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sábado, 27 de março de 2021

Brasil: Bolsonaro é condenado a pagar R$ 20 mil à Patrícia Campos Mello

 

Presidente Bolsonaro no CongressoIgo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi condenado a pagar à jornalista Patrícia Campos Mello uma indenização de R$ 20 mil por danos morais. A decisão, em primeiro grau, foi proferida nesta sexta-feira (26/3) pela juíza da 19ª Vara do Foro Central Cível de São Paulo, Inah de Lemos e Silva Machado.

O processo em questão foi motivado pela insinuação sexual imputada a Campos Mello pelo chefe do Executivo brasileiro. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que a jornalista assediou o ex-funcionário da Yacows – empresa de disparos em massa no WhatsApp investigada na CPMI das Fake News – Hans River. Cabe recurso.

Hans, diante de deputados e senadores, que Patrícia, supostamente, queria “um determinado tipo de matéria a troco de sexo”.

“No depoimento do Hans River, no final de 2018 para o Ministério Público, ele diz do assédio da jornalista em cima dele. Ela queria um furo, ela queria dar um furo a qualquer preço contra mim”, disse Bolsonaro, aos risos, pouco antes do início da cerimônia de hasteamento da bandeira, no Palácio da Alvorada, no dia 18 de fevereiro de 2020.


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Campos Mello foi a autora, na ocasião, de reportagens que revelaram e detalharam um esquema bancado por empresários, de disparo de mensagens anti-PT no pleito de 2018. De acordo com as matérias, o principal beneficiado seria Jair Bolsonaro, à época, candidato.

“Julgo procedente o pedido inicial, condenando o réu ao pagamento de indenização por danos morais no importe de R$ 20.000,00 corrigidos a contar desta data e acrescidos de juros moratórios de 1% ao mês a contar do evento, nos termos da súmula nº 362 do c. Superior Tribunal de Justiça. Sucumbente, arcará o réu com as custas e despesas processuais e honorários advocatícios fixados em 10% do valor da condenação”, disse a juíza Inah de Lemos na sentença.

Metrópoles teve acesso à íntegra da decisão, a qual cabe recurso. Veja abaixo:

Indenização do presidente Jair Bolsonaro à jornalista Patrícia Campos Mello by Metropoles on Scribd


fonte:Metrópoles 27/03/2021 14h:36min.

Rio: Pastor Silas Malafaia testa positivo para a Covid-19 e cancela encontro com Bolsonaro; esposa também está

 

Reprodução/YouTube

pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, testou positivo para a Covid-19. A informação foi confirmada pelo religioso ao jornal Folha de S.Paulo, neste sábado (27/3).

Malafaia esteve com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 15 de março, quando fizeram uma “convocação geral para o povo de Deus”, pedindo para que a população fizesse um jejum das 0h às 12h, na próxima segunda-feira (29/3).

Ele encontraria o presidente da República às 15h30 de segunda, mas cancelou a reunião devido à doença. Ministros da Justiça e Segurança Pública, Educação, Mulher Família e Direitos Humanos e da Secretaria de Governo da Presidência da República também participariam do encontro.


A esposa de Malafaia, Elizete, também está contaminada. No entanto, em entrevista à Folha, o líder religioso disse que ela já se recuperou. “Eu que ainda estou, devo estar nos últimos dias com esta tralha”, afirmou.

Malafaia também disse que faz tratamento com ivermectina, medicamento sem comprovação científica de eficácia contra a Covid-19. “Como o pessoal fala, é um preventivo para aliviar o impacto dessa tralha”, afirmou. Ele, que é seguidor e amigo de Bolsonaro, também se posicionou contrário ao lockdown.

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“Se for buscar vídeos meus lá de trás, digo o que Jesus falou: que os sãos não precisam de médicos, mas os doentes. Eu não sou pastor que negue o poder da medicina. A minha grande questão é o que estamos vendo aí, o que o lockdown contribui. Não existe saúde com economia destruída, essa que é a minha questão”, afirmou à Folha.

Em fevereiro deste ano, o pastor teve um culto encerrado pela Polícia Militar após reunir centenas de fiéis e causar aglomeração. Um dia depois da interdição, o religioso, que é contrário às medidas de restrição, realizou outra celebração.

O pastor disse que mantém o isolamento social desde o dia que descobriu a infecção e afirma não saber como foi contaminado: “Não sei se na igreja, em culto. Mandei o pessoal anunciar e tudo. Devo ter pego das transmissões”.

Bispo Daniel

Em dezembro de 2020, o bispo Daniel Malafaia, primo de Silas, faleceu por complicações da Covid-19. O religioso atuava na Assembleia de Deus Madureira.

Na época, Silas publicou uma nota de pesar em uma rede social: “O nosso querido bispo Daniel Fonseca Malafaia descansa em paz. Partiu para a eternidade com o Senhor.”

fonte:METRÓPOLES - 27/03/2021 14h:30min.

O The New York Times diz que colapso na saúde do Brasil era previsto




Para jornal americano, variante de Manaus, brigas políticas e desconfiança da ciência geraram caos nos hospitais

Confira a reportagem completa sobre o que disse um dos maiores jornais do Mundo sobre a pandemia no Brasil no link abaixo do site UOL de hoje(27)

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2021/03/em-manchete-de-seu-site-the-new-york-times-diz-que-colapso-na-saude-do-brasil-era-previsto.shtml 

Recorde de mortes e colapso dos hospitais no Brasil são destaque na mídia estrangeira



                                           foto:reprodução

O colapso no sistema de saúde do Brasil em decorrência da pandemia, que levou ao registro de mais 3.650 mortes nesta sexta-feira (26/3), ganhou destaque nos três principais jornais dos Estados Unidos, país que ocupava o ranking global de mortes diárias por coronavírus até o início de março, quando foi ultrapassado pelo Brasil.

The New York Times, The Wall Street Journal e The Washington Post, além da agência de notícias americana Associated Press e da revista britânica The Economist, retratam hospitais lotados, o avanço da variante descoberta em Manaus, as falhas do governo Bolsonaro, o espalhamento de desinformação em torno de tratamentos sem eficácia, a exaustão dos profissionais de saúde e a escassez de oxigênio e medicamentos para intubação.

A Economist e o Wall Street Journal tratam a situação no Brasil como uma ameaça à saúde pública global, principalmente por causa da variante que circula com força no país.

A crise brasileira ocupava a manchete do site do jornal The New York Times neste sábado (27/3) a partir de uma reportagem intitulada “Um colapso esperado: como a pandemia de covid-19 no Brasil superlotou hospitais”.

O texto, assinada por Ernesto Londoño e Letícia Casado, descreve a situação a partir de Porto Alegre, “cidade no centro de um chocante colapso do sistema de saúde do país”. A capital gaúcha tem uma lista de espera por leitos de UTIs que dobrou de tamanho nas últimas semanas, com mais de 250 pacientes em estado crítico.

A cidade também foi recentemente palco de protestos contra medidas de restrição à circulação de pessoas, com participação majoritária de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, descrito na reportagem como um líder que continua a promover remédios ineficazes e potencialmente perigosos contra a doença e a atuar contra estratégias como o lockdown.

Os repórteres do New York Times também entrevistam pessoas que concordam com Bolsonaro, refutam a gravidade da situação e consomem desinformação em redes sociais, como notícias falsas sobre vacinas e supostas sabotagens à política incipiente de Bolsonaro para combater a pandemia.

A reportagem do jornal The Wall Street Journal também é escrita a partir de Porto Alegre. Segundo texto assinado por Paulo Trevisani, Samantha Pearson e Luciana Magalhães, a variante do coronavírus P1 tem devastado o Brasil e representa “uma ameaça à saúde pública global”.

Essa variante, descoberta em Manaus, já está presente em mais de 20 países, é 2,2 vezes mais contagiosa e 61% mais capaz de reinfectar as pessoas, segundo um estudo citado na reportagem.

O texto destaca ainda o perfil etário dos mortos na atual onda de infecções no Brasil, com uma proporção de menores de 60 anos em torno de 30%, ante os 26% na onda anterior em meados de 2020.

O relato do Washington Post é feito a partir do Rio de Janeiro, em texto assinado por Terrence McCoy e Heloísa Traiano. Os repórteres retratam a escassez de medicamentos, oxigênio e profissionais de saúde para as UTIs lotadas na capital fluminense, além das “dolorosas decisões” de optar por tratar apenas aqueles com mais chance de sobrevivência.

A reportagem cita estudos que trata da exaustão e do impacto psicológico em profissionais de saúde da linha de frente do combate à pandemia, que apontam abalos emocionais em 90% deles, além de depressão, ansiedade, insônia e pensamentos suicidas em quase metade dos entrevistados no Ceará.

O caos na saúde pública brasileira também ganhou destaque neste sábado na agência de notícias Associated Press. Reportagem assinada por David Biller e Mauricio Savarese aponta que a marca de 4.000 mortes por dia pode ser ultrapassada em breve no país, dado citado por um gestor do Hospital das Clínicas de São Paulo, o maior complexo hospitalar da América Latina, que está lotado e não para de receber pacientes.

O caos, relatam os repórteres, ocorre em meio a medidas de restrição à circulação de pessoas capengas e “consistentemente sabotadas pelo presidente Jair Bolsonaro”, que dizia buscar evitar a derrocada econômica, o que não ocorreu.

A revista britânica The Economist foca bastante a responsabilidade de Bolsonaro no colapso da saúde brasileiro, em texto intitulado “A má gestão da covid-19 pelo Brasil ameaça o mundo”.

“Bolsonaro promoveu curas charlatanescas, protestou contra lockdowns e tentou impedir a divulgação de dados (sobre infecções e mortes). Ele acaba de se demitir o terceiro ministro da Saúde (um general do Exército) desde o início da pandemia. As vacinas não são para ele, afirmou Bolsonaro. Seu governo demorou a encomendá-las, ainda que fabricantes como Pfizer e Janssen tenham testado (as vacinas) no Brasil.”

O veículo cita também os temores em torno da variante P1, descoberta em Manaus e hoje presente em dezenas de países, por causa da sua capacidade de infectar e reinfectar mais pessoas, além de tornar tornar vacinas contra coronavírus menos eficazes.

Para a Economist, as ações de Bolsonaro “são ruins para o Brasil e para o mundo”.

fonte: BBC NEWS - 27/03/2021

SP: Neto do fundador do Butantan morre de Covid-19

ícaro vital brazil

© Reprodução Facebook/Divulgação/Icaro Vital Brazil


 Icaro Vital Brazil, neto do fundador do Instituto Butantan, o cientista Vital Brazil Mineiro da Campanha (1865-1950), morreu na sexta-feira (26), vítima da Covid-19. 

Ele tinha 72 anos de idade, era advogado e empresário, deixa a esposa e uma filha. O óbito foi comunicado pelo irmão de Ícaro, Erico Vital Brazil, que divulgou uma foto do homem ao lado da família: na imagem abaixo ele é o primeiro à esquerda.

https://www.facebook.com/erico.v.brazil/posts/10219460257712788

Em texto nas redes sociais o Instituto Vital Brazil lamentou a morte. "Com imensa tristeza, comunicamos o falecimento de Ícaro. Kiko, como era conhecido, era filho mais velho de Ícaro Vital Brazil. O Instituto se solidariza com toda a família e presta condolências por esta grande perda", diz a nota.

Em entrevista para o G1 Paraná, Erico afirmou que o irmão tinha um enfisema pulmonar e começou a sentir sintomas da doença na semana passada. Após complicações, foi internado na última segunda (22) mas precisou ser intubado na quinta (25). De acordo com Erico, ele foi o primeiro da família a morrer pela doença pandêmica.

https://twitter.com/vitalbrazil/status/1375618686460047361

fonte:Veja São Paulo -27/03/2021

sexta-feira, 26 de março de 2021

Jornalista Glenn Greenwald diz que mensagens da Lava Jato ajudaram a enfrentar bolsonarismo

 

Glenn Greenwald diz que mensagens da Lava Jato ajudaram a enfrentar bolsonarismo
Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

O jornalista que há dois anos revelou as mensagens trocadas por integrantes da Lava Jato nos bastidores da operação diz que desconfiava do hacker que lhe entregou o material, nunca esteve frente a frente com ele e soube sua identidade só quando ele foi preso e confessou seus crimes.

Num livro sobre a experiência que será lançado daqui a duas semanas, o americano Glenn Greenwald explica que procurou evitar que as desconfianças transparecessem para não minar seus esforços para acessar os arquivos oferecidos pelo hacker e assim poder examiná-los com os próprios olhos.

Para Greenwald, o mais importante não era descobrir a identidade da sua fonte ou entender sua motivação, mas obter os arquivos, porque só assim teria como verificar de forma independente a consistência do material, avaliar o conteúdo das mensagens e adquirir a segurança necessária para publicá-las.

"À medida que fui abrindo e lendo os documentos, eu fiquei cada vez mais convencido da autenticidade desse arquivo e, consequentemente, da fonte", afirma o jornalista no livro. "Parecia impossível para qualquer pessoa fabricar ou forjar um arquivo tão extenso, detalhado, sofisticado e complexo."

"Securing Democracy" ("Garantindo a Democracia") será lançado no dia 6 de abril nos Estados Unidos, no Canadá e no Reino Unido, e logo depois na Europa. Ainda não há título definido para a edição brasileira nem data para seu lançamento, mas a expectativa do jornalista é que ela saia até julho.

Divulgadas em 2019, primeiro pelo site The Intercept Brasil e depois pela Folha de S.Paulo e outros veículos, as mensagens comprometedoras colocaram em xeque a reputação do ex-juiz Sergio Moro, que conduziu a Lava Jato no Paraná até deixar a magistratura para ser ministro do governo Jair Bolsonaro, em 2018.

Elas ressurgiram no início deste ano, quando o Supremo Tribunal Federal concedeu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acesso ao material, e foram decisivas para o convencimento dos ministros do STF que na terça (23) declararam Moro parcial como juiz no caso do triplex de Guarujá, agora anulado.

Os ministros Edson Fachin, relator da Lava Jato no tribunal, e Kassio Nunes Marques, criticaram o uso das mensagens hackeadas no julgamento e defenderam a necessidade de investigações mais profundas para verificar a integridade do material, mas ficaram isolados na defesa do ex-juiz.

O nome do hacker, Walter Delgatti Neto, é mencionado uma única vez no livro de Greenwald. O jornalista afirma que só se sentiu à vontade para identificá-lo como sua fonte depois que Delgatti deixou a prisão, em setembro do ano passado, e começou a dar entrevistas sobre o assunto.

Os contatos entre eles tiveram início em maio de 2019. Delgatti procurou primeiro a ex-deputada Manuela D'Ávila, que lhe sugeriu falar com Greenwald, famoso por ter publicado documentos secretos de agências de espionagem dos Estados Unidos e de outros países obtidos por Edward Snowden em 2013.

O jornalista conta que desconfiava do hacker porque muitas de suas alegações pareciam inverossímeis. Ele dizia que estudara na Universidade Harvard, vivia nos EUA e nunca mais voltaria ao Brasil, mas tinha inglês rudimentar e pedia para conversar em português quando falavam pelo telefone.

Ele também parecia descuidado, segundo Greenwald, e chegou a lhe perguntar se queria que invadisse outras contas no aplicativo Telegram depois de copiar as conversas da Lava Jato --exatamente o tipo de ação que podia tornar o jornalista cúmplice de seus crimes, aos olhos da Justiça brasileira.

A leitura das mensagens obtidas pelo invasor logo convenceu o jornalista do valor do material. Greenwald descreve no livro os procedimentos jornalísticos adotados para verificar a autenticidade dos arquivos, como o cruzamento das informações encontradas nos diálogos com documentos e outras fontes.

Greenwald acha improvável que o material tenha sido adulterado pelo hacker antes da entrega das informações, mas reconhece que isso é virtualmente impossível de ser demonstrado. "Você nunca pode provar o contrário: que nada foi modificado, fabricado ou forjado", afirma o jornalista no livro.

Moro e os procuradores da antiga força-tarefa da Lava Jato no Paraná sempre se recusaram a reconhecer a autenticidade das conversas e colocaram em dúvida a integridade dos arquivos, mas nunca apontaram qualquer indício de fraude no material divulgado pelos jornalistas e pela defesa de Lula.

Um dos fundadores do site The Intercept e de sua versão brasileira, hoje afastado dos dois empreendimentos, Greenwald dedica um capítulo do livro às negociações que conduziu com os principais grupos de comunicação do país em busca de parceiros para explorar o conteúdo das mensagens vazadas.

O jornalista critica a concentração do setor nas mãos de poucas empresas familiares, mas afirma que o envolvimento de outros veículos era necessário para ampliar a capacidade de análise dos arquivos e conferir ao material um selo de credibilidade que o Intercept não teria como obter sozinho.

Greenwald chegou a procurar o Grupo Globo, com o qual trabalhara antes no caso Snowden, mas diz que se desentenderam antes de discutir os detalhes das mensagens. A Folha de S.Paulo teve acesso à íntegra do material recebido pelo Intercept e publicou 24 reportagens como resultado da parceria com o site.

Como indica o subtítulo do livro ("Minha luta por liberdade de imprensa e justiça no Brasil de Bolsonaro"), Greenwald vê a Lava Jato como uma das forças que deram impulso à ascensão do bolsonarismo e a divulgação das mensagens como uma forma de combater tudo que o presidente representa.

"Eu via a Vaza Jato como sendo tanto sobre a viabilidade de uma imprensa livre e dos valores democráticos na era Bolsonaro quanto era sobre corrupção e impropriedades dentro do Judiciário e do Ministério Público", diz ele, que hoje publica numa plataforma para jornalistas independentes, o Substack.

Greenwald rememora as perseguições sofridas por ele e seu marido, o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), e responsabiliza Bolsonaro até mesmo por medidas tomadas pelo Ministério Público, que denunciou o jornalista como cúmplice de Delgatti e recorreu quando a Justiça não aceitou a acusação.

Em fevereiro, quando o americano já tinha colocado o ponto final no seu livro, a defesa de Lula ganhou acesso ao material obtido pela Polícia Federal após a prisão do hacker, e a Procuradoria-Geral da República dissolveu a força-tarefa de Curitiba, depois de meses de atritos com seus integrantes.

Rompido com Moro desde que ele deixou o governo e o acusou de tentar interferir na PF para proteger os filhos contra investigações, Bolsonaro foi um dos primeiros a se animar com o ressurgimento das conversas. "Tem meu nome lá", disse o presidente em fevereiro. "Vocês vão cair para trás."

O presidente chegou a divulgar alguns diálogos no Twitter, como prova de que os filhos eram perseguidos por investigadores, mas era mentira. Bastava ler as mensagens com atenção para ver que se tratava apenas de dois procuradores falando de uma foto compartilhada no Telegram e fazendo uma piada.



SECURING DEMOCRACY: MY FIGHT FOR PRESS FREEDOM AND JUSTICE IN BOLSONARO'S BRAZIL

Preço US$ 27,95 (ebook). 280 págs.

Autor Glenn Greenwald

Editora Haymarket Books



fonte:FOLHAPRESS - 26/03/2021 16h:42min.

Governo Bolsonaro: Permanência de Ernesto Araújo é ‘insustentável’, diz colunista


Foto: Alan Santos/PR

Foto: Alan Santos/PR

Entre interlocutores do presidente Jair Bolsonaro, o consenso é que ficou insustentável a permanência do chanceler Ernesto Araújo no primeiro escalão do governo. E que, agora, Bolsonaro só espera uma “janela de oportunidade” para realizar a substituição no Itamaraty.

Segundo o blog de Gerson Camarotti, do portal G1, a percepção ficou clara depois do movimento fracassado de Ernesto Araújo de tentar se manter no cargo. Depois de admoestado publicamente pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Araújo tentou reverter a situação. Foi ao encontro de Lira na residência oficial para dar explicações. Mas a situação não se alterou.

Na sequência, a cabeça de Ernesto Araújo foi pedida pelo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o que foi interpretado no Palácio do Planalto como uma jogada casada vinda do Congresso Nacional.

Araújo tem apenas o apoio do filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e do assessor especial Filipe Martins, que deve ser afastado do Planalto depois que, durante uma sessão do Senado na quarta-feira (24), fez um gesto identificado como símbolo de supremacistas brancos. Informações do Bahia.Ba em 26/03/2021

Covid-19: Juiz impede funcionamento de escritórios de advocacia em Salvador; OAB-BA recorrerá



O juiz Aldenilson Barbosa dos Santos, substituto do 2º Grau do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), suspendeu a liminar que permitia o funcionamento dos escritórios de advocacia em Salvador durante as medidas de restrição para combater a pandemia da Covid-19. A ação para permitir o funcionamento das bancas foi movida pela Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia (OAB-BA). A decisão foi conhecida pela Ordem na manhã desta sexta-feira (26). O pedido de suspensão da liminar foi feito pelo Município de Salvador, em um agravo de instrumento.

 

Para a OAB, “a decisão proferida monocraticamente por integrante do Tribunal de Justiça revela insensibilidade com as agruras suportadas pela advocacia, potencializando a crise vivenciada desde a interrupção presencial das atividades pelo Tribunal, cujo modelo de teletrabalho adotado agravou a já precária prestação jurisdicional, com consequências gravosas para o exercício da advocacia”.

 

A Ordem salienta que, desde o início da pandemia, têm sido adotado medidas administrativas e judiciais para salvaguardar o livre exercício profissional, preservar a segurança jurídica indispensável à plenitude do exercício da atividade, amparar aos mais carentes de acesso aos meios tecnológicos, “buscando medidas que obstem prejuízos processuais aos profissionais situados nas localidades atingidas pelo Lockdown parcial imposto pelo estado da Bahia e por diversos Municípios”.

 

A Ordem já sinalizou que irá recorrer da decisão, e que as medidas já estão sendo adotadas pela Procuradoria de Prerrogativas, de maneira a que nenhum advogado(a) tenha restringido o seu direito ao pleno exercício profissional. Ao lado disso, a OAB está buscando soluções administrativas que viabilizem o pleno exercício da advocacia. “A advocacia não se curvará às decisões que atinjam o seu livre e constitucional exercício”, diz a instituição no comunicado.


fonte:BN -26/03/2021 15h:12min.