• Praça do Feijão, Irecê - BA

sábado, 30 de agosto de 2014

Marina desautoriza PSB e veta doações de empresas de álcool e tabaco

O veto de Marina Fortalecida pelas pesquisas que agora a apontam como favorita na corrida presidencial, Marina Silva desautorizou o tesoureiro do PSB, Márcio França, que declarou não se importar com a origem das doações da campanha.
Ela reuniu seus arrecadadores e reafirmou o veto a contribuições de empresas de álcool, tabaco, armas e agrotóxicos. Embora o deputado continue à frente do comitê financeiro, o homem de confiança de Marina é o executivo Alvaro de Souza, ex-presidente do Citibank.

Sola de sapato Marina tenta ampliar sua presença no meio sindical. Criou um comitê específico para o setor e pedirá votos na porta de uma fábrica em setembro. Ela já contabiliza aliados nas centrais UGT, CTB e CGTB.


Fonte:Coluna Painel da Folha

Aulas do semestre 2014.2 na UNEB - Irecê começam dia 08/09


UNEB de Irecê

A direção do Departamento comunica que as aulas do semestre letivo 2014.2 só inciarão no dia 08/09/14(segunda) devido ao evento “I Festa Literária Internacional da Chapada Diamantina – FLICH”, que ocorrerá entre os dias 03 a 07 de setembro de 2014. A decisão foi aprovada em Plenária Departamental, visto que o Evento contará com a Participação de Docentes e Discentes deste Departamento.

Fonte:site da UNEB/Irecê

Sucessão presidencial: Confira os números da última pesquisa Datafolha


Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) -foto:reprodução
A candidata à presidência do PSB, Marina Silva, ganhou 13 pontos porcentuais em intenções de voto em relação à última pesquisa Datafolha, segundo novo levantamento divulgado pelo instituto na noite desta sexta-feira. A candidata do PSB tinha 21% das intenções no dia 18 de agosto e agora tem 34%. A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) oscilou de 36% para 34%. Com esse resultado, Marina e Dilma estão empatadas no primeiro turno. O candidato do PSDB, Aécio Neves, teve uma queda de 5 pontos porcentuais e agora tem 15% das intenções, ante 20% do levantamento anterior. 
O Pastor Everaldo (PSC) tinha 3% e agora tem 2% das intenções de voto. Os demais candidatos não atingiram 1% das intenções. Brancos e nulos eram 8% e agora são 7%. Não souberam ou não opinaram oscilou de 9% para 7%. 
O Datafolha testou ainda dois cenários para o segundo turno. No primeiro, entre Marina e Dilma, a candidata do PSB abriu 10 pontos porcentuais de vantagem. No último levantamento, feito há 11 dias, Marina aparecia com 47% e agora tem 50%. Dilma tinha 43% e agora tem 40%. O total de brancos e nulos oscilou de 6% para 7%. E não souberam ou não opinaram, oscilou de 4% para 3%. No segundo cenário avaliado pela pesquisa, Dilma venceria Aécio. 
Nesta simulação a presidente tinha 47% e agora registrou 48%. Já o tucano tinha 39% e oscilou para 40%. Brancos e nulos se mantiveram em 9% e não souberam ou não opinaram oscilou de 5% para 4%. O levantamento do Datafolha, encomendado pela Folha de S. Paulo e pela Rede Globo, foi feito entre 28 e 29 de agosto, com 2.874 eleitores em 178 municípios do País. A pesquisa foi registrada no TSE sob o protocolo BR-00438/2014 e tem margem de erro máxima de 2 pontos porcentuais e nível de confiança de 95%.
Fonte:Carla Araújo, Agência Estado

Salvador: Presidente Dilma atribui queda do PIB a excesso de feriados



Em visita a Salvador, em uma agenda mista com eventos oficiais e gravações para a propaganda eleitoral, a presidente Dilma Rousseff classificou como “momentânea” a queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre do ano e disse esperar uma “grande recuperação” dos indicadores no segundo semestre.
Segundo Dilma, o excesso de feriados, por causa da Copa do Mundo, e a queda nos preços das commodities no mercado internacional foram os principais responsáveis pela redução de 0,6% do PIB do País no segundo trimestre. “Por causa da Copa do Mundo, tivemos a maior quantidade de feriados na história do Brasil, nos últimos anos, nesse trimestre, mas no próximo trimestre, teremos uma situação oposta”, alegou a presidente. “Nós estamos vendo que os únicos países que se saíram bem no segundo trimestre no mundo foram a China, os Estados Unidos e o Reino Unido, este último um pouco menos, mas bem”, completou Dilma.
“Nos demais países, houve uma redução drástica do crescimento. Aqui na América Latina também se verificou isso. E uma das razões foi a queda dos preços das commodities. Alguns países vizinhos, como o Chile, o Peru e a Colômbia, tiveram uma grande redução do crescimento. Acredito que no próximo trimestre e no segundo semestre do ano nós teremos uma grande recuperação.” A presidente também disse acreditar que o Brasil “tem todas as condições para ter uma grande retomada”.
Após conhecer as instalações da Faculdade de Tecnologia Senai Cimatec, Dilma disse que ali “está um dos vetores” da volta do crescimento. “Estamos apostando na ampliação da capacidade produtiva do povo brasileiro, essa é uma das condições para a retomada”, disse. “A segunda condição são os grandes investimentos em infraestrutura, que preparam o Brasil para um novo ciclo”, afirmou a presidente. “E a outra é uma grande reforma na estrutura de atuação do Estado. Nós temos de criar um Brasil sem burocracia e sem custos elevados. Por isso, temos perseguido sistematicamente a redução de impostos.”
Fonte:Correio

Economia: PIB do país volta a cair, diz IBGE


Com a redução de 0,6% do PIB brasileiro no 2° trimestre de 2014 em relação ao trimestre anterior, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil voltou a entrar na chamada “recessão técnica” – quando há o encolhimento por dois períodos seguidos. O cenário foi anunciado após o IBGE revisar o resultado do primeiro trimestre, de +0,2% para -0,2%. A última vez que o país entrou em recessão foi no final de 2008, logo após a eclosão da crise financeira internacional nos Estados Unidos. 

acordo com a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Rocque Palis, a revisão da variação foi feita por causa de um ajuste sazonal. "Como precisamos fazer previsões à frente para conseguir fazer a série, então por isso (a série) fica sujeita a revisões para trás. Isso significa que, no trimestre seguinte, dependendo do que acontecer, essas taxas podem ser revisadas novamente", explicou.


Ainda assim, Rebeca afirmou que taxas próximas de zero devem ser vistas com cuidado. “Nem se fala em crescimento quando está no intervalo de -0,5% a +0,5%. Então, essa taxa pode oscilar, dependendo do resultado do próximo trimestre", contou. O resultado negativo foi puxado pelo impacto negativo da Copa, a freada do consumo das família e forte retração dos investimentos. Com o clima de incerteza, economistas do mercado financeiro baixaram de 0,79% para 0,70% a previsão de crescimento do PIB deste ano. Segundo o Banco Central, foi a 13ª redução consecutiva da estimativa anual.

Fonte:Bahianotícias

Sucessão Presidencial: Crescimento de Marina e voto útil já preocupa Aécio


A pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira indica um crescimento da candidata do PSB, Marina Silva, que começa a se cristalizar e extrapola a comoção provocada pela morte do ex-governador Eduardo Campos. Ela está tirando votos dos seus concorrentes, da presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, e do candidato do PSDB, senador Aécio Neves. O maior prejudicado pelos números divulgados hoje é o senador Aécio Neves.

O crescimento de 13 pontos porcentuais da candidatura Marina pode fazer com que seu oponente tucano, que está perdendo fôlego na corrida eleitoral, perca ainda mais pontos se o eleitorado que deseja mudanças apostar no voto útil, ou seja, na ex-senadora, que está em franco crescimento. A avaliação é do especialista em pesquisa eleitoral e marketing político Sidney Kuntz.

A pesquisa Datafolha mostrou o crescimento de Marina de 21% para 34%, a oscilação negativa de Dilma de 36% para 34% e a queda de Aécio de 20% para 15%. A margem de erro da mostra é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

Segundo o analista, a onda positiva de Marina Silva deve continuar crescendo, pois a tendência dela nas últimas mostras eleitorais está nesta trajetória. “Acho muito difícil tirar sua candidatura do segundo turno, a não ser que uma hecatombe mude tudo novamente, o que eu não creio”, destacou Kuntz.

Ele destaca ainda que, com base nas projeções de segundo turno em uma eventual disputa de Marina com Dilma, a candidata do PSB abriu uma margem de diferença de dez pontos porcentuais, com 50% contra 40% da petista. “Esses números são uma indicação de que Marina está mesmo tirando eleitorado de seus concorrentes”, afirma.

Para o analista, se for levado em conta o número de votos nulos e brancos e de indecisos (que somam 14% nas projeções de primeiro turno), e a onda em torno de sua candidatura, é bem provável que Marina atinja níveis acima dos 40% nas próximas mostras. “Além disso, Marina foi muito bem no debate da Band e na entrevista do Jornal Nacional, o que pode levar o eleitorado a apostar em sua eleição”, complementa. 

fONTE:Elizabeth Lopes/AE

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Ascensão de Marina é de maneira "avassaladora" avaliam petistas ligados a Lula

  • Os “lulistas” do Partido os Trabalhadores já não falam em substituir a candidata Dilma Rousseff pelo ex-presidente Lula, e por ordem dele. É que pesquisa interna, à qual tiveram acesso apenas quatro petistas ilustres, indica que a ascensão de Marina Silva (PSB) é de tal maneira avassaladora que nem mesmo Lula conseguiria evitar sua vitória. Análises internas citam até a hipótese de Marina vencer no 1º turno.
  • A advertência dos analistas do PT é: Marina pode passar à frente e, com o “voto útil” de eleitores de Aécio, vencer no 1º turno.
  • A ordem de Lula é proclamar confiança em Dilma, dizer que Marina é só “uma onda” e preparar a artilharia. Estão vasculhando a vida dela.
  • Fonte:Coluna de Claudio Humberto/reprodução

Sucessão Presidencial: Datafolha confirma avanço de Marina Silva

 A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, deu um salto e agora está empatada com Dilma Rousseff em primeiro lugar no primeiro turno, derrotando a presidente por 10 pontos numa segunda rodada, mostrou pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira.

Dilma e Marina têm 34 por cento das intenções de voto cada, mais do que o dobro de votos do terceiro colocado, Aécio Neves (PSDB), que aparece com 15 por cento. Num segundo turno, a candidata do PSB venceria 50 por cento dos votos, contra 40 por cento de Dilma.

Pesquisa Datafolha divulgada dia 18 mostrava Dilma com 36 por cento, seguida por Marina com 21 por cento e Aécio com 20 por cento. Num segundo turno, Marina e Dilma estavam no limite do empate técnico, com a candidata do PSB à frente numericamente: 47 a 43 por cento.

Nesta semana duas pesquisas tinham mostrado Marina isolada em segundo lugar e derrotando Dilma num segundo turno. Pelo Ibope, Dilma tinha 34 por cento, Marina 29 por cento e Aécio com 19 por cento. Num segundo turno, Marina vencia por 45 a 36 por cento.

O Datafolha ouviu 2.874 pessoas, na quinta-feira e nesta sexta, em 178 municípios do país.

Fonte:Estadão/(Por Alexandre Caverni)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Bahia: População do Estado passa de 15 milhões

O Brasil tem 202.768.562 habitantes, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados específicos sobre cada município foram divulgados nesta quinta-feira, 28, e estão presentes em resolução publicada no Diário Oficial da União.
Os números são aplicados nos cálculos de repasses de recursos aos municípios e são utilizados também pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A posição reflete a população no começo de julho deste ano.
O Estado mais populoso é São Paulo, com 44.035.304 habitantes. Roraima tem a menor população: 496.936 habitantes. Minas Gerais fica em segundo lugar, com 20.734.097 habitantes. O Estado do Rio de Janeiro tem a terceira maior população do País, com 16.461.173 habitantes. A Bahia aparece em quarto lugar, com 15.126.371, o que representa 7,5% da população brasileira. 
O município de São Paulo é citado com 11.895.893 habitantes; o município do Rio de Janeiro, com 6.453.682 habitantes; Salvador, em terceiro lugar entre os 25 cidades mais populosa, aparece com 2.902.927 habitantes.
As tabelas apresentadas hoje mostram, também, que o País tem municípios com pequena população, como Borá, em São Paulo, com 835 pessoas. A localidade fica a cerca de 500 quilômetros da capital paulista.
O IBGE explica que as "Estimativas da População para Estados e Municípios", com data de referência em 1º de julho de 2014, atende exigências estabelecidas pela Lei nº 8.443/1992 e pela Lei complementar nº 143/2013.
Essas leis estabelecem que a "entidade competente do poder executivo federal fará publicar no Diário Oficial da União, até o dia 31 de agosto de cada ano, a relação das populações dos municípios, e até 31 de dezembro, a relação das populações dos Estados e do Distrito Federal, para os fins previstos na Lei nº 8.443".

FONTE: ATARDEONLINE/REPRODUÇÃO

Eleições 2014: Marina Silva vence debate na Band,diz pesquisa

  • SEM MARQUETEIRO
  • No debate da Band, o candidato Aécio Neves (PSDB) foi o único que não se faz assessorar por um marqueteiro. Convocou para a tarefa apenas Zuza Nacife, que tem experiência apenas em redes sociais.
  • A candidata a presidente Luciana Genro (Psol) rolou o lero quando perguntada sobre planos para segurança pública. Depois se disse frustrada, pois não lhe perguntaram mais nada no debate da Band.
  • Após defender a legalização da maconha no debate na Band, Eduardo Jorge (PV) foi o candidato a presidente mais gozado nas redes sociais. Virou meme. Todos achando que fez por merecer sorvetão na testa.

MATOU A PAU

Pesquisas por telefone, realizadas pelas principais campanhas presidenciais indicaram vitória de Marina Silva (PSB) no debate da Band, terça-feira. Ela apareceu segura e serena, mas determinada.

Fonte:Coluna Claudio Humberto/reprodução

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Sucessão estadual: Duas pesquisas apontam liderança de Paulo Souto

Paulo Souto e Rui Costa  - foto:reprodução  
Foi divulgada ontem (26) pela  TV Bahia pesquisa Ibope mostrando vantagem para o candidato Paulo Souto (DEM), com 44% das intenções de votos,  emissora. Quem aparece na segunda posição agora é o candidato da coligação  Rui Costa (PT) com 15% das preferências, e Lídice da Mata (PSB),  teve 9% percentuais Rogério Tadeu da Luz (PRTB) ficou com 1%, seguido por Renata Mallet (PSTU), que também somou 1%. Marcos Mendes (PSOL) não pontuou.
 Brancos e nulos somam 16%, enquanto 14% não souberam responder ou preferiram não responder a pesquisa. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de três pontos para mais ou para menos. A margem de erro é de 3%. O instituto ouviu 1008 pessoas em 59 municípios baianos entre os dias 23 e 25 de agosto, s. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número BA-00013/2014, e no Tribunal Superior Eleitoral no número 00433/2014.
No "Data Nilo" 
A nova pesquisa Bapesp, também aponta o candidato do DEM, Paulo Souto, com 41% das intenções de voto venceria a eleição no primeiro turno. Na pesquisa estimulada, Rui Costa detém 21% das intenções de voto e Lídice é opção para 12% dos 2 mil entrevistados, em 84 municípios da Bahia.

Economia: Polo de Camaçari contrata técnicos com salários de até R$ 10 mil


                           Briêda, do Senai-BA, explica o que as empresas querem do trabalhador -(Foto: João Alvarez - Sistema Fieb)
As formações mais requisitadas são Mecânica, Elétrica, Mecatrônica, Eletromecânica, Química e Automação e Controle
Foi-se o tempo em que o Polo Petroquímico de Camaçari era um grande empregador e concentrava a colocação dos sonhos de muitos baianos. Apesar de hoje ser chamado de Polo Industrial, ele já não é um grande empregador, pelo menos em termos de quantidade. 

Mas, quando o assunto é qualidade, as vagas dali ainda são muito disputadas por quem deseja um bom salário e oportunidades de crescimento. O setor petroquímico na Bahia emprega atualmente cerca de 45 mil pessoas. Dessas, 15 mil são diretos e mais de 30 mil indiretos, sendo que 60% dos profissionais envolvidos se concentram nas áreas de operação e manutenção.  
Como as necessidades aumentam e as vagas são poucas,  empresas do setor procuram empregados vindos de cursos técnicos. Um profissional com o perfil desejado por essas empresas pode chegar a ganhar até R$ 10 mil como salário inicial.
A oferta de técnicos diminuiu. Por isso, o salário aumenta e as empresas retêm os profissionais qualificados
Rita Luciana Aguiar, sócia da People2People


As formações mais requisitadas são Mecânica, Elétrica, Mecatrônica, Eletromecânica, Química, Automação e Controle, Operação de Processos Químicos e Petroquímicos e de Segurança do Trabalho.  
Técnicos
Para a sócia da empresa de recursos humanos  People2People Rita Luciana Aguiar, sobram vagas nas áreas técnicas por conta de uma supervalorização dos cursos superiores.
“A oferta de técnicos diminuiu. Por isso, o salário aumenta e as empresas retêm os profissionais qualificados. Por falta de pessoas qualificadas, muitos dos negócios procuram por colaboradores que atuem no mesmo segmento. Quando não acham, acabam por selecionar talentos fora da Bahia. No caso de empresas que optam por aceitar membros sem experiência prévia, a opção é recorrer aos centros técnicos formadores ”, diz. 
Perfil
A gerente da Braskem Kricia Galvão, responsável por Pessoas & Organização Vinílicos, afirma que 51% dos  colaboradores da empresa são técnicos. “São essas pessoas que fazem as coisas (da empresa) acontecerem. Por isso, estimulamos e capacitamos os funcionários para que eles adquiram o conhecimento tácito, aquele que o indivíduo adquire ao longo da vida, pela experiência”.
Já o gerente do Núcleo Estratégico do Senai da Bahia, Luis Alberto Brêda, ressalta que o domínio técnico é essencial, mas que é preciso ter noções de segurança, bom relacionamento, dentre outras competências,  para conseguir uma vaga na indústria petroquímica.
“Muitos cursos nascem em função da demanda da própria indústria. O diferencial (para o trabalhador), além dos conhecimentos técnicos, são, sobretudo, as competências e habilidades de relacionamento intrapessoal e liderança”.   
Jovens devem apostar no Polo, diz vice-presidente da ACB
Em entrevista exclusiva para o CORREIO, o vice-presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB), Adary Oliveira, afirma que o Polo Industrial de Camaçari, que responde por 20% do PIB estadual, apesar de enfrentar um período instável, deve ser almejado pelos profissionais do futuro. Confira os principais trechos da entrevista.    

Que análise você faz sobre a situação do Polo Industrial?
Hoje o Polo é o lugar de maior concentração de investimentos industriais no estado. São mais de US$ 16 bilhões de dólares em investimentos globais. Até 2015, o Polo deve ter novas inversões acima de US$ 6,2 bilhões de dólares.
Ele é de suma importância pois fabrica produtos intermediários e abastece as indústrias de bens e consumo e de transformação, sobretudo no Sul e Sudeste.  Temos  algumas questões que precisam ser acertadas. As empresas precisam melhorar sua competividade no mercado mundial.  
Quais são as dificuldades enfrentadas?
O custo elevado da matéria- prima, sobretudo da nafta, principal insumo utilizado pela cadeia petroquímica nacional, é a principal dificuldade. O Brasil importa esse insumo porque o que se produz não é suficiente. Cerca de 40% da nafta é importada. Isso acaba por afetar no preço do petróleo, dentre outros fatores. Em outros países, como nos Estados Unidos, são usados outros insumos que barateiam o produto. Outra dificuldade é o alto preço da energia elétrica.
Quais são as perspectivas para o futuro do Polo Industrial?
Com a absorção de novas tecnologias e investimentos, alguns problemas devem ser resolvidos. Ainda assim, com a superação desses problemas, outros vão surgir. O tempo passa, as empresas buscam se tornar mais competitivas e questões sempre surgem. Os técnicos e administradores estão aí para isso: resolvê-los. Por isso, acredito que as empresas vão continuar a empregar. Jovens podem apostar no futuro do Polo porque o ambiente é acompanhado de bons salários.

 Fonte:Coluna Emprego/CorreiodaBahia/reprodução

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Economia:A Inadimplência das famílias brasileiras cresce em todo o país

Foto: Maioria das dívidas é com cartão de crédito-EBC
Foto: Maioria das dívidas é com cartão de crédito-Foto:EBC/reprodução
O percentual de famílias brasileiras endividadas ficou em 63,6% em agosto, segundo dados divulgados hoje (26) pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio (CNC). A parcela de famílias com dívidas, como cartão de crédito, crédito pessoal, carnês e financiamentos, é superior às registradas em julho deste ano (63%) e em agosto do ano passado (63,1%).
Em relação ao tamanho das dívidas, 11,8% das famílias se dizem “muito endividadas”, 24,8% “mais ou menos endividados” e 27% “pouco endividados”. Entre aquelas com renda até dez salários mínimos, os endividados são 64,8%. Entre as famílias com renda superior a dez salários, a parcela é 57,6%.
Mais de três quartos das dívidas (75,8%) são do cartão de crédito. Outros tipos comuns são: carnês (17%), financiamento de carro (13,4%), crédito pessoal (9,6%) e financiamento de casa (7,3%).
Os inadimplentes, ou seja, aqueles que têm contas em atraso, somam 19,2% das famílias brasileiras. O percentual está acima do observado em julho deste ano (18,9%), mas abaixo do percentual de agosto do ano passado (21,8%).
O percentual de famílias que não terão condições de pagar as dívidas caiu de 6,6%, em julho deste ano, para 6,5% em agosto deste ano. A taxa de agosto também é inferior à de agosto do ano passado (7%).
Fonte:Agência Brasil

Bahia: Mineradora anuncia paralisação em Santa Luz

Mineradora anuncia paralisação em Santa Luz
Foto: Planta do projeto C1 Santa Luz | Foto: Divulgação
A mineradora canadense Yamana Gold, que atua no município de Santaluz, nordeste da Bahia, anunciou a paralisação de suas atividades no projeto C1 Santa Luz. Isso significa prejuízo para os 859 empregados diretos e indiretos da companhia, de acordo com os dados divulgados pela própria empresa. O projeto se encontrava em fase pré-operacional nos últimos 14 meses e, durante o processo, vinha apresentando perdas financeiras. 

As principais razões para a inviabilidade econômica seriam a baixa recuperação metalúrgica e o cenário econômico desfavorável, por conta da queda acentuada no preço do ouro no mercado internacional. A proposta inicial para férias coletivas será encaminhada nos próximos dias, e governo e os órgãos oficiais responsáveis já foram notificados. Caso novos estudos comprovarem viabilidade econômica, a companhia promete voltar o projeto. Informações do BN.

Sucessão presidencial: Marina alcança Dilma,diz nova pesquisa do Ibope

O  aguardadíssimo resultado da pesquisa Ibope que o Jornal Nacional divulgará hoje vai mostrar um novo avanço de Marina Silva. Pela pesquisa, Marina está empatada tecnicamente com Dilma Rousseff no primeiro turno, considerando a margem de erro de 2%.

A pesquisa mostrará Dilma Rousseff entre 31% e 32%, Marina entre 27% e 28% e Aécio Neves entre 18% e 20%.

No segundo turno, Marina aparecerá com dois dígitos à frente de Dilma.

A pesquisa foi feita pelo Ibope entre 23 e hoje. Foram entrevistados 2506 eleitores.

Fonte:Coluna Lauro Jardim

Para ministra do STF, Estado não atende mais a sociedade


Para ministra do STF, Estado não atende mais a sociedade

Foto:reprodução


A ministra Cármen Lúcia, vice-presidente eleita do Supremo Tribunal Federal (STF), alertou nesta segunda-feira (25) para a ameaça da insatisfação popular ante a descrença no Estado. Ao abordar a "avalanche de processos", a ministra disse: "Muitas vezes, especialmente na parte administrativa, eu acho que estou maquiando cadáver. Esse Estado brasileiro, como está estruturado e como a Constituição previu há 25 anos, não atende mais a sociedade. O que era esperança, na década de 1980, pode se transformar em frustração. 

A tendência de uma frustração, o risco social é se transformar em fúria. E, quando a fúria ganha as ruas, nenhuma ideia de Justiça prevalece". Cármen Lúcia participou de debate sobre foro privilegiado promovido pela Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), ao lado do ex-presidente do STF Cezar Peluso e do criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira - o primeiro defendeu o foro especial, condenado com veemência pelo segundo. "Privilégios existem na monarquia, e não na República", disse a ministra. "O Supremo é tribunal, não é corte. Não vejo como se garantir materialmente o princípio da igualdade, preservando os que são sim privilegiados". Ela abriu uma exceção, para presidente da República. "Pelo que ele (presidente) simboliza e pela dimensão de dados que tem na mão, levar o caso para o juiz de primeiro grau compromete tanto a prestação eficiente, quanto a justiça dessa prestação. Acho que presidente é muito mais vulnerável também a injunções perversas". 

Ao comentar sobre o acervo de 80 milhões de processos no País, a ministra enfatizou: "Quando o Estado, Executivo, Legislativo e Judiciário, não funciona bem, as leis não estão sendo cumpridas a contento, os serviços não estão sendo prestados, o que é a esperança vira frustração. A frustração vira ira, porque ele (cidadão) se sente frustrado, tantas vezes, que ele vai perdendo entusiasmo e aí é perigo", disse Cármen Lúcia. Para a ministra, "o Estado não pode ser causa da infelicidade de ninguém". "O direito existe para que as pessoas possam se fazer felizes, para que ele tenha chance de ser feliz, para que ele vá dormir sem medo", explicou. "Precisamos repensar isso, com seriedade. Que Supremo Tribunal Federal querem, qual o Supremo que nós temos e qual o que nós queremos ter? O que eu quero é um Brasil que seja justo para todo mundo, muito mais igual, sem privilégios", declarou. As informações são Estado de S. Paulo. 

Fonte:BN

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Brasil: Antonio Ermírio não gostava de luxo e nem de férias

Morre, aos 86 anos, o empresário Antônio Ermírio de Moraes (© Estadão Conteúdo)
                   Foto:Estadão conteúdo/reprodução

Morreu na noite deste domingo, 24, em São Paulo, aos 86 anos, o empresário e presidente de honra do Grupo Votorantim, Antônio Ermírio de Moraes. Em nota oficial, a empresa comunica que Ermírio de Moraes faleceu em casa, por insuficiência cardíaca.

Antônio era engenheiro metalúrgico formado pela Colorado School of Mines (EUA) e iniciou sua carreira no Grupo em 1949. Foi o responsável pela instalação da Companhia Brasileira de Alumínio, inaugurada em 1955. Deixa a esposa, Maria Regina Costa de Moraes, e nove filhos.

O corpo do empresário será velado a partir das 9h desta segunda-feira, 25, no Salão Nobre do Hospital Beneficência Portuguesa e o cortejo sairá às 16h rumo ao Cemitério do Morumbi, onde o corpo será enterrado.
Veja a íntegra da nota do Grupo Votorantim:

"É com grande pesar que o Grupo Votorantim comunica o falecimento do Dr.  Antônio Ermírio de  Moraes, aos 86 anos, na noite deste domingo, 24 de agosto, em São Paulo.

Presidente de honra do Grupo Votorantim, Dr. Antônio era engenheiro metalúrgico formado pela Colorado School of Mines (EUA) e iniciou sua carreira no Grupo em 1949, sendo o responsável pela instalação da Companhia Brasileira de Alumínio, inaugurada em 1955.

Com o falecimento do Dr. Antônio Ermírio de Moraes, o Grupo Votorantim perde um grande líder, que serviu de exemplo e inspiração para seus valores, como ética, respeito e empreendedorismo, e que defendia o papel social da iniciativa privada para a construção de um país melhor e mais justo, com saúde e educação de qualidade para todos.
Dr. Antônio deixa a esposa, Dona Maria Regina Costa de Moraes, com quem teve nove filhos. O corpo será velado a partir das 9h desta segunda-feira no Salão Nobre do Hospital Beneficência Portuguesa (Rua Maestro Cardim, 769) e o cortejo sairá às 16h rumo ao Cemitério do Morumbi, onde o corpo será enterrado."

Um empresário que não gostava de luxo e nem de férias


Homenzarrão, do tipo que dificilmente passava despercebido nos ambientes que frequentava, Antônio Ermírio de Moraes era afável, discreto, gentil, avesso a badalações e integralmente voltado à família, ao trabalho e aos sonhos de contribuir com uma sociedade mais igualitária. Tinha a voz grave, mas normalmente falava em tom baixo. Apesar das décadas à frente do Grupo Votorantim, da sua família, raramente tirou folgas.

O empresário que faleceu neste domingo, aos 86 anos, só tirou férias duas vezes, a mais recente há poucos anos, quando passou algumas semanas de folga com a mulher Regina na casa de praia da família, no Litoral Paulista, para se recuperar do tratamento médico. 

Nacionalista aguerrido, mostrava-se constantemente preocupado com a falta de rumo do País e com a ausência de uma política industrial. Reclamava dos juros altos cobrados pelos bancos e acusava o governo de dar tratamento privilegiado ao setor financeiro em detrimento da indústria e do comércio.

A cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, costumava reagir com indignação quando recebia a notícia de mais uma alta ou de um corte considerado muito pequeno. Em maio de 2003, em Brasília, ao ser informado que a taxa básica de juros seria mantida, não conteve a ironia e pediu algumas aspirinas para digerir a notícia. A Bayer, fabricante do medicamento, não perdeu tempo. Mandou uma caixa de aspirinas para o empresário.
Mas o que afligia mesmo o empresário eram as mazelas sociais. Ele foi um dos mais célebres exemplos de empresário brasileiro realmente dedicado a fazer a sua parte para ajudar a resolver os problemas sociais do País. Primeiro, abraçou a área da saúde por meio de atividades à frente da Cruz Vermelha. Depois, presidiu durante mais de uma década o hospital Beneficência Portuguesa, de São Paulo, um dos maiores do País.

Teatro. Outro caminho escolhido pelo empresário para protestar contra as mazelas do Brasil foi o teatro. Antonio Ermírio era apaixonado pelo teatro e escreveu três peças que trataram de temas agudos e caros ao brasileiros: saúde, educação e a relação de dependência das empresas em relação aos bancos. 

O primeiro texto, 'Brasil S.A.', levou quase uma década para ser concluído. Perfeccionista e inseguro na nova empreitada, ele jogou várias versões da obra no lixo até sentir que era o momento de levar o texto para os palcos. E, como um autor principiante que era, não escondia o pavor às vésperas da estreia.

Nunca foi segredo a decepção que teve com a política. Em 1986, Antonio Ermírio foi candidato ao governo do Estado pelo PTB. Na época teve o apoio de três futuros caciques do PSDB - Mario Covas, José Serra e Fernando Henrique Cardoso. Na mesma disputa estavam Paulo Maluf e Orestes Quércia, que levou a melhor e assumiu o Palácio dos Bandeirantes em janeiro de 1987. No meio do processo eleitoral, FHC mudou de lado e passou a apoiar Quércia, uma decisão difícil de ser absorvida pelo empresário. “O próprio Fernando Henrique ficou constrangido por mudar de candidato”, disse Ermírio em uma entrevista.
Mais tarde os dois se reaproximaram. Quando FHC chegou à presidência, Antonio Ermírio era um dos conselheiros mais frequentes. Na pauta, dizia o presidente, nada de economia, sempre temas sociais. “Falo com ele sempre, como amigo que sou. Ele tem grande poder de persuasão, mas precisa se aproximar mais do povo, da realidade brasileira, e fugir um pouco do Palácio do Planalto”, criticou o empresário em uma entrevista sobre política.

No programa da peça ' Brasil S/A', de 1996, o empresário escreveu um comentário que resume sua visão da política: “As campanhas políticas têm muito de teatro. Aprendi que o sucesso eleitoral depende basicamente da manipulação competente das emoções dos eleitores. O script precisa ser bom; mas a interpretação é decisiva.” 

O empresário não cansava de dizer, sempre que provocado, que se fosse candidato novamente poderiam colocá-lo em uma camisa de força. Bem antes da candidatura ao governo paulista a política atraía Ermírio. Ele apoiou a abertura política, iniciada no governo Geisel, e foi um dos empresários ao lado de outras lideranças como Cláudio Bardella e José Mindlin, que assinaram, em 1978, o “Documento dos Oito”, que pedia a volta da democracia. Ermírio também atuou no movimento das 'Diretas Já', na luta pela redemocratização do Brasil. Ele nunca escondeu a simpatia e o apoio ao PSDB e o pouco apreço pelo PT.

A inspiração para entrar na dramaturgia, contava, veio dos tempos de colégio, pelas mãos de José Rios Castelões, professor de português no Colégio Rio Branco. Ermírio dizia ler tudo que era sugerido pelo tutor intelectual, como as obras de Machado de Assis, Eça de Queiroz e José de Alencar. O professor apostava que o aluno tinha vocação para o Direito, carreira que foi cogitada por ele. Mas assim como os irmãos, seguiu para a Universidade de Colorado e estudou Engenharia de Metalurgia.
Quando voltou ao Brasil, começou a trabalhar na CBA, empresa da família do setor de alumínio. Apesar da diversidade de áreas de atuação do Grupo Votorantim, a indústria do alumínio sempre foi uma das suas preferências. Expandiu os negócios em família rapidamente e no início da década deu início ao processo de profissionalização e compartilhamento do comando das várias empresas do grupo entre filhos e sobrinhos. 

Empresário não gostava de luxo. O empresário Antonio Ermírio de Moraes era conhecido pelos ternos antigos, com aparência amarrotada. A indumentária era motivo de gozação entre alguns amigos mais próximos, mas ele não dava a mínima para as observações sobre aparência. Ele desmente todos os manuais e confirmava o ditado “o hábito não faz o monge”.

De hábitos matutinos, o empresário acordava todo dia por volta das cinco da manhã. Às sete horas, religiosamente, seguia para o centro de São Paulo. Passava pelo Hospital Beneficência Portuguesa ou ia direto para a sede da companhia, na região central de São Paulo. Da janela do escritório, acompanhou a deterioração do centro da cidade ao longo de décadas e, mais tarde, a revitalização da Praça Ramos, patrocinada pela Votorantim. A empresa até hoje é responsável pela manutenção dos jardins.

Tonhão, forma carinhosa como costumava ser tratado pelos mais íntimos, não era dado aos luxos que seriam facilmente comprados pela fortuna acumulada durante décadas de trabalho. Quando a filha caçula Regininha fez 18 anos, ganhou de presente um carro. Nada de um modelo importado. Ao contrário, era um carro popular.
Durante uma viagem a Nova York, ao encontrar a sobrinha Neidinha em um almoço no restaurante Le Cirque, ele e o irmão José Ermírio trataram de apressá-la para que tirasse logo as bagagens do quarto do hotel para não ter de pagar mais uma diária. 

Por décadas quem cuidou da sua aparência foi um barbeiro de uma das galerias comerciais do centro da cidade, próximo ao escritório. Viagens internacionais? Só mesmo nas vezes em que era levado a outros cantos do mundo a trabalho. Workaholic empedernido, aproveitou a lua de mel em Paris para estagiar em uma siderúrgica. As primeiras férias com a mulher Maria Regina só aconteceram em 1992, quando foi para as Montanhas Rochosas, no Colorado.
Até pouco tempo atrás costumava dirigir o próprio carro e nem queria saber de andar escoltado por seguranças, como se costuma ver entre grandes empresários da indústria.

Numa ocasião, ao pegar um táxi no ponto próximo ao escritório, na Praça Ramos de Azevedo, até o restaurante Cad'Oro, bem perto dali, pagou o motorista com uma nota de R$ 50. Mesmo sabendo de quem se tratava (um dos empresários mais ricos do País), o taxista quis devolver o troco. Ermírio recusou. Depois de insistências e recusas, ele perguntou se o condutor tinha filhos. Diante da resposta positiva, argumentou. “Então use este dinheiro para fazer alguma coisa por eles”, disse. Detalhe: sempre que tomava um táxi gostava de se acomodar ao lado do motorista e puxar conversa. Era um curioso, gostava de ouvir o que as pessoas tinham a dizer.

Conforme a idade avançava, ouvia cada vez mais a pergunta sobre a aposentadoria. Categórico, respondia que só deixaria de trabalhar quando morresse. Teve de desacelerar bem antes por causa da saúde cada vez mais debilitada. Primeiro, passou a ficar apenas algumas horas no escritório. Depois, apenas alguns dias da semana.

Com o tempo e a dificuldade de locomover-se, passou a ir apenas eventualmente ao trabalho. Mas quando aparecia, fazia questão de se reunir com os principais executivos, atualizar a papelada com a secretária de décadas, Dona Valéria, e ser informado do que estava acontecendo. Com a idade avançando, era cada vez mais frequente perguntarem sobre o dia da aposentadoria. Ele costumava dizer que só pararia de trabalhar no dia que morresse.
Dedicado ao trabalho desde a juventude. Amigos de Antonio Ermírio de Moraes o descrevem como madrugador e dedicado ao trabalho desde a juventude. O empresário Álvaro Lopes, dono da Casa Santa Luzia, em São Paulo, lembra de boas histórias dos tempos em que os dois foram colegas de turma no ginásio, no Colégio Rio Branco, em Higienópolis. Na época a família Moraes já se consolidava como dona de um império em São Paulo. 

Lopes era filho do dono de um empório de secos e molhados. Os filhos de José Ermírio, Antonio e José Ermírio de Moraes Filho, o mais velho dos irmãos, iam para a escola sempre bem arrumados. Além do currículo tradicional, os irmãos tinham aulas particulares de inglês. “O pai deles ajudou no que pode para que tivessem uma boa educação”, recorda Lopes.

Nos jogos de futebol no campinho da escola, Antonio Ermírio era goleiro. A altura ajudava a dar conta do recado na posição. Corintiano roxo, fazia questão de defender o Timão nas conversas futebolísticas com Lopes, torcedor do São Paulo, que jogava de zagueiro ou ponta esquerda. A amizade permaneceu quando Antonio Ermírio formou-se em engenharia, Branco em medicina e Lopes tornou-se conhecido por se estabelecer como proprietário de um dos supermercados mais tradicionais da elite paulistana, a Casa Santa Luzia.

Lopes costumava encontrar o colega Antonio Ermírio bem cedo, por volta das 6h30, quando ia fazer compras no Ceasa. “Por muito tempo ele e a esposa Regina vieram ao Santa Luzia fazer compras”, relembra.
O publicitário Washington Olivetto, dono da agência de publicidade W/Brasil, foi vizinho de Ermírio por muitos anos no Morumbi. Quando o publicitário acordava, por volta das 6 da manhã, Antônio Ermírio já estava a caminho do Hospital Beneficência Portuguesa ou do escritório na Votorantim. Ambos torcedores do Corinthians, o assunto era sempre recheado de comentários sobre o futebol. Em um artigo para o jornal Lance, Olivetto chegou a propor que o empresário se candidatasse à presidência do Corinthians, mas não teve sucesso na campanha.

Convidado em 1991 para fazer uma campanha publicitária para um novo carro da Fiat, o Prêmio, Olivetto lembrou-se do vizinho. Homem respeitado e conhecido por ser trabalhador, ele seria ideal para divulgar o novo modelo popular da montadora italiana. “Como ele não aceitaria participar só pelo cachê, pensei na possibilidade dele doar o pagamento a uma instituição de caridade”, recorda o publicitário. A campanha associava o empresário ao carro com frases como “Dr. Antônio é um homem grande. O Fiat Prêmio também”. 

Em 2003, o empresário Paulo Lima, da editora Trip, procurou Olivetto para que ele entregasse notas de R$ 10 a uma pessoa rica e a alguém de baixo poder aquisitivo. Os dois poderiam comprar o que quisessem. O resultado renderia um artigo escrito pelo publicitário. Um office boy da W/Brasil foi um dos escolhidos e o outro foi Antônio Ermírio, que optou por multiplicar a quantia com muitas outras notas de R$ 10 e fazer uma doação para uma instituição de caridade. 

Ele explicou o motivo em uma comovente carta a Olivetto onde dizia: “Só você poderia reviver em minha alma um sentimento tão gostoso quanto o experimentado quando recebi os R$ 10 que gentilmente me enviou. Recordar é viver. Você me trouxe saudade, muita saudade, de minha mãe. Lembro-me como se fosse hoje que ela sistematicamente dava ao Instituto de Cegos Padre Chico uma quantia de 10 mil réis todos os meses... Ao receber o seu envelope com 10 reais, falei com duas religiosas daquele instituto e perguntei a elas o que fazer com recursos múltiplos dos seus 10 reais. Como conclusão, prometi à Madre Superiora do Instituto de Cegos Padre Chico que durante 30 dias manteremos, com o múltiplo dos seus 10 reais, as despesas desse Instituto com escola e alimentação para aquelas 80 crianças... Nunca, meu caro Washington, 10 reais fizeram tão bem à nossa alma.”

Antonio Ermírio era conhecido pela atuação social. Boa parte da sua jornada de trabalho era reservada para a gestão do Hospital Beneficência Portuguesa que, apesar de ser particular, atendia principalmente a pacientes do Sistema Único de Saúde, o SUS.

Apaixonado pelas artes, especialmente pela música clássica, Ermírio acertou com o maestro Silvio Baccarelli que todo último sábado do mês o salão nobre do hospital seria palco de uma apresentação para pacientes, médicos e funcionários. Um dos concertos foi com as crianças de Heliópolis, um dos bairros mais carentes de São Paulo. No final da apresentação, o empresário fez questão de conversar com as crianças. 

Foi quando soube pelo maestro que aquela talvez fosse a última apresentação do grupo. O patrocinador do projeto havia desistido. Curioso, Ermírio quis saber mais sobre o projeto. Diante do grupo de crianças e de Baccarelli, anunciou: “Não se preocupem. Eu vou ficar com essas crianças. É um projeto muito importante para a educação e a cultura do nosso País. A partir de agora vocês são meus filhos e eu vou cuidar de vocês”.

Até hoje o projeto é sustentado por ele, que várias vezes foi a Heliópolis para saber como andavam seus 'filhos'. Detalhe: sem segurança e sem medo da violência.
Empresário escreveu peça 'Acorda, Brasil'. O diretor de teatro José Possi Neto, que dirigiu a peça 'Acorda, Brasil', escrita por Ermírio, descreve o empresário como muito preocupado com a cultura. “Foi o maior exemplo que conheci de perto de um brasileiro que tinha a consciência plena de cidadania, do que é ser um cidadão responsável, do que é a capacidade de usar o poder com responsabilidade e suprir as carências do brasileiro”, relata.

Nos ensaios da peça, Ermírio deixava de lado o perfil empresarial e se envolvia com a equipe como se tivesse a vida toda feito parte da criação cultural do País. “Ele se deu ao luxo e ao prazer de respirar o ar da criação. Usufruiu do convívio dos artistas, adorava conversar com todos. Muito curioso, fazia questão de beber daquela fonte. Deixou uma marca no teatro ao abordar temas como saúde e educação”, afirma o diretor.

O amigo e banqueiro Lázaro de Mello Brandão, do Bradesco, destaca a dedicação de Ermírio ao trabalho: “Antônio Ermírio de Moraes é um trabalhador incansável, sempre a serviço do desenvolvimento brasileiro. Um líder empresarial que granjeou o respeito de seus pares e de toda a sociedade. Um homem que soube viver segundo os seus princípios, tornando-se um modelo do empresário ético, dedicado, envolvido com as questões e os desafios de seu tempo. À frente do Grupo Votorantim, mostrou, ao longo de muitas décadas, uma energia que parecia inesgotável. Estudioso, dominou várias áreas do conhecimento. Da siderurgia à física, da geologia ao campo mais ameno do teatro”. 

Fonte:Paula Pacheco, especial para O Estado de S. Paulo












Fonte:Estadão