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sábado, 20 de janeiro de 2024

Prova Nacional: Exame nacional para juízes é bandeira histórica de Barroso

Freepik

Prova teste concurso exame da oab

Primeira edição do Exame Nacional da Magistratura está prevista para março/24


A criação do Exame Nacional da Magistratura foi uma das primeiras iniciativas do ministro Luís Roberto Barroso como presidente do Conselho Nacional de Justiça. A ideia, aprovada no final de 2023, é uma bandeira do magistrado defendida desde quando ele atuava como advogado constitucionalista. A partir de agora, a aprovação no exame será um requisito para todos os candidatos em concursos para juiz. A primeira edição está prevista para março.

Em 2011, em palestra na XXI Conferência Nacional dos Advogados, Barroso defendeu a adoção de uma seleção prévia “que minimizaria os riscos de manipulação e favorecimento por oligarquias judiciárias locais”. Naquela ocasião, ele também apontou o exame nacional entre as medidas a serem adotadas para promover a proficiência do magistrado.

Em 2012, foi dele a iniciativa que redundou na vedação às entrevistas secretas em concursos para juiz. Naquele ano, o então constitucionalista foi autor de uma reclamação no CNJ contra as provas orais reservadas em concurso do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Em entrevista à revista eletrônica Consultor Jurídico na ocasião, Barroso argumentou que o que tem de valer na seleção é o mérito. “Ninguém tem o direito de escolher subjetivamente.”

Barroso venceu. A maioria dos integrantes do CNJ considerou que as entrevistas secretas, apesar de serem tradicionais nos concursos, afrontavam, no mínimo, o princípio constitucional da impessoalidade. “Em uma república democrática, o que tem de valer é o mérito. Ninguém tem o direito de escolher subjetivamente quem tem o ‘perfil adequado’ para um cargo. A subjetividade é sempre um perigo e dá margem a preconceitos”, celebrou Barroso na época.

Boa recepção
Uma vez instituída pelo CNJ, a ideia foi bem recebida por magistrados. O advogado e ex-juiz Marlon Reis acredita que diversificar o perfil da magistratura é a maior contribuição que esse exame prévio pode dar ao Judiciário brasileiro. Ele é um crítico do atual formato de seleção de juízes. “Os atuais certames, baseados na memorização de precedentes e padrões normativos, contribui para a formação de um Judiciário elitista e afastado da realidade da maioria.”

A advogada e juíza federal aposentada Cecília Mello tem opinião parecida: “Em um país com a dimensão territorial e com as diversidades regionais do Brasil, um exame nacional pode servir para parametrizar uma linha de conhecimento mínimo e conferir maior hegemonia à magistratura. Além disso, como será mantida a autonomia dos órgãos do Poder Judiciário para os respectivos concursos, com um projeto bem formulado e implementado, a perspectiva se mostra positiva”

A conselheira do CNJ e juíza Renata Gil explica que a ideia é que o concurso nacional facilite a vida dos concurseiros, já que eles poderão fazer apenas uma inscrição e não precisariam se deslocar pelo Brasil todo para fazer a prova da magistratura. ”Também deve diminuir a diferença de cobranças nas regiões e implementar uma preparação uniforme em todo o país, como determinado pela Constituição.” Ela integrou o grupo de trabalho que elaborou a regulamentação do exame e lembra que já existe exame nacional na Justiça do Trabalho e na Ordem dos Advogados do Brasil.

O desembargador federal Paulo Fontes, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), elogiou a ideia, com uma ressalva: para ele, o exame só cumprirá seu objetivo se forem promovidas provas distintas para os diversos ramos do Judiciário — como as Justiças Federal, dos estados e do Trabalho. “O exame nacional pode também representar uma economia global para o Judiciário, pois a primeira fase é a que tem mais candidatos e sua realização é muito dispendiosa do ponto de vista financeiro.”

Funcionamento

O exame é regulamentado e organizado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), sob supervisão do CNJ, e contará a colaboração da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento dos Magistrados do Trabalho (Enamat).

O exame terá validade de quatro anos e será utilizado nas seleções de juízes das Justiças Federal, estadual, do Trabalho e Militar. A aprovação no exame não será exigida nos casos dos concursos com editais já publicados.

Fonte: Conjur - 20/01/2024


Imprensa: Magnoli, da Globonews, insulta Lula e é desmascarado nas redes sociais

Demétrio Magnoli e Lula

Demétrio Magnoli e Lula (Foto: Reprodução/Youtube | Ricardo Stuckert)



247 – O comentarista Demétrio Magnoli, da Globonews, insultou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o comparou a Jair Bolsonaro, acusando-o de propagar fake news. O motivo: Lula apontou, no discurso de retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima, a participação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos na Lava Jato – o que já foi demonstrado historicamente.

“Essa é uma lenda urbana, há anos difundida pelo PT, mas não tem nenhuma base factual, é fake news. [...] É o ‘padrão Bolsonaro’ de reduzir, de rebaixar a palavra presidencial ao estatuto de papo de bêbado em boteco”, disse Magnoli. Rapidamente, Magnoli foi desmascarado nas redes sociais. 

Confira:

 

FONTE: brasil 247 - 20/01/2024

OAB-BA planeja mudanças no ‘código de vestimenta’ da advocacia para incluir regras às mulheres

Nove anos depois, OAB-BA planeja mudanças no ‘código de vestimenta’ da advocacia para incluir regras às mulheres


Apesar de, atualmente, serem maioria na advocacia, as mulheres não estão inclusas na resolução que trata da regulamentação do traje no exercício profissional na Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA). A última norma, atualizada em 2015, prevê regras apenas para os homens: “Facultar aos advogados o uso de paletó e gravata no exercício profissional no âmbito territorial do Estado da Bahia”, estabelece o artigo 1º da resolução 005.

 

Outro trecho da regra, também fazendo referência somente aos homens, autoriza aos advogados que optarem por não usar paletó e gravata se apresentarem com calça e camisa sociais. Por fim, a resolução sinaliza que “nas audiências e sustentações orais nos Tribunais fica facultado aos advogados substituir o uso do paletó e gravata por vestes talares”. 

 

Em nenhum momento a resolução, formada por três artigos, menciona regras para as mulheres (veja aqui). O ponto em questão provocou debate dentro da OAB-BA para mudanças no código de vestimenta. Em conversa com o Bahia Notícias, o conselheiro e presidente da Comissão de Relações Institucionais, Adriano Batista, confirma que a ideia é pautar a proposta para inclusão das mulheres ainda este ano. A expectativa é aprovar as alterações no mês de março.

 

“A mulher advogada não usa gravata, então a gente tem que adequar a resolução a esse momento que nós estamos vivendo, de absoluta igualdade. Tem mais mulheres advogadas do que homens advogados hoje no Brasil. Quem lê a resolução, parece que ela se volta somente para os homens”, pontua o conselheiro que também preside o grupo responsável pela elaboração da nova proposta. 

 

Dados do Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira (PerfilAdv), elaborado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontam que a profissão é majoritariamente feminina: 51,43% são mulheres.

 

Adriano Batista, presidente da Comissão de Relações Institucionais da OAB-BA | Foto: Reprodução / Instagram

 

Ao contrário dos homens, o guarda-roupa feminino possui uma variedade de peças não previstas nos termos atuais da resolução, como destaca Batista. “A falha principal é essa, não fala da mulher, só fala do homem: ‘o advogado’. E até porque, quando fala do advogado é numa perspectiva realmente masculina, porque só fala de trajes que dizem respeito a eles: ‘o advogado poderá usar calça social, camisa social’...a mulher advogada usa vestido”. 

 

O estopim para colocar na mesa a questão, segundo o conselheiro, foram episódios ocorridos no Fórum Epaminondas Berbert de Castro, em Ilhéus, quando duas advogadas foram impedidas de entrar no local por conta da roupa. Nos dois casos, as mulheres usavam vestidos acima do joelho - lidos como “curtos” por funcionários do fórum. 

 

ADVOGADAS COM A PALAVRA

A advogada Luana Medrado, 35 anos, especialista em Direito Civil pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e em Direito de Família e Sucessões pela Escola Paulista de Direito (EPD), e mestre em Família na Sociedade Contemporânea pela Universidade Católica de Salvador (Ucsal), afirma utilizar roupas sociais escolhidas especialmente para a atuação da advocacia nos fóruns, varas e tribunais. 

 

Advogada Luana Medrado | Foto: Arquivo pessoal

 

Mesmo nunca tendo sido impedida de acessar tais espaços por conta da roupa, Medrado acredita que o debate é extremamente necessário, visto que defende que “certas formalidades” devem ser respeitadas.  

 

“Apesar de percebermos cada vez a flexibilização do pragmatismo presente no judiciário, creio que certas formalidades, inerentes à atuação neste âmbito, devem ser respeitadas. Sendo assim, tanto homens quanto mulheres devem observá-las, e à medida em que a atuação das mulheres na advocacia é uma realidade sedimentada, elas também devem ser contempladas na regulamentação, a fim, inclusive, de evitar que condutas arbitrárias sejam impostas a elas, impedindo a sua atuação profissional, e ferindo, portanto, as suas prerrogativas”, disse ao Bahia Notícias.

 

Com a vivência de 13 anos na advocacia, Luana Medrado destaca ser possível perceber nitidamente como a “forma de se vestir influencia diretamente na forma que servidores, magistrados, e até mesmo colegas e clientes tratam o advogado ou a advogada”.

 

Ao pautar a questão, ela defende que a OAB-BA deve se atentar ao respeito à condição feminina. “Para que não haja atos que firam a dignidade das advogadas, e não se reforcem condutas machistas e misóginas”.

 

Atuante nas áreas Cível, Direito de Família, Direito Público e Consumidor, Irna Verena, 34 anos, também relata não ter passado por situações vexatórias por conta da roupa. “Acredito que por conta da preocupação em não ultrapassar o limite subjetivo da 'sobriedade' previsto no Estatuto”. 

 

Advogada Irna Verena | Foto: Arquivo pessoal

 

A missão de advogar passa também por pensar o ‘look’, como explica a advogada, com a escolha por peças mais formais e não muito justas, que não exponham muito a pele, saias e vestidos que não ultrapassem a linha dos joelhos, e tecidos mais leves. Com toda a preocupação do quê vestir, Irna Verena frisa a necessidade de revisar o conjunto de costumes e formalidades ligados à profissão. 

 

“Acho que a roupa impacta sim no tratamento dos magistrados, servidores, clientes e dos próprios colegas. Acredito que para uma boa parte, o tratamento dispensado é modulado, ainda que inconscientemente, de acordo com a vestimenta. O imaginário popular sobre a advocacia remete automaticamente a um conjunto de costumes e formalidades que, para mim, estão ultrapassados e precisam ser revistos”. 

 

Nessa linha, a advogada alerta para a importância de a OAB promover esse debate de atualização da resolução com as mulheres, sendo consideradas as diversidades de corpos que já estão sujeitos a regras “sejam elas explícitas ou não”. 

 

“Acredito que a OAB deve nos ouvir, entender nossas questões, considerar o histórico evolutivo, respeitar as liberdades já garantidas e, sobretudo, considerar a diversidade, porque o todo não é apenas a soma das partes”.

 

CALOR

A discussão sobre as alterações também deve abordar outros pontos, como o calor. A onda de altas temperaturas, que tem assolado todo o país desde o ano passado, tem pautado mudanças e novas discussões em vários setores. 

 

Na OAB-BA não está descartada a possibilidade de flexibilização das roupas. No entanto, o presidente da Comissão de Relações Institucionais da Seccional, Adriano Batista, alerta que o debate desta questão se trata de uma linha tênue. 

 

“Certamente vai ter alguma discussão a respeito do calor, de alguma possibilidade de flexibilizar, mas isso aí é uma coisa muito polêmica. Porque tem muitos advogados que defendem a preservação da tradição, por exemplo do uso de gravata. Porque se você também banalizar muito, a profissão perde com isso. O uso da gravata, queira ou não, traz uma respeitabilidade, você percebe isso claramente. Seria muita hipocrisia da minha parte dizer que isso não abre portas”, avalia. 

 

“Quando você retira essa obrigação, flexibiliza muito, você corre o risco de advogado estar usando camisa de malha no fórum. A gente tem que encontrar um meio termo aí para tornar o trabalho menos complicado e também para que as pessoas não se sintam diminuídas”, pondera.

 

Irna Verena teve um episódio de mal-estar por conta do calor enquanto atuava na comarca de São Francisco do Conde. A queda de pressão foi durante audiência na Vara Cível. 

 

Apesar de defender que “o excesso de formalidade é ultrapassado”, a advogada diz não concordar com a total  informalidade ou banalização dos trajes. Porém fala da urgência das regras se adequarem à realidade, como as altas temperaturas.  

 

“Precisamos reconhecer que as questões climáticas não são apenas suposições, são fatos. Não vejo estudos que apontem melhora. Assim, acredito que flexibilizar o uso de roupas menos formais, ou que a sua exigência seja apenas em determinadas circunstâncias, já ajudaria bastante”.

 

Paralelo às discussões sobre as roupas, Verena comenta da falta de estrutura das unidades judiciais para atender à demanda de advogados, cidadãos e até mesmo servidores. “Eu sempre carrego água comigo, mas percebo que em algumas instalações não há água nem ventilação mecânica, então acho que esse cuidado também poderia contribuir. Aqui em em São Francisco do Conde, comarca onde atuo, por exemplo, não existe uma sala da OAB”.

 

Além do calor, a proposta deverá incluir aspectos religiosos, especialmente as religiões de matrizes africanas que envolvem, muitas vezes, uso de turbantes, batas e contas.

 

CÓDIGO DAS INSTITUIÇÕES E CÓDIGO DA OAB

Há um ponto de conflito nessa discussão, independentemente do gênero. Isso porque o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e demais Cortes têm as suas próprias regras de trajes para magistrados, advogados e cidadãos transitarem pelos corredores das sedes dos tribunais e demais unidades judiciais. Do outro lado, há a resolução da OAB-BA. O Estatuto da Advocacia estabelece que cabe ao Conselho Seccional determinar, com exclusividade, os critérios para o traje da advocacia no exercício profissional. 

 

“A repartição pública, o Tribunal de Justiça, a Assembleia Legislativa, até mesmo instituições privadas, uma igreja... Então, por exemplo, o tribunal diz que você não pode entrar de bermuda. Você pode entrar no tribunal de camisa de malha e calça, e de tênis, por exemplo, mas a OAB diz que essa roupa não é uma roupa para você ir despachar com o magistrado”, fala Adriano Batista. 

 

“Eu posso ir agora no fórum, como uma pessoa física, com uma camisa de malha, tênis, calça jeans. Eu entro, ninguém vai me impedir de entrar, mas a OAB não permite que eu exerça a minha função de advogado com essa roupa. Eu não posso fazer audiência com essa, não posso sequer despachar com o advogado com essa roupa”, detalha. “Então existe uma diferença entre aquilo que é permitido entrar no fórum e aquilo que o advogado e advogada podem usar para exercer a função”, acrescenta.

 

Neste ponto, o advogado levanta outra questão e críticas. Apesar das regras estabelecidas pelos tribunais, Batista defende que não cabe aos juízes e desembargadores impedirem advogados sem gravata ou “até mesmo de roupa de malha” de fazerem uma audiência. 

 

“Se eu estou com uma roupa que o fórum permite que eu entre, não cabe ao magistrado dizer que não vai poder fazer uma audiência por causa da roupa. Quem tem que dizer isso é a OAB, é a OAB que regula como o advogado se veste para exercer a função e se fere essa disciplina, vai responder a processo interno da OAB”.



Fonte: Camila José /Bahia Notícias - 20/01/2024

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Comprada por um laranja, mansão de R$ 3 mi da ex de Bolsonaro é vendida em Brasília

                          Mansão de ex-mulher de Bolsonaro comprada em 2021 e vendida em junho de 2023

                                             Vídeo: I C L/Youtube


 *Com reportagem de Karla Gamba

Comprada, em 2021, com uma pessoa usada como laranja na negociação, a mansão da advogada Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (PL), foi vendida em junho do ano passado. A informação foi dada pelo novo proprietário, que falou com exclusividade à coluna, mas pediu anonimato.

Ele contou que adquiriu a mansão, que fica no Lago Sul de Brasília, do corretor Geraldo Machado. No entanto, não quis mencionar os valores negociados. Admitiu apenas que assumiu o valor que tinha sido financiado junto ao BRB.

Ao se candidatar a deputada distrital no Distrito Federal, em 2022, Ana Cristina declarou à Justiça Eleitoral ser a proprietária da mansão no Lago Sul, avaliada em cerca de R$ 3 milhões. De acordo com a matrícula do imóvel, checada pela coluna nesta semana, porém, o imóvel ainda está registrado no nome de Machado. À coluna, o novo proprietário afirmou que o processo de transferência do imóvel para o seu nome está em andamento. Ana Cristina Valle não retornou.

Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro

DESCOBERTA DA NEGOCIAÇÃO

Em 2021, uma reportagem de Juliana Dal Piva e do jornalista Eduardo Militão revelou que Ana Cristina vivia na propriedade junto com Jair Renan Bolsonaro, filho “04” do ex-presidente. Na ocasião, ela dizia ter alugado o local.

Mas a advogada se mudou para o imóvel cerca de 15 dias depois da compra ter sido oficializada no papel pelo corretor Geraldo Machado. Por sua vez, apesar de se identificar como proprietário da mansão, o corretor morava em uma edificação modesta, num condomínio em Vicente Pires, região administrativa de classe média no Distrito Federal, a 30 km da mansão.

Procurado na quinta-feira (18), Machado disse “não tenho nada a declarar e qualquer coisa você pode falar com meus advogados”. Machado, porém, não informou quem seriam seus defensores. Em 2021, ele negou ser um laranja. Afirmou ser um “sonho” morar no Lago Sul, mas a mudança foi frustrada porque ele não teria conseguido vender sua casa em Vicente Pires.

Ao TSE, em 2022, Cristina declarou um valor muito inferior ao de mercado. A advogada informou que a mansão valia um total de R$ 829 mil. O montante é muito abaixo dos R$ 2,9 milhões declarados por Geraldo Machado, em 31 de maio de 2021, como o valor da negociação da propriedade.

Ana e Jair Bolsonaro foram casados por 10 anos

TRANSFERÊNCIA DE R$ 867 MIL

O valor declarado pela advogada ao TSE se aproxima do total transferido por Ana Cristina para uma empresa de transporte de cargas do Distrito Federal que pertence a Geraldo Machado. Um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou uma transferência da advogada para Machado no total de R$ 867 mil. Desse valor enviado por Ana Cristina, segundo o relatório do Coaf, R$ 580 mil teriam sido usados para pagar a entrada da compra da mansão. O restante foi financiado: R$ 2,32 milhões. O financiamento foi feito no BRB (Banco de Brasília). O mesmo banco financiou a mansão do senador Flávio Bolsonaro (PL–RJ), que custou um total declarado de R$ 6 milhões.

Após a revelação da aquisição da mansão de Cristina e do relatório do Coaf, a Polícia Federal abriu uma investigação do caso. O relatório foi revelado, em 2022, pelo jornal O Globo. No pedido de investigação, a PF citou que o uso de uma terceira pessoa na compra feita por Ana Cristina apontava para “possível dissimulação da propriedade do bem imóvel adquirido” e a prática poderia configurar crime de lavagem de dinheiro.

O relatório do Coaf apontou ainda que a ex-mulher de Bolsonaro movimentou R$ 9,3 milhões entre 2019 e 2022.

A mansão fica em um terreno de 1.200 metros quadrados e tem cerca de 800 metros quadrados de área construída em dois pisos. Na época em que Machado adquiriu a casa para Cristina, o anúncio do imóvel declarava que a mansão tinha “quatro suítes, com fino acabamento e todas com closet. Escada em mármore. Suíte master ampla com cerca de 100 m², abre para grande terraço com potencial para jardim, espaço fitness, solarium e outros. Closet amplo na suíte master, com excelentes armários planejados. Banheiro da suíte master com acabamento também elegante e de tamanho avantajado, proporcionando conforto e espaço luxuoso.”, dizia um trecho do anúncio.

Além da investigação na PF, Ana Cristina é investigada por lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa junto com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos–RJ) em um procedimento do MP–RJ (Ministério Público do Rio) que apura o desvio ilegal de salários dos assessores de gabinete do filho “02” de Jair Bolsonaro. Ana Cristina foi sua chefe de gabinete entre 2001 e 2008.

Parte interna da casa

MUDANÇA PARA A NORUEGA

Ana Cristina viajou para a Noruega, em outubro de 2022, dias antes do segundo turno da eleição presidencial e nunca mais retornou.

Desde então, ela está trabalhando como colaboradora de uma creche na cidade de Halden, na Noruega. A advogada disputou uma vaga de deputada distrital, mas teve apenas 1.485 votos e não conseguiu se eleger para a Assembleia do DF (Distrito Federal).

No ano passado, ela também teve declarada a perda da cidadania brasileira porque, anos antes, adquiriu a cidadania norueguesa em uma condição que não permitia que ela ficasse com as duas cidadanias.

O novo proprietário da mansão de Brasília disse à coluna que não sabia que Ana Cristina e Jair Renan haviam morado lá. O homem afirmou que só tomou conhecimento desse fato quando um prestador de serviço comentou com ele, há três semanas, que Jair Renan realizava muitas festas grandes no local. Ainda de acordo com o novo dono da casa, as festas teriam causado desavenças dos Bolsonaros com os vizinhos, que se incomodavam com o movimento e o barulho.


Fonte: Juliana Dal Piva/I C L NOTÍCIAS/REPRODUÇÃO - 19/01/2024


PASTOR EVANGÉLICO QUE DEFENDE A ESCRAVIDÃO CANCELA VINDA AO BRASIL APÓS DENÚNCIA DO INTERCEPT

                                  Foto:  Reprodução/Pastor Writer
Congresso evangélico desiste de trazer o americano; Douglas Wilson diz que acusações são falsas e que 'honra' ser um 'pária global'.

 O PASTOR EVANGÉLICO americano Douglas Wilson, líder da Igreja de Cristo e defensor de grupos supremacistas, teve sua participação cancelada no congresso Consciência Cristã, que acontecerá no feriado de Carnaval em Campina Grande, na Paraíba. A mudança de planos aconteceu após o teólogo Ronilso Pacheco mostrar no Intercept Brasil mostrar como o calvinista usa a Bíblia para apoiar a escravidão.

A notícia do cancelamento foi publicada pela associação conservadora Visão Nacional para a Consciência Cristã, organizadora do congresso, na noite de quarta, 17 de janeiro. Em uma nota de esclarecimento, Euder Faber, presidente da Visão Nacional para a Consciência Cristã e pastor da igreja O Brasil Para Cristo, afirma que a organização decidiu cancelar a participação de Wilson após “polêmicas levantadas por interpretações de falas sobre o tema sensível da escravidão”. 

Faber diz que o cancelamento acontece porque, com a repercussão da presença de Wilson, poderia haver “incitação de crime de ódio e uma escalada de violência física”. Se queixou do fato de Wilson não ter tido espaço para se defender, afirma que repudia qualquer violação aos direitos humanos e diz tomará as “providências judiciais cabíveis”.

Segundo apontou Ronilso Pacheco, o pastor americano Wilson trabalhou pelo revisionismo histórico sobre o legado “positivo” da escravidão e sustenta a visão de que, se o sistema escravista do sul dos Estados Unidos tivesse sido fiel aos princípios bíblicos, teria funcionado harmoniosamente. Wilson também diz que a abolição impediu que africanos escravizados fossem para lugares como o estado da Virgínia, no sudeste dos Estados Unidos, onde poderiam encontrar “mestres piedosos”.

Wilson descende de uma geração de teólogos ultraconservadores que na década de 1960 revisitaram o pensamento calvinista como uma reação contra o movimento de direitos civis nos Estados Unidos. Era a época do discurso “Eu tenho um sonho”, de Martin Luther King Jr, e questões sociais ebuliam no país. Com esse pano de fundo, Wilson trabalhou seu revisionismo em questões consolidadas e fartas em documentação: ele chegou a defender que escravizados se alimentavam melhor do que americanos fazem hoje em dia, e os maus tratos, humilhações e torturas sofridos “foram raros e pouco frequentes”.

PASTOR EVANGÉLICO QUE DEFENDE A ESCRAVIDÃO CANCELA VINDA AO BRASIL APÓS DENÚNCIA DO INTERCEPT

Wilson também é um defensor ferrenho de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, e sua participação no congresso Consciência Cristã aconteceria durante a corrida eleitoral das primárias norte-americanas, da qual Donald Trump não apenas é um participante, mas o principal candidato à nomeação pelo partido Republicano.

Ainda ontem, Wilson também se manifestou publicamente em uma carta aberta em seu blog. O conteúdo foi traduzido no site da editora que publica seus livros no Brasil. Ele diz que “um artigo de jornal foi publicado por um ativista de esquerda chamado Ronilso Pacheco”, que ele foi acusado de “racismo e de defender a escravidão” e que o artigo “teve alguma repercussão e deu início a um certo tumulto”. Wilson desconsidera que o autor do artigo, Ronilso Pacheco, é também pastor, autor de livros sobre o tema da religião e raça, e é mestrando em teologia na Universidade de Columbia, em Nova York. Para o calvinista, as acusações são falsas.

O pastor americano também disse que, no lugar da escravidão, há hoje uma revolução sexual e que quem o acusa não sabe distinguir o que é um menino ou uma menina, repetindo a ladainha de ideologia de gênero da extrema-direita, e não sabem “distinguir a raça humana”. Escreveu, ainda, que os esquerdistas, inclusive do Brasil, são os futuros escravizadores – tudo com um verniz bíblico – e que os “seguidores de Cristo” precisam entender a estratégia e se levantar para defendê-lo, para que outros cristãos os defendam quando chegar a vez deles de serem atacados.

Wilson, no entanto, não usou seu texto para ser enfático contra sistemas escravagistas e não apontou qual seria a “declaração difamatória” de Ronilso Pacheco. Ele termina sua carta dizendo que está alegre com a coluna do Intercept, porque o texto lhe deu “a oportunidade de proclamar o evangelho da livre graça”. “Logrei a honra de me tornar uma espécie de pária global”, ele escreveu.

Em seu comentário sobre o cancelamento da participação de Wilson no congresso evangélico, Ronilso criticou a postura dos organizadores: “Os organizadores da Consciência Cristã desconvidaram um defensor da escravidão com uma nota que praticamente pede desculpas a ele pelo Brasil não ser um país maduro o bastante para receber alguém que defende a escravidão só porque ele defende a escravidão”, escreveu em seu perfil no Twitter.

Questionada sobre um posicionamento, a Visão Nacional para a Consciência Cristã afirmou que sua resposta se limita ao seu posicionamento já publicado.

Fonte: INTERCEPT BRASIL/REPRODUÇÃO 19/01/2024

Advogado abandona defesa de Moro, alvo de ações que pedem sua cassação


                                               foto:reprodução

 247 - O advogado Rodrigo Gaião decidiu rescindir contrato e deixar o time de defesa do ex-juiz suspeito e hoje senador, Sergio Moro. Ele enfrenta processos de cassação no TRE-PR por conta de suposto abuso de poder econômico ao se eleger. A informação é do jornalista Lauro Jardim, de O Globo

Gaião, proprietário da Gaião Advocacia, foi chamado para atuar no caso pelo escritório Bonini Guedes Advocacia (BGA), responsável pela defesa de Moro.

O julgamento das duas ações impetradas pelo PT e pelo PL que pedem a cassação do mandato de senador de Moro devem ser julgadas até a próxima semana para garantir o quórum máximo necessário.

Fonte: BRASIL 247 -19/01/2024

Ensino Superior: Confira as vagas no ProUni 2024.1 para Irecê

 


O Programa Universidade Para Todos, edição de  2024.1, estará ofertando mais de 400 bolsa de Estudos entre Integrais e parciais(50%) em 47 cursos  de graduação para a cidade de Irecê, no Centro Norte do Estado.

As bolsas são em faculdades particulares de ensino presencial, e EAD.

São ofertados cursos de diversas áreas de atuação. Dentre eles, Administração, Enfermagem, Medicina, Odontologia, Eng. Agronômica, Licenciaturas, dentre outros.

As vagas são para:  Ampla: Oferta para ampla concorrência, PPI: Oferta para autodeclarados Pretos, Pardos ou Indígenas, e PcD: Oferta para autodeclarados Pessoas com Deficiência.

O candidato pré-selecionado deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário mínimo, para obter a bolsa integral, que cobre a totalidade do valor da mensalidade do curso.

Já para a bolsa parcial, que cobre (50%) do valor da mensalidade, a renda mensal per capita exigida é de até 3 salários mínimos.

Confira o link para acessar os cursos/quantitativo de bolsas:

https://prounialuno.mec.gov.br/consulta/publica/opcao/1/tipo/1

 Outras Cidades da Região:

Barra do Mendes são ofertados 5 cursos e em João Dourado, 3, em cursos de EAD.

Confira o cronograma abaixo:

Inscrições de : 29/01 a 01/02/2024

Resultado: 06/02/2024

Comprovação das informações: 06 a 20/02/2024 junto as instituições de Ensino em que o candidato tenha sido selecionado.


Nordeste: Lula lança pedra fundamental do campus do ITA em Fortaleza


                                        foto:reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou hoje (19) do lançamento da pedra fundamental do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), na capital cearense, Fortaleza.

 O instituto será abrigado nas instalações da Base Aérea de Fortaleza. O primeiro vestibular será realizando ainda este ano e deverá selecionar 50 alunos. Serão 25 vagas para os cursos de Engenharia de Energia e Engenharia de Sistemas.

“O papel do estado é garantir, para todas as pessoas, igualdade de oportunidades. A chance de disputar a mesma coisa em igualdade de condições” disse o presidente. “A única coisa que quero é que o Nordeste tenha a mesma oportunidade que os outros estados mais ricos do país. E a educação é fundamental”, emendou.

Durante a cerimônia, Lula disse ainda que vai trabalhar até o final do mandato para “resolver o problema da educação no Brasil” ou "pelo menos consolidar o processo de educação no país."

“Vamos lançar mais 100 institutos federais no país para que a gente mostre ao mundo que a gente gosta de exportar, soja, milho, carne, avião, qualquer produto. Mas a gente agora quer começar a exportar conhecimento, inteligência brasileira”, afirmou. “O salário do professor é pequeno. Mas o negócio é que a função de professor é muito nobre. O piso ainda é baixo. Estamos tentando recuperar a economia desse país e quando a gente recuperar a gente vai tratar da educação com mais carinho e uma das coisas é tratar da remuneração do professor brasileiro”, disse Lula.

Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, os cursos dialogam da nova unidade do ITA com o potencial da Região Nordeste na geração de energias renováveis.

O Nordeste brasileiro é um grande produtor de energias renováveis no país, de energia solar e eólica,” justificou. “O ITA do Ceará terá a mesma excelência do de São Paulo. E em breve vai ser lançado o concurso para os futuros professores do ITA do Ceará”, acrescentou.

O governador do Ceará, Elmano Freitas, disse que a instalação do ITA no estado é um marco para a pesquisa e para o desenvolvimento do estado do Ceará. O governador anunciou a implementação de um curso preparatório para os alunos da rede pública estadual direcionado ao vestibular do ITA.

“Para que possamos selecionar os nossos jovens, desde o ensino fundamental, para que os jovens da escola pública também possam ingressar no ITA, em São José dos Campos ou no Ceará”, disse.

A única unidade do ITA, até o momento, está em São José dos Campos, em São Paulo. A instituição, ligada à Força Aérea Brasileira (FAB) é uma referência em cursos de graduação e pós-graduação nas áreas da engenharia e tecnologia, especialmente no setor aeroespacial.

O ITA considerado uma das melhores instituições de ensino superior do Brasil. A instituição oferece os cursos de Engenharia Aeroespacial, Engenharia Aeronáutica, Engenharia Civil-Aeronáutica, Engenharia de Computação, Engenharia Eletrônica, Engenharia Mecânica-Aeronáutica, além de cursos de pós-graduação.

Inicialmente os alunos serão acolhidos no ITA de São José dos Campos, já em 2025. A previsão é que as obras estejam concluídas para que as turmas já tenham início, em Fortaleza, em 2027.

“A ciência não é algo distante, que seja inalcançável. Pelo contrário, é emprego de qualidade, gera riqueza, muda a vida das pessoas. É estruturante para o país”, disse a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. “[O ITA] é uma referência de ensino em engenharia que não mais precisará que o nordestino se desloque para São Paulo, para ter ensino em engenharia com formação técnica de qualidade”, completou.

campus deve aproveitar espaços já existentes na Base Aérea, como as salas de aula, auditórios, alojamentos, refeitório, ginásios e estruturas de saúde. O governo federal assinou um convênio repassando R$ 50 milhões para a adequação das instalações da base aérea e a construção de laboratórios.

O ministro da Defesa, José Múcio, disse que a decisão de levar o instituto também está relacionada ao fato de que, do total de alunos que ingressam no ITA, cerca de 40% são do estado do Ceará.

“O critério foi o Ceará e somente o Ceará, porque o estado se credenciou. Todos os governadores tiveram como mantra não pensar apenas nas próximas eleições, mas nas próximas gerações. Mais de 44% dos aprovados no ITA são de escolas do Ceará”, disse.

Fonte: Agência Brasil/Edição: Valéria Aguiar  - 19/01/2024