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sábado, 17 de novembro de 2018

Mundo: CIA conclui que príncipe herdeiro saudita mandou matar jornalista

(FILES) This file photo taken on October 24, 2017 shows Saudi Crown Prince Mohammed bin Salman attending the Future Investment Initiative (FII) conference in Riyadh. On November 4, 2017 Saudi Arabia arrested 11 princes, including a prominent billionaire, and dozens of current and former ministers, reports said, in a sweeping crackdown as the kingdom's young crown prince consolidates power. / AFP PHOTO / FAYEZ NURELDINE
foto:reprodução
A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) concluiu que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, ordenou o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, crítico do governo, no consulado do país em Istambul, na Turquia, no início de outubro. As conclusões foram reveladas pelo jornal The Washington Post ontem(16).
Segundo o próprio governo da Arábia Saudita, Khashoggi foi morto por um grupo de agentes do país – alguns deles próximos ao príncipe herdeiro – no dia 2 de outubro. Ele estava no consulado para pegar documentos para se casar com sua mulher turca.
Post, que cita fontes com conhecimento do caso, afirmou que a CIA descobriu que Khashoggi, que vivia em Washington, conversou com o embaixador saudita nos EUA e irmão do príncipe herdeiro, Khaled bin Salman, sobre a viagem à Turquia para obter os documentos. 

De acordo com a CIA, o embaixador pediu que Khashoggi fizesse os trâmites burocráticos em Istambul por solicitação do príncipe do herdeiro. E garantiu que nada ocorreria com o jornalista. Ainda não está claro, segundo o Post, se o embaixador sabia dos planos para assassinar o jornalista na Turquia.
Uma porta-voz da embaixada saudita em Washington negou ao jornal o conteúdo da conversa entre o embaixador e o jornalista. Segundo ela, as conclusões da CIA são “falsas”.
Após o desaparecimento do jornalista, a Arábia Saudita afirmou que Khashoggi saiu sozinho do consulado. No entanto, a pressão internacional e as provas apresentadas pela Turquia fizeram o governo saudita admitir que o opositor morreu no local.
Na primeira versão da morte, os sauditas afirmaram que Khashoggi havia morrido em uma briga. Depois, o governo reconheceu que o jornalista foi vítima de um assassinato premeditado.
Cerca de 15 agentes que haviam chegado em Istambul na noite anterior esperavam Kashoggi no consulado saudita. Quatro deles fazem parte do esquema de segurança do príncipe herdeiro, que nega qualquer envolvimento no crime.
Segundo o Post, a CIA considera Mohammed bin Salman como um “bom tecnocrata”, mas o classifica como “volátil”, arrogante e explosivo. No entanto, a agência acredita que ele sobreviverá ao escândalo da morte de Khashoggi e seguirá como herdeiro do torno do país.
fonte:Veja 17/11/18 - 10:46min.

Bahia: Sem cubanos, 10 cidades ficarão sem nenhum médico na assistência básica, 01 na região de Irecê

    foto:reprodução
Dez cidades baianas, todas com menos de 40 mil habitantes, ficarão sem nenhum médico para atendimento na assistência básica com a saída dos profissionais cubanos do programa Mais Médicos, anunciada nesta semana pelo governo do país. O executivo estadual estima que a decisão vai afetar a vida de cerca de 3 milhões de pessoas, que ficarão sem assistência.
A Bahia, que abriga 10% do total de médicos cubanos hoje no país, é o segundo estado que mais vai perder profissionais do Mais Médicos — fica atrás apenas de São Paulo, que tem 16% de todos os médicos de Cuba hoje no país.


Atualmente, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), a Bahia possui 1.522 médicos do Programa Mais Médicos, que estão alocados em 363 dos 417 municípios. Deste total de profissionais, 846 são cubanos, que estão distribuídos em 317 municípios — há médicos também de países como México, Espanha e Angola.
Os cubanos atendem, diariamente, 20,4 mil pessoas no estado — 326 mil mensalmente e 3 milhões anualmente. A estimativa do governo é que esses profissionais comecem a deixar o estado já a partir do dia 25 de novembro.
Os municípios baianos onde só médicos cubanos trabalham na assistência básica e que perderão 100% dos profissionais são:
Apuarema (3 médicos)

Central (6)
Correntina (8)
Itagibá (3)
Lafaiete Coutinho (2)
Lajedão (2)
Nova Itarana (3)
Nova Soure (5)
Palmeiras (4)
Pedro Alexandre (6)


Do total de municípios que contam atualmente com o programa Mais Médicos na Bahia, em 99, o número de médicos cubanos representa mais de 50% do total de profissionais da atenção básica.
Ainda conforme dados do governo local, 17 comunidades indígenas também ficarão sem assistência em todo o estado.
A Sesab aponta que a retirada antecipada dos médicos representa "grave ameaça para municípios baianos". Diz que, ao longo de cinco anos de existência do programa, mais de 5,6 milhões de pessoas foram beneficiadas, cerca de 800 mil consultas realizadas por mês, com uma cobertura de 72% da atenção básica.
"Com a atuação deles, desde o início, há cinco anos, a gente percebeu uma redução do número de internações nos nossos indicadores. Hoje, com a saída deles, vai ocorrer a ampliação da demanda em pronto atendimentos e de internações hospitalares, caso não se tenha a substituição desses médicos a curto e médio prazo. A longo prazo, é catastrófico", destaca o diretor de atenção básica da Sesab, Cristiano Soster.
No ranking de cidades que vão perder o maior número de cubanos, mas ainda manterão médicos na assistência básica, Teixeira de Freitas, na região sul, aparece no topo. A cidade perderá 18 profissionais cubanos. Já Salvador possui atualmente dois cubanos trabalhando.
A secretaria aponta que o programa vinha sendo extremamente relevante, sobretudo, para os moradores dos municípios distantes dos grandes centros, pela maior dificuldade de acesso aos serviços de saúde, e afirma que a saída dos cubanos pode resultar na superlotação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e aumento de internações.
Soster diz que é preciso preencher as vagas deixadas pelos cubanos o quanto antes, mas afirma que, historicamente, alocar médicos brasileiros para localidades distantes dos grandes centros urbanos é complicado.
"Na prática, todos os editais que foram lançados pelo Ministério da Saúde para o Mais Médicos — já são mais de 15 editais de chamamento e convocação de médicos — não teve adesão dos médicos brasileiros. Eles não tiveram interesse em ir para essas comunidades distantes, que têm uma dificuldade estrutural. Isso é o que a gente vem percebendo. A prioridade é sempre para os brasileiros, mas como as vagas não são preenchidas, são convocados médicos do exterior", explica.
Saída de médicos
O governo de Cuba anunciou a retirada dos médicos do programa na quarta-feira (14), citando "referências diretas, depreciativas e ameaçadoras" feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro à presença dos profissionais no Brasil.
O presidente eleito Jair Bolsonaro informou, no entanto, que o governo cubano decidiu deixar o programa Mais Médicos por não concordar com a realização de testes de capacidade para os profissionais e outras condições para continuar no programa.
Cuba tem uma parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que estabeleceu o acordo com o Ministério da Saúde brasileiro para enviar profissionais do país. O acordo foi estabelecido há 5 anos durante o governo de Dilma Rousseff.
Em todo o pais, os cubanos representam 45% dos 18.240 profissionais que trabalham no Mais Médicos atualmente.
O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) informou, na quinta-feira (15), ter sido avisado pela embaixada de Cuba que todos os médicos cubanos deixarão o Brasil até o fim do ano.
O Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed) informou que solicita que haja medidas imediatas para que as vagas deixadas em aberto sejam preenchidas por médicos do Brasil e que "a população não pode agora ficar ainda mais desassistida".
O Conselho Federal de Medicina (CFM) disse que o Brasil conta com médicos formados no país em número suficiente para atender às demandas da população e que "cabe ao Governo – nos diferentes níveis de gestão – oferecer aos médicos brasileiros condições adequadas para atender a população.
O órgão destacou, ainda, que, para estimular a fixação dos médicos brasileiros em áreas distantes e de difícil provimento, "o Governo deve prever a criação de uma carreira de Estado para o médico, com a obrigação dos gestores de oferecerem o suporte para sua atuação, assim como remuneração adequada".
O Ministério da Saúde informou que vai preencher as vagas deixadas pelos cubanos com médicos brasileiros e que a seleção de profissionais ocorrerá ainda em novembro.


Fonte: G1 -17/11/128 -10:24min.

Cultura: Primeira biografia de Jorge Amado revela fatos inéditos da vida do escritor

Perfil para marcar o centenário do autor em 2012 foi transformado em livro após início das pesquisas
A jornalista baiana Josélia Aguiar começou sua trajetória com Jorge Amado (1912-1900)  num barquinho a remo. Mas, quando se deu conta, estava em alto-mar embarcada num transatlântico, navegando num mar de informações sobre o romancista mais lido no Brasil e no exterior. Na viagem, que durou quase oito anos, percebeu que as pessoas (incluindo ela própria)  achavam que sabiam tudo sobre Jorge. 
Assim, foi construindo um retrato do autor de Gabriela, Cravo e Canela como nunca se viu antes. O resultado está na polpuda edição de Jorge Amado: Uma Biografia (Editora Todavia), que terá lançamento nacional em Salvador no dia 27, às 19h, no Palacete das Artes (Graça). 
Josélia Aguiar lança biografia nacionalmente em Salvador, no próximo dia 27 (Foto: Arisson Marinho/ CORREIO)
“Agora, parece que tirei um peso da minha cabeça. Jorge é um personagem muito complexo. Toda vez que achava que ia terminar, surgia uma coisa nova”, revela Josélia, que foi curadora da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) em 2017 e 2018.
Em 2011, a proposta era escrever apenas um perfil biográfico para marcar o centenário do autor em 2012. “Mas, percebi que um perfil ia ser um desperdício. A história começou de forma desprensiosa e foi crescendo com o tempo”, diz Josélia. Dessa forma, pacientemente, resolveu tomar para si a missão de narrar a primeira obra biográfica do marido de Zélia Gattai (1916-2008).

Detalhes
Nesse tempo, só se envolveu em projetos de curta duração e achou que tinha terminado o livro em 2017. Achou porque um nome a perseguia nos círculos literários onde falava da biografia de Jorge: o do editor, biógrafo e agente literário americano Thomas Colchie. Nome forte da Penguin Randon House, foi ele quem primeiro se candidatou a escrever o livro da vida de Jorge, no início da década de 90, e passou três anos entre pesquisas e entrevistas. Mas, diante do imenso navio de cabotagem, desistiu e recolheu seus escritos na Universidade de Princeton, Estados Unidos.
Várias tentativas de contato depois, Colchie permitiu que a baiana tivesse acesso aos artigos, desde que fosse lá pessoalmente. E não é que, com livro pronto, Josélia precisou mexer no original? Graças à padroeira da boa pesquisa, foi pouca coisa. “Não tive que mudar o rumo de nada, passei a ter mais detalhes”, conta ela, que tem, ao todo, quatro versões diferentes da obra. “O livro era muito maior do que se lê hoje. Para escrever uma biografia é preciso ter muita entrega, vai te consumindo”, explica a autora.

Jorge Amado ao lado de Sônia Braga, que interpretou Gabriela na novela da TV Globo (Foto: Divulgação)
É no detalhe que  mora o principal aspecto desta. Nascida sob o signo de Virgem, com ascendente em Virgem, Josélia lida bem com isso. Assim, utilizando um misto de técnica de reportagem com metodologia da pesquisa histórica, ela desmontou várias fake news que o próprio Jorge criou ou não quis desmentir.
A jornalista joga luz no início da carreira internacional do escritor, que teria sido alavancada fora do Brasil pelo Partido Comunista, do qual foi militante ativo. Ajudado pela propaganda do partidão, Amado garganteava ter sido publicado na Rússia desde meados da década de 30, fiado de que ninguém iria até aquele fim de mundo checar se os originais enviados tinham saído realmente do prelo. 
Na verdade, ele só foi traduzido na Rússia no fim dos anos 40, depois de ser publicado na França pela requintada  Gallimard (Jubiabá) e nos EUA, pela igualmente refinada editora Alfred Knopf (Terras do Sem Fim).
Diálogo

Outro ponto sobre o autor, que já vendeu mais de 50 milhões de cópias em todo o mundo, e que Josélia ajuda a clarear, tem a ver com a relação de Jorge com a primeira geração de modernistas. A amizade com Oswald de Andrade  (1880-1954) e a gastura que sentia por Mário de Andrade (1893-1945) nunca tinham sido citadas em publicação alguma. Ela conta que o desafeto surgiu quando Jorge declarou que a literatura de  Lima Barreto era superior à de Mário. “Foi por causa de Jorge que passei a me interessar por Lima Barreto”, revela.

Morando em São Paulo há 21 anos, Josélia Aguiar veio muitas vezes a Salvador, onde a família reside, para pesquisar e entrevistar. E revela que deve a Jorge Amado a reaproximação mais forte  com a cidade, que começou graças a Pierre Verger (1902-1996), tema de seu mestrado: “Foi esse livro sobre Jorge que me fez entender muita coisa, como o significado de ser um escritor baiano no Brasil”, afirma .
 Ela conta que rezava a lenda no mercado literário que Jorge Amado demorava de escrever porque tinha preguiça de baiano. “Isso é puro preconceito”, afirma. Parece que a relação com a Bahia vai ficar ainda mais estreita porque Josélia desenvolve seu doutorado na USP também sobre Jorge, analisando desta vez o diálogo dele com autores de sua geração.
“Jorge Amado sempre foi um escritor fora da bolha. E isso fez com que tivesse mais leitores, é uma questão de identificação”, opina a autora.
Num ímpeto de profeta, Jorge dizia que seria esquecido depois de morto. E assim ficaria por quase uma década. Ninguém pode desmentir que seja coisa do destino o lançamento de sua biografia somente agora, 18 anos depois de sua morte e em tempos de ânimos tão acirrados. Ser político em muitos aspectos, Jorge não teria se escondido no anonimato se estivesse vivo, acredita  a biógrafa: “Ele sempre teve diálogo com as pessoas de ideologias diferentes. O que me parece muito claro é que ele teria agido desta forma, deixando suas opiniões claras através do diálogo, porque defendia a liberdade acima de tudo”.
Nesse exercício de recriação de um personagem histórico, a jornalista brinca ao supor o quê seu biografado teria achado do livro.
“Imagino que, em algum lugar, Jorge deve estar se divertido ao se ver como personagem histórico, porque o tratei  com o distanciamento de uma pessoa que não o conheceu. E mais, foi um livro feito por uma mulher. Nas histórias  dele há muitos momentos de empoderamento feminino”, opina.
 
Viagem

Quando Josélia Aguiar defendeu uma nova dimensão para o texto que estava escrevendo sobre Jorge Amado, teve que ouvir do editor a seguinte frase: “Mas, todo mundo sabe tudo da vida de Jorge Amado!”. “Não, todo mundo sabe do folclore”, respondeu a jornalista.

Pois bem, através da pesquisa que  envolveu a consulta a arquivos no Brasil e no exterior e entrevistas com amigos, familiares e até desafetos, ela colabora para a criação de um novo Jorge, sobre quem, na verdade, muito pouca gente sabe além do óbvio que a fama proporciona.
Uma das revelações mais interessantes é o motivo de sua mudança para o Rio de Janeiro, em 1929. Na história oficial, ele teria ido, aos 17 anos, forçado pelo pai, até a capital federal para estudar Direito. Na verdade, num gesto apaixonado, seguiu a beldade Mariá Sampaio, com quem viveu o primeiro grande amor. A ideia era arrumar trabalho e casar por lá mesmo. Acabou que o romance não deu certo e, aí sim, ele ingressou na faculdade de Direito.
Josélia conta que descobriu isso porque uma mulher entrou em contato com ela pelo Facebook e disse que a avó tinha sido namorada de Jorge. “Estava terminando de escrever. Tive que parar tudo o que estava fazendo para correr atrás disso. Na versão oficial, ele foi estudar direito, mas foi mesmo para casar. Acho que ele ia acabar sendo famoso de qualquer jeito, mas a decisão foi passional”, explica. 
Através da biografia é possível compreender como Jorge foi notadamente prejudicado pelo Estado Novo. Proibido de publicar, teve livros recolhidos e incendiados em praça pública. Depois de preso duas vezes, se exilou no interior de Sergipe, em Buenos Aires e Montevideu.
Fica clara também que a qualificação como dignatário do partidão se deu  após escrever a biografia de Luis Carlos Prestes, publicada pela primeira em espanhol, pela editora argentina Claridad, em 1942. Foi esse livro que abriu caminho para os leitores de esquerda da América Latina. Lida clandestinamente no Brasil, só foi lançada por aqui em 1945, por ocasião da reabertura. 
A filha Lila, fruto do primeiro casamento de Jorge e morta aos 15 anos, em 1950, também é vista com detalhes, revelados pelo texto do diário inédito do autor. Inéditos também são os detalhes de sua atuação no cenário do comunismo brasileiro e internacional e a decepção com o stalinismo que ocasionou seu afastamento da política. Ao contrário de versões que circularam, ele não rompeu, tampouco foi expulso do partidão.
A biografia revela ainda  um livro inédito, Rui Barbosa n.2, que mostra um tal de Archanjo, embrião para o Pedro Archanjo de Tenda dos Milagres, livro de 1969.
fonte:Correio da Bahia 17/11/18 - 10:12

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Mais Médicos: Senador diz que Cubanos vão embora por causa do "preconceito ideológico" do presidente eleito


   Médicos cubanos a serviço do programa Mais Médicos na cidade de Breves, Ilha do Marajó, 2015 (Créditos: Oganização Pan-Americana de  Saúde/Flickr)

O senador Cristovam Buarque (PPS) criticou novamente o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), nesta sexta-feira (16). Em seu Twitter, ele polemizou sobre a responsabilidade do futuro presidente na saída dos mais de 8 mil cubanos do programa Mais Médicos. 
“Se houvesse um Premio Anti Nobel da Paz, por crime contra a humanidade, Bolsonaro seria um bom candidato por ter conseguido desfazer o atendimento médico a milhões de pobres brasileiros, para satisfazer seu preconceito ideológico”. A publicação teve mais de 1.800 curtidas e 500 comentários.

fonte:Ag. Senado

Relações Exteriores: Futuro ministro diz que mudança climática é preceito marxista

Futuro ministro de Relações Exteriores diz que mudança climática é preceito marxista
foto:reprodução/ EBC


O futuro ministro de Relações Exteriores do governo Bolsonaro, o embaixador Ernesto Fraga Araújo, de 51 anos, acredita que a mudança climática é um dogma científico influenciado por uma cultura marxista que quer atrapalhar o ocidente e favorecer a China.

“Esse dogma vem servindo para justificar o aumento do poder regulador dos Estados sobre a economia e o poder das instituições internacionais sobre os Estados nacionais e suas populações, bem como para sufocar o crescimento econômico nos países capitalistas democráticos e favorecer o crescimento da China”, defendeu Fraga Araújo em publicação no seu blog.

O futuro chanceler brasileiro defente também que o que ele chama de “globalismo”, “surgiu quando alguém entendeu que o consumismo era o melhor caminho para o comunismo” e a ideia de um mundo onde não haveria fronteiras para o comércio e o investimento avançou para um mundo no qual os países não têm mais identidade. “É a globalização econômica que passou a ser pilotada pelo marxismo cultural”.

fonte:BN 16/11/18 -17hs.

Bahia: Justiça proíbe apreensão de veículos com licenciamento atrasado por não pagamento de IPVA

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FOTO:REPRODUÇÃO/GOOGLE
O Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran) e Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) estão proibidos de apreender veículos por falta de pagamento de IPVA, ainda que seu licenciamento não esteja atualizado.
 A decisão da liminar em Ação Civil Pública (ACP), movida pela Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia (OAB-BA), é do juiz da 10º Vara de Salvador, Evandro Reimão dos Reis, publicada na quinta-feira (14).
“Defiro a liminar para determinar si et in quantum aos réus estado da Bahia, Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran) e Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), doravante, em operações de abordagem de quaisquer veículos neste estado não apreendê-los, ainda que o seu licenciamento não esteja atualizado, por motivo de não pagamento do IPVA”, afirma o magistrado na decisão.
Segundo o juiz, a apreensão de veículos com IPVA atrasado traz constrangimento aos proprietários: “A retenção de veículo por falta de pagamento do IPVA, a par de evidente inconstitucionalidade, submete o proprietário/detentor do veículo assim apreendido a vexatória e gravosa situação”.
A liminar estabelece pena de R$ 2.000 por cada veículo apreendido pela não quitação do IPVA. Além disso, os órgãos devem apresentar relatórios mensais de veículos apreendidos e o respectivo motivo, bem como daqueles que deixaram de ser licenciados após protocolização de pedido do proprietário, como forma de demonstrar o cumprimento da ordem judicial.

fonte:BNews -16/11/2018 -14:33min.

Brasil: Presidente eleito encerra coletiva ao ser questionado sobre saída de Cuba do Mais Médicos

Bolsonaro durante coletiva no Primeiro Distrito Naval, no centro do Rio, onde tomou café da manhã com militares
© Fábio Motta/Estadão Bolsonaro durante coletiva no Primeiro Distrito Naval, no centro do Rio, onde tomou café da manhã com militares
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) encerrou intempestivamente uma entrevista coletiva no 1º Distrito Naval, no centro do Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira, 16. Ele estava sendo questionado sobre a continuidade dos atendimentos de saúde no Programa Mais Médicos, já que cerca de 8,3 mil profissionais podem deixar o País com decisão de Cuba de interromper a parceria.
Bolsonaro respondeu somente uma pergunta após ser questionado sobre o Mais Médicos – não comentou, por exemplo, a indicação do economista Roberto Campos Neto para a presidência do Banco Central (BC). "Como o assunto saiu da área militar, quero agradecer a todos vocês aqui", disse ele, pondo fim à coletiva, que durou menos de 4 minutos.
O presidente voltou a criticar os termos do acordo com Cuba no Mais Médicos, que prevê o repasse direto ao governo caribenho de 70% dos salários dos profissionais de saúde. Repetiu que a situação dos profissionais de saúde cubanos é “praticamente de escravidão” e questionou a qualidade dos serviços prestados.
“Nunca vi uma autoridade no Brasil dizer que foi atendido por um médico cubano. Será que devemos destinar aos mais pobres profissionais, entre aspas, sem qualquer garantia de que eles sejam realmente razoáveis, no mínimo? Isso é injusto, é desumano”, disse.
O presidente defendeu o exame presencial de validação do diploma dos médicos incluídos no programa. “O que temos ouvido, em muitos relatos, são verdadeiras barbaridades. Não queremos isso para ninguém no Brasil, muito menos para os mais pobres. Queremos o salário integral e o direito de trazer a família para cá. Isso é pedir muito? Isso está em nossas leis, que estão sendo desrespeitadas”, resumiu o presidente eleito, antes de encerrar a entrevista, que durou menos de cinco minutos.
Bolsonaro também prometeu asilo político para todos os médicos cubanos que pedirem. “Há quatro anos e pouco, quando foi discutida a Medida Provisória (que criou o Mais Médicos), o governo da senhora Dilma disse, em alto e bom som, que qualquer cubano que, por ventura, pedisse asilo, seria deportado. Se eu for presidente, o cubano que pedir asilo aqui, se justifica pela ditadura da ilha, terá o asilo concedido da minha parte”, afirmou o presidente eleito. 
Bolsonaro permaneceu no 1º Distrito Naval por aproximadamente duas horas, reunido com o comandante da Marinha, almirante Eduardo Barcellar Leal Ferreira. O presidente eleito disse que o comandante da Marinha chegou a ser convidado para o Ministério da Defesa, mas declinou do convite por razões familiares. “(O almirante Leal Ferreira) não se afastará do meu radar. Sempre o procurarei para que boas decisões sejam tomadas, em especial na área aqui da Marinha”, disse o presidente eleito.
Questionado sobre os futuros comandantes de Marinha, Exército e Aeronáutica, Bolsonaro disse que o tema está sendo tratado pelos generais (Augusto) Heleno (futuro ministro do Gabinete da Segurança Institucional) e Fernando (Azevedo e Silva, futuro ministro da Defesa).
“Não é uma escolha minha. Quem realmente vai trabalhar com os comandantes será o general Fernando. A ele cabe a grande responsabilidade de indicar. Obviamente, como é praxe em nosso meio das Forças Armadas, eles vão ouvir os atuais comandantes para escolher, não digo o melhor, porque todos os quatro estrelas são competentes e estão aptos a cumprir a missão, mas aquele que melhor se encaixa no atual cenário nacional”, completou.
Questionado sobre a carta que os governadores enviaram ao futuro governo, com reivindicações, Bolsonaro disse que ainda não teve tempo de estudá-la. “A carta dos governadores ainda não tive a oportunidade de estudar, juntamente com o Paulo Guedes. Li, mas não estudei com o Paulo Guedes ainda para dar uma resposta aos senhores”, afirmou o presidente eleito, na última resposta antes de encerrar a entrevista.
CUBA
O presidente de CubaMiguel Díaz-Canel, saiu em defesa dos médicos cubanos que participaram do programa Mais Médicos, no Brasil, encerrado unilateralmente pelo governo do país caribenho nesta quarta-feira, 14. Sucessor de Raúl Castro, ele afirmou que os médicos prestaram um “valioso serviço ao povo brasileiro” e que atitudes assim devem ser “respeitadas e defendidas”.

O convênio com o governo cubano é feito entre Brasil e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). "Diante desta realidade lamentável, o Ministério da Saúde Pública (Minasp)de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do programa Mais Médicos e assim comunicou a diretora da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam esta iniciativa", anunciou o governo cubano em comunicado.

Contratação

O Ministério da Saúde realizará nesta sexta-feira uma reunião com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para a definição da saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos e a entrada de profissionais brasileiros a serem selecionados por edital.
Segundo informações do ministério, ainda será finalizada a proposta de edital para a seleção dos profissionais para as 8.332 vagas que serão deixadas pelos médicos cubanos. O governo de Cuba anunciou nesta semana o rompimento unilateral da participação no programa Mais Médicos. O motivo para a decisão foram as declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro com críticas ao programa.
De acordo com o Ministério da Saúde, no início da próxima semana, será dada entrevista à imprensa para esclarecer os detalhes sobre o edital de seleção e chamada para inscrições. 
A seleção de profissionais brasileiros em primeira chamada do edital será realizada ainda no mês de novembro, de acordo com a Pasta, e o comparecimento aos municípios, imediatamente após a seleção.
fonte:Estadão/MSN 16/11/2018 -14:00hs.

ES: Cobrador acusado de pedofilia pelo Sen. Magno Malta é inocentado em todas as instâncias da Justiça

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Luiz foi torturado na prisão e perdeu a vista do olho direito e só tem 25% do esquerdo -foto:reprodução



Luiz Alves de Lima, 45, quase não consegue ler o processo que move contra o senador Magno Malta (PR-ES). Perdeu toda a vista no olho direito, e na do esquerdo lhe restou uns 25%. Usa uma lupa. 


Ele conta que a visão se foi de tanto apanhar na prisão, em 2009. Mostra os dentes: um deles é só um cotoco, pois, diz, "pegaram o alicate e foram apertando até estourar".



Luiz era cobrador de ônibus. Numa tarde de abril, Cleonice Conceição, 32, a mulher por quem se apaixonou num terminal, levou a filha deles de dois anos ao médico. Ele foi ficando preocupado, pois já era noite e nada delas. 



"Aí chegou a polícia e pensei o pior, que tinha acontecido um acidente", conta. Mas não: colocaram-no numa viatura, sob acusação de estuprar a filha, com a esposa cúmplice do crime.



No terceiro dia de detenção, o senador chegou "com um batalhão de gente", imprensa inclusa, e assumiu o papel de "juiz, promotor, delegado", diz Lima. Em seu relatório, o delegado do caso atestou: Malta "manifestou-me que, por sentimento pessoal e experiência profissional, entende ser o pai da criança o autor do delito".



Ele passou nove meses no CDPC (Centro de Detenção Provisória de Cariacica), que usava contêineres como cela, situação anos depois classificada como desumana pelo Superior Tribunal de Justiça.



Diz ter sido torturado por mascarados que se revezavam no "quadrado com banheirinho" onde ficava. "Passei o aniversário num tonel cheio de gelo, botaram minha mão pra trás." 



Uma notícia-crime assinada por Luiz e recebida em setembro de 2018 pelo Ministério Público Federal capixaba responsabiliza agentes do CDPC por sessões de tortura que teriam incluído "sacola na cabeça e choques". 



À reportagem, no escritório de seu advogado, ele afirma que não saberia identificar os algozes. O que diz com confiança é que talvez nada daquilo tivesse acontecido se não fosse pelo "circo" montado por Malta, um dos principais aliados do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e cotado para um ministério na área social.



O baiano que fez carreira no Espírito Santo presidia a CPI da Pedofilia em 2009. 



No mesmo mês em que Luiz foi preso, o senador prometeu no plenário que "os pedófilos desgraçados" estavam com "os dias contados".



Inocentado em todas as instâncias da Justiça, o ex-cobrador de ônibus, que ficou incapacitado após a cegueira parcial, processa o senador, o estado e o médico responsável pelo laudo que o colocou na posição de suspeito.


imagem:divulgação





Franz Simon atuou como defensor público de Luiz numa das frentes do estado contra ele, que corria na Vara da Violência Doméstica (pela suposta agressão à filha). Cleonice levara a criança ao hospital para tratar de oxiúro, verme que pode provocar coceira na região genital, por inflamação.



A família, na época, morava numa casa "com 17 cachorros, um monte de gatos, o quintal sujo e uma irmã que guardava lixo [era acumuladora]", lembra Luiz, que tem mais dois filhos com Cleonice e um rapaz e duas meninas com outra mulher.

Uma médica desconfiou de violência sexual e chamou o Conselho Tutelar. Um médico legista, então, avaliou o "desvirginamento da vítima", e o caso acabou na Polícia Civil.


Posteriormente, uma perita examinou a criança e constatou que o hímen estava intacto. À Justiça o responsável pelo primeiro parecer depois alegaria que o hímen pode se regenerar. Hoje defensor aposentado, Franz questiona: o caso já é frágil e "vai acontecer justamente com ela, uma coisa rara na literatura médica?".



"Houve um teatro", segundo Franz. O depoimento de Luiz, diz, "foi atrasado até que aparato da CPI chegasse, ele acabou sendo o bode expiatório". 



Luiz afirma que não foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, o que deve anteceder a condução de um suspeito à prisão, como manda o protocolo.



Cleonice conta que ficou 42 dias presa e que, na cadeia, recebeu uma visita do congressista.



"Quando cheguei no presídio, tentei falar para a polícia que tinha vários papéis da neném pra mostrar que ela tava com oxiúro. O Magno falou que, se não acusasse Luiz, nunca mais ia ver minha filha. No momento de desespero cheguei a acusar ele, sim."


Imagem:divulgação


Uma reportagem de um jornal local relatou à época que a servidora pública municipal "disse que já viu o marido visitando sites suspeitos na internet". Luiz até hoje carrega o CPU do computador periciado atrás de pornografia. 



A bebê passou três meses num abrigo, de onde saiu "com a cabeça cheia de pereba, de piolho", afirma o pai.  



Os pais depois ficaram sabendo que a filha iria para a adoção -o que só não se concretizou porque, segundo Luiz, a mãe da esposa "vendeu tudo o que tinha, geladeira, casa, fogão, por R$ 10 mil e veio da Bahia, a avó Madalena.". 



A Justiça já inocentou Luiz em todas as instâncias, mas o casal passou anos sem a guarda da filha. A menina chegou a dizer a uma psicóloga temer que o pai, ausente de sua vida, não gostasse dela. Ainda hoje Luiz e Cleonice não têm a guarda definitiva da primogênita deles, só a provisória.



Em setembro, quando concorria à reeleição num pleito do qual sairia derrotado, Malta gravou um vídeo afirmando que, "na CPI da Pedofilia, vagabundo, nós perseguimos".



No mesmo mês, o Ministério Público recepcionava a notícia-crime contra ele. "Agora, vagabundo ofendido correu para a Justiça. É direito de cada um, não é verdade?"



Hoje a filha de Luiz e Cleonice tem 12 anos e ainda não mora com eles --espera o ano letivo acabar para, em 2019, começar na mesma escola dos irmãos. "Ela ainda tá com vozinha dela", conta a mãe. 



O pai diz que a filha "gosta de dançar e cantar negócios de adolescente". 



Sobretudo BTS, uma boy band de k-pop (pop coreano) com integrantes de cabelos coloridos, esclarece Cleonice. 



"Ela tá bem, mas bem entre aspas. Ninguém fica 100% bem sem os pais".



OUTRO LADO



A assessoria de imprensa do senador diz que ele não cita nomes no vídeo divulgado durante a campanha, então não seria possível inferir que ele falava de Luiz. 



Malta afirma que, há nove anos, esteve na delegacia ao lado de um delegado "capaz e digno". 



"Afirmei na época o que tenho dito: pedófilos devem ser investigados, condenados e presos. Pedofilia é crime hediondo. Quanto às denúncias de espancamento e outras ilegalidades, devem ser apuradas, e seus autores, apontados pelo acusado."



Diz que ainda não foi citado pela Justiça, mas está "à disposição para qualquer esclarecimento".


Em nota, a Procuradoria-Geral do Espírito Santo, estado processado por Luiz pela tortura que ele diz ter sofrido enquanto preso, "informa que o referido processo continua em tramitação e aguarda a decisão da Justiça para se manifestar".



Confira o vídeo:







fonte:Folhapress/pragmatismo politico
vídeo:Yotube/TV