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sábado, 31 de julho de 2021

Em visita ao Brasil: Presidente de Portugal se reúne com Lula antes de encontrar Bolsonaro

 

Em visita ao Brasil, presidente de Portugal se reúne com Lula antes de encontrar Bolsonaro
Foto: Ricardo Stuckert

Em visita ao Brasil para a reinauguração do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, se encontrou nesta sexta-feira (30) com o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A reunião foi comentada pelo petista nas redes sociais.

 

“Diálogo fraterno com o presidente de Portugal Marcelo Rebelo de Sousa, que chegou hoje no Brasil para participar da inauguração do Museu da Língua Portuguesa. Conversamos muito sobre as relações Brasil-Portugal e União Europeia. Um agradável encontro”, publicou Lula.

 

Em entrevista a veículos portugueses, Marcelo Rebelo de Sousa negou que a visita ao Brasil tenha objetivos políticos, mas sim culturais. "Não tem nada a ver com isso. A cultura, neste momento, tem um papel fundamental na convergência entre Portugal e o Brasil e esta reinauguração é um grande momento cultural, que vai para além de Portugal e Brasil", disse.

 

“Tem a ver com a realidade da língua portuguesa no mundo e isso envolve responsáveis portugueses, mas também brasileiros, como antigos chefes de Estado. São muitos e proporcionou-se poderem encontrar-se com o presidente da República portuguesa num momento culturalmente importante”, completou.

 

Marcelo Rebelo de Sousa ficará quatro dias no Brasil e tem uma audiência marcada com o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), na próxima segunda-feira (2) em Brasília. Há ainda encontros programados com os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Michel Temer (MDB). Informações do Bahia Notícias em 31/07/2021 às 23h:10min

DF: General da reserva Paulo Chagas chama de “canalhice” sigilo de visitas dos filhos a Bolsonaro no planalto

 

Paulo ChagasRafaela Felicciano/Metrópoles

O general da reserva Paulo Chagas classificou como “canalhice” a decisão da Secretaria-Geral da Presidência de estabelecer sigilo de 100 anos no acesso às informações de visitas do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao Palácio do Planalto.

“Os 100 anos de sigilo colocados sobre o porquê do ‘crachá’ de Carlos Bolsonaro no Palácio do Planalto nos revela que a canalhice está distribuída de forma equitativa por todos os ‘Poderes’ da pobre podre República de Pindorama! Muito triste… É hora de mudar para algo melhor”, escreveu o ex-aliado do presidente da República no Twitter.

Neste sábado (31/7), uma reportagem da revista Crusóe revelou a decisão da Presidência da República de blindar a divulgação de informações sobre a entrada dos filhos de Jair Bolsonaro na sede do governo federal, em Brasília. O material foi baseado em documentos adquiridos por meio da Lei e Acesso à Informação (LAI).

“As informações solicitadas dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem dos familiares do senhor Presidente da República, que são protegidas com restrição de acesso, nos termos do artigo 31 da Lei nº 12.527, de 2011”, diz trecho do documento.

Veja a publicação:

Sigilo de dados

De acordo com o documento do Planalto, as informações pessoais relacionadas à “intimidade, vida privada, honra e imagem” serão de acesso restrito, independentemente da classificação de sigilo. O prazo estabelecido é de 100 anos.


Entre abril de 2020 e junho de 2021, a mesma revista apontou que o vereador carioca Carlos Bolsonaro havia visitado o Palácio do Planalto pelo menos 32 vezes, de acordo com os sistemas internos.

Já Eduardo Bolsonaro esteve no gabinete do pai, oficialmente, pelo menos em três momentos, todas registrados no mês de abril de 2020.

Fonte:Metrópoles - 31/07/2021

Brasil: Mourão nega renúncia e diz que segue no governo Bolsonaro 'até o fim'

 BRASÍLIA - O vice-presidente Hamilton Mourão foi às redes sociais neste sábado, 31, para afastar a possibilidade de renunciar ao cargo e dizer que segue o governo Jair Bolsonaro "até o fim", apesar das críticas do chefe do Planalto.

"Desde 2018 tenho viajado pelo Brasil e muitas pessoas falam que votaram na chapa JB-Mourão por confiar em mim. Em respeito a essas pessoas e a mim mesmo, pois nunca abandonei uma missão, não importam as intercorrências, sigo neste governo até o fim", escreveu Mourão no Twitter. O posicionamento ocorre após novas críticas feitas pelo presidente Bolsonaro à atuação de Mourão e notícias veiculadas na imprensa de que o vice estaria sendo aconselhado a renunciar ao cargo.

Na última segunda-feira, 26, Bolsonaro afirmou que "por vezes" Mourão atrapalha o governo. Em entrevista à rádio Arapuan, da Paraíba, o presidente disse que a função de vice é similar a do cunhado: "Você casa e tem que aturar, não pode mandar embora", afirmou.

Conforme a CNN informou, Mourão foi aconselhado por um general da reserva próximo a ele no início desta semana a renunciar ao cargo. Mourão teria respondido que não seria ainda o momento para deixar o governo. O vice-presidente, escolhido por Bolsonaro para compor a chapa da candidatura presidencial em 2018, tenta agora emplacar uma candidatura ao Senado no próximo ano e já flertou com a possibilidade de se lançar ao governo do Rio Grande do Sul.

A relação entre o presidente e o vice ficou mais complicada após Bolsonaro anunciar o senador Ciro Nogueira (PP-PI) como ministro-chefe da Casa Civil, levando um dos caciques do Centrão para o Palácio do Planalto. Na semana passada, ao comentar a escolha, Mourão disse que parte dos eleitores de Bolsonaro, aqueles que teriam votado no presidente por uma questão programática, "podem até se sentir um pouco confundidos".

Hamilton Mourão, vice-presidente da República. © Dida Sampaio/Estadão Hamilton Mourão, vice-presidente da República.

No Executivo, o vice-presidente ficou responsável por conduzir as ações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, após pressão internacional sobre o Brasil, mas viu sua função ficar esvaziada. Em abril, a operação Verde Brasil, coordenada por ele, foi encerrada. Além disso, Mourão ficou de fora das reuniões ministeriais promovidas por Bolsonaro no Planalto, até voltar a ser chamado para as conversas no início do mês.


Fonte: ESTADÃO - 31/07/2021 16h:50min.


SP: Museu da Língua Portuguesa é reinaugurado com presidente de Portugal, mas sem Bolsonaro

 

Museu da Língua Portuguesa é reinaugurado com presidente de Portugal, mas sem Bolsonaro
Foto: Cleo Velleda / Governo de SP

Mais de cinco anos depois de ser consumido por um incêndio que matou um bombeiro civil, em dezembro de 2015, o Museu da Língua Portuguesa, no centro de São Paulo, foi reinaugurado em cerimônia exclusiva para convidados neste sábado (31).
 

Estiveram presentes o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o secretário estadual de Cultura, Sérgio Sá Leitão, e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB).
 

Ainda participaram da solenidade os ex-presidentes Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso -todos os ex-chefes do Executivo ainda vivos foram convidados, além do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que não se manifestou sobre o evento.
 

"Convidamos o presidente Jair Bolsonaro, que infelizmente preferiu passear de motocicleta em Presidente Prudente", alfinetou Doria, referindo-se a mais um ato com motoqueiros feito pelo presidente, desta vez no interior de São Paulo, neste sábado.
 

O saguão do museu comportava também autoridades de países lusófonos, como o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e o de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca.
 

O local foi homenageado com a Ordem de Camões pelo presidente português. "A língua é uma alma feita de milhões de almas. Aqui viemos para dizer que é possível materializar o imaterial" disse ele.
 

Fafá de Belém, com vestido amarelo e joias esverdeadas, foi convidada para entoar o hino nacional na reabertura.
 

Ao custo de R$ 85,8 milhões, a reconstrução ficou a cargo do governo paulista e da Fundação Roberto Marinho. A volta estava marcada para 2020, mas foi adiada. O público poderá visitar a partir deste domingo (1º). Informações da Folhapress em 31/07/2021.

Covid-19: Variante Delta do coronavírus é muito perigosa para quem não foi vacinado

Dimitris_Barletis / stock.adobe.com
Variante Delta é tão contagiosa quanto a catapora e mais transmissível do que resfriado comum e gripe espanhola

A queda diária no número de casos e mortes relacionados à COVID-19 no Brasil tem gerado um sentimento de esperança em grande parte da população, que sonha, por exemplo, com um fim de ano bem diferente do que foi o de  2020, com medidas mais flexíveis devido à promessa de vacinar todos os brasileiros acima de 18 anos até o fim de dezembro.

Documento divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, alertou, no entando, que a variante Delta pode ser um grande risco para pessoas não imunizadas, uma vez que é altamente contagiosa se comparada com outras. Nessa sexta-feira (31/7) foi registrado o quinto caso da cepa em Minas, na cidade de Virginópolis, na região de Itabira.

O “alerta” do CDC foi divulgado inicialmente pelo jornal "The Washington Post" na última quinta-feira (30/7). No informe, o órgão compara a transmissibilidade da variante Delta com a da catapora, ou seja, se espalha mais fácil que todas as cepas da COVID-19, como a P1 ou Gama, também conhecida como variante do Amazonas, além de outras doenças, como o ebola e gripe.



A transmissão da linhagem indiana também pode ocorrer entre pessoas vacinadas e não vacinadas com a mesma chance em ambos os cenários, segundo o documento. Porém, a imunização reduz e até evita casos graves e mortes causadas pelo coronavírus, com eficácia superior a 90%.

O documento foi elaborado com base em vários estudos sobre a variante Delta, sendo um deles feito em Massachusetts, onde especialistas comprovaram o contágio da cepa na mesma escala entre vacinados e não vacinados. Ou seja, uma pandemia pode se formar entre aqueles que ainda não estão imunizados, porém, atingindo também aqueles que já completaram o esquema vacinal.

Apesar de a Delta ser transmissível entre os grupos, o risco de alguém imunizado ter a forma grave da COVID-19 e até morrer por causa da doença é 10 vezes menor se comparado a uma pessoa não vacinada.

Também nessa sexta-feira, a Agência France-Presse (AFP) informou que estudo publicado na França mostrou que 85% dos internados no país não estavam vacinados contra a COVID-19, incluindo pessoas em unidades de terapia intensiva (UTIs). Além disso, os não imunizados representam 78% das mortes por complicações do coronavírus.

Entre 31 de maio e 11 de julho, as pessoas não vacinadas representavam 84% das internações hospitalares convencionais e 85% nos serviços de cuidados críticos.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) também fez um alerta para a disseminação da variante Delta. De acordo com o diretor-geral do organismo internacional, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a cepa já foi identificada em, pelo menos, 132 países.

MÁSCARAS

Tamanha preocupação com a variante Delta fez o CDC emitir recomendação para que pessoas vacinadas contra a COVID-19 voltem a usar máscaras em ambientes fechados nos EUA. Em maio, o órgão havia aconselhado a flexibilização do uso da proteção em locais fechados, com exceção de transportes públicos.

O país tem 48,8% da população vacinada com as duas doses, segundo a plataforma Our World In Data. Ainda segundo o CDC, a cepa nova é responsável por 83% dos novos casos registrados nos Estados Unidos.

Já no Brasil, “logo, logo não precisaremos mais de máscara”. A afirmação foi feita pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante conversa com a imprensa no Palácio do Planalto nesta semana. Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) levantar a possibilidade do não uso do acessório por parte de pessoas já infectadas ou vacinadas, Queiroga encomendou um estudo para avaliar a viabilidade da medida.

Até a última quinta-feira, o Brasil registrava 247 casos confirmados envolvendo a variante Delta. Ao todo, até as 19h30 de ontem, o país tinha 40.602.854 pessoas com o esquema vacinal completo, seja com as duas doses ou dose única. Isso representa 25,68% da população acima de 18 anos. Com a cobertura vacinal ainda baixa, a variante Delta se torna um risco ao país, se levado em conta o estudo publicado pelo CDC americano.

Fonte: ESTADO DE MINAS ONLINE -31/07/2021 15h:35min

Atriz Fernanda Montenegro se emociona ao falar de abandono na Cultura; 'mas vamos renascer'

 

Fernanda Montenegro se emociona ao falar de abandono na Cultura; 'mas vamos renascer'
Foto: Reprodução / Redes Sociais

A atriz Fernanda Montenegro se emocionou durante uma postagem nas redes sociais  ao comentar o incêndio que atingiu a Cinemateca Brasileira, na última quinta-feira (relembre). Em publicação no Instagram, a atriz se manifestou lembrando que 'um país não existe sem cultura liga às artes'. 

A artista de 91 anos demonstrou indignação, não apenas com o incêndio que atingiu o acervo  cinematográfico, mas com a realidade cultural em geral.

"Eu quero falar aqui o que eu escrevi. O incêndio na Cinemateca em São Paulo é uma tragédia anunciada. Toda a nossa cultura das artes sofre um cala boca neste momento, mas vamos renascer, tenho certeza. Nós temos certeza. Das cinzas, vamos renascer. É sagrado o eterno retorno. Das artes, então? Na cultura das artes, então? Um país não existe sem cultura ligada às artes", publicou. 
 

Bolsonaro impõe sigilo a dados sobre acesso dos filhos ao planalto

 

Presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo
Reprodução -/ Presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo, o '03', segundo o presidente.


Informações dos crachás de acesso dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Carlos Bolsonaro (Republicanos) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), não poderão ser acessadas por 100 anos, segundo determinou o governo federal. A própria Presidência da República revelou a existência dos crachás em documentos públicos enviados à CPI da Covid.

Segundo informações obtidas por meio da LAI (Lei e Acesso à Informação) e reveladas pela revista Crusoé, as informações solicitadas dizem respeito à "intimidade, à vida privada, à honra e à imagem dos familiares do senhor Presidente da República", sendo protegidas com restrição de acesso, nos termos do artigo 31 da Lei nº 12.527, de 2011.

Isso determina que tais informações citadas tenham acesso restrito, independente da classificação de sigilo. O prazo máximo estabelecido foi de 100 anos.

A revista havia mostrado que Carlos Bolsonaro, atual vereador do Rio de Janeiro, havia visitado o Palácio do Planalto 32 vezes entre abril de 2020 e junho de 2021.

Uma planilha que teria sido elaborada pela Casa Civil mostra que o vereador do Rio tinha livre acesso ao terceiro andar do Planalto e ao gabinete da Presidência. Já o deputado Eduardo Bolsonaro esteve no gabinete três vezes em abril de 2020.

STF: Decisão de Moraes em caso de interferência na PF é vista como resposta à participação de ministro da Justiça em live

foto:reprodução/TV Brasil

Presença de ministro da Justiça, Anderson Torres, em live de Jair Bolsonaro com ataques ao STF e ao TSE pegou mal.


Confira a notícia completa no link abaixo da coluna Painel do site UOL de hoje(31)

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2021/07/decisao-de-moraes-em-caso-de-interferencia-na-pf-e-vista-como-resposta-a-participacao-de-ministro-em-live.shtml

Durante sua gestão, namorada de Pazuello recebeu quase R$ 30 mil em diárias do MS

 A namorada do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello recebeu R$ 29,5 mil de maio de 2020 a março deste ano em diárias do Ministério da Saúde. A informação foi revelada pelo jornal Folha de São Paulo. Laura Appi tem cargo de direção na Secretaria de Atenção Primária da pasta. 

O general Eduardo Pazuello em entrevista a jornalistas no fim de sua gestão no Ministério da Saúde
© Sérgio Lima/Poder360 15.mar.2021 O general Eduardo Pazuello em entrevista a jornalistas no fim de sua gestão no Ministério da Saúde

Segundo o jornal, Appi, que também é militar, recebeu outros R$ 24,4 mil em passagens e diárias, totalizando R$ 54 mil. Os dados podem ser acessados no Portal da Transparência

A assessoria de imprensa do Ministério foi procurada, mas não se posicionou até a publicação desta reportagem.

Neste mesmo período, Pazuello também recebeu R$ 88,5 mil em diárias e ajuda de custo do Ministério da Saúde e teve 9 viagens reembolsadas. Sua namorada se apresentou como acompanhante do então ministro para preencher o requisito de justificativa para o deslocamento. 

O reembolso de viagens aéreas a ministros de Estado e funcionários em serviço não é ilegal, mas os valores destinados ao ex-ministro chegaram a ser questionados pela CPI da pandemia. 

Além dos valores destinados ao reembolso, senadores também questionaram o ministro sobre a demora e suspeições nas negociação de vacinas e sobre o incentivo ao uso de cloroquina para combater a covid-19. 

Fonte:Poder 360 - 31/07/202113h:45min.

Em Anagé: Mais um cigano suspeito de participar de mortes de PMs é morto em ação policial



Um cigano suspeito de participar dos assassinatos do tenente Luciano Libarino Neves e do soldado Robson Brito de Matos  da Polícia Militar da Bahia. O cigano foi encontrado, na manhã desta sexta-feira (30), na cidade de Anagé, a 80 km de Brumado, região sudoeste do Estado. Armado, o criminoso tentava invadir residências, quando foi denunciado por moradores da localidade de Lagoa Grande. De acordo com a Secretaria de ´Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o homem, que estava com um revólver calibre 38, munições e uma faca do tipo peixeira, acabou cercado por equipes da Cipe Central e da 79ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). Na tentativa de prisão houve confronto e o cigano acabou ferido. Ele foi socorrido, mas não resistiu. O criminoso estava com outros três ciganos que também atacaram com tiros equipes das polícias Militar e Civil, na quarta-feira (28). Com o grupo foi recuperada a pistola do soldado Robson Brito de Matos, roubada após ele ser executado.


Fonte:Achei Sudoeste c/adaptações - 31/07/2021 - 13:20min

Bahia: Instituto pede à DPU apuração rigorosa para as mortes de ciganos

 

(Reprodução)

Reportagem do Correio da Bahia -31/07/2021

Diante ao clima de terror, o Instituto Cigano do Brasil (ICB) enviou à Defensoria Pública da União (DPU) da Bahia um pedido para apuração rigorosa e imparcial das mortes dos ciganos em Vitória da Conquista, Itiruçu e Anagé, e também sobre as possíveis torturas, ameaças e violência por alguns policiais. O documento foi encaminhado ao defensor regional de Direitos Humanos da

 DPU Vladimir Ferreira Correia nesta sexta-feira (30). 

Após a execução do tenente Luciano Libarino Neves, 34 anos, e do soldado Robson Brito Matos, 30, no 13 deste mês em Vitória da Conquista, região sudoeste do estado, dez pessoas foram mortas até esta sexta-feira (30). Deste total, oito foram ciganos, sendo seis adultos, um menino de 13 e um adolescente de 16 anos – todos filhos do cigano Rodrigo Silva Matos, preso como um dos autores dos disparos que mataram os PMs. Além deles, um empresário e um jovem de 15, esses não ciganos, também foram mortos. 

“A importância desse documento é alertar as instituições para que possa fazer uma investigação mais aprofundada dessas mortes, porque a gente observa que sempre a polícia usa a palavra confronto e a gente observa que não tem nenhuma perícia. Se mata no confronto, mas não se vê um policial arranhado. A gente vê um suposto confronto entre a polícia e um único cigano, sendo que o cigano com tiros à queima-roupa na testa e outras regiões da cabeça. No caso de Lindomar, havia também sinais de tortura”, declarou o presidente do ICB, cigano Rogério Ribeiro. O documento será enviado também para Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Procuradoria Geral da República, Defensoria Pública, Ministério Público e a Comissão de Direitos humanos. 

A reportagem procurou a DPU Bahia para saber quais providências serão adotadas, mas até agora não houve resposta. Já a Secretaria de Segurança Pública (SSP) enviou a seguinte nota: “ A SSP informa que todos os confrontos estão sendo apurados pela Corregedoria e que a pasta prestará qualquer esclarecimento se for solicitada”.


SP: Negligência com Cinemateca é criminosa, afirma ex-presidente da instituição

 

Negligência com Cinemateca é criminosa, afirma ex-presidente da instituição
Foto: Reprodução/TV Globo

Diretor da Cinemateca Brasileira entre 2002 e 2013, o administrador Carlos Magalhães viveu o que ele chama de "fase áurea" da instituição. Durante todo aquele período, contou com orçamento de aproximadamente R$ 170 milhões, dos quais R$ 20 milhões foram repassados diretamente pelo governo e os outros R$ 150 milhões foram captados via renúncia fiscal e convênios com o extinto Ministério da Cultura.
 

Nesta quinta, um incêndio atingiu um depósito da instituição, no bairro da Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo. Isso após especialistas já terem alertado sobre a possibilidade.
 

"Nasceu como fundação de direito privado e foi incorporada ao governo federal no início dos anos 1980, por iniciativa do designer pernambucano Aloísio Magalhães, que foi secretário de cultura do Ministério da Educação e Cultura e diretor do Iphan [o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] e morreu logo depois. A ideia era ser um braço do Iphan, cuja concepção foi idealizada por Mário de Andrade", relata Magalhães.
 

Aos 62 anos, o ex-diretor, que talvez seja o que ocupou o cargo por mais tempo, lamenta que o órgão tenha se transformado em "prêmio de consolação", comenta a atual situação —"delicadíssima, de más condições técnicas a falta de orçamento"— e afirma que nem Regina Duarte nem Mario Frias têm qualificação para o posto.
 

*
 

Pergunta - Qual o tamanho da instituição como equipamento cultural?
 

Carlos Magalhães - Ela equivale ao que é a Biblioteca Nacional, só que em termos de audiovisual. Guarda a memória da produção do país. Tem uma responsabilidade muito grande, que é a de preservar o material produzido pela classe artística, além de abrigar e cuidar desses materiais. É uma instituição que tem viés técnico, uma vez que preserva diversas mídias, desde a película até o digital. É um acervo da nação, cuja propriedade física pode até ser de um sujeito ou de uma sociedade sem fins lucrativos, mas seu conteúdo pertence à sociedade.
 


 

P. - Qual é o seu papel no campo cultural e econômico?
 

CM - Difundir esse material, além de preservar. É comum usar imagens de arquivos para novas produções. Nos primórdios da história do cinema brasileiro, incluindo a fase pré-cinema, a gente perdeu muita coisa antes de a Cinemateca existir. Foi com ela que veio essa consciência e necessidade de preservar, tanto pelo valor cultural como pelo valor econômico.
 


 

P. - O que de mais precioso guarda a Cinemateca?
 

CM -Tem os filmes mais antigos, coleções de cinejornais, um acervo incrível da extinta TV Tupi de telejornal, preciosidades em película e acervos digitalizados, além de documentação, livros, roteiros, fotografias. Estamos falando de uma instituição complexa, com a documentação da extinta Embrafilme. Riquíssima em termos de informações de como e quanto custava tudo, o audiovisual e todas as atividades correlatas.
 


 

P. - Há algum tempo, a Cinemateca Brasileira enfrenta uma situação delicada, sofrendo com más condições técnicas e falta de orçamento. Vem de quando este descaso?
 

CM - A situação da Cinemateca hoje tem mais de um responsável, talvez a primeira [crise] foi com a atitude de Marta Suplicy enquanto ministra da Cultura, que destituiu uma direção e não fez nada para ocupar aquele lugar depois, desrespeitando sua autonomia. Em seguida, vieram outros ministros, Marcelo Calero, em 2016, e Sérgio Sá Leitão, em 2017.
 


 

P. - Em entrevistas, você disse, e chegou a repetir, que em sua gestão, entre 2002 e 2013, o órgão viveu sua fase áurea. A que você atribui isto?
 

CM - A Cinemateca ganhou mais visibilidade, verbas e equipamentos modernos. Relatórios de preservação e difusão mostram o quanto ela se equipou nesse período, se comunicou com o mundo externo, se conectou a outras visões cinematográficas, ao intercâmbio.
 


 

P. - Se nos dois meses enquanto secretária especial de Cultura, Regina Duarte não demonstrou muita presença, o que esperar do seu colega Mario Frias?
 

CM - Sou muito cético e, do ponto de vista de alguma racionalidade, é para a gente cortar os pulsos e não esperar nada. Mas sei lá, vai que o sujeito que deu o presente entregou um cheque junto. Torci para que dessem para Regina Duarte recursos, e que ela tivesse humildade de convidar pessoas que entendessem da questão para auxiliar, pois, pelo que a conheço, ela não tem uma formação que a qualifique para isso. Vale lembrar que, como atriz e personalidade do audiovisual brasileiro, ela tem parte da sua história ali, o que, por si só, não a qualifica para o cargo.
 


 

P. - Uma carta aberta afirma que, além de não ter recebido em 2020 nenhuma parcela do orçamento anual —no valor de R$ 12 milhões—, a Cinemateca vem passando por processo de enfraquecimento institucional e, ainda, está com acervo em perigo por causa não somente de sucessivos incêndios ocorridos em sua estrutura nos últimos anos, mas também uma enchente ocorrida no ano passado. Qual a dimensão desta possível perda?
 

CM - Primeiro que é um absurdo não receber um aporte tão pequeno dentro do orçamento público. A Cinemateca precisa de energia para manter o acervo a salvo. Esse valor é, no mínimo, duas vezes e meia menor que o de uma instituição como a Pinacoteca, por exemplo. Estamos falando do básico. Ela cuida de acervo que está sob a guarda dela, mas que não pertence a ela. Pertence a qualquer um, ao cineasta que pretende utilizar uma imagem de arquivo para realizar seu filme.
 


 

P. - Qual é a função da Sociedade Amigos da Cinemateca?
 

CM - Tem quase 50 anos de serviço prestado, com envolvimento de acadêmicos e intelectuais. Mas foi excluída de seu papel em 2013, transformando-se em uma organização social com a responsabilidade diminuída de gerir a Cinemateca.
 


 

P. - Olhando para o que deu certo e errado, que caminhos a Cinemateca deveria seguir?
 

CM - O da difusão do que é preservado. Sempre bati nessa tecla, firmando parcerias com cinematecas de outros países, como Portugal e Dinamarca.
 

Lembro um fato que marcou a história da Cinemateca, que foi a restauração do filme "Limite", de 1930, escrito e dirigido por Mário Peixoto em 2010, sob a responsabilidade de Saulo Pereira, a cargo da Cinemateca com recursos da Film Foundation [entidade fundada e presidida por Martin Scorsese].
 

Um músico norueguês se apaixonou pelo filme, uma das obras-primas do cinema brasileiro, e chegou a compor uma trilha, apresentada durante uma exibição para 1.500 pessoas na Noruega, com a participação do baixista Rodolfo Stroeter e do percussionista Naná Vasconcelos. Depois repetimos a performance em São Paulo.
 


 

P. - Quem você nomearia para o cargo que já foi seu?
 

CM - Carlos Augusto Calil, professor do departamento de cinema da USP, um tremendo gestor e que já foi diretor da Cinemateca, conhece de cima a baixo. Também foi secretário municipal de Cultura, um intelectual preparado para o cargo.



Fonte:FOLHAPRESS - 31/07/2021 12h:15min.