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sábado, 8 de maio de 2021

Judiciário: OAB-BA quer retomada de prazos de processos físicos

 O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia (OAB-BA), Fabrício Castro, quer a retomada dos prazos processuais dos processos físicos, que desde o início da pandemia estão paralisados. Segundo Castro, a suspensão dos prazos tem trazido diversos prejuízos para a advocacia e para as partes.

 

Para ele, é possível retomar o prazo com todas as cautelas e protocolos de segurança. “Evidentemente, vai ter uma limitação de acesso, limitação de pessoas, mas feito isso, é imperioso que os prazos voltem a correr, garantindo o acesso dos autos pelos advogados, pois ninguém aguenta mais. Mais um ano desses processos sem tramitação será um prejuízo incalculável para a sociedade”, declara.

 

Os processos físicos são de todas as naturezas e já há uma demora na tramitação normal. “Demos uma parada necessária para que o sistema de saúde suportasse o número de casos, mas já sabemos das medidas de segurança, de revezamento, redução de horários, por exemplo. É possível que o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) se organize para garantir essa tramitação”, reforça. Fabrício Castro acrescenta que se houver casos com obstáculos para a segurança das pessoas, aí pode ocorrer novamente a suspensão do prazo de forma pontual. 

 

Há uma posição da OAB de retomada dos prazos, mas a decisão do retorno cabe ao TJ-BA, devido a sua autonomia funcional. Até o momento, não há expectativa para que isso seja revertido. “Sabemos que o TJ tem um planejamento para retomada em etapas, mas não sabemos qual a previsão de data. O que estamos pedindo é que se acelere essa volta para diminuir esse prejuízo de todo esse tempo”, salienta.

 

Entre as possibilidades, está a organização das serventias por rodízio, por agendamento, com redução de horário e por drive-thru. Fabrício lembra que os cartórios extrajudiciais privatizados estão funcionando, e o modelo pode ser adotado no cartório judicial. Informações do Bahia Notícias em 08/05/2021.

Quase 420 mil mortes, mas Bolsonaro afirma que decreto contra medidas restritivas está pronto: ‘Só falta assinar’

 


PORTO VELHO – O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 7, que tem “pronto” um decreto que impediria governadores e prefeitos de adotarem medidas mais duras de distanciamento social, como fechamento de comércio e restrição de circulação de pessoas, para conter o coronavírus.

“O decreto já está pronto. Só falta assinar, e todos vão ter que cumprir”, disse, durante inauguração de uma ponte sobre o Rio Madeira, no distrito de Distrito do Abunã, em Porto Velho (RO).

Durante o evento, Bolsonaro disse que decreto tem como base artigo 5º da constituição federal e voltou a usar a expressão “meu Exército” ao se referir às Forças Armadas. “O meu Exército, a minha Marinha, e a minha Aeronáutica não vão para a rua para impedir as pessoas de sair de suas casas”, frisou Bolsonaro.

O artigo da Constituição citado por Bolsonaro diz respeito ao direito de igualdade e liberdade no País. “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

Em abril, Bolsonaro já havia feito ameaçado governadores e prefeitos ao afirmar as Forças Armadas poderiam ir às ruas para, segundo ele, “acabar com essa covardia de toque de recolher”. “Se precisar, iremos às ruas, não para manter o povo dentro de casa, mas para restabelecer todo o artigo 5.º da Constituição. E se eu decretar isso, vai ser cumprido esse decreto”, disse o presidente então em entrevista à TV A Crítica.

Com Luciano Hang na garupa e sem capacete

Bolsonaro aproveitou a inauguração da ponte para passear de moto. O empresário Luciano Hang foi um do que pegaram “carona” para percorrer a nova obra. Eles não usaram capacete. Durante o evento, Bolsonaro também não vestiu máscara e causou aglomeração – abraçou apoiadores e carregou crianças.

A obra da ponte sobre o Rio Madeira foi iniciada em 2014, durante o governo de Dilma Rousseff (PT), mas os serviços se arrastaram por sete anos. Com a ponte, será possível a integração por terra definitiva do Acre com o restante do País. Até então, a travessia do rio era feita por meio de balsas, cujo serviço era pago.

fonte:Estadão - 07/05/2021 06h:55min.

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Universidades Federais têm o dobro de alunos, mesma verba de 2004 e podem parar em julho

 

Foto: Reprodução 




As universidades federais chegaram ao mesmo patamar orçamentário de 2004 e podem fechar em julho. Com o dobro de alunos em comparação ao quantitativo de 17 anos atrás, instituições como UFRJ e Unifesp não têm recursos para investimento e manutenção e já falam da interrupção de atividades.

 

Conforme noticiou O Globo, com informações do Painel do Orçamento Federal, estão livres em 2021 R$ 2,5 bi para as 69 universidades e 1,3 milhão de estudantes. Esse valor é praticamente o mesmo que o orçamento de 17 anos atrás (com os valores atualizados pelo IPCA). No entanto, naquele momento, eram 574 mil alunos e 51 instituições

 

As universidades enfrentam problemas como dificuldades para arcar com custos de gastos com luz, água, limpeza e segurança, além de problemas para manter programas de permanência para alunos mais pobres. 

 

"Com o que temos disponível para gastos discricionários hoje, a UFRJ para de funcionar em julho. As aulas só continuam porque estão remotas. Mas todos os serviços da universidade, como os hospitais e as pesquisas, incluindo o desenvolvimento de uma vacina de Covid-19, serão interrompidos", afirmou a reitora da Federal do Rio, Denise Pires Carvalho, ao jornal O Globo.

 

Além dos R$ 2,5 bilhões livres, o orçamento das federais também prevê R$ 1,8 bi que podem ou não ser desbloqueados ao longo do ano. Segundo a publicação, caso isso aconteça, os gastos discricionários chegarão ao patamar de 2006, quando o país tinha apenas 54 universidades federais. Uma fonte ligada a reitores afirmou que há um temor de paralisação em escala nacional nas instituições.

 

Em nota, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) também disse que, se não houver liberação dos recursos, a unidade não terá “como arcar com o funcionamento básico a partir de julho”, e, portanto, “o risco de paralisação total é real”.

 

“Para se ter ideia, a principal ação orçamentária, onde se encontram alocados os recursos para funcionamento da universidade, incluindo as despesas básicas como energia elétrica, água, limpeza, manutenção, vigilância, insumos para laboratórios de graduação, entre outros, que em 2020 foi de R$ 66 milhões, hoje, na prática, é de R$ 21,1 milhões, suficientes para manutenção das atividades até o mês de julho. Isso porque estamos no modelo de ensino à distância na maior parte de nossos cursos. Se houver a obrigatoriedade do retorno presencial, não será suficiente sequer para as adaptações mínimas necessárias”, diz a reitoria da Unifesp, em nota.

 

A Universidade Federal do Paraná (UFPR), através da sua Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (Proplan), afirmou que todos os terceirizados da área de pesquisa podem ter que ser demitidos. "Isso afeta desenvolvimento da vacina contra Covid que estamos trabalhando. Efetivamente estamos no limite, não há possibilidade de conclusão do ano dessa maneira", diz.

 

A Universidade Federal de Goiás (UFG) terminou o ano de 2020 no vermelho. Em contato com a reportagem do jornal carioca, o reitor da instituição e presidente da Andifes, Edward Madureira, "foram cortados quase R$ 180 milhões para assistência estudantil". "Como o perfil socioeconômico de muitos alunos é de baixa renda, cortar alimentação e moradia significa mandar ele embora da universidade", afirma.

 

A Universidade de Brasília (UnB) disse que o retorno das aulas presenciais também poderá ficar mais longe pela falta de dinheiro para comprar insumos e equipamentos de proteção contra a Covid-19.

 

O Ministério da Educação foi procurado, mas não respondeu aos questionamentos da reportagem.



fonte:Jornal o Globo - 07/05/2021

STF: Ministro Fachin diz que há indícios de 'execução arbitrária' em operação policial no Rio

 

Fachin diz que há indícios de 'execução arbitrária' em operação policial no RJ
Foto: Fellipe Sampaio / SCO / STF

O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nesta sexta-feira (7) que os fatos ocorridos na operação policial que deixou 25 mortos na comunidade do Jacarezinha no Rio de Janeiro "parecem graves" e que "há indícios de atos que, em tese, poderiam configurar execução arbitrária".
 

A declaração é uma resposta à petição protocolada no Supremo pelo Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular, vinculado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que aponta que a ação policial realizada na quinta-feira (6) teria descumprido a decisão do STF sobre o tema. Em junho de 2020, o STF decidiu restringir as operações nas favelas do RJ a "situações excepcionais" durante a pandemia da Covid-19.
 

A entidade também enviou ao tribunal dois vídeos: um em que um policial aparece invadindo uma casa e atirando contra um homem deitado e outro em que há cinco pessoas aparentemente mortas deitadas em macas de hospital.
 

O magistrado encaminhou o ofício da entidade ligada à UFRJ e os vídeos para o procurador-geral da República, Augusto Aras, e para o chefe do Ministério Público do Rio de Janeiro, Luciano de Souza.
 

O ministro pediu aos responsáveis pelos dois órgãos para ser informado das providências que serão adotadas a respeito.
 

"Certo de que Vossa Excelência, como representante máximo de uma das mais prestigiadas instituições de nossa Constituição cidadã, adotará as providências devidas, solicito que mantenha este Relator informado das medidas tomadas e, eventualmente, da responsabilização dos envolvidos nos fatos constantes do vídeo", afirmou.
 

Na quinta-feira (6), Fachin já havia reagido à operação policial que deixou 25 mortos, entre eles um policial, e marcado para o próximo dia 21 o julgamento que discute o alcance da decisão do STF que restringiu a realização de operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro a "hipóteses absolutamente excepcionais".
 

A decisão do STF, de junho de 2020, previu que as situações em que fossem indispensáveis as operações deveriam ser justificadas por escrito pela autoridade competente e comunicadas imediatamente ao Ministério Público do RJ.
 

Agora, o Supremo vai julgar recurso em que o PSB, autor da ação, pede que sejam esclarecidos alguns pontos da decisão do ano passado. Os ministros deverão discutir, por exemplo, qual é o alcance da definição de "excepcionalidade" das operações prevista no julgamento do STF.
 

A Polícia Civil fluminense já se antecipou e afirmou que respeitou todas as exigências do Supremo na operação desta quinta, mas criticou "ativismo judicial".
 

"De um tempo para cá, por conta de algumas decisões e um ativismo judicial que se viu muito latente na discussão social, fomos de alguma forma impedidos ou foi dificultada a ação da polícia em algumas localidades", afirmou o delegado Rodrigo Oliveira, subsecretário de Planejamento e Integração Operacional.
 

"O resultado disso nada mais é do que o fortalecimento do tráfico. Quanto menos você combate, quanto menos você se faz presente, o tráfico obviamente vai ganhando cada vez mais poder, expandindo seus domínios e avançando cada vez mais para dentro da sociedade organizada", continuou Oliveira.


fonte: FOLHAPRESS - 07/05/2021 17h:37min.

Brasil: 'Tudo bandido', diz vice-presidente Mourão, sem provas, em referência aos 24 mortos pela polícia no Rio

 O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, classificou nesta sexta-feira, 7, como "bandidos" os mortos na operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro, na favela do Jacarezinho.

“Tudo bandido! Entra um policial numa operação normal e leva um tiro na cabeça de cima de uma laje. Lamentavelmente, essas quadrilhas do narcotráfico são verdadeiras narcoguerrilhas, têm controle sobre determinadas áreas e é um problema da cidade do Rio de Janeiro”, declarou o militar ao chegar para despachar no Palácio do Planalto.

Ação da Polícia Civil deixou 25 mortos na favela do Jacarezinho
© Wilton Junior/Estadão Ação da Polícia Civil deixou 25 mortos na favela do Jacarezinho

“É um problema sério da cidade do Rio de Janeiro, que vamos ter que resolver um dia ou outro”, completou o vice-presidente.

Um dia depois da operação policial que matou 25 pessoas na favela do Jacarezinho, um grupo com cerca de 50 pessoas realizou uma manifestação em frente à Cidade da Polícia, que reúne delegacias especializadas da Polícia Civil, nesta sexta. A operação de quinta-feira foi realizada por 250 agentes da corporação.

A Operação Exceptis ocorreu a partir das 6 horas de quinta-feira, 6, pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), em conjunto com outras delegacias da Polícia Civil do Rio, com o objetivo de prender 21 acusados de aliciar crianças e adolescentes para o tráfico de drogas na comunidade.

Depois da ação que resultou em 25 mortes, o Ministério Público informou que adotou medidas para verificar os fatos, “de modo a permitir a abertura de investigação independente para apuração dos fatos, com a adoção das medidas de responsabilização aplicáveis”. Por decisão do Supremo Tribunal Federal, operações policiais no Rio estão restritas durante a pandemia.

O caso teve repercussão internacional. O escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu uma investigação independente. A operação realizada na quinta-feira, na qual helicópteros foram usados, ocorreu em uma longa história de "desproporcional e desnecessário" uso da força pela polícia, disse o porta-voz da ONU para Direitos Humanos Rupert Colville em uma entrevista da organização em Genebra.

Um dos mais importantes institutos de estudos da violência, o Igarapé, também criticou a operação. Afirmou em nota que é inaceitável o Estado continuar apostando na letalidade como principal estratégia de segurança, sobretudo em lugares mais pobres.

Reprodutor de vídeo de: YouTube (Política de PrivacidadeTermos)

"Privilegiar o confronto indiscriminado coloca nossa sociedade e nossos agentes públicos em perigo. De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), a polícia do Rio foi responsável pela morte de 453 pessoas entre janeiro e março deste ano. O número já representava 36% do total registrado em 2020, quando foram registradas 1.245 vítimas", diz o texto.

Já a Comissão Arns manifestou “seu mais veemente repúdio” à operação realizada pela Polícia Civil do Rio na favela do Jacarezinho. “É inaceitável que esta chacina aconteça em meio à pandemia”, diz o texto.

fonte: ESTADÃO - 07/05/202117h:30min.

Bahia: Gov. anuncia a duplicação da BR -415 entre Ilhéus -Itabuna com recursos do Estado

 

Foto: Reprodução/YouTube
Foto: Reprodução/YouTube

 

Em viagem a Itabuna, nesta sexta-feira (7), o governador Rui Costa (PT) anunciou a duplicação da BR-415, no trecho que faz a ligação do município com Ilhéus e é fundamental para o desenvolvimento da região sul da Bahia. A obra contará com recursos próprios do Governo do Estado, sob coordenação da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra). Segundo o governador, a licitação será lançada em 30 dias. A estimativa inicial é que R$ 150 milhões sejam investidos no projeto.

“A Bahia e o sul da Bahia cansaram de esperar pelo governo federal. Vamos fazer essa obra com recursos próprios”, disse o governador. Ele explicou que uma licitação já tinha sido feita dentro do marco legal do governo federal, por ser um convênio com a União. “Agora, teremos que fazer uma nova licitação que estará publicada no Diário Oficial do Estado, no prazo máximo de 30 dias. O que importa é que o povo da região terá uma pista duplicada”, afirmou.

Rui disse ainda que, com a mudança, o trecho deixará de ser uma BR para se transformar em uma nova rodovia estadual (BA). Ela será integrada à BR-415 através de pontes incluídas no projeto da obra. E anunciou que o governo começa a efetivar processo de desapropriações para viabilizar a duplicação da rodovia, já a partir deste mês.

“O ritmo da Bahia é um ritmo acelerado de gerar renda, gerar emprego, de trabalhar. Gente que gosta de ficar de braços cruzados, dizendo piada e não trabalhando, não é conosco. Aqui vamos botar o pé no acelerador e cumprir o que eu já disse há tempos: se o governo federal não fizesse, nós faríamos a obra”, ressaltou.

fonte:Bahia.Ba - 07/05/2021 13h:50min.

Salvador: Tubulação rompe e alaga UTI no hospital de campanha da Arena Fonte Nova



O rompimento deu um cano de água no Hospital de Campanha da Arena Fonte Nova causou um alagamento em uma das alas de UTI, na manhã desta sexta-feira (7). A informação foi confirmada pela assessoria das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), que administra o hospital. 

O acidente aconteceu por volta de 10h20. Cinco ambulâncias foram deslocadas para o hospital para auxiliar na remoção dos pacientes. Todos os que são tratados no hospital têm covid-19. Nenhum paciente foi atingido. 

Com o rompimento, o teto de gesso desabou e a ala, que tem 30 leitos de UTI, foi interditada. Dos 30 pacientes que estavam nela, 20 já foram relocados para outras alas do próprio Hospital de Campanha da Fonte Nova. A direção ainda avalia se os outros 10 pacientes serão transferidos para outras unidades da cidade que tratam covid. Ao todo, o hospital tem 200 leitos, 100 de UTI e 100 clínicos.

Em nota, a Embasa disse que o problema foi por conta de um vazamento interno, contido pela própria administração. "A Embasa informa que o incidente ocorrido hoje no hospital de campanha da Arena Fonte Nova foi decorrente de vazamento nas instalações internas da estrutura. A própria administração do hospital realizou a contenção do vazamento", diz a empresa. Informações do Correio da Bahia em 07/05/2021.

Hospitais da aeronáutica não recebem pacientes civis com coronavírus

Foto:  Reprodução/FAB

Foto: Reprodução/FAB


Os hospitais da Aeronáutica não receberam nenhum paciente civil infectado com Covid-19 desde o início da pandemia. A informação é da coluna de Guilherme Amado, da revista Época.

Segundo o Ministério da Defesa, “não há registros de atendimentos, por Covid-19, a civis que não sejam usuários do Sistema de Saúde da Aeronáutica”.

A informação foi dada pela pasta por meio da Lei de Acesso à Informação, a pedido do deputado Ivan Valente, do PSOL de São Paulo.

A Aeronáutica tem nove hospitais espalhados por diferentes cidades, além de outras clínicas e institutos.

Alguns dos hospitais apresentam leitos de enfermaria e UTI sobrando. Um deles é o Hospital de Aeronáutica de Canoas, que tinha nesta quinta-feira quatro leitos de UTI e 12 leitos de enfermaria reservados para Covid-19. Nenhum deles ocupado.

Segundo uma auditoria do TCU, os hospitais das Forças Armadas, incluindo os da Aeronáutica, receberam pelo menos R$ 2 bilhões do Orçamento da União no ano passado.

fonte:Bahia.Ba -  07/05/2021

Salvador tem 70 mil pessoas esperando a 2ª dose da Coronavac; chegaram apenas 10 mil

Leo Prates, secretário de Saúde de Salvador (Foto: Matheus Morais/bahia.ba)

Leo Prates, secretário de Saúde de Salvador (Foto: Matheus Morais/bahia.ba


O secretário municipal de Saúde, Leo Prates, informou nesta sexta-feira (7) que Salvador deve receber apenas 10 mil doses da Coronavac, remessa insuficiente para atender cerca de 70 mil pessoas cuja dose de reforço está atrasada. A previsão é que o Ministério da Saúde envie a remessa de imunizantes neste sábado (8).

“A expectativa, e nós estamos estudando estratégias, é receber 10 mil [doses de] CoronaVac para 70 mil pessoas com segundas doses atrasadas. É difícil fechar essa conta, o problema é matemático. O ministério promete, até o fim da semana que vem, resolver essa crise. Mas, enfim, nós temos uma crise instalada na cidade de Salvador e no Brasil como um todo”, declarou o secretário em entrevista à rádio Metrópole.

Ao definir a situação como “crítica”, Prates também rechaçou o mais recente ataque do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à China, o que, em sua avaliação, poderá dificultar a liberação de insumos pelas autoridades do país asiático.

“A fala do presidente não colabora em nada. No momento em que precisamos de IFA [Insumo Farmacêutico Ativo], de insumos para produção da CoronaVac, nós estamos chegando aí a 60 mil pessoas em Salvador que ainda estão com a sua segunda dose atrasada, a gente vê o presidente da República agredir a China… Não colabora. Eu acho que o momento é de união. Eu acredito que essas falas não colaboram, não ajudam o andamento da vacinação”, disse.

fonte:Bahia.Ba 07/05/2021-11h:20min.

Ciro Gomes fica sem segunda dose da CoronaVac por falta de estoque no Ceará

 

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

 

Ex-prefeito de Fortaleza (1989-1990) e ex-governador do Ceará (1991-1994), Ciro Gomes (PDT) ficou sem a segunda dose da vacina CoronaVac, primeiro imunizante contra a Covid-19 autorizado no Brasil.

A aplicação do reforço da vacina estava agendada para ocorrer no último sábado, 1º de maio, mas precisou ser adiada por falta de estoque na capital cearense. A escassez do imunizante ocorre em todo o estado, bem como em outras regiões do Brasil.

De acordo com informações da coluna Painel, da Folha, Ciro está irritado porque a demora na imunização limita sua capacidade de circular para articular politicamente. Informações do Bahia.Ba em 07/05/2021.

Rio: Imprensa internacional fala em 'banho de sangue' e 'carnificina' no Jacarezinho


A operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro, que deixou 25 mortos nesta quinta-feira (7), ganhou destaque na mídia internacional.

Em linhas gerais, veículos como os jornais El País (Espanha) e Le Monde (França) descrevem a ação a partir das declarações oficiais das forças de segurança e de relatos e registros feitos por moradores da favela, além de entrevistarem especialistas no tema de segurança pública sobre o grau de violência da ação e acusações de abuso do uso da força.

Há também menções, no jornal britânico The Guardian e no site da emissora Al Jazeera, do Catar, ao apoio dado por parte da imprensa brasileira à ação.

A Polícia Civil do Rio afirmou ter deflagrado a operação após receber denúncias de que traficantes locais estariam aliciando crianças e adolescentes para a prática de ações criminosas.

Um policial civil foi morto e dois passageiros do metrô ficaram feridos (um atingido por um tiro e outro por estilhaços de vidro).

O espanhol El País descreve a ação mais letal da história da polícia do Rio de Janeiro a partir de relatos de moradores, menções a veículos de imprensa brasileiros e materiais que recebeu sobre o caso.

Reprodução do site do Le Monde
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Reportagem do jornal francês Le Monde fala em 'banho de sangue'

"Três agentes carregam um corpo embrulhado em um lençol branco, o que dificulta qualquer trabalho forense. O jornal contatou a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio, encarregados de investigar possíveis abusos cometidos por policiais, mas até o momento não obteve resposta", diz um trecho da reportagem do principal jornal espanhol.

O momento do transporte desse corpo no lençol branco foi flagrado pelo repórter-fotográfico Ricardo Moraes, da agência Reuters, e aparece com destaque tanto na matéria do El País quanto na do francês Le Monde.

A publicação francesa, que se baseia em texto da agência de notícias AFP, fala em "banho de sangue" e cita depoimentos de moradores da região sobre corpos em poças de sangue no chão e outros sendo levados para veículos blindados das forças de segurança.

O jornal britânico The Guardian afirmou que a operação policial foi celebrada por autoridades policiais e seus chefes de torcida na mídia carioca como um "ataque substancial às gangues de tráfico de drogas que usam as favelas como suas bases há décadas".

E cita uma declaração do apresentador do programa de cobertura policial Balanço Geral (Record): "Seria ótimo se a polícia fizesse duas operações dessas todos os dias para libertar o Rio de Janeiro dos traficantes, ou pelo menos reduzir o poder deles".

Reprodução do site da Al Jazeera
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A rede de notícias Al Jazeera, do Catar, traz reportagem com 'carnificina' no título

Logo em seguida, o Guardian traz uma declaração de Pedro Paulo Santos Silva, pesquisador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, ligado à Universidade Cândido Mendes. "Foi um extermínio. Não há outra maneira de descrever o que ocorreu."

O jornal também afirma que a polícia e a mídia local descrevem os mortos como "suspeitos", mas não apresentam nenhuma evidência para chamá-los assim.

Segundo comunicado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, as forças de segurança identificaram, através de trabalho de inteligência e uso de quebra de sigilos autorizada pela Justiça, 21 integrantes da quadrilha, responsáveis por garantir o domínio do território através do uso de armas.

"Foi possível caracterizar a associação dessas pessoas com a organização criminosa que domina a região, onde foi montada uma estrutura típica de guerra provida de centenas de 'soldados' munidos com fuzis, pistolas, granadas, coletes balísticos, roupas camufladas e todo tipo de acessórios militares", disse a corporação.

A rede de notícias Al Jazeera, do Catar, também cita em sua reportagem, que tem a palavra 'carnificina' no título, o apoio dado à operação por parte da imprensa local. "A mídia brasileira aplaudiu amplamente a operação, dizendo que foi uma repressão justificada ao tráfico de drogas e outros crimes violentos na comunidade."

Reprodução do site do El País
Reprodução
El País questiona apoio de parte da imprensa local à operação mais letal da história do RJ

O veículo catariano também cita vídeos e fotos recebidas pela reportagem, que mostram "explosões de granadas, bem como cenas horríveis de cadáveres caídos em calçadas, vários buracos de bala nas portas de moradores, colchões e roupas manchados de sangue e sangue escorrendo escada abaixo nas vielas estreitas da favela".

O jornal americano The Washington Post fala em cenas de guerra e destaca o histórico violento da política brasileira de combate às drogas, com a morte de cerca de 5.800 pessoas em 2019, a maioria delas negras e pobres.

"Mesmo em uma cidade há bastante tempo acostumada à enorme violência policial, onde as autoridades frequentemente realizam operações bélicas dentro de bairros controlados por organizações criminosas, o número de mortos foi chocante, mostrando o domínio contínuo da violência no maior país da América Latina", afirma o veículo.

Segundo a Rede de Observatórios de Segurança, as operações policiais aumentaram 51% no Rio de Janeiro nos quatro primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 351 ações, ante 232 de janeiro a abril de 2020.

O número de mortes durante essas operações também cresceu no primeiro trimestre: saiu de 75 vítimas no ano passado para 95 de janeiro a março de 2021 — uma alta de 26,6%. Esses dados ainda não contabilizam as 25 mortes no Jacarezinho.

fonte:Correio Braziliense - 07/05/2021 10h:33min.

Efeito Bolsonarista: Pesquisa diz que 22,2% de brasileiros acreditam que a Terra é plana

Apoiadores de Jair Bolsonaro em ato (Foto: Agência Brasil )

Pesquisa do Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação, divulgada pelo cientista político Leonardo Avritzer, da UFMG, em artigo no portal Uol nesta sexta-feira (7) revela que as teses defendidas por Jair Bolsonaro e pelos apoiadores do presidente avançam na sociedade brasileira.

A pesquisa – realizada entre os dias 20 e 27 de abril, com 2031 entrevistados e margem de erro de 2,2% – revela que 50,7% acreditam que o coronavírus foi criado pelo governo chinês. A tese foi defendida por Bolsonaro na última quarta-feira (5), quando acusou a China de promover uma “guerra química”, e causou nova crise na relação do Brasil com seu principal fornecedor de vacinas e insumos contra a Covid-19.

Outra teoria da conspiração defendida por Bolsonaro, de que os hospitais são pagos para inflar o número de mortos por Covid-19, faz parte do imaginário de 56,4% da população, segundo a pesquisa, que mostra ainda que 22,2% acreditam que a Terra é plana.

“O bolsonarismo é cada vez mais exitoso como movimento e cada vez menos bem-sucedido como forma de governo”, diz o pesquisador no artigo, ressaltando que “novos dados de opinião pública apontam que a gestão do capitão vai cada vez pior: 67,7% dos brasileiros acreditam que o presidente deu pouca importância à pandemia, prejudicando seu combate no país”.

Golpe

Um dado preocupante revelado pelo estudo é o novo aumento de apoiadores de um golpe no Brasil. Segundo a pesquisa, em 2018, 47,8% dos brasileiros afirmavam ser favoráveis a um golpe de estado em uma situação de muita corrupção.

O porcentual caiu nos anos seguintes, chegando a 29,2% em 2019. Mas, a pesquisa atual revela que 50,6% dizem apoiar um golpe em caso de muita corrupção, narrativa que tenta ser construída por Bolsonaro, mas é atrapalhada pelos filhos.

Bolsonaristas
Entre as pessoas pesquisadas que dizem ter votado em Bolsonaro, 40,5% acreditam que a cloroquina combate a Covid-19 – percentual que é de apenas 20,7% entre os demais entrevistados.

Outro dado mostra que 57,6% dos apoiadores de Bolsonaro acreditam que o coronavírus foi criado pelo governo chinês e 62,3% que os hospitais são pagos para aumentar o número de mortos no Brasil.

Mídia
O discurso contra os veículos da mídia tradicional, comum nas falas de Bolsonaro, também tem surtido efeito: 62,6% dizem não confiar na Rede Globo e 41,7% dizem não confiar na Rede Record.

Entre aqueles que dizem confiar nas emissoras, a Record tem índice de 11,2%, o dobro da Globo, segundo a pesquisa.

Ainda segundo a pesquisa, cerca de 43% dos brasileiros afirmaram que sua condição de vida piorou em relação a um ano atrás.

“Ou seja, Bolsonaro será vulnerável em relação à pandemia e à economia, mas terá criado um movimento na sua direção no que diz respeito a questões morais e concepções de antipolítica. É nesse campo que se dará a disputa. Ainda que Bolsonaro seja derrotado, as ideias do movimento que ele capitaneou continuarão conosco por algum tempo”, diz Avritzer em seu artigo.

fonte:Revista Fórum - 07/05/2021 10h