Não aconteceu a suposta paralisação de caminhoneiros convocada por apoiadores de Jair Bolsonaro para esta quinta-feira (4), para reivindicar anistia para o ex-presidente. A previsão dos verdadeiros sindicalistas que representam a categoria era de que não haveria mobilização, já que o caráter da greve seria em favor de um político, e não por melhores condições de trabalho para os motoristas.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que nenhuma comunicação formal sobre mobilizações foi registrada em todo o país nesta manhã.
“Fizemos levantamento, conversamos com algumas entidades em vários estados e até o momento não registramos nenhum ponto de manifestação”, disse ao ICL Notícias Wallace Landim, conhecido como Chorão, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), no fim da manhã desta quinta-feira.
Wallace Landim, o Chorão
“Essas pautas para defender o ex-presidente, pauta política, sempre tive o cuidado de não envolver o segmento do transporte. Movimento de caráter unicamente político não prospera”, afirma Chorão.
Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), também informou que não teve conhecimento de nenhum ponto de paralisação. “Não soubemos nem de tentativa de parar, me pareceu mais uma ‘greve de WhatsApp’, de Norte a Sul houve registro de nada neste sentido”, diz Litti. “Nem mesmo os que estavam chamando a greve tentaram organizar seus piquetes”.
Litti diz que falsos movimentos trazem prejuízos para a categoria porque podem contaminar com descrédito futuras paralisações que tenham como pauta as reais necessidades dos motoristas.
A PRF informa que mantém o “habitual trabalho diário de ronda e monitoramento dos 75 mil quilômetros de rodovias federais, observando o fluxo de veículos e eventuais fatos atípicos que possam acontecer no ambiente rodoviário”.
Fontes da 13ª Vara Federal de Curitiba relataram a informação, que pode prejudicar Moro, a Tony Garcia, apósoperação da PF no tribunal da Lava Jato - foto:reprodução
247 - Agentes federais localizaram na 13ª Vara Federal de Curitiba uma caixa de cor amarela que armazenava informações sensíveis de autoridades e que teria sido usada pelo então juiz Sergio Moro como instrumento de chantagem, afirmou o empresário e ex-deputado Tony Garcia ao detalhar, em entrevista à TV 247, os desdobramentos da operação da Polícia Federal no tribunal da Lava Jato.
“Tudo isso foi encontrado, pelas informações que tenho da Vara”, disse Garcia ao jornalista Joaquim de Carvalho. “Se isso vier à tona isso vai passar a limpo a história do país”, acrescentou, ao mencionar também a festa da cueca, episódio em que autoridades participaram de uma festa extravagante e acabaram gravadas em uma armação
Para Garcia, o episódio evidencia de que forma Moro se fortaleceu para perseguir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Moro usou as informações para chantagem”, afirmou.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu o governo federal de receber, analisar ou executar novas indicações de emendas parlamentares apresentadas pelos deputadosEduardo BolsonaroeAlexandre Ramagem.
A decisão, tomada no âmbito da ADPF 854, atende a pedido do PSOL e tem efeito imediato. O partido apontou que ambos, mesmo afastados das atividades legislativas e vivendo no exterior, apresentaram cerca de R$ 80 milhões em emendas individuais ao Orçamento de 2026, situação que, segundo Dino, afronta princípios constitucionais básicos.
O episódio se insere em um contexto mais amplo que expõe uma crise de funcionamento no sistema de representação parlamentar. Atualmente, três deputados federais — Eduardo Bolsonaro, Alexandre Ramagem e Carla Zambelli — estão fora do país e distantes das atividades regulares da Câmara.
Alexandre Ramagem deixou o Brasil após ser condenado pelo STF a mais de 16 anos de prisão, com decretação da perda do mandato. Eduardo Bolsonaro mudou-se para os Estados Unidos em março e nunca mais retornou.
Já Carla Zambelli viajou para a Itália depois de condenação e permanece no exterior, mesmo diante das cobranças públicas para que retorne e cumpra as determinações judiciais. Em todos esses casos, há questionamentos sobre o uso de prerrogativas parlamentares por representantes que não exercem presencialmente suas funções.
Ausência parlamentar
A decisão de Dino se debruça sobre esse cenário. O ministro afirma que há abuso evidente quando parlamentares deixam deliberadamente o país para permanecer fora do alcance da jurisdição da Suprema Corte e continuam praticando atos privativos do mandato.
Ele enfatiza que o mandato parlamentar exige presença física no território nacional e participação real na vida legislativa. Para Dino, o afastamento por longo período e sem justificativa funcional configura distorção capaz de comprometer o devido processo legislativo e o equilíbrio democrático.
“Não existe exercício legítimo de função parlamentar brasileira com sede permanente em Washington, Miami, Paris ou Roma. O mandato parlamentar não se compadece com o regime de teletrabalho integral transnacional”.
O ministro também fundamenta a vedação às emendas nos mecanismos constitucionais que tratam dos chamados impedimentos de ordem técnica. Segundo Dino, ao permitir que parlamentares ausentes e domiciliados no exterior movimentem recursos públicos por meio de emendas individuais, viola-se o art. 37 da Constituição, que estabelece os princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência. Ele lembra ainda que a Lei Complementar nº 210/2024 incluiu a incompatibilidade com esses princípios como hipótese expressa de impedimento técnico.
“É de clareza solar que uma emenda parlamentar de autoria de um deputado permanentemente sediado em outro país é revestida de evidente e insanável impedimento de ordem técnica, por afronta aos princípios da legalidade e da moralidade”.
Flávio Dino, ministro do STF (Foto: Reprodução)
Emendas não são ‘direito abstrato’
O relator também destaca que a prerrogativa de apresentar emendas não é um direito abstrato e desvinculado da função legislativa, mas um instrumento diretamente relacionado ao exercício ativo e responsável da representação política.
Nesse sentido, Dino afirma que Eduardo Bolsonaro e Ramagem deixaram de cumprir “obrigações mínimas inerentes à representação política”, uma vez que não participam das atividades parlamentares, não se submetem às deliberações internas da Câmara e tampouco atendem às exigências constitucionais relativas ao mandato.
O despacho ainda menciona que o devido processo orçamentário, base de funcionamento das políticas públicas federais, não pode ser manipulado por quem se encontra ausente do país, foragido ou sem atuação legislativa efetiva. Ao permitir que parlamentares nessa condição continuassem direcionando recursos públicos, o Estado estaria legitimando práticas incompatíveis com a democracia representativa e com o controle institucional.
No dispositivo final, Dino determina que o Poder Executivo fica impedido de “receber, apreciar, encaminhar, liberar, executar (ou atos similares) quaisquer novas propostas ou indicações relativas a emendas parlamentares” de Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem. A ordem é válida imediatamente, mesmo antes da análise do plenário do STF, para evitar novas distorções no processo orçamentário.
A decisão reacende o debate sobre como a Câmara dos Deputados trata situações de afastamento prolongado, condenação criminal e descumprimento de deveres funcionais. Também pressiona a Mesa Diretora a adotar posicionamentos mais firmes em relação ao acúmulo de casos de parlamentares foragidos, algo descrito dentro do próprio STF como uma anomalia institucional com potencial de comprometer a legitimidade da atividade legislativa.
Um despacho do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), está na mira da Polícia Federal (PF) e é considerado a primeira digital do chefe do Executivo fluminense na investigação sobre os tentáculos do Comando Vermelho (CV) dentro do Palácio Guanabara.
Confira a reportagem completa no link abaixo do site UOL desta quinta-feira (4):
Dizendo que não poderia adiantar seu voto sobre o tema, Dino argumentou que a Lei do Impeachment é de 1950 e precisa ser revista, especialmente porque o Senado acumula 81 pedidos de destituição de ministros da Corte.
“Nós temos hoje 81 pedidos de impeachment contra ministros. Isso jamais aconteceu no Brasil e em nenhum país do planeta Terra. O que temos que analisar é se há pedidos que tenham plausibilidade ou se é mais um capítulo da desconstrução poética e arquitetônica de [Oscar] Niemeyer e Lúcio Costa. O ministro [Gilmar Mendes] traz essa reflexão, propõe uma atualização de uma lei, é uma lei de 1950 (…) São questões jurídicas relevantes, que não podem ser diminuídas pelas questões atuais”, declarou Dino nesta quinta-feira (4/12), em um painel sobre segurança jurídica do portal Jota.
A decisão de Gilmar, proferida na quarta-feira (3/12), é uma liminar (medida cautelar) e está em vigor, mas ainda depende de referendo do plenário do STF. O ato causou uma nova crise institucional entre a Corte e o Congresso, mais especificamente o Senado, que é o responsável por analisar o impeachment dos magistrados.
Dino declarou que não irá antecipar seu voto, a ser proferido no dia 12 deste mês. Ele acrescentou que espera que o julgamento instigue o “Congresso Nacional a legislar sobre o assunto”.
Entenda a decisão do STF
A prerrogativa de apresentar a denúncia no Senado, responsável por analisar impeachment de ministros do STF, passa a ser exclusiva do Procurador-Geral da República (PGR); anteriormente, qualquer cidadão poderia apresentar a denúncia.
O quórum necessário para o Senado receber a denúncia (iniciar o processo) passa a ser de dois terços (2/3) dos senadores; antes da liminar, bastava a maioria simples dos senadores.
Ficam suspensas regras que previam o afastamento automático do ministro de suas funções e o corte de um terço (1/3) de seus vencimentos após a admissão da denúncia.
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (4), a Operação Valquíria, voltada a reprimir crimes previstos na Lei Antiterrorismo. Entre os alvos dos ataques, a PF identificou ameaças eletrônicas enviadas a universidades federais, incluindo uma instituição localizada em Barreiras, no Extremo Oeste baiano.
Foto: Divulgação / Polícia Federal
Segundo a corporação, o caso teve início com o envio de e-mails contendo ameaças e apologia ao nazismo, todos enviados a partir de contas criadas exclusivamente para a finalidade. O autor utilizou VPN [rede privada virtual na tradução livre] para dificultar o rastreamento, mas investigadores conseguiram avançar por meio da análise de registros de conexão à internet.
As diligências levaram à identificação do principal suspeito, que tem antecedentes em ameaças cibernéticas e mantinha em posse simulacros de armas e objetos com símbolos extremistas.
Ainda segundo a PF, o material reforça a motivação ideológica das mensagens enviadas às instituições de ensino.
Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte (MG), expedidos pelo Juízo da Vara Federal Cível e Criminal da Subseção Judiciária de Barreiras, onde parte do caso foi registrada. Em caso de condenação, o suspeito pode sofrer penas superiores a 12 anos de prisão.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (3) a prisão preventiva do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado estadual Rodrigo da Silva Bacellar (União). A decisão, atendendo a pedido da Polícia Federal (PF) com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), também afasta o parlamentar do cargo de chefia da Alerj. As medidas ocorrem no âmbito das investigações sobre o vazamento de informações sigilosas da Operação Zargun, da PF.
Conforme as apurações, há indícios de que Bacellar teria participado da obstrução de operações policiais, colaborando para frustrar mandados contra o ex-deputado estadual Thiago dos Santos Silva, o "TH Joias", apontado como aliado do Comando Vermelho. A PF informou que dados sigilosos da operação foram compartilhados antecipadamente, permitindo que TH Joias esvaziasse seu imóvel e trocasse de celular antes da ação policial de 3 de setembro de 2025. Em conversas extraídas do celular do investigado, consta que Bacellar teria sido avisado sobre a troca de número e orientado quanto à retirada de objetos da residência.
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes considerou que os elementos apresentados pela PF "são gravíssimos". Ele apontou que as evidências indicam que o presidente da Alerj estaria "atuando ativamente pela obstrução de investigações envolvendo facção criminosa e ações contra o crime organizado", inclusive com influência no Poder Executivo estadual, o que potencializaria o risco de continuidade da interferência indevida nas investigações. O documento destaca suspeitas de participação em organização criminosa, obstrução de investigação, violação de sigilo funcional e outros delitos.
Além da prisão de Bacellar, Moraes autorizou buscas e apreensões em endereços ligados aos investigados, incluindo gabinetes na Alerj. Para o assessor parlamentar Thárcio Nascimento Salgado, indicado como responsável por auxiliar TH Joias na tentativa de fuga, foram impostas medidas cautelares diversas da prisão, como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de uso de redes sociais e entrega de passaporte.
A decisão, proferida na Petição (PET) 14969, que decorre da ADPF 635 (ADPF das Favelas), ainda determinou a oitiva dos investigados pela PF, a análise de dispositivos eletrônicos apreendidos, o compartilhamento de informações com o Tribunal Regional Federal da 2ª Região e o fornecimento de logs de acesso e documentos por órgãos do governo fluminense e pela Imprensa Oficial do Estado. O objetivo é apurar indícios de crimes com repercussão interestadual e internacional e investigar a atuação de grupos criminosos violentos no estado e suas conexões com agentes públicos.
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro será formalmente comunicada, conforme exigência constitucional, para deliberar sobre a manutenção da prisão do deputado.
A modelo Juliana Nalú relatou um episódio constrangedor durante uma abordagem no aeroporto. Nas redes sociais, ela contou que durante a abordagem aleatória, pediram para inspecionar o cabelo dela. A jovem contou que foi parada novamente quando estava entrando na aeronave e teve seus pertences revistados.
"Como todas às vezes, hoje fui parada novamente no aeroporto pra fazer a revista 'aleatória', que sou SEMPRE selecionada... Mas dessa vez, fizeram eu tirar a minha durag, e queriam inspecionar o meu cabelo!", relatou. Durag é um acessório capilar, parecido com uma bandana, que é amarrado na cabeça para proteger o cabelo, preservar penteados e os cachos.
Juliana, que é modelo internacional há mais de 15 anos, disse que outra abordagem aconteceu novamente quando ela estava embarcando na aeronave:
"Eles me pararam de novo quando eu estava entrando no avião e abriram todas as minhas coisas. E mais uma vez, uma seleção 'aleatória'... É muito esculacho! Sou modelo há quase 15 anos, viajo coda semana, e isso sempre acontece comigo. Eu nunca ouvi falar de amiga minha modelo (branca) passar por isso. Enquanto isso continuar acontecendo comigo, a favela não venceu. É muito triste".
"Ou talvez, isso tudo seja 'mimimi', como algumas pessoas falam... E digamos que só não estão acostumados a ver uma pretinha voando de business toda semana. Eu entendo, é diferente, mas podem se acostumar".
Nascida no Complexo do Chapadão, no Rio de Janeiro, Juliana Nalú tem 25 anos e é modelo desde os 14. Em 2016, ela venceu um concurso de modelos organizado pela TV Globo em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa). Depois disso, se mudou para Los Angeles e passou a estrelar campanhas de diversas marcas.
Formada em artes cênicas, ela também venceu em 2016 o concurso Oficina de Talentos, que buscava novos nomes da atuação no "Caldeirão" (TV Globo).
Na etapa final, contracenou com Juliana Paes e conquistou os votos de Jayme Monjardim, Taís Araujo e Luciano Rabelo. Dois anos depois, Juliana fez uma participação no último capítulo da novela "Segundo Sol", como par romântico de Chay Suede.