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sábado, 20 de agosto de 2022

Concurso: IFBA oferta 190 vagas para os cargos de Professor e Técnicos




 O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) lançou nesta sexta-feira (19) dois editais de concurso público, para a contratação de professores(as) e de técnicos(as) administrativos(as) em educação (TAE).

INSCRIÇÕES

Os dois concursos públicos do IFBA serão desenvolvidos oficialmente e exclusivamente no Sistema de Inscrições da Fundação CefetMinas, cujo acesso é conferido pela página da organizadora, no endereço eletrônico: 

https://concurso.fundacaocefetminas.org.br

Para os dois concursos, será admitida a inscrição somente via internet, no site http://concurso.fundacaocefetminas.org.br, solicitada no período entre 10 horas do dia 5 de setembro de 2022 até às 23h59 horas do dia 4 de outubro de 2022 (horário oficial de Brasília/DF).

O valor da taxa de inscrição do concurso público para professores é R$ 150,00.

A taxa de inscrição para os candidatos às vagas dos cargos técnico-administrativos varia entre R$ 80,00 e R$ 120,00, de acordo com a classe do cargo, conforme descrito no edital específico do concurso.

Confira os Editais no link abaixo:

Técnico

https://portal.ifba.edu.br/menu-de-apoio/processos-seletivos/tecnico-administrativo/efetivo/2022

Professor

https://portal.ifba.edu.br/menu-de-apoio/processos-seletivos/professor/efetivo/2022/professor-arquivos/EditalDocente02.2022Assinado.pdf

Fonte:Acorda Cidade c/adaptações


Ceará: Vaticano autoriza abertura de processo de beatificação do padre Cícero, diz diocese

 

Vaticano autoriza abertura de processo de beatificação do padre Cícero, diz diocese
Foto: Reprodução / Redes Sociais

O Vaticano autorizou a abertura do processo de beatificação do padre Cícero Romão Batista (1844-1934), o Padim Ciço, afirmou neste sábado (20) a diocese do Crato, no Ceará. O anúncio foi feito pelo bispo Dom Magnus Henrique no fim da missa no largo da Capela do Socorro, em Juazeiro do Norte, no Ceará.

 

"É com grande alegria que vos comunico nesta manhã histórica que recebemos oficialmente da Santa Sé, por determinação do Santo Padre, o papa Francisco, uma carta [...] datada de 24 de junho de 2022. Recebemos a autorização para a abertura do processo de beatificação do padre Cícero, que a partir de agora receberá o título de Servo de Deus", disse o bispo.
 

Em suas redes sociais, a diocese do Crato afirmou que o processo de beatificação "cumpre a profecia feita pelo próprio sacerdote: 'A igreja que hoje me persegue, amanhã tomará minha defesa'".
 

Carismático, o padre tinha influência sobre a vida social e política de Juazeiro do Norte, onde hoje há uma estátua de 27 metros de altura em sua homenagem, e é venerado em romarias que atraem milhões de pessoas por ano. Afastado da Igreja Católica após um episódio em 1889 conhecido como "milagre da hóstia", ele foi perdoado em 2015, por decisão do papa Francisco, após mais de um século de punição.
 

Segundo a lenda, na época, uma hóstia dada por ele a uma beata teria se transformado em sangue. A história logo se espalhou pelo Nordeste, dando início a peregrinações de fiéis atrás do "padre milagreiro". Na época, a Igreja Católica não reconheceu o milagre e acusou o padre de "manipulação da fé".
 

Após o afastamento, foi proibido de confessar, pregar e administrar os sacramentos, além de celebrar missas. Em 1896, o Santo Ofício determinou que ele deixasse a cidade, sob pena de ser excomungado.
 

As punições se seguiram até 1926, quando ele foi suspenso definitivamente pela igreja, que lhe retirou as ordens. Padre Cícero morreu em 1934, aos 90 anos. O perdão do Vaticano abriu caminho para a abertura de um processo de beatificação e, posteriormente, de canonização.


Fonte: FOLHAPRESS - 20/08/2022

Senadores comemoram decisão do STF para indenizar profissional de saúde vítima de covid

 

Senadores comemoram decisão do STF para indenizar profissional de saúde vítima de covid
Foto: Reprodução/ Fantástico

Senadores comemoraram pelas redes sociais a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de validar, por unanimidade, a lei aprovada pelo Congresso Nacional que prevê compensação financeira a profissionais de saúde que atuaram na linha de frente do combate à covid-19 e ficaram incapacitados para o trabalho de forma permanente por terem contraído a doença (Lei 14.128, de 2021). A norma também prevê indenização a dependentes, em caso de morte do profissional.


No julgamento virtual que ocorreu na segunda-feira (15), a corte negou ação proposta pelo presidente Jair Bolsonaro contrária à lei.


“Nada pode tirar das famílias a dor da perda de um ente querido. O país, no entanto, tem que se solidarizar com as vítimas da covid. E isso ocorre quando o Supremo Tribunal Federal confirma a validade jurídica da lei aprovada pelo Congresso Nacional de dar uma indenização simbólica aos familiares dos profissionais de saúde que morreram cuidando e salvando vidas na linha de frente do combate à pandemia”, declarou o senador Fabiano Contarato (PT-ES). 


O senador Otto Alencar (PSD-BA) foi o relator da matéria quando tramitou no Senado. Ele comemorou o entendimento do STF: “Foi correta a decisão do STF em validar a Lei 14.128/2021, da qual fui relator no Senado, que indeniza profissionais de saúde que atuaram na linha de frente durante a pandemia e ficaram incapacitados para o trabalho, dos seus cônjuges e dependentes, órfãos da covid”, afirmou pelo Twitter.


A lei também prevê a indenização de R$ 50 mil aos dependentes dos profissionais que morreram pela doença, por estarem atuando no enfrentamento da covid-19. As informações são da Agência Senado.

Fonte: BN - 20/08/2022

Rio: Atriz Claudia Jimenez morre aos 63 anos


Globo/Estevam Avellar

 A atriz Claudia Jimenez morreu na manhã deste sábado (20/8), aos 63 anos, no Rio de Janeiro. A artista estava internada em um hospital na zona sul da cidade. A causa da morte não foi divulgada pela família.

Nos últimos anos, a atriz passou por uma série de cirurgias cardíacas. Em 1999, colocou cinco pontes de safena no coração. Em 2012, fez a substituição de uma válvula aórtica e, dois anos depois, colocou um marca-passo.

Trajetória

Claudia Jimenez nasceu no Rio de Janeiro e desde a infância se dedicou às artes. A estreia como profissional do teatro foi em 1978, na peça Ópera do Maladro, de Chico Buarque. Na produção, ela viveu a prostituta Mimi Bibêlo.

As primeiras aparições na televisão foram nos anos 1980, quando chegou a Globo para participar do programa Viva o Gordo, de Jô Soares, que também morreu recentemente. No programa, a atriz viveu a personagem Pureza.

Na década seguinte, Claudia Jimenez foi para um dos humorísticos de maior sucesso da televisão brasileira, A Escolinha do Professor Raimundo, para viver Dona Cacilda. A personagem imortalizou o bordão “Beijinho, beijinho, pau, pau”, em clara ironia à despedida de Xuxa Meneghel.

A partir de 1996, a artista passou a integrar o humorístico Sai de Baixo, ao lado de Miguel Falabella, Tom Cavalcante, Luís Gustavo, Aracy Balabanian e Marisa Orth. Na atração, ela vivia a doméstica Edileuza.

Claudia Jimenez esteve em diversas novelas da Rede Globo, como Torre de Bebel, As Filhas da Mãe, Papo de Anjo, América e, mais recentemente, em Haja Coração. No cinema, ela participou de oito filmes e deu voz para Ellie em A Era do Gelo 2 e 3.

Problema de saúde

Ainda na década de 1980, Claudia Jimenez foi diagnosticada com um tumor maligno atrás do coração. Mesmo contra diversos prognósticos negativos, ela conseguiu se curar. Porém, as sequelas da doença a obrigaram a realizar três cirurgias.

O último procedimento foi em 2014, quando a atriz e humorista colocou um marca-passo.

“Quando eu falo para o meu médico: ‘Ô radioterapia desgraçada!’. Aí ele fala: ‘Mas se não fosse ela, você já estava há muito tempo lá em cima, né?’. E é verdade, quer dizer, a gente tem sempre que agradecer em vez de reclamar”, relembrou Claudia em entrevista ao Fantástico, em 2014.

Fonte: Metrópoles - 20/08/2021

‘Eles são suicidas’, declara Dias Toffoli sobre empresários suspeitos de tramar golpe de estado

 

                                            foto:reprodução

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF) participou de evento em São Paulo e ao conceder entrevista a imprensa, comentou a suspeita de que empresários defenderam, em mensagens, um golpe de estado caso o ex-presidente Lula vença as eleições. ‘Se empresários divulgam esse tipo de posicionamento, eles são suicidas. Por quê? Porque não há dúvida nenhuma que os Estados Unidos, a Europa e os países democráticos vão retaliar o Brasil economicamente’.  declarou.

 Veja abaixo:

http://glo.bo/3CiKHvZ #Estúdioi #GloboNews 


Do Blog do Noblat: Se não deslanchar, Bolsonaro corre o risco de ser “cristianizado”


                                            foto:reprodução

Não são apenas as siglas de partidos que os candidatos escondem com medo de perder votos. Pela mesma razão, muitos também escondem o nome de Bolsonaro, até mesmo os que o apoiam e são por ele apoiados. A história seria outra se Bolsonaro estivesse bem nas pesquisas de intenção de voto, e sua rejeição fosse baixa.

No Distrito Federal, por exemplo, onde a pesquisa Metrópoles/Ideia apontou Bolsonaro com 41,6% das intenções de voto contra 33,5% de Lula, a deputada federal Flávia Arruda (PL), candidata ao Senado, tem o cuidado de pouco mencionar o nome do seu ex-chefe em discursos ou postagens nas redes sociais.

Flávia foi ministra da Secretaria do Governo. Bolsonaro tudo fez para que ela se candidatasse ao governo, mas Flávia não quis. Damares Alves (REPUBLICANOS), ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, candidata avulsa ao Senado apoiada por Michelle, é quem mais se mostra ligada a Bolsonaro.

É possível que em um debate de candidatos ao governo não se fale uma única vez o nome de Bolsonaro? Aconteceu na última quinta-feira quando o Correio Braziliense reuniu os candidatos que disputam o governo do Distrito Federal; Ibaneis Rocha (MDB) faltou. Nem eles, nem os entrevistadores se referiram a Bolsonaro.

Candidato ao Senado no Rio Grande do Norte, ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL) mantém distância de Bolsonaro, segundo levantamento do jornal O Globo. No Rio, candidato à reeleição, o senador Romário (PL) procede da mesma maneira, como faz o governador Cláudio de Castro (PL).

Não é diferente no Tocantins, onde Ronaldo Dimas (PL), candidato ao governo, ignora sua condição de correligionário de Bolsonaro. Na mais recente pesquisa nacional do Datafolha para presidente, Bolsonaro avançou três pontinhos, mas perde para Lula por 51% a 37%. Lula vence em São Paulo, Rio e Minas Gerais.

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, gravou um vídeo onde ameaça negar dinheiro para os candidatos a deputado federal que não se empenharem em eleger Bolsonaro. O PL recebeu do fundo eleitoral 288,5 milhões. São poucos, porém, dentro do partido os que acreditam na ameaça feita por Costa Neto.

É cedo para concluir que o PL esteja “cristianizando” seu candidato a presidente. O termo nasceu em 1950 quando o Partido Social Democrático (PSD) lançou a candidatura do mineiro Cristiano Machado à presidência da República. Mais tarde, abandonou-o e apoiou Getúlio Vargas (PTB), que se elegeu.

Fonte: Blog do Noblat/ 20/08/2022

PB: APÓS ESCÂNDALO, FILHO DE MINISTRO DA SAÚDE DESISTE DE CANDIDATURA

                                                foto/reprodução: O ministro e o filho

Apontando como uma das novas apostas do bolsonarismo na Paraíba, o filho do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, desistiu da candidatura a deputado federal pelo Partido Liberal (PL) nas eleições deste ano. O estudante de medicina Antônio Cristovão Neto, conhecido como Queiroguinha, está sendo acusado de usar a estrutura do ministério chefiado pelo pai para se promover no estado.

Em um evento realizado em 19 abril deste ano, na cidade de Sumé, interior da Paraíba, Queiroguinha anunciou um repasse de R$ 12 milhões do ministério para municípios da região do Cariri, no Sul da Paraíba. Queiroguinha teria participado de pelo menos 5 cerimônias como representante da pasta no estado este ano.

“Nós, enquanto representantes do governo federal, precisamos ter um olhar voltado com muita sensibilidade para essa região, que tem um grande potencial na área social, na área educacional e nos recursos hídricos”, disse o estudante na ocasião. Após a solenidade, ele deu entrevistas a rádios e veículos de imprensa na Paraíba como representante do governo federal.

Uma semana depois, pelo menos três prefeitos que estavam no evento em Sumé foram recebidos por Marcelo Queiroga em Brasília em reuniões que não constavam na agenda oficial do ministro, como revelou o jornal O Globo.

O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) chegou a protocolar um pedido de informações no Ministério da Saúde. Já o deputado federal Bira do Pindaré (PSB-SP), líder do PSB, entrou com um pedido na Procuradoria-Geral da República (PGR) para a abertura de processo para investigar o ministro e seu e o filho por suspeita de improbidade administrativa e infração à legislação eleitoral.

No registro da candidatura ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Queiroguinha, que é estudante e tem apenas 23 anos, declarou um patrimônio de R$ 300 mil. O valor seria de uma casa de propriedade do estudante e agora ex-candidato.


Fonte: Tércio Amaral/Congresso em Foco - 20/08/2022

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Copa do Brasil: Flamengo e Corinthians decidem semifinal em casa;veja datas

                                  foto:reprodução/somos fanaticos

                                
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) realizou nesta sexta-feira, 19, o sorteio dos mandos de campo das semifinais da Copa do Brasil. Enquanto o Corinthians decidirá vaga para a finalíssima contra o Fluminense em casa, o São Paulo terá que resolver o jogo de volta fora dos seus domínios diante do Flamengo.

Os jogos de ida serão disputados já na próxima quarta-feira, 24, ainda sem horários definidos. O Fluminense receberá o Corinthians no Maracanã e o São Paulo enfrentará o Flamengo no Morumbi. Já as partidas de volta vão ser realizadas no dia 14 de setembro, quando os tricolores cariocas irão à Neo Química Arena decidir a vaga com o Corinthians e os são-paulinos tentarão superar os flamenguistas no Maracanã.

Quando são os jogos das semifinais da Copa do Brasil?

Ida (24 de agosto)
Fluminense x Corinthians - Maracanã
São Paulo x Flamengo - Morumbi

Volta (14 de setembro)
Corinthians x Fluminense - Neo Química Arena
Flamengo x São Paulo - Maracanã

Fonte:Portal Terra c/adaptações 18/08/2022

Eleições 2022: Empresários que apoiaram Bolsonaro pedem conversa com Lula

 

                             O ex- gov. de São Paulo e vice na chapa de Lula

                                 
Instituto Unidos Brasil, formado em sua maioria por empresários que apoiaram ou ainda apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL), diante dos resultados das pesquisas eleitorais, quer conversar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Instituto, fundado em 2020, defende pautas encampadas pelo empresariado por meio da Frente Parlamentar do Empreendedorismo e promove eventos com políticos, principalmente os bolsonaristas, entre eles Carla Zambelli (PL) e Salim Mattar (PTB). A entidade não tem associados, mas sim “colaboradores voluntários”. Entre eles estão: Flávio Rocha (Riachuelo), Alberto Saraiva (Habib’s), José Carlos Semenzato (do setor de franquias) e o ex-PM Washington Cinel (fundador da Gocil).

Lula, por sua vez, escalou o candidato a vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), para conversar com os empresários.

Reforma administrativa

Além da boa colocação nas pesquisas, os empresários se animaram com o fato de Lula ter prometido, na semana passada, durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), uma reforma administrativa no início de um eventual governo, além de ter mencionado a “desoneração da produção”.

Nabil Sahyoun, presidente do Instituto Unidos Brasil e da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping, afirmou: “eu acho que Lula, orientado, talvez conversando com seus futuros ministros e principalmente o da Economia, sentiu que a desoneração é uma questão irreversível. Dezessete segmentos foram desonerados, e agora a gente precisa desonerar os demais. O presidente que receber uma herança de 12 ou 13 milhões de desempregados tem de fazer alguma coisa. Eu acho que o Lula acabou voltando atrás, está sendo coerente nas posições, e a gente torce para que ele mantenha isso caso seja presidente”, disse.

Há outros assuntos que o grupo quer levar a Lula: “São cinco pautas. A pauta da desburocratização, do custo Brasil, da reforma administrativa, da simplificação tributária e a pauta do ambiente de negócios. Temos debatido com nossos parlamentares, e estamos levando isso à discussão com a sociedade”, afirmou Sahyoun.

Fonte:Revista Fórum c/informações do Estadão 19/08/2022

Pilão Arcado: TJ-BA autoriza mandados de busca e apreensão em prefeitura

 

Pilão Arcado: TJ-BA autoriza mandados de busca e apreensão em prefeitura
Foto: Reprodução / Rde GN

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou o cumprimento de mandados de busca e apreensão na prefeitura de Pilão Arcado, no Sertão do São Francisco. A autorização foi publicada nesta quinta-feira (18) pelo desembargador Baltazar Miranda após pedido do Ministério Público do Estado (MP-BA). O alvo é o prefeito Orgeto Bastos (PP).

 

Segundo o MP-BA, o gestor é suspeito de fazer diversas contratações ilícitas de servidores temporários. Os casos ocorreram entre 2020 e 2021. As contratações teriam acontecido sem prévia seleção pública, impessoal e objetiva, para funções típicas de carreira, conforme registrado pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA).

 

Na decisão, o desembargador considerou o relato do MP-BA que apontou também que Orgeto Bastos chegou a apresentar documentos requisitados, mas “nada trouxe com relação ao pedido, salvo a prestação de informações evasivas acerca de possíveis seleções posteriores aos fatos” . Informações do BN em 19/08/2022

Do Metrópoles: Empresários bolsonaristas espalham fake news contra Dom e Bruno e atacam gays, jornalistas e TV Globo; leia zaps

                                          foto:reprodução/Arte Metrópoles

Empresários bolsonaristas do grupo de WhatsApp em que foi defendido um golpe de Estado em caso de vitória de Lula também legitimam a disseminação de desinformação como uma arma a ser usada na disputa política. Ao longo dos meses em que a coluna acompanhou as conversas no grupo, foram espalhadas fake news sobre o indigenista e servidor público Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips, as vacinas e contra as urnas eletrônicas, entre outros temas. Pautados pela lógica da guerra, em que instituições e princípios democráticos são vistos como inimigos, empresários por trás de marcas como Havan, Mormaii, Valeshop, Dalçoquio, entre outros, espalharam mensagens de homofobia, preconceito contra quem trabalha com pessoas em situação de rua e ódio a jornalistas e a veículos da imprensa.

disseminação de fake news é, para alguns, parte do método usado para apoiar Bolsonaro. O empresário Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono das lojas de surfwear Mormaii, disse no grupo que “guerra de informação é uma das armas mais poderosas”. Ele afirma com frequência que há uma confronto em curso no país contra os adversários do presidente. “Em todas as guerras [as fake news] são de importância estratégica!!!! Eles usam direto. Nós apenas estamos olhando”, escreveu.

Morongo foi repreendido por um jornalista que está no grupo e volta e meia faz ponderações aos mais radicais. O dono da Mormaii saiu-se com uma defesa enfática da legitimidade de espalhar desinformação. “Se não precisar mentiras… ótimo!!!! Mas se precisar para vencer a guerra é aceitável. Muito pior é perder a guerra!!!! Esta mídia e políticos em geral são todos mentirosos profissionais! O Bolsonaro é o esteio da verdade… Isso é indiscutível e muito nobre. Mas os soldados rasos não precisam ou não podem ter a mesma nobreza exatamente porque estão lutando corpo a corpo. Dedo no olho, pontapé no saco. Também não apoio eticamente a mentira. Óbvio. Mas não posso no momento condenar quem usa de todas as armas para lutar contra um mal muito, muito. Muito maior!!! É GUERRA!!!!”, esbravejou.

Uma das mentiras compartilhadas no grupo tratava do desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips, assassinados no Vale do Javari, na Amazônia. Marconi Souza, dono da Valeshop, empresa de cartões de benefícios para empresas, compartilhou, no dia 13 de junho, um texto que culpava a dupla por não ter autorização da Funai para transitar na região. “O inglês Dom Philips… este aí tem uma outra história, que é a ponta de um iceberg que a esquerda mundial, o PT, PSOL e a mídia farão de tudo para desviar a atenção, pois foi um tiro no pé, tal qual o caso Marielle”, dizia o texto, que Marconi Souza encaminhou admitindo não saber se era verdade.

O tom conspiratório prosseguia na mensagem: “Ele [Phillips] fazia uma reportagem, sem autorização legal da Funai, Ibama e sem o conhecimento do governo estadual e federal em reservas indígenas. Ele trabalha para uma ‘Fundação Internacional de Jornalistas Engajado’, chamada Fundação Alicia Patterson. Procurem no site. Buscando quem financia estas reportagens, que oferece bolsas, etc… eis que encontrei.. ele mesmo Bill Gates e outros gigantes que querem controlar a mídia e o mundo”. Em reposta ao texto, Morongo, da Mormaii, debochou: “karma existe…”.

Outra adversária recorrente do grupo é a TV Globo. O ex-piloto Nelson Piquet, motorista de Jair Bolsonaro no Sete de Setembro do ano passado, compartilhou, no dia 20 de junho, um texto defendendo que “os transmissores da Globo precisam ser lacrados urgentemente em todo o Brasil”. “A guerra ao presidente do Brasil já não é mais velada, tornou-se escancarada e desproporcional, levando a uma inversão de papéis que atenta contra a democracia”, dizia a mensagem compartilhada por ele e tarjada pelo WhatsApp com o selo “Encaminhada com frequência”. Piquet também já havia compartilhado no grupo o vídeo com ataques ao STF que geraram a prisão do autor.

No geral, liberdade de imprensa é um princípio pouco caro ao grupo. Emílio Dalçoquio, dono da transportadora Dalçoquio, a maior de Santa Catarina e que ostenta uma frota de centenas de caminhões, escreveu, em 25 de maio, contra a jornalista Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo: “Nojenta, como todo apoiador de bandidos vítimas da sociedade. (…) Hipócrita traidora”. O empreiteiro Meyer Nigri, dono da Tecnisa e bolsonarista que gosta de influir em nomeações no governo, acompanhou Dalçoquio nas ofensas à colunista. “Ela é uma fdp!”, disse. O usineiro José Pessoa arrematou a conversa: “essa feladaputa (sic) iria festejar se tivesse policiais mortos!!!! Bandida!!!!”.

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Em outra ocasião, em 28 de maio, Luciano Hang, dono da Havan, tachou um jornalista especializado na cobertura do mercado financeiro de “esquerdista caviar”. “Este portal e seu proprietário são contra o presidente”, disse. O economista Daniel Fuks, criador do grupo, escreveu em seguida: “Eu o acho um bom jornalista e tinha um viés liberal. Em 2018, eu achei que ele ficou entre o JB (por causa do PG) e do Amoedo (por causa do Gustavo Franco)”, afirmou, passando a tecer considerações sobre a orientação sexual do jornalista.

A vida sexual de terceiros parece importar para Fuks. Lia-se em uma mensagem compartilhada por ele no dia 30 de abril: “Vendedor gay chama a PM porque um cliente falou ‘querido’, e o viado (sic) queria que fosse ‘querida’, em seguida na presença dos PMs queria o flagrante porque o cliente chamou o viado de ‘cara’. Enquanto isso, morre mais um baleado por bandido numa tentativa de assalto em outro local da cidade”.

O empresário José Koury, dono do shopping Barra World, no Rio de Janeiro, também entrou na discussão sobre a reportagem. “Graças ao STF, que criou ilegalmente o crime inexistente de homofobia. Precisa eleger um congresso de grande maioria de direita e acabar com esse absurdo, enquanto isso PM tem que estudar VIADOLOGIA para ir resolvendo essas ocorrências”, dizia o texto, compartilhado em 29 de abril.

Alguns participantes do grupo também manifestam posturas preconceituosas com homossexuais. Às 20h51 do dia 24 de abril, Paulo Perlott, que se apresenta no Linkedin como diretor de Marketing e Vendas da Gerdau, mas, segundo a companhia, deixou os quadros da empresa há seis anos, referiu-se ao ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite como “Leite Moça gaúcha”. Perlott afirma que ele é da “mesma escola” de “aspirações totalitárias” que o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. “Exato”, respondeu Carlos Molina, dono da empresa de auditoria Polaris. Leite assumiu ser homossexual em julho do ano passado.

O ex-governador gaúcho é alvo constante de homofobia no grupo. Uma postagem encaminhada pelo empresário André Tissot, dono do Grupo Sierra, de venda de móveis de luxo, afirmava que “a criminalidade hoje está tão perigosa que as pessoas já andam até de mãos dadas com seus seguranças”. Em seguida, Tissot enviou, em deboche, uma foto em que Leite parecia segurar a mão de outro homem. Não é possível saber se a foto é uma montagem. O Grupo Sierra tem sede em Gramado, no Rio Grande do Sul.

O empreiteiro Rodrigo Nogueira, da Ecap Engenharia, incorporadora imobiliária nascida em Belo Horizonte, mas hoje atuante em Brasília, também deu sua contribuição homofóbica. No dia 10 de julho, às 7h43 da manhã, Nogueira enviou uma foto criticando a campanha publicitária de Dia dos Namorados das Lojas Americanas, que celebrou relações homoafetivas. O usineiro José Pessoa, dono da empresa agrícola que leva seu nome, respondeu dizendo que iria boicotar as Lojas Americanas. “Já não comprava nessa merda mesmo, vai pra junto do Magazine Luiza na minha galeria”, afirmou, referindo-se a outra varejista que defende a diversidade em sua comunicação.

O Grupo José Pessoa foi alvo, em diversas ocasiões, de ações contra trabalho escravo em seus canaviais. Em 2010, o Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro libertou 122 pessoas que trabalhavam para o empresário em situações análogas à escravidão. Segundo reportagem do site de jornalismo investigativo Repórter Brasil, em 2010, 1.468 pessoas foram libertadas de canaviais vinculados à empresa em diferentes estados do país: Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

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No dia 26 de junho, após Carlos Molina contar sobre um assalto que sofreu, o empresário José Koury propôs, à 1h24 da manhã, montar “força-tarefa com nossos companheiros donos de jornais do grupo, e alguns políticos e empresários de peso pra iniciarmos uma campanha maciça para fazermos as mudanças no Código Penal”. Koury disse ainda que a “força-tarefa” tinha que ser “sem mimis, porrada mesmo [sic]” e perguntou se podia contar com os empresários de mídia presentes no grupo.

Quando o assunto era a pandemia de Covid-19, as vacinas se tornavam os alvos dos ataques dos empresários. Em 17 de maio, Luciano Hang listou uma série de efeitos colaterais falsamente atribuídos ao imunizante da Pfizer, como embolia na veia jugular e espuma na boca. “Casos cardiológicos aumentaram”, dizia ele. Morongo, apesar de ter formação em medicina, encaminhou texto em 24 de maio dizendo que vacinas eram “venenosas”. Posteriormente, ele afirmou que tinha orgulho de sua família não ter nenhum integrante vacinado contra a Covid-19. A discussão sobre o tema voltaria à tona em junho. “Tomei duas doses, arrependimento!!! Não tomo a terceira nem por 1 bilhão!!! De dólares!! Kkk”, disse Afrânio Barreira, dono da rede Coco Bambu.

No repertório da pauta de costumes dos empresários do grupo está também a defesa do armamento da população. No dia 7 de agosto, às 12h16, Emílio Dalçoquio compartilhou vídeo no grupo em que ele aparece atirando, o que é descrito pelo empresário como um ato de “liberdade”.

Dono da transportadora catarinense que leva o nome de sua família, Dolçoquio apoiou, em 2018, o movimento dos caminhoneiros, que, entre outras bandeiras, defendia uma intervenção militar. Naquela época, o empresário já manifestava apoio a Jair Bolsonaro, então pré-candidato à Presidência pelo PSL. No vídeo compartilhado no grupo, Dalçoquio faz elogios a Marcos Pollon, presidente da Proarmas, organização que defende que a sociedade brasileira se arme. Pollon é amigo de Eduardo Bolsonaro e é candidato à Câmara dos Deputados.

Em resposta, Koury disse que leva seu filho de 13 anos a clubes de tiro quando vão aos Estados Unidos e que frequentam um stand de tiro na Barra da Tijuca. “Acho muito importante adolescentes aprenderem a manejar armas com responsabilidade e segurança”, disse o dono do Barra World.

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A violência também sempre foi uma marca no linguajar do grupo. Luciano Hang, que foi às redes sociais nesta quinta-feira (18/8) para sugerir que era falsa uma mensagem publicada na reportagem de ontem sobre ele, disparou certa vez contra o padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo da Rua de São Paulo, criticando o trabalho do religioso com pessoas em situação de rua. Hang disse que padres que auxiliam pessoas pobres estão errados, e que a Igreja é “cúmplice das mazelas do PT”.

Conforme a coluna mostrou em 31 de maio, a conversa começou quando outro integrante compartilhou uma reportagem do site Brazil Journal, publicada no sábado (28/5), intitulada “Na São Paulo gélida, um padre e a (verdadeira) mão de Deus”. Uma foto de Lancellotti ilustra o texto.

Hang escreveu: “É da turma do Lula. Hipocrisia pura. Temos que ensinar a pescar, e não dar o peixe. Cada dia que passa é mais malandro vivendo nas costas de quem trabalha”, acrescentando: “Quem defende bandido, bandido é”.

Para Hang, padres envolvidos em obras sociais, como Lancellotti, não estariam do lado certo. “Não podemos dar moleza para essa turma só porque são padres. Ou ficam do lado certo ou devemos cobrar coerência do que eles pregam”, prosseguiu.

O dono das lojas Havan afirmou ainda que a Igreja Católica ajudou o PT e seria “cúmplice” dos governos petistas. “A Igreja Católica é cúmplice das mazelas do PT. Foram os fiadores de tudo o que aconteceu. Não podemos generalizar, mas ajudaram bastante o PT a chegar ao poder.”

Em maio, quando a coluna publicou os ataques dele a Lancelotti, Hang entrou em contato com a coluna para desdizer o que havia dito. Afirmou que sua “crítica” ao padre Lancelotti é pelo que chamou de “doutrinação comunista”, que, segundo ele, o padre faria. Hang disse que ele próprio, católico, também ajuda obras sociais da Igreja, com doações em dinheiro e em alimentos. “Na semana passada, comprei R$ 10 mil em fichas de cachorros-quentes na festa da igreja de Azambuja”, afirmou, referindo-se à compra que fez na festa da igreja da região catarinense e doou para funcionários da Havan.

Procurado ontem, o empresário não respondeu à coluna. Sobre a mensagem que ele sugeriu não existir, em postagem nesta quinta-feira no Instagram, o vídeo ao fim desta reportagem talvez o ajude a relembrar.

coluna procurou todos os empresários citados na reportagem. José Koury e Emílio Dalçoquio não quiseram comentar. Morongo afirmou que não apoia “qualquer ato ilegítimo, ilegal ou violento” e que se expressava com figuras de linguagem no grupo. Os demais não retornaram o contato. O espaço está aberto para manifestações.