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sexta-feira, 9 de julho de 2021

CPI da Covid-19: Pressão por compra da Covaxin veio do Planalto, diz revista

Braga Netto e Jair BolsonaroIgo Estrela/Metrópoles

A convocação dos dois ministros foi cogitada em uma reunião informal entre integrantes da cúpula da CPI, mas a iniciativa foi rechaçada. As informações são da revista Veja.

Na quarta-feira (7/7), o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), fez críticas a um grupo de militares acusados de envolvimento em corrupção nas negociações de vacinas.

“Os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia. Fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”, disse Aziz.

Em rápida reação, Braga Netto, em conjunto com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, divulgou uma nota atacando o presidente da CPI. Na manifestação, eles dizem que “não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”.

Envolvimento de militares

De acordo com a revista, os dois informantes abasteceram a CPI com dados sobre as transações do empresário Francisco Emerson Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, e encaminharam detalhes da reunião sobre a cláusula do seguro que permitiria a venda de vacinas pela Pfizer e pela Janssen. Eles também apontaram que personagens do Palácio do Planalto teriam atuado diretamente no caso.

Um dos informantes da comissão contou que, na gestão do general Eduardo Pazuello na Saúde, questões estratégicas sobre vacinas eram debatidas diretamente entre Braga Netto e o grupo do então secretário-executivo da pasta, Elcio Franco. Segundo ele, as ordens eram repassadas como na hierarquia militar, do general para o coronel da reserva sem questionamentos. O processo teria continuado sem percalços quando Ramos substituiu Braga Netto na Casa Civil.


Apesar de não falar expressamente que tenha havido corrupção dos militares no caso da Covaxin, o informante insinua que apadrinhados de políticos tinham carta branca na pasta. Um deles seria Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, que prestou depoimento na quarta-feira (7/7) à CPI e recebeu ordem de prisão do presidente da comissão por supostamente mentir ao contar sua versão sobre a acusação de que cobrou propina de um atravessador que dizia negociar em nome da AstraZeneca.

Ferreira Dias atribuiu a Elcio Franco a coordenação de todo o processo de compra de vacinas, inclusive da Covaxin.

No total, os cinco informantes já forneceram documentos, cópias de contratos sigilosos e fotografias de personagens implicados em compras suspeitas de vacinas para a Covid. Três deles, funcionários terceirizados do Ministério da Saúde, temem ter a identidade exposta e sofrer represálias.

Um quarto informante, funcionário de carreira, ainda não concordou em prestar informações publicamente, como fez Luis Ricardo Miranda, o servidor responsável pelo setor de importações do Ministério da Saúde que disse ter sido alvo de pressões indevidas para favorecer a compra da Covaxin.

fonte:Metrópoles - 09/07/2021 11h:45min

Ex-governador do Rio vai entregar dossiê que preocupa governo Bolsonaro

 

                                                      foto:reprodução

Afastado do cargo por suspeitas de corrupção na saúde, o ex-governador do Rio Wilson Witzel promete entregar à CPI da Pandemia em audiência fechada um dossiê que preocupa o governo Bolsonaro. VEJA teve acesso a 74 contratos que relacionam 27 empresas. Destes, 21 foram fechados sem concorrência pública nos últimos dois anos, inclusive com companhias investigadas por outras irregularidades, e envolvem um total de 60,2 milhões de reais. Nos demais, o que chama atenção é a quantidade de aditivos agregados aos contratos originais no decorrer do atual governo: 82. Segundo a defesa de Witzel, os fatos a serem revelados "são gravíssimos e envolvem muitas pessoas e autoridades". Informações de Veja.com
 

TSE afasta presidente do Patriotas e filiação de Bolsonaro fica mais distante


                                  foto:reprodução

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou a convenção nacional do Patriota que decidiu pelo afastamento de Adilson Barroso da presidência do partido.

A corte tornou oficial a substituição na direção nacional da legenda pelo vice-presidente, Ovasco Resende, que presidirá a sigla de forma interina, por 90 dias.

Nesse período, o conselho de ética do Patriota avaliará as medidas que Barroso tomou como preparação para viabilizar a entrada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seu grupo político.

O senador Flávio Bolsonaro (RJ), filho mais velho do mandatário brasileiro, assinou a ficha de filiação no final de maio deste ano.

A decisão tomada pelo ministro Edson Fachin e assinada pelo ministro Luís Roberto Barroso, pode dificultar os planos de filiação de Bolsonaro e sua família à agremiação. 

Os membros do Patriota alegam na ação que Adilson Barroso realizou mudanças irregularmente no partido para atender Bolsonaro. O grupo liderado pelo vice-presidente é contrário a ceder espaço a aliados do presidente e entregar os comandos de diretórios estaduais, como São Paulo e Rio de Janeiro, à família Bolsonaro.

fonte:atardeonline - 09/07/2021

Corregedor do Ministério Público orientou procuradora sobre apuração contra promotor que a investigava na Faroeste

RIO DE JANEIRO, RJ, E  SP (FOLHAPRESS) - O corregedor nacional do Ministério Público, Rinaldo Reis Lima, orientou a ex-procuradora-geral da Bahia Ediene Lousado, investigada na Operação Faroeste, sobre a possibilidade de o órgão abrir uma apuração contra um promotor que atuava no caso.

As informações constam em denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), que acusa Ediene de ter praticado os crimes de advocacia administrativa e violação de sigilo funcional e também de ter integrado organização criminosa.

Sua defesa sempre negou que ela tivesse cometido irregularidades.

Segundo a denúncia, assinada pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, Ediene atuou para favorecer pessoas investigadas em apurações relacionados ao suposto esquema, inclusive repassando dados sobre interceptações telefônicas.

Principal operação sobre venda de decisões judiciais do país, a Faroeste se ramificou em investigações que envolvem outros Poderes além do Judiciário e ajudou a desmontar um suposto esquema que envolvia empresários, advogados e agentes públicos que operavam para interessados.

Ediene foi alvo de busca e apreensão no ano passado, no âmbito da Faroeste, já depois de deixar o cargo de procuradora-geral da Bahia. Ela também foi afastada do Ministério Público. A denúncia é recheada de conversas que ela teve em aplicativos de mensagens.

Segundo a Procuradoria, a partir dessas conversas "percebe-se que Ediene Lousado possuía duas preocupações centrais: o avanço da Operação Faroeste e o monitoramento da atividade funcional do Promotor de Justiça João Paulo Schoucair, cedido para atuar como membro auxiliar do procurador-geral da República nos casos envolvendo ações penais originárias no Superior Tribunal de Justiça".

Em uma conversa com outro procurador, Ediene disse que estava acompanhando de perto o trabalho de Schoucair e que queria saber o que ele "está colocando nessa investigação contra mim".

"Quero ir ao STJ. Quero me blindar", disse também ao colega, em conversa interpretada pelo Ministério Público Federal como tentativa de interferência na investigação.

Em outra ocasião, a procuradora de Justiça afastada faz relatos sobre uma representação apresentada junto ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) contra Schoucair, assinada por uma pessoa fictícia. A procuradora queria que o promotor fosse investigado com base nesse documento. A denúncia da PGR não informa qual o teor dessa representação.

Mas, como a representação era assinada por uma pessoa que não tinha identidade e endereços válidos, ela seria arquivada pela Corregedoria do CNMP. Ediene procura, então, o corregedor Rinaldo Reis, para achar meios de uma apuração ser aberta.

Ela questiona ao corregedor, segundo as capturas de tela apresentadas na denúncia, se a Corregedoria Nacional apuraria o fato se ele saísse na imprensa. Informa que estaria sendo ameaçada.

Rinaldo responde: "Sim. Melhora bastante [se sair na imprensa]. Mas não apareça nisso de jeito nenhum!!!".

Procurado pela reportagem, Rinaldo confirmou que foi procurado por Ediene para saber informações sobre uma representação protocolada na Corregedoria. Ele afirmou que informou à colega as falhas na documentação.

"Ela veio me dizer algo que estava ocorrendo na Bahia que ninguém apurava. Disse a ela que se alguém representasse, eu apurava. Depois, ela me perguntou sobre a representação. Disse que havia um problema de documentação", disse o corregedor.

Ele disse que o caso -sobre o qual declarou não se lembrar detalhes- foi arquivado em razão das falhas. "Em nenhum momento o procedimento-padrão do CNMP deixou de ser observado", afirmou Rinaldo.

O corregedor afirmou não considerar errado caso a procuradora afastada tenha usado o nome de outra pessoa para fazer a representação.

"Qualquer pessoa que saiba de qualquer infração disciplinar pode ligar para a Corregedoria, falar com o corregedor. Às vezes ela não quer aparecer, pergunta como fazer uma denúncia anônima. Eu instauro diversas investigações em notícias que saem em jornais, blogs, televisão", disse ele.

Ele também discordou da interpretação dada pela PGR de que a atuação da Corregedoria poderia "perturbar e impedir a produção de provas". "Pelo que me lembre, o assunto não era nada que geraria uma punição grave, apenas uma advertência", declarou.

Rinaldo afirmou ainda que orientou Ediene a não se vincular à denúncia, caso o assunto fosse levado à imprensa, para não prejudicá-la na tentativa de obter uma cadeira no CNMP. À época, o nome dela estava em discussão no Senado.

"Ediene estava num momento em que seria sabatinada no Senado. Disse a ela que não seria bom ela aparecer como alguém que estava denunciando um colega. Como uma candidata que precisa do apoio da classe, apareça como alguém que faz representação disciplinar contra um colega", disse.

O corregedor afirmou que não sabia que a procuradora era alvo de investigação no momento em que eles trocaram mensagens.

Também procurado, o advogado de Ediene Lousado, Milton Jordão, afirma que a defesa ainda não tomou conhecimento do teor da denúncia, que está sob sigilo, e não se manifestará.

A denúncia da PGR também afirma que a ex-procuradora-geral de Justiça atuou para blindar investigados da Operação Faroeste, como o ex-secretário de Segurança Pública da Bahia Maurício Barbosa, a desembargadora afastada Maria do Socorro Barreto Santiago e o empresário Adailton Maturino, conhecido como "falso cônsul".

Eles também foram denunciados pela PGR, sob outras acusações. A defesa de todos sempre negou que tenham cometido qualquer irregularidade.

Ano passado, Ediene ficou conhecida pela relação com Carlos Rodeiro, o "joalheiro das celebridades", também investigado na Faroeste.

Rodeiro foi alvo de busca e apreensão sob suspeita de que suas joias eram um meio de lavar dinheiro do suposto esquema de venda de sentenças e também de que subornava autoridades.

Em seu celular, os investigadores encontraram diversas conversas com Ediene Lousado. Ela entregou, em uma viagem para Brasília, um colar de Rodeiro de presente para a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Para a investigação, uma "sistemática que aparenta possível tentativa de cooptação da máxima autoridade do Ministério Público brasileiro, responsável, em última instância, pelo desfecho da Operação Faroeste".

"Raquel amou o presente! Depois te mando as fotos", disse Lousado antes de enviar uma imagem com Dodge usando o colar. Depois, Lousado pede a Rodeiro que lhe faça uma transferência bancária porque estava "precisando muito".

Rodeiro sempre negou irregularidades. Disse no começo do ano à reportagem que Ediene é "uma amiga muito querida". Ele também confirmou que presenteia artistas, celebridades e personalidades com suas joias, mas destaca que não se tratam de joias de valor e servem para divulgar seu trabalho.

FONTE: FOLHAPRESS - 09/07/2021 08H:31min.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Salvador: Prefeitura anuncia retorno de funcionamento de teatros, quadras, campos públicos, e parques de diversão


                                  Largo do Pelourinho - centro histórico -foto:Michele Rocha

A Prefeitura de Salvador anunciou, na noite desta quinta-feira (8), que a capital passará para a fase verde no planejamento de retomada após as restrições por conta da pandemia de covid-19. A decisão foi tomada após entendimento entre o prefeito Bruno Reis e o governador Rui Costa, ocorrido nesta quinta-feira (8). As informações estarão publicadas no Diário Oficial do Município (DOM). 

 
A gestão municipal iniciou a retomada no começo de abril, com retorno escalonado das atividades econômicas em Salvador. Em maio, a capital entrou na fase amarela, quando os setores que já estavam abertos, mas funcionavam apenas por cinco dias consecutivos, receberam autorização para operar os sete dias da semana, nos mesmos horários. 

A partir de agora, com  a fase verde, já retomam o funcionamento em horário livre e todos os dias: teatros, quadros e campos públicos municipais e parques de diversão. Os parques públicos podem funcionar, mas de segunda a sábado. As praias também poderão ser abertas por mais um dia, ou seja, o público pode frequentar de segunda a sábado, igualmente sem restrição de horário - exceto a praia do Porto da Barra, que estará aberta de terça a sábado.

Também voltam a funcionar centros culturais, museus e galerias de arte, das 10h às 20h; espaços de eventos sociais (casamentos, aniversários, bodas, formaturas e afins), espaços de eventos infantis e circos, das 10h às 23h.

Passam a funcionar em novos horários: comércio de rua, das 9h às 19h; shoppings centers, centros comerciais e semelhantes, das 10h às 22h; e restaurantes, bares, pizzarias, temakerias e similares, das 11h às 23h30.

Além disso, contribuiu para a ação o novo decreto estadual do toque de recolher, que passa a valer da 0h às 5h.

 
Nesta quinta-feira, a taxa de ocupação de leitos de UTI covid na capital é de 58%, mesmo número da vacinação do público alvo da capital. A taxa de ocupação total de leitos em Salvador, incluindo UTIs e enfermaria covid tanto adulto quanto pediátrica é de 54%. Já na Bahia, a taxa de ocupação de leitos de UTI adulto é de 67%, com 1.062 leitos ocupados. O estado conta neste momento com 1.588 leitos. Já a ocupação dos leitos de enfermaria adulto é de 47%, com 784 leitos ocupados entre os 1.653 disponíveis nesta quinta-feira.Leia também: Salvador retoma vacinação com pessoas a partir de 40 anos nesta sexta (9).



Fonte:Correio da Bahia - 08/07/2021 21h:37min.

Viúva do miliciano Adriano da Nóbrega fecha delação premiada com MP-RJ

 

Viúva de Adriano da Nóbrega fecha delação premiada com Ministério Público
Foto: Reprodução/Metrópoles

Já aceita pelos promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro, o acordo de delação premiada da viúva do miliciano Adriano da Nóbrega, assassinado na Bahia em 2020, está, agora, focada em tratar de anexos específicos sobre homicídios cometidos por organizações criminosas no RJ. Segundo publicação do colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, Júlia Emílio Mello Latufo está negociando há algumas semanas com os promotores, tendo como seu advogado o ex-senador Demóstenes Torres, que voltou a advogar. 

 

Segundo a publicação, Júlia Lotufo viveu um relacionamento amoroso por 10 anos com Adriano da Nóbrega e chegou a acompanhá-lo até a Bahia. Ela ficou foragida e teve a prisão preventiva decretada, mas a punição foi reduzida a prisão domiciliar.

 

Antes da morte de Nóbrega, ela trabalhou na Subdiretoria-Geral de Recursos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Agora, ela responde a um processo da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital do RJ, por organização criminosa e lavagem de dinheiro.  

 

Com a morte do marido, segundo esse processo, coube a ela cuidar do espólio de atividades ilegais de Adriano. Ela foi denunciada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ), e nesse processo consta um documento da contabilidade dos negócios ilegais de Adriano. Essa planilha foi obtida na quebra do sigilo telemático da viúva.

 

A reportagem aponta que partiu de Júlia a iniciativa de fazer contato com os investigadores. Ela procurou inicialmente a Polícia Civil. O secretário de Polícia Alan Turnowski procurou o MP do Rio com o objetivo de fazer uma reunião da defesa de Júlia com a promotora Simone Sibílio, responsável pela investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Este encontro ocorreu há algumas semanas, e Sibílio se interessou sobre as informações que Júlia tinha a fornecer sobre o caso Marielle.

 

A defesa de Júlia foi encaminhada para outra área do Ministério Público, que investiga a participação de milicianos em assassinatos de aluguel – mortes como as cometidas pela organização criminosa Escritório do Crime. O MP-RJ foi envolvido na negociação e tudo caminha para que na semana que vem haja a homologação.

 

Ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega foi apontado pela Polícia Civil do Rio como chefe da milícia de Rio das Pedras e da Muzema, na Zona Oeste Rio. O PM era amigo de Fabrício Queiroz e foi homenageado por Flávio Bolsonaro com a Medalha Tiradentes. A mãe e a ex-mulher de Adriano, Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Costa, chegaram a ser lotadas no gabinete de Flávio na Alerj. Nóbrega foi assassinado em um confronto com policiais na Bahia, em 9 de fevereiro de 2020, após ficar escondido em uma propriedade na zona rural de Esplanada, cidade a 160 km de Salvador.


Fonte: BN -08/07/2021 20h:22min.

Bolsonaro e presidente argentino se desentendem em reunião do Mercosul

 BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - Em uma reunião virtual marcada pela fricção entre as partes e uma transmissão fragmentada, Brasil e Argentina se enfrentaram nesta quinta-feira (8) e deixaram claras suas diferenças a respeito da redução da TEC (Tarifa Externa Comum) e da flexibilização de regras comerciais do Mercosul.

Brasil e Uruguai defendem uma redução radical da tarifa, enquanto a Argentina prefere uma redução gradual e menor, evitando aplicá-la ao setor industrial, pelo menos até janeiro. O Brasil insiste que o bloco deixe de ser guiado por "questões ideológicas".

A Argentina também se opõe à proposta lançada pelo Uruguai, e que conta com apoio dos demais países, de que os membros do Mercosul sejam liberados para negociar tratados comerciais de forma independente. Outro ponto de atrito entre os participantes é a necessidade de que qualquer alteração no acordo seja feito por consenso.

O Brasil assume agora a presidência pro-tempore do bloco. Nos últimos seis meses o cargo estava com a Argentina.

Em seu discurso, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou que no mandato argentino "não se avançou na modernização" do Mercosul, e que não seria possível deixar que o bloco "continue sendo sinônimo de ineficiência".

"Precisamos superar essa imagem negativa", afirmou. Também defendeu a eliminação de tarifas.

"Queremos e conseguiremos uma economia mais integrada ao mundo. Não podemos patinar na consecução desses objetivos, precisamos dar entregas à população, eliminar entraves e entregar produtos mais baratos", afirmou.

Para o mandatário brasileiro, a persistência de impasses e a necessidade de consenso para mudanças nas regras do Mercosul são um problema, especialmente quando países associados têm o que chamou de "visões arcaicas" sobre a natureza do bloco e sobre o protecionismo –um claro recado para a posição argentina a respeito das propostas.

"Isso alimenta sentimentos de ceticismo no mercado internacional", disse.

Ele criticou mais uma vez a argentina, dizendo que "o semestre que se encerrou não apresentou resultados concretos".

Bolsonaro ainda cometeu uma gafe no início de sua fala. Ao referir-se à "presidência brasileira" do bloco, disse "pandemia brasileira".

O encontro virtual teve como anfitriã a Argentina. O presidente do país, Alberto Fernández, abriu o encontro com uma transmissão a partir da Casa Rosada lembrando os 30 anos do bloco, celebrados neste ano, e evocando as suas "regras fundacionais".

"São regras, e abandonar o consenso entre os países para negociar por fora significa descumprir as regras", disse. Ele se referia à decisão manifestada pelo governo uruguaio, nesta quarta-feira (8), de buscar acordos fora do Mercosul, embora sem abandonar o bloco.

"A globalização em que acreditamos é uma globalização mais regionalizada, que fortaleça as cadeias regionais de produção, e queremos mais cadeias regionais, e não menos", disse o argentino.

Fernández olhava para baixo, com expressão de irritação e cansaço.

Ele reiterou que a redução da TEC tem de partir de um consenso. "Esse é o DNA do bloco, não podemos esquecer essa lei fundacional principalmente num contexto global de incertezas".

Com relação a flexibilizações, foi bastante enfático: "A lei do Mercosul afirma que negociações devem iniciar-se e concluir-se em matéria conjunta. Nós seguiremos apoiados nessa lei".

E terminou afirmando: "Ninguém se salva sozinho".

O presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, afirmou que não pretende descumprir as regras do bloco, como insinuou Fernández. "Vamos respeitar o ordenamento jurídico vigente, mas este não nos impede de avançar em negociações também com outros países", disse.

"O mundo vai rápido e temos pressa. Espero que possamos ir todos juntos".

Ele afirmou que a ideia de consenso da fundação do Mercosul pode e deve ser modernizada, de comum acordo, porque o contexto é outro e não há porque manter a leitura da regra como ela foi escrita há três décadas.

Lacalle Pou também disse que não discordava de Fernández quanto ao objetivo, que o Mercosul criasse mais ofertas de emprego. "Nós também queremos, mas talvez tenhamos estratégias diversas", afirmou, acrescentando que o Uruguai tem uma "vocação de abertura".

Novamente, como havia feito no encontro comemorativo dos 30 anos, afirmou que a lentidão com a qual se avança com o acordo do Mercosul com a União Europeia "gera ceticismo e desconfiança".

Também apontou para o problema de manter as fronteiras entre os países fechadas por muito tempo, devido à pandemia. "Temos que pensar em como abrir e em transformar o trânsito livre em oportunidades".

Em sua fala, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, afirmou que vê o Mercosul "integrado por quatro membros, não três ou dois". E também mostrou preocupação de que a cúpula termine com imagem de retrocesso. "Precisamos fazer o possível para evitá-lo".

Abdo propôs um encontro presencial mais urgente para resolver as diferenças. "As reuniões virtuais foram um mecanismo necessário, mas sinto que para avançar na nossa discussão será necessário um encontro presencial, com um abraço fraterno entre todos", disse.

Em sua fala, Bolsonaro também afirmou que deseja que a próxima reunião, no fim do ano, se realize de modo presencial, no Brasil.

Abdo ainda fez uma reclamação ao mecanismo Covax, porque estes não estariam cumprindo com o acordado com o Paraguai. "Precisamos de um maior volume de vacinas, de modo mais rápido", afirmou.

O Paraguai enfrenta uma curva acentuada de alta de casos de coronavírus. O mandatário agradeceu as doações dos governos do Chile e da Argentina, e também a Bolsonaro pelo envio de oxigênio medicinal.

Os países optaram por não mostrar uma transmissão conjunta da reunião –cada governo divulgou por meio de seus canais oficiais apenas a fala de seu mandatário, sinalizando a crise que afeta o bloco.

O Paraguai optou por não divulgar a intervenção de Abdo em sua totalidade. A assessoria de imprensa da Presidência do país enviou à imprensa comunicado sobre a participação do país.

Já o Uruguai tentou transmitir a fala de seu presidente, mas por problemas de conexão apresentou apenas a imagem de Luis Lacalle Pou, sem seu áudio. A questão foi resolvida posteriormente.

No final de sua fala, Bolsonaro ainda cutucou a Argentina a respeito da final da Copa América, quando o país encara o Brasil.

"Queria dizer que a única rivalidade entre Brasil e Argentina nós vamos ver no próximo sábado no Maracanã. E vou adiantar o resultado, vai ser 5 a 0”, disse.  

Fonte: FOLHA - 08/07/2021 20h:18min.

Saúde: Variante delta do coronavírus pode driblar parcialmente anticorpos de curados e vacinados, diz estudo

 

Variante delta do coronavírus pode driblar parcialmente anticorpos de curados e vacinados
Foto: Reprodução/Pixabay

A variante delta do coronavírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19, consegue escapar da ação de alguns anticorpos que o organismo produz após infecção ou vacinação. O vírus também é capaz de driblar alguns anticorpos monoclonais, proteínas feitas em laboratório para combater o invasor.
 

O estudo que traz os resultados, publicado nesta quinta-feira (8) na revista científica Nature, mostra que uma maior vigilância é necessária para conter a variante, recentemente detectada na cidade de São Paulo.
 

A delta foi registrada pela primeira vez na Índia e é apontada como a principal responsável pelo surto de Covid-19 que abalou o país asiático no início deste ano, com recordes sucessivos de casos e mortes causadas pela doença. Dados do Reino Unido e dos Estados Unidos mostram que ela já é a principal fonte de novas infecções nos países.
 

Evidências recentes já indicavam que a variante delta é mais transmissível do que as outras, pode gerar sintomas ligeiramente diferentes e também pode levar a mais hospitalizações. Ainda não se sabe se a delta pode causar mais mortes.
 

Os cientistas isolaram o vírus a partir de uma amostra de secreção nasal de um paciente infectado pela variante delta e o replicaram em laboratório. Depois, passaram a fazer tentativas de neutralizar o patógeno usando os anticorpos monoclonais ou o soro de 103 pessoas que tiveram a doença. Os pesquisadores também testaram o soro de 59 pessoas que receberam as vacinas da Pfizer/BioNTech ou da AstraZeneca/Oxford.
 

A neutralização acontece, via de regra, quando os anticorpos conseguem se conectar a uma das estruturas que o vírus usa para entrar na célula e, assim, impedem uma infecção. Um alvo comum dos anticorpos para combater o Sars-CoV-2 são as espículas que revestem o vírus.
 

No experimento, o soro convalescente (dos curados) foi cerca de quatro vezes menos potente contra a variante delta do que contra a alfa (primeiramente registrada no Reino Unido). "A variante delta demonstrou uma resistência maior à neutralização dos anticorpos de pessoas que tiveram a doença e não se vacinaram, especialmente após um ano da infecção", escrevem os autores.
 

O achado reforça o resultado de uma outra pesquisa publicada em junho no periódico científico Cell por um grupo internacional de cientistas, que mostrou um aumento nas chances de uma segunda infecção pelo vírus desde o surgimento da variante delta.

 

"Os dados mostram que essa variante tem uma maior facilidade para infectar as células humanas. Isso quer dizer que os anticorpos produzidos em uma infecção com outra variante do vírus não são capazes de nos proteger adequadamente contra a delta", diz a microbiologista Viviane Alves, professora do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (ICB/UFMG) que não esteve envolvida na pesquisa.
 

Os anticorpos de pessoas vacinadas com apenas uma dose das vacinas da Pfizer/BioNTech ou da AstraZeneca/Oxford também foram pouco eficientes contra o Sars-Cov-2. Após a segunda dose, a resposta imunológica se fortaleceu, mas a variante delta se mostrou mais resistente a essa reação do que outras variantes, como a alfa e a beta (registrada pela primeira vez na África do Sul).
 

Ambas as vacinas demonstraram taxas de eficácia estimadas maiores do que 60% contra a variante após a vacinação completa, mostrando que os imunizantes ainda são a melhor forma de prevenção e combate à pandemia. "Mas é muito importante que sejam tomadas as duas doses da vacina", lembra Alves.
 

Segundo o Instituto Butantan, há indícios de que a Coronavac funciona contra a variante delta, mas novos estudos são necessários.
 

Um estudo divulgado pela Janssen, cuja vacina contra Covid é aplicada em apenas uma dose, mostrou que o imunizante mantém a eficácia contra a delta. Os dados estão disponíveis no formato pré-print (ainda sem revisão por outros cientistas).
 

O soro de pessoas que tiveram a Covid-19 e se vacinaram é o que carrega os anticorpos mais fortes contra o vírus, diz o estudo publicado na Nature nesta quarta.
 

Os cientistas testaram ainda os anticorpos monoclonais bamlanivimabe (LY-CoV555) e etesevimabe (LY-CoV016), produzidos pela farmacêutica americana Eli Lilly; o casirivimabe (REGN10933) e o imdevimabe (REGN10987), produzidos pela também americana Regeneron. O bamlanivimabe não funcionou contra a variante, e os demais permaneceram com alguma ação contra o vírus.
 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou em abril o uso emergencial do Regen-Cov, da Regeneron. Trata-se da combinação dos remédios biológicos casirivimabe e imdevimabe. No mês seguinte, deu aval ao pedido de uso emergencial no Brasil do medicamento que combina o banlanivimabe e etesevimabe, desenvolvido pela empresa Eli Lilly.
 

As quatro formulações já tinham recebido autorização de uso emergencial nos Estados Unidos.
 

Para Alves, da UFMG, os dados tornam cada vez mais claro que as medidas de proteção contra a Covid-19 --como uso de máscara, distanciamento, higiene das mãos e vacinação completa-- devem ser intensificadas, mesmo por aqueles que já receberam a vacina.


Fonte: BFOLHAPRESS - 08/07/2021 15h:15min.

Faroeste: Desembargadora do TJ-BA Sandra Inês Rusciolelli cita SSP em delação homologada

                                      foto:divulgação


A delação da desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Sandra Inês Rusciolelli, e de seu filho Vasco Rusciolelli, já foi homologada pela Justiça. A informação consta em uma nota de rodapé da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República contra 16 envolvidos na Operação Faroeste (saiba mais aqui), que apura um esquema de venda de sentenças ligadas à grilagem de terras no Oeste baiano. Entre outras informações prestadas, Sandra Inês delatou o ex-secretário de Segurança Pública do Estado (SSP-BA), Maurício Barbosa, um dos denunciados.

 

Barbosa, que deixou a SSP em dezembro passado após ser alvo da Operação Faroeste (veja aqui), é acusado de integrar a suposta organização criminosa composta por desembargadores da Corte e de atuar para "impedir e embaraçar" investigação contra a tal organização. São os mesmo indícios que o tornaram alvo da operação no fim do ano, junto à delegada Gabriela Macedo, sua chefe de gabinete, e à então procuradora-geral do Ministério Público da Bahia, Ediene Lousado. As duas também foram denunciadas pelos mesmos crimes.

 

"O denunciado Maurício Barbosa exercia o cargo de secretário de Segurança Pública do Estado da Bahia à época dos fatos e era tido como o braço forte do grupo criminoso dentro da polícia. Na concepção do modelo criminoso tendente à realização de atos de corrupção e lavagem de ativos, costumeiramente se valia do seu cargo para: i) impedir o avanço de investigações contra os integrantes da organização criminosa; ii) investigar seus opositores. Com ativa participação, o ex-secretário praticou os fatos abaixo delineados buscando blindar a organização criminosa da qual era integrante", diz a denúncia assinada pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo.

 

Como exemplo, ela cita que ele "tinha como hábito" o monitoramento ilegal, por meio de interceptação telefônica, de pessoas que pudessem influenciar no funcionamento da estrutura criminosa - o MPF pontua que um diálogo gravado pelo advogado e também delator Júlio César Cavalcanti com Sandra Inês também indica essa atuação de Barbosa. "Sandra diz que, apesar de uma forte pressão sobre Ediente, a denúncia foi escrita; porém Sara Rusciolelli, procuradora adjunta à época, e irmã de Sandra Inês, não assinou a denúncia, livrando Maurício de uma ação penal", aponta um trecho anexado da delação de Cavalcanti.

 

Outra gravação realizada pelo advogado mostra ele e Sandra Inês falando sobre a proximidade de Barbosa e Gabriela com a desembargadora Maria do Socorro, também alvo desta nova denúncia e colocada em prisão domiciliar na última semana (veja aqui).

 

Quem também delatou a suposta participação de Barbosa no esquema foi o filho de Sandra Inês, Vasco Rusciolelli, que destacou o papel do ex-secretário "na blindagem do grupo, dando suporte ao Gabinete de Segurança Institucional da Corte de Justiça baiana, para intimidar seus opositores".

 

“O Gabinete de Segurança Institucional foi criado, pelo então presidente Gesivaldo, com o objetivo de coagir e pressionar os colegas que não aderiam ao seu intento criminoso, decidindo favoravelmente à Orcrim. Nesse trilhar, detalhe-se, que foi forjado um processo contra esta delatora, sob a suspeita de prática do crime conhecido como 'rachadinha'. O referido fato foi detalhado pelos Colaboradores, sobretudo, no que diz respeito ao fato ocorrido com o advogado Sergio Habib, que é advogado do Secretário de Segurança Pública Maurício Barbosa – também membro da Orcrim, que operacionalizou as reintegrações no Oeste e montou a equipe do GSI –, telefonou para ele na presença desta delatora, com o celular no viva voz, quando ouviram do Secretário, que o Gesivaldo e Roque cobravam diariamente a solução do inquérito contra mim", diz um trecho da delação de Sandra Inês.

 

Com isso, a subprocuradora-geral acrescenta que os fatos mencionados encontram respaldo no momento em que, logo após a deflagração da Operação Faroeste no dia 14 de dezembro de 2020 (saiba mais aqui), o Sindicato dos Delegados de Polícia da Bahia (ADPEB) enviou nota à imprensa afirmando que o então titular da SSP-BA controlava todas as investigações criminais produzidas pela Polícia Civil da Bahia, "bem como suas operações, com antecipação de investigações, manipulação de dados obtidos no bojo de interceptação telefônica, conhecimento prévio de quebra de sigilo bancário e fiscal, com situações de vazamento desses conteúdos".

 

Além disso, pesou contra Maurício Barbosa os depoimentos dos delegados de Polícia Civil Jorge Figueiredo e Alexandre Narita, ambos arrolados como testemunhas pela defesa do casal Adailton e Geciane Maturino. Os dois deixaram o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e, consequentemente, a Operação Oeste Legal.

 

O primeiro disse que em determinado momento da investigação questionou a cúpula da SSP-BA sobre a ausência de interesse no desfecho do caso. Segundo ele, foi quando percebeu que estava isolado e pediu sua exoneração do cargo. Seu substituto arquivou o inquérito sob o argumento de que a investigação não avançou.

 

Diante dos fatos apurados, a conclusão da subprocuradora-geral é que os crimes atribuídos a Barbosa propiciaram que os outros membros da suposta orcrim cometessem corrupção e lavagem de dinheiro nos casos relacionados a disputas de terras no Oeste baiano. O ex-secretário é ainda acusado de lavagem de dinheiro após os investigadores terem encontrado "notas fiscais de bens de alto valor adquiridos em curto espaço de tempo e à vista", totalizando R$ 218 mil. Uma dessas notas tinha como remetente a esposa de Barbosa, Nadja Novais Barbosa, o que, para o MPF, indica a utilização de interposta pessoa para movimentação patrimonial.

 

Ademais, ele é acusado de usar o cargo em benefício próprio, a exemplo de quando encaminhou pedido à PGR para investigar o vazamento de uma suposta colaboração premiada que citava seu nome.


FONTE: BN - 08/07/2021/REPRODUÇÃO

CPI da Covid-19: Ex-secretário-executivo Elcio Franco quis excluir detentos dos grupos prioritários de vacinação, diz ex-coordenadora

 (crédito: Pedro França)

(crédito: Pedro França)

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, nesta quinta-feira (8/7), a ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) Francieli Fontana Fantinato afirmou que, em dezembro do ano passado, o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco, número 2 do ex-ministro Eduardo Pazuello, pediu para que os detentos (população privada de liberdade) fossem retirados dos grupos prioritários de vacinação contra a covid-19. Francieli foi exonerada na última quarta-feira (7/7), a pedido.

A reunião na qual a exclusão dos detentos foi solicitada ocorreu pouco antes da publicação da primeira versão do Plano Nacional de Imunização (PNI), em 16 de dezembro. Francieli pontuou que, com apoio da câmara técnica, formada por diversos especialistas, o programa teve que definir os grupos prioritários diante da escassez de vacinas, com a definição de objetivos para a vacinação: primeiramente, pensando na manutenção da força de trabalho do setor saúde; na sequência, as pessoas que mais morriam “por morbidade e mortalidade”; por fim, e a manutenção do funcionamento dos serviços essenciais.

O plano incluiu, também, as populações vulneráveis, de que os detentos do país fazem parte. “É uma população que tem uma prevalência maior de doenças infecciosas, as condições presidiárias são muito inadequadas, as medidas não farmacológicas são difíceis de serem executadas”, explicou Francieli. A ex-coordenadora, então, informou que foi para uma reunião para discutir a versão final do plano de imunização, e que, na ocasião, o então secretário-executivo, Elcio Franco, solicitou que fosse retirada a população privada de liberdade do plano.

“E eu me neguei a retirar. Falei ‘olha, se vocês quiserem tirar população privada de liberdade, vocês vão tirar sem o aval do programa. Vocês vão fazer uma cópia agora do plano, vão ficar com essa cópia, e eu vou levar a minha cópia de volta e vou emitir um SEI com a população privada de liberdade’. A secretaria-executiva tinha autonomia se quisesse tirar, mas pelo PNI não sairia”, disse.

Fonte:Metrópoles- 08/07/2021 14h:45min.

“Ou fazemos eleições limpas ou não teremos eleições”, afirma Bolsonaro

 

Presidente Jair Bolsonaro , durante apresentação das ações para desburocratização e atração de investimentos para setor de turismo 3Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a ameaçar, nesta quinta-feira (8/7), a realização das eleições do ano que vem, na qual deve pleitear mais um mandato presidencial.

Durante conversa com apoiadores, no Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que as “eleições do ano que vem serão limpas”, em referência ao voto impresso, “ou não teremos eleições”.

O titular do Palácio do Planalto tem colocado o voto impresso como condição para legitimar o sistema eleitoral. O de hoje – pelo qual o atual chefe do Executivo nacional foi eleito para consecutivos mandatos como deputado federal, e para presidente da República, em 2018 – tem urnas eletrônicas sem impressão dos votos e, segundo Bolsonaro, permite fraudes.

O presidente costuma dizer que teria vencido a eleição de 2018 no primeiro turno, e já foi intimado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para apresentar provas do que alega.

“As eleições do ano que vem serão limpas. Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não teremos eleições”, disse o mandatário. A fala foi transmitida por um canal simpatizante ao governo.

Recentemente, Bolsonaro tem escalado a retórica contra o atual sistema eleitoral. Na quarta-feira (7/7), o chefe do Executivo federal afirmou que o seu lado “pode não aceitar o resultado” das eleições do próximo ano.

“Eles vão arranjar problemas para o ano que vem. Se esse método continuar aí, sem inclusive a contagem pública, eles vão ter problema, porque algum lado pode não aceitar o resultado. Esse lado obviamente é o nosso lado, que pode não aceitar esse resultado. Nós queremos transparência. […] Havendo problemas, vamos recontar”, disse, em entrevista.

Na semana passada, ele afirmou que só passará a faixa presidencial se o voto for impresso. “Eu entrego a faixa presidencial para qualquer um que ganhar de mim na urna de forma limpa. Na fraude, não”, declarou durante transmissão ao vivo nas redes sociais, em 1º de julho.

Em maio, Bolsonaro subiu o tom e afirmou que, caso o voto impresso não seja implementado no pleito do próximo ano, “é sinal de que não vai ter eleição”.

“A única republiqueta do mundo é a nossa, que aceita essa porcaria desse voto eletrônico. Isso tem que ser mudado. E digo mais, se o Parlamento brasileiro […] aprovar e promulgar, vai ter voto impresso em 2022 e ponto-final. Não vou nem falar mais nada. Porque, se não tiver voto impresso, é sinal de que não vai ter eleição. Acho que o recado está dado”, disse.


Fonte: Metrópoles c/adaptações - 08/07/2021 14h:45min

Região de Irecê: Profa. Fabrizia Pires assume a direção do NTE- 01 de Educação


                                                     
                    A professora Fabrizia assume a NTE-Irecê - na foto ao lado do Sec. de Educação do Estado  Jeronimo Rodrigues -:reprodução/facebook/30.06.21
 

O Núcleo Territorial de Educação de Irecê- NTE -01 que abrange a região de Irecê tem nova diretor. A Profa. Dra. Fabrizia Pires foi nomeada para o cargo, conforme publicação no Diário Oficial do Estado de hoje(8), em decreto simples assinado pelo governador Rui Costa(abaixo).

Fabrizia tem  uma forte atuação na educação da região, tanto na rede pública como na privada,é  Pedagoga, Mestre e Doutora  em Educação pela UFBA. "É com muito entusiasmo e também com muito compromisso que assumo o cargo do Núcleo Territorial de Educação com o objetivo de fortalecer a educação da nossa região. Vamos assumir o compromisso com todos os municípios do território, fortalecendo e entrelaçando as redes municipal e estadual e também dialogando com as universidades do território", afirmou a professora

A nova diretora foi secretaria de Educação do município de Ibititá no período de de 2013 a 2016, na primeira gestão do prefeito Cafu Barreto. Em  2020, disputou a prefeitura do município como candidata a vice-prefeita na chapa com Afonso Mendonça (PSDB) pela oposição.


DECRETOS SIMPLES

 O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições, e à vista dos elementos constantes do Processo SEI nº 049.4622.2020.0004787-91, R E S O L V E


exonerar a pedido, CLENDSON RODRIGUES BARRETO do cargo de Diretor, símbolo DAS-2D, do Núcleo Territorial de Educação de Irecê - NTE 01, da Secretaria da Educação. 

nomear FABRIZIA PIRES DE OLIVEIRA QUEIROZ para o cargo de Diretor, símbolo DAS-2D, do Núcleo Territorial de Educação de Irecê - NTE 01, da Secretaria da Educação. 

 PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 07 de julho de 2021.

                                                   RUI COSTA

                                                      Governador 

Fonte:DOE -08/07/2021