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sábado, 16 de janeiro de 2021

DF: Com crise em Manaus, Bolsonaro vai a festa de aniversário no Clube Naval

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro provocou aglomeração ao comparecer a uma festa de aniversário no Clube Naval, em Brasília, na tarde deste sábado, 16. Sem máscara, ele interagiu e posou para fotos com populares.

O compromisso não estava na agenda oficial de Bolsonaro que deixou o Palácio da Alvorada por volta das 15h20. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, também esteve no local.

A confraternização ocorreu em uma área aberta do clube. Apenas poucos convidados faziam uso da proteção facial, item ainda de uso obrigatório durante a pandemia da covid-19. A festa reuniu dezenas de pessoas, com atrações para crianças.

A aparição pública de Bolsonaro é a primeira após o panelaço em protesto contra a maneira como o governo lida com a crise em Manaus, que enfrenta um colapso no sistema de saúde, com o aumento do número de casos de covid e a falta de oxigênio nos hospitais. A manifestação foi registrada nesta sexta-feira, 15, em capitais de todas as regiões do País. Neste sábado, foram registrados novos panelaços.

Antes de ir ao evento, Bolsonaro usou as redes sociais para dizer que o governo envia material humano e oxigênio ao Amazonas desde o início da pandemia.

Pouco antes de Bolsonaro deixar o clube, por volta das 17h10, uma mulher se aproximou da cerca do local para gritar "assassino" e "genocida". Pessoas que estavam dentro do clube responderam com "vai pra Cuba".

fonte:Estadão - 16/01/2021

Depois de Bolsonaro, Carla Zambelli e Daniel Silveira são notificados pelo Twitter por "informações enganosas"


[Assim como Bolsonaro, Carla Zambelli e Daniel Silveira são notificados pelo Twitter por "informações enganosas"]

 16 de Janeiro de 2021 às 21:04  Por: Reprodução // Agência Brasil

Depois de fazer alerta em post de Bolsonaro, o Twitter colocou uma marcação em postagens antigas dos deputados federais Carla Zambelli (PSL-SP) e Daniel Silveira (PSL-RJ) por "publicação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais relacionadas à COVID-19". Todas as postagens mencionam um estudo que comprova a eficácia do tratamento precoce para evitar uma evolução da Covid-19.

Apesar da marcação, as publicações seguem visíveis. Esse tipo de medida do Twitter, no entanto, ajuda a restringir a circulação desse tipo de postagem. 

O "tratamento precoce", ou "Kit Covid", disponibilizado pelo Ministério da Saúde é uma combinação que inclui a hidroxicloroquina e a cloroquina, junto com outros fármacos. As substâncias inicialmente foram testadas em laboratório e, depois, em estudos clínicos, pesquisadores de diferentes universidades e países comprovaram que não há prevenção e/ou tratamento com a ajuda de medicamentos.

"Todos os países com seriedade, que seguem a ciência, eles já compreenderam que esses medicamentos não são eficazes contra a Covid. Se esses medicamentos tivessem qualquer comprovação científica, seria impossível que esses países, onde existem pesquisadores muito sérios e instituições muito respeitadas e competentes, não estivessem recomendando para a sua população", disse Ethel Maciel, professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo e pós-doutora em epidemiologia pela universidade Johns Hopkins.

fonte: Bocão News - 16/01/2021

Manaus: Em hospital, ala inteira de pacientes morre por falta de oxigênio

 

 (crédito: AFP / Michael DANTAS)
(crédito: AFP / Michael DANTAS)

Enquanto o governo, a empresa White Martins, que fornece oxigênio para hospitais de Manaus, e artistas se movimentam para suprir a demanda pelo gás na cidade de 2 milhões de habitantes, as equipes médicas continuam registrando a morte de pacientes em diversas unidades de saúde. Ao Correio, o procurador Igor Spindola, integrante da equipe do Ministério Público Federal (MPF) que atua no combate à pandemia na região, afirmou que, ontem, faltava oxigênio em 200 leitos de UTI.

A situação mais grave foi registrada no Hospital Universitário, onde pacientes de uma ala inteira teriam morrido asfixiados. "A nossa preocupação, no momento, é buscar oxigênio. A morte de pacientes de toda uma ala ocorreu no Hospital Universitário. Até ontem à noite, foi confirmado o óbito de seis pacientes desta ala. Mas, no meio do dia, e até o final do dia, é possível que tenham ocorrido outras. Eu ainda não consegui falar com o doutor Júlio, responsável pela unidade de saúde, que estava transtornado, pois ainda falta oxigênio e a vida dos pacientes está em risco", disse.

De acordo com Igor Spindola, depois de serem apresentadas ações na Justiça contra a omissão do Estado, o governo federal começou a se movimentar para amenizar a situação. "Eu acabei de ser informado de que seis aviões da FAB vão fazer esse transporte todos os dias, para trazer 30 mil metros cúbicos. Ontem à noite chegaram alguns aviões, e hoje devem chegar mais. Se isso acontecer, conseguimos normalizar o suprimento até que a White Martins consiga expandir a produção do oxigênio aqui", afirmou.

Até o momento, o Amazonas registra 5,9 mil mortes e 223 mil infectados pelo coronavírus, causador da covid-19. Na quinta-feira (14), auge da crise por falta de oxigênio, foram registradas 3.816 novos infectados, o maior número em 24 horas desde o começo da pandemia. Também foram contabilizadas 51 novas mortes.

Cerca de 20 mil metros cúbicos/dia de oxigênio estão sendo enviados de balsa de Belém. No entanto, a embarcação demora três dias para chegar a Manaus. A previsão é de que domingo chegue a primeira carga. Nesta sexta-feira (15), devem ser transferidos 130 pacientes para outras unidades da Federação, e até 700 no fim do processo.

Em nota, o Hospital Universitário Getúlio Vargas informou que "durante o período em que a unidade ficou sem oxigênio na manhã dessa quinta-feira (14), 4 pacientes vieram a óbito, sendo três do Centro de Terapia Intensiva (CTI) e um da enfermaria". Ainda de acordo com a unidade de saúde, "o CTI, por exemplo, contava com 29 pacientes na manhã dessa quinta (14)".

fonte:Correio Braziliense - 16/01/2021

Casal e estudante que viajavam de carro de Brasília para o Ceará desaparecem no oeste da Bahia


Casal e estudante que viajavam de carro de Brasília para o Ceará desaparecem na Bahia

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal


Um casal de técnicos em radiologia e uma estudante que viajavam de Brasília para passar férias em Sobral, no Ceará, estão desaparecidos desde quarta-feira (13) após passar pela cidade de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia.

A Polícia Rodoviária Federal na Bahia (PRF-BA), em Barrerias, informou ao G1 que recebeu a ocorrência nesta sexta-feira (15). Equipes foram deslocadas para a realização de ronda e buscas na rodovia BR-135 até a divisa do estado do Piauí. São utilizados também drones para localizar a família. Até a tarde deste sábado ninguém foi localizado.

O cearense José Cleves Araújo, Thatiele Cardoso Aures, namorada dele, e a filha de José, a estudante de Giovana Araújo saíram de Brasília (DF) na madrugada do dia 12 de janeiro.

Sônia Cordeiro, afirmou que o último contato que teve com o irmão foi quando ele estava no município de Luís Eduardo Magalhães. Ele afirmou que voltaria a telefonar para ela, mas isso não aconteceu. Ainda segundo Sônia, a placa do veículo em que a família viajava foi capturada por um radar de velocidade situado na BR-020, em Barreiras.

“Na noite do dia 13 de janeiro, acionamos a Polícia Civil, a Polícia Rodoviária Federal, em Barreiras. Já liguei em hospitais, mas ninguém com características ou o com o nome deles havia dado entrada nas unidades de saúde da região. Até agora tudo é um mistério”, disse.

A familiar disse ainda que neste sábado (16) equipes da PRF saíram de Barreiras para fazer buscas no percurso por onde a família possa ter passado. Dois drones estão sendo usados para auxiliar na procura pela família.

Fonte: G1 Bahia

Segue a cartilha: DPU diz que Inep mentiu quanto a ocupação de salas para o ENEM

 

Salas de prova do Enem têm 80% de ocupação e Defensoria diz que Inep mentiu
Foto: Zeca Soares / G1

A Defensoria Pública da União (DPU) entrou com ação para anular a decisão da Justiça Federal que manteve a realização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para este domingo (17). O órgão diz que o Inep mentiu sobre as medidas de segurança adotadas, já que manteve salas com 80% de ocupação.

O Inep anunciou e informou à Justiça que as salas de prova teriam ocupação inferior a 50%, como forma de garantir o distanciamento adequado entre os candidatos.

No entanto, a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) encaminhou um documento ao Inep informando que as salas de suas instalações têm ocupação de 80%. A instituição diz que a condição para ceder os espaços foi de que seria respeitado o limite de 40%, o que não ocorreu.

A universidade diz ter comunicado o Inep sobre a situação na terça-feira (12) e que não recebeu resposta até agora.

Questionado pela Folha de S.Paulo sobre a alegação de que mentiu às instituições, o Inep disse apenas que "não comenta processos em tramitação judicial."

"Prezando por suas convicções quanto aos riscos cada vez maiores em torno do contágio e diante da gravidade da situação pandêmica, a UFSC enviou, na quinta-feira (14), ofício às Secretarias Municipal e Estadual da Saúde e ao Ministério Público Federal em Santa Catarina, alertando sobre a situação identificada e destacando o risco iminente de haver uma concentração de pessoas em um mesmo espaço físico por longo período."

Segundo o defensor público João Paulo Dorini, que ingressou com a ação, a situação relatada pela UFSC deixa evidente que o Inep mentiu para a Justiça Federal.

"Disso decorre duas gravíssimas consequências: a necessidade de revisão de uma decisão

judicial fundada na clara alteração da verdade dos fatos, e a constatação de que os réus faltaram com a lealdade processual que deles se espera e que devem ser considerados litigantes de má-fé", diz o defensor no processo em que pede anulação da decisão que manteve o Enem.

fonte:Folhapress - 16/01/2021

Trump sairá de Washington horas antes da posse de Biden

 

                                          foto:reprodução/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sairá de Washington na próxima quarta-feira, 20, pela manhã, horas antes da cerimônia de posse de seu sucessor, o democrata Joe Biden, reportaram vários veículos da imprensa americana na sexta, 15.

Preocupado em não deixar a capital federal como ex-presidente, o republicano, que anunciou há vários dias que não compareceria à cerimônia de posse de Biden, voará antes do fim de seu mandato para seu clube Mar-a-Lago em Palm Beach, Flórida, onde tem a intenção de se instalar.

Depois de deixar a Casa Branca de helicóptero, Trump decolará da base aérea de Andrews, Maryland, em seu último voo a bordo do Air Force One.

Em Washington, uma cidade agora irreconhecível e transformada em um acampamento entrincheirado após os distúrbios no Capitólio, os preparativos continuam para a posse de Joe Biden, que se tornará o 46º presidente da história dos Estados Unidos na quarta-feira ao meio-dia.

A equipe do presidente eleito está divulgando detalhes dia a dia. Lady Gaga, a quem Biden chama de "grande amiga", cantará o hino nacional durante a cerimônia.

Mas a festa terá um sabor particular este ano: o "National Mall", a imensa esplanada em frente ao Capitólio, será fechada ao público.

Somente pessoas devidamente credenciadas poderão entrar nesta área onde, tradicionalmente, se reúnem centenas de milhares de apoiadores do presidente eleito.

Desde a tomada do Capitólio por partidários de Trump em 6 de janeiro, Washington tem estado sob vigilância pesada da polícia, com o apoio de milhares de militares.

A equipe de Biden e a prefeita de Washington, Muriel Bowser, pediram aos americanos que evitassem a área do Capitólio e o centro da cidade e assistissem à cerimônia de posse de suas TVs e computadores.

Casa Branca esvaziada

Em total contraste com Donald Trump, suspenso do Twitter e agora isolado na Casa Branca, o vice-presidente Mike Pence parece cada vez mais a pessoa no comando do governo.

Na quinta, Pence parabenizou a futura vice-presidente Kamala Harris por telefone, revelou uma fonte à AFP na sexta. Foi o primeiro contato em os dois políticos desde o debate de outono, em plena campanha eleitoral.

Pence também planeja participar da cerimônia de posse, que contará com a presença dos ex-presidentes Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton.

Após a cerimônia, Biden e os ilustres convidados irão ao Cemitério Nacional de Arlington para depositar uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido e fazer um apelo pela união do país.

Donald Trump é o primeiro presidente a desprezar a posse de seu sucessor em mais de 150 anos.

Depois de dois meses se recusando a reconhecer a derrota na eleição de 3 de novembro, Trump finalmente prometeu uma transição nos últimos dias, mas nunca parabenizou Biden.

Uma semana após os distúrbios no Capitólio, Donald Trump continua recebendo críticas inclusive de membros de seu próprio gabinete, como o secretário de Saúde, Alex Azar. Em uma carta publicada na sexta em sua conta do Twitter, o ministro confirma que vai colaborar com a transição e condena "os atos e discursos após a eleição".

A Casa Branca, por sua vez, vai sendo esvaziada rapidamente e muitos conselheiros de Trump já deixaram o local, levando documentos e lembranças.

As fotos de Trump viajando pelos Estados Unidos e pelo mundo, penduradas nas paredes da famosa West Wing, não estão mais lá. Nas grandes paredes vazias, apenas alguns ganchos permanecem, esperando a chegada de Joe Biden.


fonte:AFP - 16/01/2021

Avião que buscaria vacinas na Índia chega a Campinas para levar oxigênio a Manaus

Bahia está preparada para vacinar 5,08 milhões de pessoas até maio, diz Sesab


                                    foto:reprodução/facebook/ACM Neto

O plano estadual de vacinação contra a Covid-19 prevê a imunização de 5,08 milhões de baianos nas quatro primeiras fases, que são os grupos prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde, até maio. Esta é a previsão da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), tendo como premissa o recebimento das vacinas do Ministério da Saúde ainda em janeiro, em quantitativo suficiente. Estão previstas 5.114 salas de vacina em todo o estado e serão necessárias 10,16 milhões de seringas e agulhas, considerando que os imunobiológicos possuem duas doses.

 

De acordo com a Sesab, é possível que os idosos com mobilidade limitada ou que estejam acamados sejam vacinados em casa. Nos centros urbanos, o drive-thru será estimulado e no caso dos profissionais de saúde que trabalham nos hospitais, a vacinação ocorrerá nas próprias unidades. Para executar esta operação, serão envolvidos mais de 50 mil profissionais de saúde, conforme anunciou o governador Rui Costa, por meio das redes sociais, nesta sexta-feira (15). “A Bahia trabalha para salvar vidas. Só falta a vacina chegar para iniciarmos a vacinação nos 417 municípios”, escreveu no Twitter.

 

“Não podemos admitir politicagem com vacina, portanto neste momento não há como definir uma data de início da vacinação sem que o Ministério da Saúde inicie a distribuição para os estados. Como alternativa à ineficiência do Governo Federal, determinei à Procuradoria Geral do Estado que ingresse com uma ação no STF para que a Bahia possa efetivar a comprar da vacina russa Sputnik V. Não vamos assistir passivamente baianos e brasileiros morrendo diante da incapacidade do Governo Federal”, afirmou o governador Rui Costa.

 

O secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, esclarece que o estado possui 234 câmaras frias e 70 freezers, possibilitando armazenar simultaneamente 3,5 milhões de doses. "Adicionalmente licitamos 100 ultracongeladores que chegam a temperaturas de até -86° C para as vacinas de RNA e, inicialmente, serão distribuídos 30 para as nove macrorregiões de saúde, cada um com capacidade de 368 litros", ressalta Vilas-Boas, ao pontuar que cada fase da campanha de vacinação terá a duração de um mês.

 

Durante a campanha de vacinação, a distribuição dos imunobiológicos ocorrerá utilizando 243 veículos entre caminhões e furgões refrigerados, bem como caminhonetes e aeronaves, contemplando as nove macrorregiões de saúde. O tempo de deslocamento será de até 48 horas, após a chegada das vacinas. Ainda no que tange a infraestrutura, a Bahia tem em estoque 10,2 milhões de seringas e agulhas e adicionalmente adquiriu 19,8 milhões, cuja entrega de 4 milhões de unidades ocorrerá nos próximos 15 dias, 4 milhões em fevereiro e o restante nos meses de abril, maio e junho.


Veja as etapas:

Foto: Divulgação




FONTE: BN - 16/01/2021  09h:11min

Covid-19: "Onde está a entidade máxima da categoria médica no Brasil'? questiona ex-presidentes e conselheiros do CFM

 

Ex-presidentes e conselheiros do CFM pedem a órgão posicionamento na pandemia
Foto: Reprodução / Wikipedia

Uma carta assinada por cerca de 20 médicos, ex-presidentes e ex-conselheiros do CFM (Conselho Federal de Medicina) pede ao órgão que se manifeste pública e claramente a favor das vacinas contra a Covid-19, das medidas sanitárias não farmacêuticas, da ação das autoridades sanitárias e contra os tratamentos sem eficácia comprovada para a Covid-19.

Segundo o texto, os mais de 500 mil médicos e médicas que atuam no país, alguns dos quais estão na linha de frente do combate à pandemia, trabalham para a população brasileira e estão "onde o povo está a necessitar do nosso trabalho e cuidados; e a ele não faltaremos."

"Mas onde está o Conselho Federal de Medicina (CFM)? Onde está a entidade máxima da categoria médica no Brasil? Até agora sabemos o endereço, mas não sabemos a sua posição frente a essa tragédia sanitária e humanitária que assola o mundo e em especial o nosso país", diz a carta.

O documento, assinado na última quinta-feira (14) e veiculado nas redes sociais nesta sexta (15), recrimina ainda o aparente silêncio do órgão e diz ser "um imperativo ético" a manifestação do órgão.

Segundo o pediatra Gabriel Oselka, presidente da comissão de ética da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunologia) e ex-presidente do CFM (1984-87), que encabeça a carta, o objetivo dessa e de uma primeira carta, direcionada ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) na segunda-feira (11), é mostrar que há uma insatisfação por parte dos médicos devido à falta de um posicionamento mais ativo dos conselhos.

"Na falta de uma posição mais ativa quanto a defender o que é reconhecidamente científico nas medidas de combate à pandemia (como uso de máscaras, distanciamento social e higiene adequada), queremos que o conselho se manifeste ativamente contra posicionamentos por parte de médicos que são absolutas inverdades, coisas sem o menor cabimento científico, e isso nosso Código de Ética proíbe claramente", diz.

O órgão médico, que tem como principal missão, segundo o próprio site, "promover o bem-estar da sociedade, disciplinando o exercício da medicina por meio de sua normatização, fiscalização, orientação, formação, valorização profissional e organização, bem como assegurar, defender e promover o exercício legal da medicina, das boas práticas da profissão, o respeito e a dignidade da categoria, buscando proteger a sociedade de equívocos da assistência decorrentes da precarização do sistema de saúde", estaria supostamente se eximindo de suas responsabilidades regulatórias, segundo alguns médicos.

Oselka ressalta, no entanto, que não esperam do conselho uma "caça às bruxas", mas sim uma defesa do exercício da profissão. "Não estamos pedindo ao conselho que venha a público e diga Dr. Fulano de Tal está com um processo correndo porque falou inverdades sobre a pandemia, mas como o CFM é, no nosso entendimento, um órgão de defesa da sociedade, entendemos que seria um serviço de esclarecimento à sociedade se o órgão se colocasse contra aquilo que não é cientificamente aceito."

Não é a primeira vez que profissionais da área criticam o órgão por inação. Em dezembro, médicos brasileiros publicaram um artigo na revista da Sociedade Brasileira de Cardiologia recriminando a conduta de alguns profissionais que exerceram a medicina à luz de sua experiência e convicção pessoal.

Isto foi evidenciado com a quantidade de médicos que endossaram desinformações sobre a pandemia e prescreveram medicamentos sem eficácia comprovada para a Covid-19, como hidroxicloroquina e ivermectina.

Em algumas cidades do país, houve relatos de médicos que foram dispensados do serviço por se recusarem a prescreverem hidroxicloroquina. O órgão autorizou o uso do medicamento para tratamento de Covid-19, inclusive para casos leves, em abril, condicionando-o a critério médico e consentimento do paciente.

Mesmo após a decisão da OMS de suspender o estudo multinacional de hidroxicloroquina, o CFM não revogou sua decisão.

Embora a proliferação de artigos científicos com baixa evidência científica e a divulgação de desinformação ou de medicina baseada em experimentação, e não em evidência, não seja exclusivo dos médicos brasileiros durante a pandemia, é no país que a prescrição ou não de certos tipos de medicamento ganhou vieses ideológicos e de alinhamento político.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que sempre defendeu a droga, mesmo após inúmeras demonstrações contrárias ao seu uso e o abandono total do medicamento em todo o mundo, tem apoio de muitos médicos no assunto.

Um dos exemplos é o grupo "Médicos pela Liberdade", que se posiciona contra o uso de máscaras e o distanciamento social adotado para conter a disseminação do vírus, ao qual seus integrantes chamam de "restrição da liberdade", além de ser favorável ao uso da droga.

É por isso, diz a carta, que os ex-presidentes do CFM e ex-conselheiros conclamam ao órgão que "se manifeste publicamente em defesa da vida da nossa gente; em defesa do exercício da nossa profissão; e em defesa dos milhares de médicos e médicas, bem como de seus companheiros das equipes de saúde, que estão cumprindo os seus deveres profissionais e arriscando suas vidas."

Em nota, o Conselho Federal de Medicina disse que "respeita o trabalho realizado pelos ex-presidentes e ex-conselheiros, que, em seu tempo, muito contribuíram com a saúde no país."

"São pessoas de importância indiscutível na história da autarquia, por quem temos imenso respeito, e que têm todo o direito a crítica."

Em relação aos pontos levantados, o CFM esclarece que já se posicionou sobre todos eles ao longo de 2020 por meio de notas disponíveis publicamente online. Ainda, em relação à Covid-19, a posição do CFM a favor da "aprovação (emergencial ou definitiva) de vacinas contra a Covid-19 por parte da Anvisa deve ser respeitada e posta em prática por sua reconhecida capacidade técnica; da transparência e da valorização do PNI", bem como pela "garantia de que a vacinação siga os pressupostos legais do SUS, o respeito ao plano nacional de vacinação do Ministério da Saúde e a realização de amplas e massivas campanhas de divulgação sobre a vacinação" foi publicada na última quinta-feira (14), concomitantemente à carta dos ex-presidentes.

O órgão finaliza dizendo que "há necessidade do governo, em suas diferentes instâncias, garantir o acesso a imunizantes e às condições adequadas de atendimento para a população, bem como fornecer leitos de UTI, insumos e medicamentos hospitalares, a valorização e o reconhecimento dos médicos, garantindo sua autonomia para fazer o diagnóstico e a prescrição de tratamentos a seus pacientes, conforme parecer CFM n?04/2020" e "o estímulo à avaliação e ao acompanhamento médico desde o início dos primeiros sintomas da pandemia (sic)."



Leia a carta dos ex-presidentes ao CFM na íntegra:

"CARTA AO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA E AOS MÉDICOS E MÉDICAS DO BRASIL


Somos mais de 500.000 médicos e médicas trabalhando para a população brasileira. Estamos nas emergências; nas UTIs; nos postos de saúde; nos hospitais e nas casas dos nossos pacientes. Estamos onde o povo está a necessitar do nosso trabalho e cuidados. E a ele não faltaremos.

Mas onde está o Conselho Federal de Medicina (CFM)? Onde está a entidade máxima da categoria médica no Brasil? Até agora sabemos o endereço, mas não sabemos a sua posição frente a essa tragédia sanitária e humana que assola o mundo e em especial o nosso país. Nós médicos e médicas olhamos em sua direção e não vemos nada. Só o silêncio. Parece que tudo está em paz. Paz essa que sequer existe hoje nos cemitérios nacionais, onde reina absoluto o choro distande de mais de 200.000 famílias enlutadas.

Frente a essa eloquente omissão do nosso principal órgão representativo é que nós, ex-Presidentes do CFM e outros ex-Conselheiros Federais, conclamamos o CFM a que se manifeste publicamente em defesa da vida da nossa gente; em defesa do exercício da nossa profissão; e em defesa dos milhares de médicos e médicas, bem como de seus companheiros das equipes de saúde, que estão cumprindo os seus deveres profissionais e arriscando suas vidas.

Conclamamos, por ser um imperativo ético:

Que o CFM se manifeste pública e enfaticamente, a favor da vacinação para todos aos quais está indicada, vacinas que serão licenciadas pela ANVISA, com base em sua segurança e eficácia, e que garantirão, desde que a cobertura vacinal seja adequada, uma acentuada diminuição no número de casos e, eventualmente, o controle da pandemia.

Que o CFM enfatize a continuidade da adoção das outras medidas de controle reconhecidas cientificamente, como distanciamento social, higiene pessoal e uso de máscaras.

Que o CFM exija das autoridades públicas as garantias de um atendimento correto e protetor para a nossa população enferma.

Que o CFM oriente a população médica brasileira quanto ao adequado comportamento ético a ser adotado nesta pandemia evitando o uso de condutas terapêuticas sem respaldo científico; bem como a disseminação de informações falsas sobre a doença, tudo no estrito cumprimento do Código de Ética Médica.

É isso que a boa Medicina ensina. É disso que o nosso Povo necessita. É isso que precisa ser feito sem demora.

Brasil, 14 de janeiro de 2021.

Ex-Presidentes do CFM:

Dr. Gabriel Wolf Oselka

Dr. Francisco Álbaro Barbosa Costa

Dr. Ivan de Araújo Moura Fé

Dr. Waldir Paiva Mesquita

Dr. Edson de Oliveira Andrade

Ex-Conselheiros Federais:

Nei Moreira

Evilázio Teubner Ferreira

Nilo Fernandes Rezende Vieira

Antônio Henrique Pedrosa Neto

Sérgio Ibiapina Ferreira Costa

Júlio Cezar Meireles

Wilson Seffair Bulbol

Genário Alves Barbosa

Gerson Zafalon Martins

Antônio Clementino da Cruz Junior

Rafael Dias Marques Nogueira

Frederico Henrique de Melo

Mauro Brandão Carneiro

Waldir Cardoso"




fonte:FOLHAPRESS - 16/01/2021 09h.

A política externa de Bolsonaro tem causado grande estrago econômico, diz Oliver Stuenkel

“Ascensão de alguém que rejeita alguns dos pilares do sistema democrático e que não aceita a legitimidade da oposição só ocorre em um sistema em crise”© Divulgação “Ascensão de alguém que rejeita alguns dos pilares do sistema democrático e que não aceita a legitimidade da oposição só ocorre em um sistema em crise”

 O mundo tem passado por transformações profundas nas últimas décadas, quase todas fundamentadas nas relações sociais e de poder. O avanço de líderes populistas e descomprometidos com a democracia ficou evidente na figura de Donald Trump e é o objeto de pesquisa do acadêmico alemão Oliver Stuenkel, coordenador do programa de pós-graduação da Escola de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV). Para ele, a escalada do autoritarismo poderá ser contida com a chegada de Joe Biden à Casa Branca, mas há poucas chances de que o Brasil consiga mudar sua imagem negativa nos próximos dois anos.

DINHEIRO – Qual a sua análise sobre o que está acontecendo nos EUA, depois da derrota de Donald Trump?

OLIVER STUENKEL – Um ano atrás, a previsão era de que Trump ganharia o pleito, mas, principalmente pela má gestão da pandemia, essa reeleição não acabou acontecendo e hoje o Partido Republicano está dividido entre uma ala tradicional conservadora e uma ala pró-Trump, populista, com tendências autoritárias que definem como a oposição vai se comportar. Mas Joe Biden, em função da maioria do Senado depois do segundo turno na Geórgia, tem um mandato para mudanças. Apesar de ser uma maioria pequena, a gente pode aguardar mudanças profundas tanto no âmbito interno quanto no externo. Sempre lembrando que a polarização que estamos vendo no país permanece, e o trumpismo deve se manter forte também.

Onde foi que os EUA erraram para que a situação chagasse a esse ponto de quase guerra civil?

Há uma série de fatores. Entre os internos, estão a desigualdade crescente e a percepção de uma parte muito significativa da população de que a classe política não os atende mais e de que não é capaz de resolver os grandes problemas. Também o fato de a recuperação econômica da crise de 2008 ter sido incompleta e, por isso, ter gerado uma sensação de impunidade da elite financeira, somado aos dados de que os Estados Unidos são o único país desenvolvido que teve ao longo dos últimos anos uma queda na expectativa de vida. Ou seja, uma série de desafios profundos. Essa percepção de que o sistema é ineficaz deu abertura a uma figura antissistema que, também por meio de uma falta de regulação do uso das mídias sociais, conseguiu aprofundar muito a polarização dos Estados Unidos ao longo dos últimos quatro anos.

E quais foram os fatores externos?

Isso data o fim da Guerra Fria, quando havia um projeto nacional de derrotar o grande comunismo. Depois disso, o clima político nos EUA e o tom na política externa pioraram muito. Todas as eleições desde o fim da Guerra Fria demonstraram uma profunda divisão no país. O último presidente a ter 400 votos no colégio eleitoral foi George Bush, em 1988. Desde então, temos sinais de uma polarização que dificulta o processo político. Trump se aproveitou disso ao adotar uma abordagem inédita: chamar a imprensa de inimiga do povo, falar de traidores. E essa estratégia só funcionou porque o sistema já estava bastante fragilizado.

“Ascensão de alguém que rejeita alguns dos pilares do sistema democrático e que não aceita a legitimidade da oposição só ocorre em um sistema em crise”
© Divulgação “Ascensão de alguém que rejeita alguns dos pilares do sistema democrático e que não aceita a legitimidade da oposição só ocorre em um sistema em crise”

De que forma o que aconteceu nos EUA durante esse período pode ser comparado à eleição de Jair Bolsonaro no Brasil?

A ascensão de alguém que rejeita alguns pilares do sistema democrático e que não aceita a legitimidade da oposição coloca o sistema em crise. Todos esses atores políticos com tendências populistas ou autoritárias surgem em sistemas democráticos muito fragilizados. O Hugo Chávez não teria surgido se a democracia venezuelana não estivesse fragilizada, e o mesmo se aplica ao Brasil e aos EUA.

Esse ambiente de tensão é negativo ou positivo para o início do governo Biden?

A princípio, o presidente Biden, diferentemente de seus antecessores, deverá dedicar muito mais tempo e energia à política interna. O principal projeto, além, obviamente, de combater a pandemia e lidar com a crise econômica, é pacificar a política interna. O risco de crise permanece elevado e pode haver violência durante a posse e também depois. Esse tipo de polarização elevadíssima e a instabilidade política atrapalham um presidente, dificultam aprovação de novos projetos. Agora, o sistema político americano vai passar uma ou duas semanas lidando com as consequências da invasão ao Capitólio. Sem essa invasão, o país estaria discutindo maneiras de superar a pandemia.

Então o foco de Biden será olhar mais para dentro do país?

Não. Isso não quer dizer que ele deixará a política externa de lado. Os EUA são uma potência global e têm laços que fazem com que o tema seja discutido diariamente. Mas a política externa se constrói a partir da política interna. Um país dividido, com muitas crises internas, terá menos capacidade de influenciar o mundo. O mesmo se viu aqui no Brasil a partir de 1995. Após superar a hiperinflação, o País passou a ter uma política externa muito ativa. E isso acabou em 2013, após as manifestações. Aí começou uma fase de instabilidade. Com isso, o Brasil se retirou do palco internacional porque seus mandatários tiveram de dedicar grande parte de seu tempo e energia aos desafios internos.

Quais são os efeitos da derrota de Trump nos planos de Bolsonaro, tanto na política interna quanto no campo internacional?

Bolsonaro decidiu, logo depois de sua eleição, transformar a política externa em uma plataforma para mobilizar seus seguidores mais radicais. Essa foi uma estratégia consciente para se comunicar com esse grupo porque ele foi eleito na expectativa de rupturas e de uma política antissistema. Só que Bolsonaro sabia desde o início que, em algum momento, ele teria que abandonar o discurso anticorrupção, antissistema, e anti “velha política”. Como na política externa ele tem mais espaço e menos limitações, ela se tornou um palco e tanto.

Para o Brasil, esse estilo de gestão vai causar grandes problemas, não?

A política externa de Bolsonaro já causou um estrago gigante. O País passou por crises bilaterais inéditas com a China, com a Alemanha, com a Argentina, com a França. Agora, com a eleição de Biden, Bolsonaro perdeu seu aliado mais relevante.

Não se pode esperar uma reviravolta na relação?

A expectativa, tanto de especialistas brasileiros quanto de analistas americanos em Washington, é de que não será viável manter uma relação bilateral produtiva a não ser que haja uma mudança brusca na retórica brasileira, o que me parece improvável. Bolsonaro teria de trocar seu chanceler, Ernesto Araújo. O fato é que a vitória de Biden não ajudará em nada o governo Bolsonaro.

Qual o custo dessas ações para economia?

A política externa tem causado um grande estrago econômico, mas ela é fundamental para estratégia de Bolsonaro. Uma guinada para moderar o discurso externo carrega esse custo de perder esse grupo. Quem observar os grupos de WhatsApp pró-Bolsonaro, perceberá que a política externa é muito importante. Lá, todos defendem que as eleições dos Estados Unidos foram fraudadas, que os chineses inventaram o coronavírus, que os europeus querem ocupar a Amazônia. Com base nisso, o ministro Ernesto Araújo tem um papel na estratégia de reeleição de Bolsonaro, que terá as provocações contra Biden como um elemento para manter a temperatura elevada.

E o prejuízo político?

O custo será alto. O Brasil, por sua falta de poderio militar, utilizou a diplomacia como uma maneira de defender seus interesses nacionais nas últimas décadas. O País teve uma forte atuação na ONU para defender seus interesses, sabendo que isso seria impossível por sua capacidade militar. Diferentemente dos Estados Unidos de Trump, o Brasil é fraco e vulnerável militarmente. Hoje, perdeu influência nesses órgãos. Em grande parte porque ataca esses fóruns. O Brasil deixou de ser confiável.

“A grande questão é até que ponto Biden é capaz de consertar vários dos estragos causados à democracia americana nos últimos anos”
© Morry Gash/AFP “A grande questão é até que ponto Biden é capaz de consertar vários dos estragos causados à democracia americana nos últimos anos”

No curto prazo, qual deverá ser a reação do mundo contra o Brasil?

A retórica radical no âmbito externo facilita a vida daqueles no exterior que querem achar razões para não ratificar o acordo comercial com o Brasil e torna o País menos atraente aos investidores porque aumentam o risco de boicotes contra produtos brasileiros em mercados externos. Todos esses riscos vão aumentar ainda mais porque Bolsonaro tem uma péssima reputação entre democratas que, certamente, não vão apoiar nenhum tipo de facilitação de comércio, de investimento ou de qualquer medida de aprofundamento entre os dois países. Mesmo assim, eu acho que o maior custo vem depois. O Brasil terá de pagar um custo alto por muitos anos pois é cada vez mais visto como fonte de problemas e, na hora de achar soluções para grandes desafios globais (como uma vacina ou mudanças climáticas), o Brasil não está na mesa. Mesmo pós-Bolsonaro, daqui dez anos, o Brasil terá de lidar com as sequelas.

Como estão as grandes democracias mundiais?

É difícil mensurar a qualidade das democracias. Há fortes sinais de que há risco de erosão da democracia em muitos países, mesmo que em muitos casos os governantes busquem preservar algum verniz democrático. É o que vemos na Turquia, nas Filipinas, na Venezuela, na Hungria, no Brasil, mesmo nos Estados Unidos. O que veremos neste ano são movimentos a favor da democracia. Algumas potências emergentes, sobretudo a China, são autoritárias e isso pode ter um impacto negativo para o futuro da democracia. A questão é até que ponto Biden é capaz de consertar os estragos causados à democracia americana nos últimos anos e de que maneira sua vitória pode inspirar outros candidatos que estão buscando vencer adversários populistas e autoritários ao redor do mundo.

fonte: istoé - 16/01/2021 08h:53min.

Twitter restringe circulação de post de Bolsonaro sobre tratamento precoce contra Covid-19


FOTO: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLE

foto:FOTO: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

O Twitter inseriu na noite desta sexta-feira (15/1) marcação em uma publicação feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o “tratamento precoce” contra a Covid-19 com medicamentos sem a eficácia comprovada para a doença.

A mensagem da empresa diz que a postagem viola as regras da plataforma “sobre publicação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais” relacionadas à Covid-19″. “No entanto, o Twitter determinou que pode ser do interesse público que esse Tweet continue acessível”, diz a mensagem acima da publicação do presidente.

Quando o Twitter sinaliza publicações do tipo, a circulação do tuíte é restringida, mas continua disponível na rede social.

No post, Bolsonaro diz que “estudos clínicos demonstram que o tratamento precoce da Covid, com antimaláricos, podem reduzir a progressão da doença, prevenir a hospitalização e estão associados à redução da mortalidade”. Informações do site Metrópoles em 16/01/2021

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