O país vive um momento político e economicamente
delicado, no que se refere às incertezas que o governo Dilma repassa a
sociedade. A indefinição do controle da inflação, o aumento das tarifas de
serviços, os cortes no orçamento em áreas essenciais como a Educação, operação
“Lava Jato”, e o gerenciamento de sua base política nos apresenta um quadro de
instabilidade que vão de encontro aos projetos, obras e execução orçamentária,
principalmente nas áreas de infraestrutura que foram pautadas e defendidas na
última campanha eleitoral de 2014 pela Presidente.
Após o processo da redemocratização
do Brasil, no início da década de 1980, e da assunção de José Sarney à
Presidência, em 1985,ao segundo mandato da presidente Dilma, os seis ocupantes do
Palácio do Planalto foram feitos reféns da chamada “base aliada” comandado pelo
PMDB.
Sempre como maior partido, líderes
extremamente experientes e habilidosos, o PMDB ao longo dessa três décadas,
esteve em todos os cargos mais importantes da república e continua com o
apetite voraz em ampliar sua atuação no governo da presidente Dilma,
principalmente no atual cenário, prova disso, foi a repentina mudança do discurso
do Presidente da Câmera Deputado Eduardo Cunha com relação ao planalto, após um
jantar restrito e a nomeação do Henrique Alves para o ministério do Turismo.
Jantar esse que contou com a presença do ex-governador da Bahia Jaques Wagner, inclusive,
Dilma, pagou caro em não colocar Wagner na linha de frente de sua articulação
política e teve de ceder ao seu Vice-Presidente e presidente do partido Michel
Temer fazer um papel que caberia a ela designar logo no início desse segundo
mandato.
Na Bahia, o partido comandado pelos
irmãos Vieira Lima, após participar ativamente da eleição e governo de Wagner, foi
para oposição antes do término do 1º mandato do então governador, e teve um
papel fundamental na eleição de ACM Neto a Prefeitura da Capital, em 2012, e
quer ampliar esse papel para as principais cidades do interior da Bahia nas
eleições municipais do ano que vem, e prova disso foi as recentes investidas aos
nomes de petistas conhecidos no Estado, dentre esses, o do ex-Prefeito de Irecê
José das Virgens que admitiu o convite do partido e para refrescar nossa
memória, não foi o presidente Lúcio que em entrevista a emissoras de rádio da
cidade não citava o nome de Zé das Virgens na campanha de 2008 a Prefeitura de
Irecê? Aliás, em 2016, a sucessão do Prefeito Luizinho Sobral(PTN) vai passar mais
uma vez pelo PMDB, leia-se, o ex-Prefeito Adalberto Lélis e a atual vice
Dorinha Lélis.
Contemplamos um cenário não muito
promissor para o Estado brasileiro, tendo em vista que o partido da presidente
Dilma está acuado, o planalto necessitará cada vez mais do Congresso e
consequentemente do PMDB, e vamos ver e ouvir muito falar de reforma
política,tributária, mas, sem ações concretas, pois, é necessário primeiro,
mudar o perfil do nosso eleitorado nas eleições em todos os níveis.
Jorge Luiz
Pedagogo