 era rara em crianças, deu alguns antibióticos ao menino e mandou mãe e filho de volta para casa. Jessika suspeitou do diagnóstico, mas não havia outra opção para testar Lucas na época.

Jessika diz que alguns dos sintomas desapareceram no fim do curso de antibióticos de 10 dias, mas o cansaço permaneceu - assim como suas preocupações com o coronavírus.

"Mandei vários vídeos para a madrinha dele, meus pais, minha sogra, e todos falaram que eu estava exagerando, que deveria parar de assistir ao noticiário, que estava me deixando paranóica. Mas eu sabia que meu filho estava diferente, que ele não estava respirando normalmente", lembra.

Era maio de 2020 e a epidemia de coronavírus se alastrava pelo Brasil. Duas pessoas já haviam morrido em sua cidade, Tamboril, no Ceará. "Todo mundo se conhece aqui. A cidade estava em choque."

Lucas, de um ano, morreu de covid-19; sua mãe, Jessika, diz que se ele tivesse feito teste, poderia ter sobrevivido© Jessika Ricarte Lucas, de um ano, morreu de covid-19; sua mãe, Jessika, diz que se ele tivesse feito teste, poderia ter sobrevivido

O marido de Jessika, Israel, temia que outra visita ao hospital aumentasse o risco de ela e Lucas serem infectados com o vírus.

Mas as semanas se passaram e Lucas foi ficando cada vez mais sonolento. Em 3 de junho, Lucas vomitou várias vezes depois de almoçar, e Jessika sabia que precisava agir.

Eles voltaram para o hospital local, onde o médico testou Lucas para covid, para descartar a possibilidade da doença.

A madrinha de Lucas, que trabalhava lá, deu ao casal a notícia de que o resultado do exame foi positivo.

"Na época, o hospital não tinha nem ressuscitador", conta Jessika.

Lucas foi transferido para uma unidade de terapia intensiva pediátrica em Sobral, a mais de duas horas de distância, onde foi diagnosticado uma doença chamada Síndrome Inflamatória Multissistêmica (SIM).

A SIM é uma resposta imunológica extrema ao vírus, que pode causar inflamação de órgãos vitais.

Especialistas dizem que a síndrome, que afeta crianças em até seis semanas após a infecção pelo coronavírus, é rara, mas Fátima Marinho, médica epidemiologista e especialista sênior da consultoria Vital Strategies, afirma que, durante a pandemia, os casos de SIM aumentaram, embora não sejam responsáveis por todas as mortes.

Lucas foi uma das 2 mil crianças de até nove anos mortas por covid no Brasil© BBC Lucas foi uma das 2 mil crianças de até nove anos mortas por covid no Brasil

Quando Lucas foi intubado, Jessika não teve permissão para ficar no mesmo quarto. Ela ligou para a cunhada para tentar se distrair.


"Ainda podíamos ouvir o barulho da máquina, o apito, até que a máquina parou e emitiu aquele apito constante. E sabemos que isso acontece quando a pessoa morre. Depois de alguns minutos, a máquina voltou a funcionar e eu comecei a chorar. "

Os médicos disseram a ela que Lucas havia sofrido uma parada cardíaca, mas eles conseguiram reanimá-lo.

A médica pediatra Manuela Monte, que cuidou de Lucas por mais de um mês na UTI de Sobral, disse que ficou surpresa com a gravidade do estado do menino, pois ele não apresentava fatores de risco.

Lucas e seus pais, Jessika e Israel© BBC Lucas e seus pais, Jessika e Israel

A maioria das crianças afetadas pela Covid tem comorbidades - doenças existentes como diabetes ou doenças cardiovasculares - ou está acima do peso, de acordo com Lohanna Tavares, infectologista pediátrica do Hospital Infantil Albert Sabin em Fortaleza.

Mas esse não foi o caso de Lucas.

  • Durante os 33 dias em que Lucas ficou na UTI, Jessika só teve permissão para vê-lo três vezes. Lucas precisava de imunoglobulina - um medicamento muito caro - para desinflamar seu coração, mas felizmente um paciente adulto que comprou a sua própria doou uma ampola restante para o hospital. Lucas estava tão doente que recebeu uma segunda dose de imunoglobulina. Ele desenvolveu uma erupção cutânea e estava com febre persistente. O menino precisava de ajuda para respirar.
Equipe da UTI da ala infantil do Hospital Albert Sabin, em Fortaleza
© BBC Equipe da UTI da ala infantil do Hospital Albert Sabin, em Fortaleza

Então, Lucas começou a melhorar e os médicos decidiram tirar seu tubo de oxigênio. Eles ligaram para Jessika e Israel para que ele não se sentisse sozinho ao recuperar a consciência.

"Quando ele ouviu nossas vozes, começou a chorar", diz Jessika.

Foi a última vez que o casal viu o filho. Durante a videochamada seguinte, "ele tinha uma aparência paralisada". O hospital solicitou uma tomografia computadorizada e descobriu que Lucas havia sofrido um derrame.

Mesmo assim, Jessika e Israel foram informados que Lucas se recuperaria e logo seria transferido da UTI para uma enfermaria geral.

Cinara Carneiro diz que ausência dos pais acaba se tornando experiência traumática para eles© BBC Cinara Carneiro diz que ausência dos pais acaba se tornando experiência traumática para eles

'É importante que médicos façam teste'

Quando Jessika e Israel foram visitá-lo, o médico estava tão esperançoso quanto o casal, conta ela.

"Naquela noite, coloquei meu celular no modo silencioso. Sonhei que Lucas veio até mim e beijou meu nariz. E o sonho foi um grande sentimento de amor, gratidão e acordei muito feliz. Aí acordei e vi as 10 ligações que o médico fez."

O médico disse a Jessika que a frequência cardíaca e os níveis de oxigênio de Lucas caíram repentinamente, e ele morreu pela manhã.

Jessika tem certeza de que, se Lucas tivesse feito um teste para diagnosticar covid quando ela o solicitou, no início de maio, seu filho teria sobrevivido.

"É importante que os médicos, mesmo que acreditem que não seja covid, façam o exame para eliminar essa possibilidade", argumenta.

"Um bebê não diz o que está sentindo, então dependemos de testes."

Diante da proibição de visitas à UTI infantil da Covid-19, médicos e enfermeiras do Hospital Albert Sabin, em Fortaleza, confeccionaram um gatinho e compraram tablets para fazer videochamadas entre pais e filhos
© SECRETARIA DE SAÚDE DO CEARÁ Diante da proibição de visitas à UTI infantil da Covid-19, médicos e enfermeiras do Hospital Albert Sabin, em Fortaleza, confeccionaram um gatinho e compraram tablets para fazer videochamadas entre pais e filhos

Jessika acredita que a demora no tratamento adequado agravou seu quadro. "Lucas tinha várias inflamações, 70% do pulmão estava comprometido, o coração aumentou 40%. Era uma situação que poderia ter sido evitada".

Manuela Monte, que tratou de Lucas, concorda. Ela diz que embora a SIM não possa ser evitada, o tratamento tem muito mais sucesso se a doença for diagnosticada e tratada precocemente.

"Quanto mais cedo ele tivesse recebido cuidados especializados, melhor", diz ela. "Ele chegou ao hospital já gravemente doente. Acredito que o resultado poderia ter sido diferente se pudéssemos tê-lo tratado mais cedo."

Jessika agora quer compartilhar a história de Lucas para ajudar outras pessoas que podem não perceber os sintomas críticos da doença em crianças.

"Todas as crianças que eu conheço foram salvas por algum aviso e a mãe diz: 'Eu vi seus posts, levei meu filho para o hospital e ele está em casa agora.' É como se fosse um pouquinho do Lucas", diz ela.

"Tenho feito por essas pessoas o que gostaria que tivessem feito por mim. Se eu tivesse informações, teria sido ainda mais cautelosa."

Jessika enviou vídeos de Lucas para a família dela porque estava preocupada© Jessika Ricarte Jessika enviou vídeos de Lucas para a família dela porque estava preocupada

Para Marinho, da Vital Strategies, há um equívoco de que as crianças são "imunes" à covid. Ela coordenou um estudo que mostrou um número assustadoramente alto de crianças e bebês afetados pelo vírus.

Entre fevereiro de 2020 e 15 de março de 2021, a covid-19 matou pelo menos 852 crianças brasileiras de até nove anos, incluindo 518 bebês menores de um ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Mas Marinho diz que esse número é, na verdade, muito maior - foram pelo menos 2 mil. A culpa das subnotificações recai na falta de testes da covid, assinala.

Marinho calculou o excesso de mortes por síndrome respiratória aguda não especificada durante a pandemia e descobriu que havia 10 vezes mais mortes por síndrome respiratória não-especificada do que nos anos anteriores. Ao somar esses números, ela estima que o vírus de fato matou 2.060 crianças menores de nove anos, incluindo 1.302 bebês.

Fatima Marinho diz que mais de 2 mil crianças de até nove anos morreram de covid no Brasil© BBC Fatima Marinho diz que mais de 2 mil crianças de até nove anos morreram de covid no Brasil

Por que isso está acontecendo?

Especialistas dizem que o grande número de casos de covid no país - o terceiro maior número do mundo - aumentou a probabilidade de bebês e crianças pequenas no Brasil serem afetadas.

"Claro que quanto mais casos tivermos e, por consequência, mais hospitalizações, maior é o número de mortos em todas as faixas etárias, incluindo crianças. Mas se a pandemia estivesse controlada, esse cenário poderia evidentemente ser minimizado", diz à BBC News Brasil Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Essa alta taxa de infecção sobrecarregou todo o sistema de saúde brasileiro. Por todo o país, o suprimento de oxigênio está diminuindo, há uma escassez de medicamentos básicos e em muitas UTIs por todo o país simplesmente não há mais leitos.

Jessika diz que médico que atendeu Lucas não diagnosticou covid
© BBC Jessika diz que médico que atendeu Lucas não diagnosticou covid

O presidente Jair Bolsonaro continua a se opor ao lockdown e a taxa de infecção está sendo impulsionada pela variante P.1 que surgiu em Manaus, no Amazonas, no ano passado, e é considerada muito mais contagiosa. Duas vezes mais pessoas morreram no mês passado do que em qualquer outro mês da pandemia, e a tendência de aumento continua.

Outro problema que impulsiona as altas taxas em crianças é a falta de testes.

Marinho diz que para as crianças muitas vezes o diagnóstico de covid chega tarde, quando já estão gravemente doentes. "Temos um problema sério na detecção de casos. Não temos exames suficientes para a população em geral, menos ainda para as crianças. Como há um atraso no diagnóstico, há um atraso no atendimento à criança", afirma.

Isso não ocorre apenas porque há pouca capacidade de testagem, mas também porque é mais fácil não perceber, ou diagnosticar erroneamente, os sintomas de crianças que sofrem de covid-19, já que a doença tende a se apresentar de forma diferente em pessoas mais jovens.

Visitas de familiares às crianças em UTI foram restritas desde o início da pandemia, por medo de infecção© BBC Visitas de familiares às crianças em UTI foram restritas desde o início da pandemia, por medo de infecção

"Uma criança com covid tem muito mais diarreia, muito mais dor abdominal e dor no peito do que o quadro clássico nos adultos. Como há um atraso no diagnóstico, quando a criança chega ao hospital, já está em estado grave e pode acabar tendo complicações - e morrendo", diz ela.

Mas as mortes de crianças também estão ligadas à pobreza e ao acesso à saúde.

Um estudo observacional de 5.857 pacientes com covid-19 com menos de 20 anos , realizado por pediatras brasileiros liderados por Braian Sousa, ligado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), e com supervisão de Alexandre Ferraro, identificou comorbidades e vulnerabilidades socioeconômicas como fatores de risco para as mortes de crianças pela doença.

Marinho concorda que esse é um fator importante. "Os mais vulneráveis são as crianças negras e as de famílias muito pobres, porque têm mais dificuldade em obter ajuda. Essas são as crianças com maior risco de morte".

Em sua visão, isso ocorre porque as condições de moradia superlotadas impossibilitam o distanciamento social quando infectados e porque as comunidades mais pobres não têm acesso a uma UTI local.

Essas crianças também correm o risco de desnutrição, o que é "péssimo para a resposta imunológica", diz Marinho. Quando o auxílio emergencial terminou, milhões voltaram para a pobreza. "Passamos de 7 milhões para 21 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza em um ano. Portanto, as pessoas também estão passando fome. Tudo isso está afetando a mortalidade".

Sousa diz que seu estudo identifica certos grupos de risco entre as crianças que devem ser priorizados para vacinação. Atualmente, não há vacinas disponíveis para crianças menores de 16 anos.

Milhares de crianças foram internadas com covid no Brasil© BBC Milhares de crianças foram internadas com covid no Brasil

As visitas de familiares às crianças em UTI foram restritas desde o início da pandemia, por medo de infecção.

Cinara Carneiro, pediatra da UTI do Hospital Infantil Albert Sabin, diz que isso tem sido um grande desafio, não apenas porque os pais são um conforto para seus filhos, mas porque também podem ajudar no sentido clínico - eles podem dizer quando seu filho está internado com dor ou sob sofrimento psicológico e quando precisam de calmantes em vez de medicamentos.

Ela acrescenta que essa ausência acaba se tornando uma experiência traumática para os próprios pais quando recebem a notícia que a condição do filho piorou e eles não estiveram lá para testemunhar.

"Dói ver uma criança morrer sem ver os pais", diz Carneiro.

Na tentativa de melhorar a comunicação entre pais e filhos, a equipe do hospital Albert Sabin se reuniu para comprar telefones e tablets para facilitar as chamadas de vídeo.

Carneiro diz que isso ajudou imensamente. "Fizemos mais de 100 videochamadas entre familiares e pacientes. Esse contato reduziu muito o estresse."

Cientistas enfatizam que o risco de morte nessa faixa etária ainda é "muito baixo" - os números atuais indicam que 0,58% das mais de 360 mil mortes de covid no Brasil até agora foram de 0-9 anos - mas isso significa mais de 2 mil crianças.

Mortes por covid são raras em crianças, mas não nulas© BBC Mortes por covid são raras em crianças, mas não nulas

"Os números são realmente assustadores", diz Carneiro.

Quando procurar ajuda

Embora crianças possam contrair a covid-19, raramente desenvolvem o quadro grave da doença.

Mas o Royal College of Paediatrics and Child Health, a associação de médicos pediatras do Reino Unido, aconselha os pais a procurarem ajuda urgente se a criança:

- Apresentar aparência pálida, com manchas e sensação de frio anormal ao toque

- Ter pausas na respiração (apnéias), um padrão respiratório irregular ou começarem a grunhir

- Ter dificuldade para respirar, ficando agitados ou sem resposta

- Apresentar coloração azul na boca

- Ter espamos ou convulsões

- Ficar extremamente angustiada (chora sem parar apesar da distração), confusa, muito letárgica (difícil de acordar) ou sem resposta

- Desenvolver uma erupção cutânea que não desaparece com a pressão (o 'teste do copo')

- Ter dor nos testículos, especialmente em meninos adolescentes

FONTE: BBC NEWS -16/04/2021 19h:12min.