quinta-feira, 15 de abril de 2021

Bahia: O que se sabe sobre a explosão da fábrica clandestina em Crisópolis

                                            foto:reprodução

 Uma fábrica que funcionava de maneira clandestina há anos. Uma explosão que levou a vida de duas pessoas em segundos e mandou uma adolescente de apenas 13 anos para a ala de queimados do Hospital Geral do Estado (HGE). É esse o balanço e grande resumo da explosão que aconteceu no município de Crisópolis na tarde desta quarta-feira (24).

A explosão aconteceu por volta das 14h30. Nesta hora, o estudante João Victor estava em casa assistindo à televisão como em um dia qualquer. Até que um barulho veio, sua casa começou a tremer e uma fumaça preta e densa subiu no ar, escurecendo sua visão.

João Victor pensou que o posto de gasolina tinha explodido e teve medo. Saiu e voltou de para casa uma vez. O barulho continuou e ele preferiu deixar a residência que fica a poucos metros de onde aconteceu a tragédia, na avenida Avenida Nelson Santiago, a principal do município com população estimada pelo IBGE em pouco mais de 21 mil pessoas.

"Ficou tudo escuro, tudo preto. E a casa tremeu toda. Quando eu saí de casa estava uma fumaça preta

 

muito grande. Voltei pra dentro de casa com medo de inalar a fumaça. No início, pensei que a explosão foi no posto de combustível que fica logo ao lado e isso me deixou com mais medo de aumentarem as explosões", relata o estudante.

Pelo menos 10 pessoas tiveram ferimentos leves e foram encaminhadas para o Hospital Municipal. Outras cinco foram soterradas pelos escombros: Ebervan Souza Reis, de 49 anos, e Fernanda Santana Batista, de 35, morreram no local. Uma adolescente de 13 anos foi resgatada com vida e levada para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, para cuidar das queimaduras que sofreu.

A explosão destruiu muita coisa. Num dos vídeos, um dos curiosos afirmou que o local ficou parecido com um cenário de guerra. As imagens mostram que a afirmação não é exagero. No local havia clorato, magnésio e enxofre que eram usados na fabricação dos fogos. 

"A gente não está acostumado com essas coisas aqui, então a cidade ficou muito assustada, só se comentava sobre essa história", disse Rafael Nascimento, morador de Crisópolis.Equipes da Delegacia Territorial (DT) de Crisópolis e da 2ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior(Coorpin/Alagoinhas) prenderam um dos proprietários da fábrica, que funcionava demaneira clandestina.As equipes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizaram a perícia local para dar início às investigações que vão apontar a causa da explosão. Titular da DT/Crisópolis, a delegada Débora Vânia Cruz Ferro, instaurou inquérito policial para investigar ofato.“Os laudos periciais, depoimentos e demais elementos coletados auxiliarão na elucidação das causas da explosão. O proprietário da fábrica clandestina foi autuado pela posse e fabricação deartefato explosivo sem autorização e está preso à disposição da Justiça”, afirmou a delegada.A Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec) afirmou que quatro imóveis foramcomprometidos com a explosão e outros cinco serão avaliadas pela equipe da Sudec. 

fonte:Correio da Bahia 15/04/2021-08h19min.

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