• Praça do Feijão, Irecê - BA

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Região de Irecê: Seinfra homologa licitação para a pavimentação da BA-225 - Povoado de Quixabeira


Mapa de Uibaí, BA, 44950-000

imagem:google/reprodução


A SEINFRA- Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia publicou hoje(25) no DOE , o resultado da Tomada de Preços nº 032/2019, visando a pavimentação da rodovia BA- 225 -Povoado de Quixabeira no município de Uibaí com um acesso total de 1,20 km. O valor da obra ficará por mais de R$ 750 mil e a empresa vencedora foi a Perimetal Engenharia Eireli.  

Essa estrada é uma antiga reivindicação da comunidade da Quixabeira e que agora vai se tornar realidade. Abaixo a publicação no DOE ma página da Licitações(Resultados e homologações). A cidade de Uibaí fica há 36 km da cidade de Irecê.


RESULTADO DE LICITAÇÃO - TOMADA DE PREÇOS Nº 032/2019 - SEINFRA

A Comissão Permanente de Licitação da SEINFRA, em conformidade com a Lei Estadual nº. 9.433/05 e disposições do Edital, torna público o resultado da licitação acima referida, cujo objeto é a Pavimentação no trecho: Acesso BA-225 - Povoado de Quixabeira, no município de Uibaí, extensão de 1.20 km. Empresa vencedora: Perimetral Engenharia Eireli. Valor total: R$751.403,75 (setecentos e cinquenta e um mil, quatrocentos e três reais e setenta e cinco centavos). Critério de Julgamento: Menor Preço, resultante da aplicação linear do menor multiplicador único “K” proposto de 0,97 (zero vírgula noventa e sete), sobre os preços unitários. Salvador/BA, 24/10/2019. Alexinaldo Negreiros da Silva/Presidente da CPL.

HOMOLOGAÇÃO E ADJUDICAÇÃO

O Secretário de Infraestrutura, no uso de suas atribuições e com fundamento no Art. 106 da Lei Estadual nº 9.433/2005, homologa o resultado da supramencionada Licitação e adjudica o objeto contratual em favor da empresa vencedora Perimetral Engenharia Eireli. Salvador/BA, 24/10/2019. Marcus Cavalcanti/Secretário de Infraestrutura.

Omissão de Bolsonaro diante do óleo é crime de responsabilidade, diz ex-ministro Ciro Gomes


    Praia de Itapuã - Salvador -Ba - foto:reprodução
Ciro Gomes, candidato à Presidência da República pelo PDT em 2018, foi ao Twitter na noite desta sexta-feira 25/X para cobrar uma atitude concreta do governo Bolsonaro diante do vazamento de óleo que castiga o Nordeste brasileiro. Disse Ciro: 
A região Nordeste do Brasil está passando por uma das maiores crises ambientais de toda a nossa história. Um lâmina extensa - não se sabe o fim dela - de petróleo, óleo cru, está se aproximando de todos os grandes pontos, já ferindo mais de 50 pontos do litoral do Nordeste.
Isso não é só um desastre ambiental que fere o nosso ecossistema, se aproximando de recifes de corais, comprometendo a nossa fauna, a nossa flora, os manguezais... e o mais inacreditável: estamos inteirando quase 50 dias e não é possível não levantar aqui uma voz de protesto contra a ridícula, criminosa omissão, quando não a manipulação odienta dessa crise, que não só está ofendendo a natureza, mas dizimando oportunidades de renda e de trabalho na hora em que o Brasil já vive uma de suas maiores crises econômicas da história.
O senhor Jair Bolsonaro não se dignou a vir ao Nordeste. Não pisou na região. Antes, tinha cancelado uma comissão permanente. Dado que o Brasil é um grande produtor de petróleo e tem uma extensa costa por onde circula petróleo do mundo inteiro, havia no Brasil um plano de contingência preparado para isso, uma comissão permanente.
Senhor Jair Bolsonaro, mais este canalha que ocupa o Ministério do Meio Ambiente, cancelaram essa comissão, rasgaram o plano de contingência e volto a dizer: 50 dias e nem sequer pisar na região o senhor Jair Bolsonaro se dignou. Isso é flagrantemente um caso de crime de responsabilidade e, como tal, deveria ser objeto de apuração do Ministério Público Federal.
Por agora, o que nos cabe é exigir para anteontem um esforço absolutamente central do governo para conter a extensa mancha de óleo que ainda se aproxima do litoral e que poderá agravar muito essa crise, mas também procurar indenizar todos aqueles que sofreram. E mais que isso: identificar, com cooperação internacional, todos aqueles que foram responsáveis por esse vazamento de óleo e cobrar deles a indenização para os extensos prejuízos causados ao Brasil e especialmente ao nosso povo trabalhador.
Senhor Jair Bolsonaro, crie um pouco de vergonha na sua cara! Não é possível que essa omissão criminosa seja apenas uma vingança mesquinha e paranoica de um homem que é repudiado por aqui!  Reprodução do site Conversa Afiada em 25.10.19
Assista:

A omissão do Governo com relação ao óleo nas praias do Nordeste do Brasil é caso de Crime de Responsabilidade a ser analisado pelo Ministério Público Federal! (vídeo 1 de 2)
(Vídeo ju 2 de 2)
A omissão do Governo com relação ao óleo nas praias do Nordeste do Brasil é caso de Crime de Responsabilidade a ser analisado pelo Ministério Público Federal!

MP-BA investigará discriminação religiosa de 'livraria flutuante'; OAB-BA critica


MP-BA investigará discriminação religiosa de 'livraria flutuante'; OAB-BA critica
foto:reprodução

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), por meio da promotora Lívia Vaz, anunciou nesta sexta-feira (25) que irá investigar o caso da livraria flutuante, no navio Logos Hope, que está em Salvador. A OM Ships International, responsável pelo evento, será investigada por discriminação religiosa, após uma publicação preconceituosa em seu Facebook 


"O Ministério Público do Estado da Bahia, através da Promotoria de Justiça e Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, tomou conhecimento, na data de hoje, de mensagens de cunho discriminatório, emitido pela Logos Hope - Livraria Flutuante. Foi instaurado o devido procedimento e a organização do navio foi notificada com recomendação para retirada da mensagem das redes sociais, bem como para prestar esclarecimentos no prazo de três dias", disse a promotora.

O BN procurou a empresa que assessora o navio em Salvador, mas não obteve retorno.

Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA), por meio da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa, também se manifestou sobre o episódio. Para a presidente do colegiado, Maíra Vida, o ato “ultrapassa os limites da liberdade de expressão e liberdade religiosa”. "Nos é exigido um esforço transdisciplinar de superação das violências. O desafio é garantir que o enfrentamento jurídico seja célere, adequado e, ainda assim, transformador", disse.

Para ela, isto revela uma “incoerência entre o escopo da uma entidade que se declara fomentadora da educação e do conhecimento”.


fonte:Bahianotícias - 25/10/2019 - 19:43min.

Dona de 'livraria flutuante' diz que Salvador é conhecida 'pela crença em demônios'

Dona de 'livraria flutuante' diz que Salvador é conhecida 'pela crença em demônios'
Foto: Reprodução / Facebook OM Ships International/reprodução
Com a chegada do navio Logos Hope, que abriga uma "livraria flutuante", a Salvador, uma postagem preconceituosa feita pela proprietária da embarcação começou a circular nas redes sociais. No Facebook, a OM Ships International, que se denomina como uma organização cristã "dedicada a compartilhar conhecimento, apoio e esperança", atacou o sincretismo religioso de parte da população soteropolitana.

"Ore por uma partida segura e uma simples viagem de dois dias para Salvador. Ore pela proteção, força e sabedoria para os membros da tripulação durante a estadia do navio em Salvador - uma cidade conhecida pela crença das pessoas em espíritos e demônios. Ore pela equipe de eventos enquantos eles se preparam para um novo porto e que Deus possa ser glorificado através de cada um dos eventos que estão chegando", diz a organização em uma mensagem postada na manhã de terça-feira (22).

Após a publicação desta nota, às 11h40 de sexta (25), a postagem foi apagada. Mas o Bahia Notícias fez um registro antes da exclusão.

Imagem: PrintScreen / Facebook OM Ships International

Em meio a diversos comentários de pessoas dizendo "amém" ou que estão "orando", tinha também uma série de comentários de brasileiros, em português e inglês, criticando a intolerância religiosa. "Eu rezo para que vocês aprendam a respeitar a cultura, as pessoas e a cidade que você vão visitar", disse uma internauta. "Acabei de desistir de visitar vocês! Respeitem minha cidade. Conheçam as crenças. Não julguem!", escreveu outra. "É inacreditável que a página de um projeto com o objetivo de levar conhecimento seja carregada com tanta ignorância", digitou um rapaz, para citar algumas críticas.

O BN procurou a empresa que assessora o navio em Salvador, mas não obteve retorno até a publicação desta nota.

Aberto nesta sexta (25), o Logos Hope deve ficar em Salvador até o dia 5 de novembro. Auto-intitulado a "maior livraria flutuante do mundo", ele cobra R$ 5 para dar acesso aos visitantes. Além disso, crianças menores de 12 anos e adultos maiores de 60 anos possuem entrada gratuita. (Atualizada às 12h10)


fonte:BNotícias/reprodução - 25/10/2019

RIO: Conselheiro do TCE-RJ arquitetou morte da vereadora Marielle, diz PGR


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foto:reprodução
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou em denúncia enviada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e ex-deputado estadual, "arquitetou o homicídio da vereadora Marielle Fanco e, visando manter-se impune, esquematizou a difusão de notícia falsa sobre os responsáveis pelo homicídio".
É a primeira vez que uma autoridade como a PGR se pronuncia decisivamente sobre o mandante dos assassinatos de Marielle e seu motorista, Anderson Gomes, em março do ano passado.
Reportagem do UOL nesta sexta-feira 25/X mostra que a denúncia foi assinada ainda sob a gestão de Raquel Dodge. Ela acusou Brazão e outras quatro pessoas por participarem de um esquema de obstrução da investigação.
"Fazia parte da estratégia que alguém prestasse falso testemunho sobre a autoria do crime e a notícia falsa chegasse à Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, desviando o curso da investigação em andamento e afastando a linha investigativa que pudesse identificá-lo como mentor intelectual dos crimes de homicídio", diz a denúncia obtida pelo UOL.
Em seu último dia à frente do cargo, 17 de setembro, Dodge anunciou ter apresentado à Justiça uma denúncia sobre a tentativa de obstrução das investigações.
Entre os denunciados estão: o conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro) Domingos Inácio Brazão; o agente aposentado da Polícia Federal Gilberto Ribeiro da Costa; o policial militar do Rio Rodrigo Jorge Ferreira; a advogada Camila Moreira Lima Nogueira; e o delegado da Polícia Federal Hélio Khristian Cunha de Almeida.
Fonte:Conversa Afiada - 25/10/19

'Se Bolsonaro acha que o Brasil está sob ataque terrorista, o que ele está fazendo fora do país?', questiona Greenpeace

Com Farol de Itapuã ao fundo, voluntários trabalham na limpeza do óleo em Salvador
© VICTOR UCHÔA/BBC NEWS BRASIL Com Farol de Itapuã ao fundo, voluntários trabalham na limpeza do óleo em Salvador
Alvo do governo durante a atual crise de vazamento de óleo na costa brasileira, a ONG Greenpeace está reagindo.
A organização pretende processar o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que insinuou que uma embarcação da ONG estaria ligada de alguma forma ao derramamento de petróleo.
No Twitter, Salles publicou uma foto do navio Esperanza, usado pela ONG, com um comentário que sugere vínculo dela com a onda de contaminação nas praias.
O presidente Jair Bolsonaro, que está na China, reforçou a associação em conversa com jornalistas na noite de quinta-feira (24).
Bolsonaro usou o termo "terrorismo" e criticou enfaticamente a organização internacional.
"Para mim isso é um ato terrorista. Para mim, esse Greenpeace só nos atrapalha", afirmou.
Em conversa com a BBC News Brasil, Marcio Astrini, Coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace, disse não ter certeza sobre se o presidente de fato se referia à organização quando falou em terrorismo, mas questionou: "Se Bolsonaro acha que o Brasil está sob ataque terrorista, o que ele está fazendo fora do país?"
Astrini critica a postura do ministro. "Quem deveria estar olhando pelos voluntários está no Twitter brincando de caluniar os outros. O que precisa de resposta no Brasil vai ficar sem resposta", diz ele.
'Para mim isso é um ato terrorista. Para mim, esse Greenpeace só nos atrapalha', afirmou o presidente
© ISAC NÓBREGA/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 'Para mim isso é um ato terrorista. Para mim, esse Greenpeace só nos atrapalha', afirmou o presidente

Diz ainda que a coordenação da remoção do óleo não deve ser feita pela população em geral e nem por ONGs, como o Greenpeace, mas pelo governo.

"Estamos junto com a população ajudando no trabalho de limpeza. Mas a coordenação dos esforços desses voluntários deveria ser feito pelo governo (...) A não organização dessa atividade por parte das autoridades pode provocar outros problemas, como para a saúde da população."
Para ele, a ONG está sendo atacada pelo ministro porque "o governo tem essa postura com todos que dizem a verdade".
Astrini nega que o navio citado pelo ministro tenha qualquer relação com o vazamento. "Quando ele passou (pelo Brasil) já havia esse problema."
Diz ainda que não é possível estimar as consequências do vazamento sem saber sua origem, algo em que a Marinha está empenhada, segundo ele.
Veja os principais trechos da entrevista:
BBC News Brasil - Como reagiram às insinuações de que a ONG teria vazado o óleo?
Marcio Astrini - Com indignação e tristeza. Você acaba ficando indignado com o nível baixo a que o ministro chega. A tristeza é porque ele ocupa um cargo importante. Tem pessoas agora mesmo recolhendo óleo na praia. Essas pessoas ficam abandonadas. Quem deveria estar olhando por elas está no Twitter brincando de caluniar os outros. O que precisa de resposta no Brasil vai ficar sem resposta. A autoridade que deveria fazer isso está preocupada em brincar no Twitter.
BBC News Brasil - Bolsonaro disse que o Greenpeace só atrapalha. Como vê esse comentário?
Astrini - Pela primeira vez terei que concordar com o presidente. De fato a gente só atrapalha as pretensões do governo dele, um governo que investe no desmatamento, bate recordes de liberação de agrotóxico, não dá resposta para o problema de vazamento de óleo. Nós temos uma linha contrária a tudo isso. Estamos em lados opostos. Incomodamos com bastante orgulho.
BBC News Brasil - O presidente chegou a usar o termo 'terrorismo'. Como interpreta isso?
Astrini - Não sei se ele chamou o Greenpeace de terrorista. Entendi que ele acha que atrapalhamos o governo dele, o que é verdade.
Com relação ao terrorismo, não sei. Se ele acha que há terrorismo, isso é muito grave e ele precisa se explicar. Se ele acha que o Brasil está sob ataque terrorista, o que ele está fazendo fora do país?
Governo federal levou mais de 40 dias para acionar plano nacional de contingência
© REUTERS/ADRIANO MACHADO Governo federal levou mais de 40 dias para acionar plano nacional de contingência

BBC News Brasil - Por que acha que o Greenpeace se tornou alvo nesse episódio?
Astrini - O governo tem essa postura com todos que dizem a verdade e expõem o governo a notícias que eles não querem enfrentar. O presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por exemplo (o físico Ricardo Magnus Osório Galvão foi demitido em agosto). Tem essa recorrência. Quando alguém expõe algo que ele não gosta, ataca. Alguns eles podem demitir. No nosso caso, não pode tomar nenhuma medida dentro da democracia. O Greenpeace não pega dinheiro do governo, só de pessoas físicas.
Fizemos várias denúncias durante as queimadas, Brumadinho, agrotóxicos… Mesmo durante a campanha eleitoral fomos muito críticos porque as propostas dele já eram muito ruins do ponto de vista ambiental — era uma plataforma antiambiental. Há uma diferença de princípios. Trabalhamos pelo meio ambiente e o governo não tem interesse nisso.
BBC News Brasil - Acha que houve algum motivo específico para essas insinuações?
Astrini - Na viagem do ministro Salles à Europa (ele visitou alguns países com a intenção de melhorar a imagem da política ambiental do Brasil no exterior), resolvemos fazer uma encadernação para restabelecer a verdade sobre várias coisas que ele vinha dizendo. Talvez isso tenha incomodado o ministro e ele quis reagir com essas declarações. Mas volto ao que disse: o governo parece não conseguir conviver com críticas e com a exposição da verdade.
BBC News Brasil - Qual foi a atitude do Greenpeace nesse caso específico? Vocês vêm atuando com voluntários na limpeza das praias com óleo?
Astrini - Temos vários grupos de voluntários nas regiões afetadas. Eles estão atuando às vezes de forma coordenada e às vezes de forma espontânea — acabaram ajudando na ação. A gente se preocupa com a proteção dessas pessoas. Estamos sempre procurando essas comunidades que se organizam para saber como podemos ajudar. Estamos fazendo o mesmo que a população, nos juntando a ela. Isso já é um sintoma. Quem deveria estar organizando isso é o governo.
Estamos junto com a população ajudando no trabalho de limpeza. Mas a coordenação dos esforços desses voluntários deveria ser feito pelo governo, mesmo porque há riscos à saúde das pessoas.
BBC News Brasil - Qual deve ser o papel do Greenpeace e organizações similares em casos assim?
Astrini - Varia de acordo com a capacidade de cada organização. O Greenpeace pode ajudar as autoridades quando elas têm um plano de ação. Quando não há essa organização, nos juntamos à comunidade. Podemos fazer doação e aluguel de equipamentos mais pesados para auxiliar na limpeza da área, pesquisa com as autoridades para detectar contaminação e também fazer o trabalho braçal de ajudar na limpeza.
Manchas de óleo no litoral de Pernambuco
© LEO MALAFAIA/AFP VIA GETTY IMAGES Manchas de óleo no litoral de Pernambuco

BBC News Brasil - No caso, estão fazendo só a última parte, certo?
Astrini - Sim, é o que podemos fazer.
BBC News Brasil - Como era a interação com governos interiores?
Astrini - Colaboramos com todos os governos das últimas décadas — de Fernando Henrique Cardoso a Temer.
BBC News Brasil - O Greenpeace anunciou que vai processar Salles. Isso realmente vai ser feito?
Astrini - Sim, isso já foi decidido. Vamos processá-los pelas declarações que tem dado.
BBC News Brasil - Que tipo de processo? Quando vão entrar com o processo?
Astrini - Não sabemos o formato, isso está sendo analisado por advogados, mas esperamos essa análise legal nos próximos dias para dar ingresso ao processo.
Voluntários limpam o óleo nas praias do Nordeste
© VICTOR UCHÔA/BBC NEWS BRASIL Voluntários limpam o óleo nas praias do Nordeste

BBC News Brasil - O que é o navio do Greenpeace ao qual o ministro se referia? O que ele faz e onde estava nos últimos meses?
Astrini - É um navio de pesquisa que leva 40 tripulantes. É uma campanha para pesquisar e verificar problemas ambientais ligados aos oceanos e ao aquecimento global. Ele chegou na Guiana em agosto, ficou o mês de setembro lá, saiu de lá nos primeiros dias de outubro, deve ter entrado em águas brasileiras, de livre tráfego, e depois foi para o Uruguai. Ele passou longe da costa brasileira em outubro, quando fazia muito tempo do vazamento (iniciado). Quando o navio passou já havia esse problema.
Uma coisa importante é que ele é um navio híbrido — elétrico e a combustível. Navega 90% no modo elétrico, carrega pouquíssimo combustível, não teria como provocar aquele volume.
BBC News Brasil - O que o governo deveria ter feito?
Astrini - Existe um plano emergencial que prevê passo a passo como agir, quais áreas devem ser envolvidas. É um plano bem estruturado. É feito para você mitigar impactos. O governo demorou 41 dias para acionar esse plano.
É uma situação triste porque quem sofre com isso não é o ministro.
BBC News Brasil - Qual pode ser o tamanho do dano?
Astrini - Não tem como saber. Não sabemos quando ele vai parar de emergir na costa, qual é o volume de derramamento, sua extensão, isso porque não há detecção de origem do vazamento. Só sabemos que há um prejuízo enorme, um prejuízo para a vida marinha e os berçários, como manguezais e recifes. Do ponto de vista populacional, há prejuízo econômico. Tem áreas que vivem do pescado. Tem também o prejuízo para a saúde das pessoas, que estão se intoxicando com o óleo.
BBC News Brasil - O que pode ser feito agora que o óleo já chegou na praia?
Astrini - A coleta está sendo feita de forma desordenada. A não organização dessa atividade por parte das autoridades pode provocar outros problemas, como para a saúde da população. Não é que as pessoas precisam ser retiradas da praia, mas precisam fazer isso com segurança. Isso está acontecendo de forma esporádica, depende do lugar. Não tem um órgão central organizando isso e doando material.
Outro ponto é descobrir a origem desse óleo. A Marinha está se dedicando a isso. Essa investigação é necessária para descobrir se é possível estancar [o vazamento]. Se você não sabe a origem, não consegue evitar que a tragédia fique pior.

fonte: BBC NEWS/REPRODUÇÃO - 25/10/2019

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Reino Unido: Os 39 mortos encontrados em caminhão eram chineses; motorista está preso


foto:reprodução
Os 39 mortos encontrados em um caminhão frigorífico perto de Londres eram cidadãos chineses, informou a polícia do Reino Unido nesta quinta-feira, 24. O grupo era formado por 31 homens e oito mulheres.
Na noite de quarta-feira, a polícia britânica fez operações de busca em duas propriedades na Irlanda do Norte, após a descoberta do veículo. Os 39 corpos ainda estão sendo identificados. As autoridades haviam divulgado antes que havia um adolescente entre os mortos, mas esclareceram nesta quinta-feira, 24, que se trata de um adulto.
Uma grande investigação está em andamento para determinar as circunstâncias que levaram às mortes. O Ministério Público Federal da Bélgica informou que o contêiner do caminhão passou por Zeebrugge, na Bélgica, no dia 22 de outubro.
Na imprensa, especula-se que os chineses eram emigrantes ilegais que usaram o caminhão para passar pelas fronteiras. Contudo, ainda não foi confirmado oficialmente se as vítimas eram, de fato, imigrantes.
A polícia britânica foi alertada durante a madrugada pelo serviço de emergência sobre os corpos encontrados em uma zona industrial de Grays, Essex, a 30 km de Londres. O motorista, de 25 anos e procedente da Irlanda do Norte, foi detido por suspeita de assassinato.
A imprensa britânica identificou o motorista e informou que seu nome é Mo Robinson, residente da cidade norte-irlandesa de Portadown, no condado de Armagh. Foi nesta região que foi realizada a operação da noite de quarta-feira. Questionada por jornalistas, a polícia não confirmou o nome.
A tragédia remete a um incidente parecido ocorrido em junho de 2000, quando 58 chineses em situação irregular foram encontrados mortos asfixiados em um caminhão no porto de Douvres, sul do Reino Unido.

Rota

A rota do caminhão está sendo determinada. De acordo com a polícia britânica o reboque do caminhão chegou aproximadamente às 23h30 (19h30 em Brasília) de segunda-feira 21 a Purfleet, porto do Tâmisa, procedente de Zeebrugge, enquanto a cabine partiu da Irlanda do Norte.
As autoridades também confirmaram o emplacamento do veículo na Bulgária em 2017, mas afirmaram que o veículo não retornou ao país desde então. “Não há conexão, apenas com as placas”, disse o primeiro-ministro búlgaro, Boyko Borissov.
A tragédia motivou pedidos de combate aos traficantes de seres humanos. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou o ocorrido uma “tragédia inimaginável”.
Segundo a Agência Nacional contra o Crime (NCA), o número de migrantes introduzidos clandestinamente no Reino Unido a bordo de contêineres e caminhões aumentou nos últimos anos.
Em relatórios recentes, a NCA observou “o uso crescente de métodos cada vez mais arriscados de contrabando”, principalmente dos portos de Calais (França) e Zeebrugge ou através do Túnel do Canal da Mancha.
Em agosto de 2015, 71 migrantes da Síria, Iraque e Afeganistão a caminho da Europa Ocidental morreram em um caminhão frigorífico na Áustria.
Também na quarta-feira, a polícia de Kent anunciou que localizou e transferiu para as autoridades de imigração nove pessoas encontradas vivas em um caminhão em uma rodovia ao sudeste de Londres.
Fonte: VEJA. com/ Com Estadão Conteúdo e AFP - 24/10/19-

Confira quanto custa ir ao Chile assistir à final da Libertadores

No dia seguinte à goleada do Flamengo por 5 a 0 sobre o Grêmio, que valeu a classificação para a grande final da Copa Libertadores da América, é difícil encontrar um rubro-negro que não acessou um buscador de passagens aéreas com um objetivo em mente: orçar uma viagem para Santiago, no Chile, a sede da decisão do torneio sul-americano, marcada para o dia 23 de novembro, no estádio Nacional, contra o River Plate, da Argentina.
O cenário encontrado, se não gerou frustração imediata, causou agonia pelos preços salgados. VEJA elencou as dúvidas mais angustiantes dos flamenguistas e buscou as respostas de momento:

Ingressos

Os ingressos das categorias 1 e 2 do estádio Nacional tiveram venda iniciada no dia 16 de setembro e já estão esgotados, segundo a Conmebol. As 25.000 entradas restantes são da categoria 3, destinada à torcedores de River e Flamengo (12.500 para cada), que ficarão separados nos setores norte e sul do estádio. A Conmebol anunciou nesta quinta que os ingressos serão comercializados a partir da próxima quarta-feira, 30, a preço de 80 dólares (cerca de 320 reais).
 Mapa de ingressos da final da Copa Libertadores 2019, no estádio Nacional, em Santiago, no Chile
Mapa de ingressos da final da Copa Libertadores 2019, no estádio Nacional, em Santiago, no Chile (Conmebol/Reprodução)
O clube rubro-negro não chegava à final da competição desde 1981, quando sagrou-se campeão frente ao chileno Cobreloa. O elenco do Flamengo neste ano não tem Zico ou Júnior, mas é tão superior aos adversários quanto o estrelado time de 81, que bateu o Liverpool com facilidade na final do Mundial de Clubes, por 3 a 0. Curiosamente, o time inglês é o atual campeão da Champions League e tem vaga garantida no Mundial da Fifa.

fonte:Veja.com/ 24/10/2019 -19h:08min.