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sábado, 2 de janeiro de 2021

Rio: Foto em delegacia faz jovem negro ser acusado 9 vezes e preso duas por roubos que não cometeu

 

Foto em delegacia faz jovem negro ser acusado 9 vezes e preso duas por roubos que não cometeu
Foto: Arquivo Pessoal

Quando foi fotografado na delegacia há quatro anos, Tiago Vianna Gomes, 28, não imaginou que aquele registro preto e branco iria parar em um álbum de suspeitos e lhe renderia nove processos judiciais e duas passagens pela prisão por roubos que não cometeu.

O caso é emblemático das falhas graves da Polícia Civil, do Ministério Público e do Judiciário na investigação, denúncia e condenação de suspeitos com base em reconhecimento fotográfico.

A insuficiência de prova foi o entendimento do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Sebastião Reis Júnior, no dia 15 de dezembro, para absolver Tiago de uma condenação na primeira e segunda instâncias pelo roubo de uma moto em 2017.

A vítima apontou que o assaltante era negro e tinha 1,65m de altura -- Tiago tem 1,80m. No entanto, a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita julgou que a diferença de 15 centímetros "não é assim tão grande", chamou o reconhecimento de prova cabal e o condenou a 5 anos e 4 meses de prisão.

Tiago acabou preso em março deste ano, mas por conta da pandemia de Covid-19 conseguiu a prisão domiciliar duas semanas depois. Ele mora em Mesquita, na Baixada Fluminense, e trabalha como entregador de quentinhas da pensão da mãe. Consegue R$ 1.200 por mês, para criar sozinho os três filhos.

Na absolvição, Reis Júnior destacou que, além da falta de semelhança entre ele e o verdadeiro criminoso, na hora do reconhecimento em juízo, o jovem foi apresentado ao lado de outras duas pessoas com tonalidades de pele diferentes -- o que pode ter comprometido o procedimento.

A decisão consolida o entendimento de que o reconhecimento não pode ser a única prova para a condenação. Em outubro, outro ministro do STJ, Rogerio Schietti Cruz, decidiu no mesmo sentido em um caso de Santa Catarina.

A foto de Tiago fora tirada após ele ter sido acusado de receptação, em 2016. O jovem conta que foi com os primos ajudar um colega a rebocar o carro enguiçado quando a polícia chegou a avisou que aquele veículo era roubado. Com o carro dele, parado logo atrás, estava tudo certo.

"Se eu soubesse que era roubado, não tinha ido lá", diz ele, que respondeu o processo em liberdade e passou dois anos cumprindo medidas cautelares.

Fichado na 52ª DP, de Nova Iguaçu, sua foto foi parar em um álbum de suspeitos na 57ª DP, de Nilópolis, outra cidade da Baixada Fluminense.

A partir daí, veio o primeiro mandado de prisão. "Fui levado para cadeia e perguntava 'fui preso por quê?'. Até que minha mãe, na visita três dias depois, disse que eu estava respondendo por 157 [artigo do Código Penal para o crime de roubo]."

Ficou oito meses no sistema prisional. Quando saiu, inocentado, viu aparecer mais denúncias. Todas por reconhecimento da mesma foto. Ele chegou a ser reconhecido até quando sua imagem foi incluída como "dublê" (pessoa que, caso seja selecionada, não experimenta consequência jurídica já que não há possibilidade de que tenha envolvimento com o fato investigado).

"Até hoje não sei como minha foto foi parar lá. Só chegava um monte de intimação, aí eu ligava pra doutora e falava 'olha, chegou mais uma'. Nem sei quantas são no total", diz Tiago, que nunca foi pego em flagrante.

O Código de Processo Penal estabelece que o reconhecimento deve ser feito alinhando pessoas que tenham semelhanças com o suspeito, após a testemunha já tê-lo descrito. Mas nem essa diretriz mínima tem sido respeitada.

O álbum de suspeitos, por sua vez, é um catálogo de pessoas categorizadas pelo Estado como passíveis de desconfiança, mas não está regulado pela lei brasileira e paira em um limbo normativo.

Muitos vão parar ali sem que haja qualquer investigação e sem que o fotografado possa requerer a retirada de sua imagem.

Moradores de favelas no Rio fazem denúncias reiteradas de que policiais militares e civis têm fotografado jovens sem nenhuma explicação. Eles também buscam fotos nas redes sociais desses garotos, segundo relatos ouvidos pelo jornal Folha de S.Paulo.

Além disso, há as chamadas "falsas memórias", ou seja, depois de um tempo, vítimas não se lembram exatamente dos suspeitos e relatos podem ser falsos apesar da sinceridade das testemunhas.

O racismo estrutural também pesa, resultando no que é chamado de "efeito de outra raça", que faz com que adultos reconheçam pessoas do próprio grupo racial com mais precisão do que indivíduos de outras etnias.

Nos EUA, uma pesquisa analisou 250 processos de revisão criminal em que o DNA inocentou acusados. Nos 190 casos em que houve erros judiciários por reconhecimento pessoal falho, quase a metade (93) foram de reconhecimentos feitos por pessoas de raça diferente da dos suspeitos.

Tiago se considera vítima de racismo. "Não vou mentir pra tu não, acredito que seja racismo e perseguição. Pelo fato de eu ser negro, pele escura, morador de comunidade. Uma vez eu tava com as quentinhas, tive que largar e ouvir do policial 'dá o papo reto, neguinho, tava indo roubar?'".

Agora, o entregador é taxado de ladrão. "Quem me conhece, sabe que eu sou do bem. Mas quem não conhece, me tira de criminoso. Ando na rua sempre com medo, não vivo mais."

Do tempo no presídio, Tiago lembra da dificuldade da mãe diarista e desempregada para enviar alimentos, roupa e utensílios. "Quando ela não tinha dinheiro, um amigo, um parente ajudava, fazia vaquinha. Fizeram até um abaixo-assinado, com 500 e poucos nomes, pra me libertar. Mas não adiantou."

A defensora pública Rafaela Garcez, que acompanha o caso, diz que em 14 anos exercendo a função nunca viu uma mesma pessoa ser incriminada tantas vezes por crimes que não cometeu como Tiago.

"É uma situação clara de injustiça, me comoveu. Ele está perdendo dois anos da vida dele com essa inquietação, vivendo de sobressalto", diz. "Não quero que uma pessoa que cometa crimes fique solta, mas também não quero um inocente preso."

No pedido de habeas corpus feito ao STJ, a Defensoria do Rio, tendo o IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa) como amigos da corte, lembrou que a Justiça tem chancelado uma série de prisões ilegais em que a única prova é de reconhecimento.

Foi o caso do DJ Leonardo Nascimento, 27, acusado erroneamente de latrocínio e preso em janeiro de 2019 no Rio. Negro, ele foi reconhecido pessoalmente por quatro diferentes testemunhas, ao ser colocado ao lado de duas pessoas brancas. Só depois da prisão da dupla de verdadeiros criminosos e a busca do pai por imagens de câmeras de segurança que o DJ teve a inocência comprovada.

Outro caso recente é o do violoncelista Luiz Carlos Justino, 23, preso em setembro deste ano, também no Rio, por roubo com arma de fogo, após reconhecimento por foto. Sem passagem pelo sistema prisional, a imagem dele constava nos arquivos da Polícia Civil e foi apresentada a testemunhas ainda que não houvesse qualquer investigação que o ligasse ao crime. Mas isso bastou para a prisão. Depois, a Justiça decidiu que o reconhecimento não era suficiente para mantê-lo preso.

"Virou praxe nas delegacias do país todo. Em crimes de roubo, se não houver flagrante, não há nenhum tipo de investigação, como procurar por câmeras da região, nada. Quando dá uns meses que o caso está lá no escaninho, o investigador intima a vítima, mostra o álbum de suspeitos e induz ela a apontar alguém", diz a defensora Garcez.

Ela afirma que diversas vítimas já disseram em audiência que tinham explicado que estavam na dúvida, que só se parecia ou que não haviam reconhecido.

"O controle dos abusos na atuação policial é função do Ministério Público, que, ao ter contato com esse tipo de inquérito, não deveria denunciar. Mas eles denunciam, sem qualquer outra prova, e é a defesa que tem que fazer esse papel e demonstrar que a pessoa não estava no local, porque, se não, a Justiça condena", diz Garcez.

Com a absolvição do STJ, a defensora quer entrar com um habeas corpus preventivo pedindo a retirada da foto de Tiago do álbum de suspeitos da delegacia em Nilópolis. Absolvido em sete processos, ele ainda responde a dois, cujas audiências estão marcadas para março.

O pedido de Ano-Novo Tiago já tem: parar de ser incriminado por crimes que não cometeu.

OUTRO LADO

A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio Janeiro afirmou, em nota, que recomendou que os delegados não usem apenas o reconhecimento fotográfico como única prova em inquéritos policiais para pedir a prisão de suspeitos.

"A Secretaria informa que o reconhecimento por foto, que é aceito pela Justiça, é um instrumento importante para o início de uma investigação, mas deve ser ratificado por outras provas técnicas na busca pela verdade."

Já o Ministério Público afirmou que "vem exercendo seu papel constitucional de controle externo da atividade policial, fiscalizando a legalidade das investigações em curso e das decorrentes ações penais".

"Informamos ainda que o reconhecimento fotográfico é reconhecimento de coisa (foto) e não de pessoa. Por óbvio, traz menos certeza do que um reconhecimento pessoal. Mas a qualidade da prova não pode ser confundida com sua validade. Ambas as provas são válidas, mas devem ser avaliadas de acordo com o grau de credibilidade adequado a cada uma", disse, em nota.

Segundo o MP, não é desarrazoado que uma denúncia se baseie em reconhecimento fotográfico, se outros elementos também derem um grau mínimo de credibilidade para que uma acusação seja feita.

"Pinçar alguns casos em que houve reconhecimento por fotografia em sede policial e absolvição em juízo não é suficiente para desmerecer o reconhecimento de coisas. Isso só mostra que o sistema é capaz de corrigir equívocos antes de chegar a uma condenação injusta", afirmou.


fonte: FOLHAPRESS - 02/01/2021 23h

Em João Dourado: Vereadora Rosângela Cardoso assume a prefeitura interinamente

                                        A vereadora  Rosângela Cardoso assumiu interinamente a prefeitura de João Dourado -foto:reprodução/facebook

A vereadora Rosângela Cardoso Dourado Loula(PL) de 48 anos, casada,dois filhos, foi eleita presidente da Câmera de vereadores e consequentemente prefeita interina do município de João Dourado na região de Irecê.

Rosângela é servidora concursada do município, formada em Assistência Social pela UCSAL, Pós-Graduada em Administração de Projetos Social pela Universidade Gama Filho no Rio, e também em Direitos Sociais e Competências Profissionais pela Universidade de Brasília.  Tem ampla experiência de mais de 20 anos na área social, tendo já atuado em outros municípios da região, bem como atuação na área educacional. Já foi eleita vereadora anteriormente por duas vezes, 2012 e 2016.

TSE 

A vereadora assumiu o cargo após duas decisões, que impactaram as candidaturas que concorreram à prefeitura da cidade. A  vice-prefeita eleita Rita de Cássia(Rita de Dr. Celso) era presidente da Câmera e assumiu o cargo de prefeita em 29 de setembro, menos de dois meses do pleito, após a morte de seu esposo, tendo em vista que o também vice-prefeito Adriano do Sindicato também já tinha falecido.

Em uma decisão monocrática,o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luis Felipe Salomão não só indeferiu a candidatura de Rita de Cássia como também estendeu a medida contra a chapa, encabeçada pelo prefeito eleito Diamerson Costa Cardoso Dourado, o Di Cardoso (PL). 

Também a única chapa adversária teve negado um recurso pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) o que declarou inelegível o candidato Abimael Dourado Lima Júnior, o Juninho do PSD. 

Presente na Câmera  Municipal, Di Cardoso usou a tribuna em um tempo de pouco mais de 7 minutos e disse que está a disposição do seu grupo político e da população para um novo enfrentamento nas urnas, se assim entenderem.

A cidade de João Dourado fica há 25 km de Irecê e possui uma população de 25.402 habitantes, segundo estimativa do IBGE. O eleitorado é de 18.573, segundo o TSE em novembro de 2020.

Veja o vídeo abaixo, o discurso  publicado pelo site Bahia Informa da cidade de João Dourado.

https://www.facebook.com/bahiainforma/videos/195555268915120 

Confira o calendário do pagamento dos benefícios da Previdência em 2021


                                  imagem:reprodução


Valor de um salário mínimo R$ 1.100 a partir de Janeiro/2021, conforme definido pelo Governo Federal.


 Calendário de pagamento de benefícios do INSS em 2021

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SP: Prefeito de Guarujá critica Bolsonaro e aglomerações: "Maior luta é contra a falta de consciência"

 O prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSB)

O prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSB)
Divulgação

O prefeito reeleito de Guarujá, Válter Suman (PSB), criticou neste sábado (2) em entrevista à Rádio Bandeirantes a postura do presidente Jair Bolsonaro, que no dia anterior fez um passeio de lancha e mergulhou com banhistas na Praia Grande, desrespeitando as medidas de distanciamento social para conter o avanço da covid-19. 


“Temos pregado insistentemente o distanciamento social. Uma visão como essa, vindo da maior autoridade do pais, é preocupante. Ali se formou uma aglomeração. Se uma pessoa espirra, tosse ou ocorre de qualquer maneira uma troca secreções, pode haver contaminação”, disse.

O prefeito ainda demonstrou preocupação com a grande quantidade de turistas que visitaram o litoral paulista nas festas de fim de ano e afirmou que as consequências só poderão ser notadas daqui duas semanas.  

“As pessoas se relacionam com o atendente do balcão, o caixa, o quiosqueiro, os profissionais do hotel. Existe uma preocupação fruto dessa aglomeração. Cada um tem que ter consciência e responsabilidade. Um mês atrás tivemos um aumento de ocupação de leitos nos hospitais em torno de 100%, pulou de 25% para 50%. Tomamos medidas mais restritivas que o próprio estado com barreiras sanitárias e restrição de cadeiras na areia. Não estamos confortáveis.”

“Jamais podemos baixar a guarda com medidas preventivas e fiscalização. A proibição de vans e ônibus de turismo vai continuar. A barreira sanitária volta, se necessário. As praias vão estar liberadas, todos os ambulantes foram orientados. Nossa maior luta é contra a falta de consciência de algumas pessoas”, completou Suman. “O brasileiro quer viver mesmo que para isso precise morrer.”

fonte:BAND SP/ 02/01/2021

Bahia: Festa de empresário Joesley Batista em Praia do Forte deixa condomínio sem energia

 

Festa de Joesley em Praia do Forte causa sobrecarga e deixa condomínio sem energia
Foto: Reprodução/Booking

O empresário Joesley Batista, da JBS, promoveu uma festa que não acabou bem em uma casa no condomínio Village das Acácias, em Praia do Forte. O evento restrito sobrecarregou a rede de energia e deixou a localidade sem luz por cerca de cinco horas. 

 

A banda de Adriano Rezende foi contratada para se apresentar aos convidados, mas com cerca de 30 minutos de show a rede não aguentou e caiu. A festa não tinha gerador de energia.

 

Joesley Batista é casado com a jornalista baiana Ticiana Villas Boas. Informações do BN.

Economia: Tarifas do pedágio na BA-099 serão reajustadas a partir de 05/01; confira os valores




                 imagem:reprodução

As tarifas básicas do pedágio da BA-099, em Camaçari, vão ser reajustadas a partir da terça-feira (5). Segundo a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), a resolução número 59 estabelece o aumento de 2,44%, correspondente a readequação tarifária anual, prevista no contrato de concessão.

A rodovia é administrada pela concessionária Litoral Norte (CLN). A mudança de valores, informou a Agerba, foi readequada com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para cada categoria de veículo.

BA-099

O trecho administrado pela CLN tem 217 km de extensão, do Km 7,5 (ponte do Rio Joanes), divisa entre os municípios de Lauro de Freitas e Camaçari, até Jandaíra, na divisa com Sergipe. Além dessa área, os acessos às localidades de Arembepe, Praia do Forte, Porto de Sauípe, Baixios/Palame, Subaúma e Conde também são administrados pela concessionária.

Parte do contrato de concessão, a CLN oferece serviços de apoio e inspeção do trecho, atendimento a usuários em caso de emergências médicas e mecânicas iniciais. A concessionária é responsável ainda por manter a boa trafegabilidade da estrada concedida, com a realização de serviços de manutenção e conservação da rodovia.

fonte:Acorda Cidade c/adaptações 02/01/2021

Em Porto Alegre: Vereador dá aula de história ao se negar a cantar “hino racista” do Rio Grande do Sul

O vereador Matheus Gomes, da bancada negra do PSOL de Porto Alegre, deu
uma aula de história à sua colega, a vereadora Comandante Nádia, durante a 
posse, nesta sexta-feira (1º), sobre o conteúdo racista do Hino do Rio Grande do Sul.

A vereadora tentou passar uma descompostura em Matheus e seus colegas de bancada que não se levantaram durante a execução do hino. O vereador pediu uma questão de ordem e afirmou:

“Nós, como bancada negra, pela primeira vez na história da Câmara de Vereadores, talvez a maioria daqui que já exerceram outros mandatos não estejam acostumados com a nossa presença, não temos obrigação nenhuma de cantar um verso que diz: ‘povo que não tem virtude acaba por ser escravo’”, disse.

Matheus disse ainda ser historiador, “faço mestrado na UFRGS, a nossa instituição, a Universidade Federal, é uma das mais importantes do nosso estado, fruto da luta de muitos de nós aqui, já reconhece a não obrigatoriedade das pessoas terem que tocar o hino devido a esse conteúdo racista dele em solenidades oficiais e acho que seria muito importante a Câmara de Porto Alegre também começar a se perguntar sobe esse tema”.

Ao final, o vereador completou: “Nós não temos obrigação disso e nós precisamos fazer um movimento na sociedade pra reverter a existência de uma frase de cunho racista no Hino do Rio Grande do Sul”.

fonte:RevistaFórum- 02/01/2021

Caso 'Rachadinha': Defesa de Flávio Bolsonaro teve 3 reuniões com Receita, diz revista

 

Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (Edilson Rodrigues/Agência Senado)



A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) teve três encontros com integrantes da Receita Federal, nos dias 26 de agosto, 4 de setembro e 17 de setembro de 2020. As informações foram obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação pelo deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP). Elas foram publicadas na coluna do jornalista Guilherme Amado, da revista Época.

No primeiro encontro, estavam presentes as advogadas do senador Luciana Pires e Juliana Bierrenbach. Em 4 de setembro, compareceu apenas Juliana Bierrenbach. Já a reunião de 17 de setembro foi com o secretário da Receita, José Tostes Neto, e teve, além de Luciana, a presença do próprio filho 01 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Depois dos encontros na Receita, segundo a revista, Flávio ainda se reuniu com o diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados do governo (Serpro), Gileno Gurjão Barreto, em Brasília, no dia 29 de setembro de 2020. O objetivo seria pedir dados que corroborassem a tese de sua defesa.

As advogadas tentam levantar provas de uma suposta organização criminosa de funcionários da Receita Federal que teriam agido ilegalmente no acesso de dados sigilosos da movimentação financeira de Flávio.

“Rachadinhas”

Os encontros se relacionam com a defesa de Flávio no caso das “rachadinhas” em seu gabinete quando ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). De acordo com as investigações, o esquema consistia em assessores de Flávio na Alerj devolverem parte de seus salários. Ex-policial militar e amigo de décadas de Bolsonaro pai, Fabrício Queiroz é apontado como o operador do esquema.

O caso está sendo investigado pelo Ministério Público do Rio, que já ofereceu denúncia à Justiça. 

Uma pesquisa do Datafolha divulgada nesta sexta-feira (1º) mostra que 58% dos brasileiros consideram o senador culpado no episódio.

Em dezembro, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia determinou que a Procuradoria Geral da República (PGR) investigasse uma suposta elaboração de relatórios feitos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para orientar os advogados do filho do presidente.

fonte:Revista Fórum - 02/01/2021

SC: Ex-secretário do governo Dilma, Diogo Santana morre eletrocutado em Florianópolis


 (crédito: Reprodução/Facebook)

(crédito: Reprodução/Facebook)

O ex-secretário Executivo da Secretaria Geral da Presidência da República durante o governo da presidenta Dilma Rousseff, Diogo Santana, de 41 anos, morreu na noite da última quinta-feira (31/12), em Florianópolis. O advogado e professor sofreu uma descarga elétrica após encostar em uma cerca energizada.

O acidente aconteceu no bairro Barra da Lagoa. O socorro chegou a ser acionado, mas Diogo não resistiu e morreu ainda no local. Um inquérito policial será aberto na 10ª Delegacia de Polícia da região para apurar o que causou a eletrocussão.

O Instituto Geral de Perícias (IGP), ainda durante a noite, realizou uma análise inicial da residência em que o advogado morreu. Nos próximos dias, outra perícia mais ampla será realizada. Outros detalhes não foram divulgados.

Até a última atualização desta reportagem, o corpo do professor permanecia no Instituto Médico Legal (IML) de Florianópolis. Ainda não há informações sobre o sepultamento.

Ex-esposa lamenta a morte

A ex-esposa do advogado, a diplomata Livia Sobota, agradeceu por meio das redes sociais o carinho recebido nesse “momento inominável”. Ela conta que foi muito difícil dar a notícia aos filhos do casal, Gabriela e Caetano, “que acabaram de passar um Natal tão feliz com o pai”.

“No momento, estamos concentrados em chegar ao Brasil o mais rápido possível – de Bogotá, onde moramos –, e por isso responderemos as mensagens afetuosas de todos mais adiante. Devastados, enviamos um abraço a todos os familiares e amigos. Estamos juntos, como ele gostaria que estivéssemos. Choremos nossa dor com afeto e cuidado, sem abrir espaço para a covid-19. Chega de mortes”, observa ela.

Repercussão 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva emitiu uma nota de pesar em que ponderou que Diogo era um advogado brilhante e uma pessoa comprometida com um Brasil melhor, mais justo, humano e solidário.

"O nosso futuro perde uma pessoa com inteligência, conhecimento, ética e comprometimento com as causas sociais, com um Brasil que precisamos reencontrar nesses tempos difíceis. Meu abraço solidário e meus sentimentos aos filhos, familiares, amigos e alunos de Diogo Santana", escreveu Lula.

A ex-presidenta Dilma também se solidarizou com o luto da família e amigos de Diogo e se referiu ao colega como "indispensável" pela sua competência, cultura, dignidade e generosidade. "Sua morte trágica, ainda tao jovem, entristece a todos nos, que tivemos o privilegio de conviver com ele", disse. 

Aloízio Mercadante, ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo, empunhou a frase "Diogo, presente" ao se referir ao amigo de longa data como um "cometa que passou pela terra", em nota oficial da instituição.

"Sempre tinha uma palavra boa para dizer, um sorriso no rosto e uma questão para compartilhar. Mestre na arte de cultivar amigos. Tinha pés de algodão. Solidário, parava tudo para acudir os amigos. Teve uma vida dura", pontuou Mercadante. 

fonte:Correio Braziliense - 02/01/2021 14h:32min

Em Curitiba: Ex-jogador do Coritiba, Cleber Arado morre aos 47 anos vítima de Covid-19


                              foto:reprodução

O ex-jogador Cleber Arado morreu neste sábado (2), aos 47 anos, devido a complicações da Covid-19. Ele estava internado desde o dia 29 de novembro na UTI do Hospital de Reabilitação, na capital paranaense.

De lá para cá, Arado foi apresentando piora em seu quadro, segundo informações do site GloboEsporte.com. A situação foi ficando cada vez mais delicada nos últimos dias, quando ele precisou ser intubado e desenvolveu pneumonia pelo uso do respirador. Ele ficou em coma induzido, mas não resistiu.

Nascido em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, Arado começou a carreira no América-SP e se aposentou pelo time da sua cidade natal, o Rio Preto, em 2006. No Coritiba marcou o fim da década de 90 jogando de 97 até o início do ano 2000. Eles fez 45 gols e foi um dos nomes do time no título do Paranaense de 99, que acabou com um jejum de uma década.

O atacante também jogou pela Portuguesa, Guarani, Mogi Mirim e um pequena passagem pelo Ceará. No exterior defendeu o Kyoto Sanga, do Japão, em 1996/97 e o Mérida, da Espanha, em 1998, antes de voltar ao Coxa.

Por meio de uma redes social, o clube Paranaense lamentou a morte do ex-jogador. “Nação coxa-branca em luto. Coritiba se despede de um ídolo alviverde, Cléber Arado. Ficam as lembranças boas. Vá em paz, Cléber!  Obrigado por tudo!”, externou na publicação. Informações do Bahia.Ba

 

Feira: Prefeito Colbert diz que só depende de autorização do Estado para iniciar aulas

Colbert diz que só depende de autorização do Estado para iniciar aulas

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Depende de autorização do Governo do Estado através do seu Conselho de Educação, o retorno das aulas na rede municipal de ensino em Feira de Santana, afirmou na sexta-feira (1º) o prefeito Colbert Martins Filho (MDB), durante discurso na sessão solene da Câmara em que ele, o vice-prefeito Fernando de Fabinho (DEM) e os vereadores foram empossados, para o mandato de 2021 a 2024.

"Estamos com um desafio extremamente grande que é voltar às aulas, estamos vendo qual é a forma de fazer isso, não encontramos ainda a saída adequada, e estamos dependendo do Governo do Estado cujo o Conselho Estadual de Educação proíbe aulas presenciais até o princípio deste ano, mas estamos prontos para quando o Governo do Estado e o Conselho Estadual de Educação permitir que as aulas aconteçam, nós teremos aulas semipresenciais, temos computadores, temos estrutura, temos tudo que é necessário para começar as aulas, inclusive a partir da autorização dos pais e das mães, vamos fazer uma pesquisa que nos permita saber que os pais querem permitir que seus filhos frequentem as nossas escolas, mas estamos prontos para esse desafio”, disse.

Em seguida, sinalizou com a necessidade de uma pesquisa, que será feita pela Prefeitura, com pais e mães de alunos, para saber se eles querem que os filhos frequentem as escolas enquanto não há uma vacina para a Covid-19. Colbert lembra que na rede privada o ensino andou, mas foi paralisado na escola pública.
“Acho que talvez o impacto mais forte que a epidemia fez em Feira de Santana é um apagão educacional de 01 ano, nas escolas privadas, o ensino andou, não pararam as escolas privadas, e nós paramos a escola pública, está na hora da gente voltar e não permitir que esse lapso fique tão grande e que crianças fiquem em um atraso ainda maior, em relação ao que elas podem conhecer, ao que elas devam aprender."

fonte:Acorda Cidade 02/01/2020

Europa já se queixa de falta de vacinas contra Covid-19

                                           foto:Divulgação/BioNtech

 Menos de uma semana após o começo da vacinação em massa na União Europeia, fabricantes e governos já falam em falta de imunizantes.

 

A alemã BioNTech, que desenvolveu com a Pfizer a vacina que começou a ser aplicada na UE no último final de semana, diz que haverá "lacunas no fornecimento" até que outras opções sejam lançadas.

 

Em entrevista à publicação alemã Der Spiegel, o dono da empresa, Ugur Sahin, disse que o bloco europeu errou ao não aprovar outras opções.

 

O produto da Pfizer/BioNTech é o único aprovado até agora pela União Europeia, decisão tomada no final de dezembro, depois dos Estados Unidos, do Canadá e do Reino Unido.

 

Além de começaram antes a receber e usar o imunizante da Pfizer, esses países também já aprovaram outras vacinas, como a Oxford-AstraZeneca e a Moderna. A aprovação pela agência regulatória UE da vacina da Moderna é esperada para a próxima quarta (6).

 

À Spiegel, Sahin afirmou que o processo de encomenda da União Europeia "certamente não foi tão rápido e suave como o de outros países". Segundo ele, em julho os EUA já haviam encomendado 600 milhões de doses, enquanto a UE pediu, em novembro, a metade disso.

 

Os 300 milhões de doses, quando fornecidos, permitem vacinar 150 milhões de pessoas, ou um terço da população do bloco.

 

A BioNTech tenta acelerar a inauguração de uma nova fábrica na Alemanha, para produzir 250 milhões de doses ainda no primeiro semestre de 2021.

 

Ozlem Tureci, diretora médica da empresa e mulher de Sahin, afirmou que a empresa já fez acordo com cinco fabricantes europeus para aumentar a produção, e negocia com outros. A BioNTech diz que só em janeiro poderia estimar sua capacidade de entrega de imunizantes.

 

Além de eventuais atrasos nas encomendas e autorizações, o programa de vacinação europeu é dificultado pela própria tecnologia necessária para armazenar e transportar produtos como os desenvolvidos pela Pfizer e pela Moderna.

 

Por causa da tecnologia empregada, as vacinas precisam ser conservadas em cerca de menos 70 graus Celsius, o que exige equipamento especial. Depois de descongeladas, suportam no máximo cinco dias em geladeiras comuns (o imunizante da Oxford, que usa outra técnica, pode ser armazenado em refrigeradores normais, entre 2 e 8 graus Celsius).

 

Nos primeiros dias de vacinação com o produto da Pfizer/BioNTech, países como Espanha e Alemanha relataram problemas nessa logística, que provocou atrasos na imunização.

 

A falta de vacina tem sido alvo de queixas até mesmo na Alemanha, onde ela é fabricada, segundo o Ministério da Saúde. O país recebeu 1,3 milhão de doses até agora, mas parte dos postos de vacinação suspendeu serviços por falta de produto, segundo o órgão.

 

Desde domingo, 130 mil pessoas foram imunizadas na Alemanha. Os números são bem mais modestos em outros países da UE: 8.300 na Itália e apenas 322 na França.

 

Sob críticas, o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou em seu pronunciamento de fim de ano na TV que não permitiria "lentidão injustificada" da vacinação. O governo, que planejava imunizar profissionais de saúde apenas em fevereiro, anunciou que os com mais de 50 anos receberão a injeção a partir desta segunda (4).

 

No Reino Unido, o governo estuda mudar a estratégia de uso das vacinas Pfizer/BioNTech, dando apenas uma dose a mais pessoas, em vez de duas doses, que levariam a um número menor de imunizados.

 

Os responsáveis pelo programa citam relatório publicado na quinta (31) pelo Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização do Reino Unido, que afirma que a primeira dose garante "proteção substancial, em particular para Covid-19 grave, dentro de 2 a 3 semanas de vacinação".

 

De acordo com eles, imunizar o dobro de pessoas e atingir até 70% de proteção é preferível, em termos de saúde pública, a dar duas doses a menos gente, e garantir a elas um pequeno aumento na proteção.

 

Segundo o governo britânico, a capacidade de fornecimento dos fabricantes é um fator limitante e a escassez de vacinas Covid-19 continuará a ser um problema por vários meses.

 

Segundo o sistema nacional de saúde, 1 milhão de pessoas já recebeu a primeira injeção da vacina. O país aprovou nesta semana também a vacina da Oxford-AstraZeneca, mas o lote inicial será de 530 mil vacinas.

 

Já na Hungria as queixas de falta de vacina se dirigem ao imunizante russo, Sputnik V. Em entrevista a uma emissora húngara, Gergely Gulyas, chefe de gabinete do primeiro-ministro Viktor Orban, afirmou que a Rússia "não tem capacidade de produção suficiente".


fonte: fOLHAPRESS/ 02/01/2020 09H:36MIN.