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sábado, 11 de novembro de 2023

Carlos Bolsonaro comandava o 'gabinete do ódio', diz Mauro Cid à PF


Carlos Bolsonaro

Carlos Bolsonaro (Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro)


247 - O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) afirmou em sua delação premiada à Polícia Federal (PF) que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) era o responsável por comandar o chamado “gabinete do ódio”, responsável por promover ataques nas redes sociais contra adversários políticos e opositores durante o governo Bolsonaro”. Segundo o jornalista Aguirre Talento, do UOL, “o depoimento de Cid traz pela primeira vez o papel de ascendência de Carlos sobre o grupo”.

Ainda segundo a reportagem, Cid não apenas apontou Carlos Bolsonaro como o comandante do "gabinete do ódio", como também vinculou diretamente o ex-mandatário à disseminação de fake news, especialmente as relacionadas aos ataques às urnas eletrônicas. A confirmação dessas suspeitas ocorreu após a Polícia Federal encontrar mensagens de Bolsonaro ao empresário Meyer Nigri.

O "gabinete do ódio" era composto pelos assessores Tércio Arnaud Tomaz, José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz, cuja indicação para o governo Bolsonaro é atribuída a Carlos Bolsonaro. Tércio e José Matheus já haviam trabalhado como assessores no gabinete de Carlos na Câmara do Rio. O grupo já era investigado no âmbito do inquérito que apura a atuação das milícias digitais.

A defesa de Jair Bolsonaro negou as irregularidades e fez críticas à delação de Mauro Cid. "O eminente procurador leu toda a peça e concluiu que a mesma é fraca e desprovida de qualquer elemento de prova. A 'delação', segundo o procurador, mais se parece com uma confissão e o mesmo, por reiteradas vezes, disse que nada se aproveita", afirmou em nota o advogado Fábio Wajngarten, de acordo com a reportagem. 

Carlos Bolsonaro, Tércio, José Matheus e Matos Diniz negaram em seus depoimentos anteriores à PF terem atuado na disseminação de ataques à democracia.

Fonte: BRASIL - 247 11/11/2023

Pesquisa de Universidade revela desigualdades nas favelas brasileiras


                                                    Fernando Frazão/agência Brasil

Um estudo da Universidade Federal Fluminense (UFF) revelou que as favelas brasileiras não são áreas homogêneas e apresentam segregação econômica mesmo dentro de seus próprios territórios. A pesquisa, publicada na revista Cities, mostra que há disparidades racial, de renda e de acesso a serviço nessas áreas.

Os pesquisadores Camila Carvalho e Vinícius Netto, professor do Departamento de Urbanismo da UFF, analisaram 16 assentamentos informais em nove cidades, selecionadas nas cinco regiões do país: Rio de Janeiro, Campinas, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, São Luís, Porto Alegre, Manaus e Belém. 

Segundo Camila, a ideia do estudo era verificar se os padrões de segregação que existem nas cidades, em termos de desigualdade entre bairros, também existiria dentro das favelas, em termos de disparidades entre setores censitários localizados no interior dessas comunidades. 

Com base nos dados do Censo de 2010, o estudo verificou, nas 16 favelas, a existência de setores que concentram famílias com renda mais alta em determinadas áreas dessas comunidades, ao mesmo tempo em que há setores que reúnem pessoas com renda mais baixa (ou seja, com renda per capita em média 60% mais baixa).

No Rio de Janeiro, por exemplo, esse padrão foi verificado nos complexos do Alemão e da Maré, na zona norte da cidade do Rio. O estudo constatou ainda que nas áreas com renda mais alta da favela, há maior percentual de pessoas brancas (36%) que nas áreas mais pobres (27%).

Há ainda disparidades na oferta de serviços públicos, principalmente na coleta de lixo e no esgotamento sanitário. Enquanto nas áreas de renda mais alta, os percentuais de coleta de lixo e de esgoto sanitário de 83% e 62%, respectivamente, nas áreas de renda mais baixa, os percentuais são de 68% e 48%.

“A gente conseguiu detectar essa reprodução do padrão que a gente vê na escala da cidade, então a gente viu que tinha menos pessoas brancas morando nas áreas de mais baixa renda mesmo dentro das favelas e a gente também viu que a infraestrutura, o acesso aos serviços era mais baixo nas áreas de mais baixa renda das favelas”, afirma Camila.

Segundo a pesquisadora, o estudo não se debruçou sobre os motivos pelos quais há uma segregação dentro das favelas, mas acredita-se que isso e deva a diversos fatores, como a valorização imobiliária em áreas mais urbanizadas. 

Por exemplo, em áreas com ruas mais largas, casas melhores, mais iluminação pública e oferta de saneamento básico, os imóveis custam mais caro (tanto em termos de compra quanto de aluguel), atraindo pessoas com renda relativamente mais alta.

Há ainda áreas menos favorecidas dentro da própria comunidade. Nos casos dos morros, as áreas mais elevadas e com maior dificuldade de acesso, por exemplo, os imóveis costumam ser mais desvalorizados.

“Em outro artigo, a gente viu a relação entre a topografia, ou seja, as áreas mais altas e mais baixas, com a renda. Então a gente conseguiu detectar que as áreas mais altas nas favelas de topografia mais acidentada, de difícil acesso e tudo mais, são áreas de mais baixa renda. Onde as pessoas mais altas renda vão ficar? Nas áreas de melhor acesso, onde se consegue entrar e sair mais fácil”, explica Camila.

Segundo ela, é importante que a sociedade e o poder público entendam que existe segregação nas favelas e que essa questão seja levada em consideração no planejamento de políticas públicas.

“Só investir na favela, não significa nada, se você vai concentrar investimento numa área que já tem uma boa infraestrutura. Tem partes das favelas que a gente não consegue diferenciar da área formal da cidade, porque é muito similar. Qual o sentido de concentrar investimento nessas aí, se existem áreas muito mais precárias [nessas mesmas comunidades]?”, conclui a pesquisadora.

Saber mais? Clique no link abaixo:

https://www.uff.br/?q=noticias/09-11-2023/pesquisa-revela-segregacao-economica-nas-favelas-brasileiras


Edição: Valéria Aguiar/ - agência Brasil  C/ADAPTAÇÕES 11/11/2023

O que é o El Niño e por que tem causado tanto calor no Brasil?

Inmet emitiu alerta para cinco estados por conta da onda de calor
Reprodução

 A onda de calor que atinge o Brasil nos últimos dias deve piorar na segunda-feira (13) . Isso ocorre por conta dos efeitos do fenômeno climático El Niño, o principal responsável por elevar a temperatura no país.

De acordo com os meteorologistas, o ápice do fenômeno deve ocorrer no verão, entre o fim de 2023 e o início de 2024. Ou seja, a previsão é de que o Brasil continue batendo recordes de temperaturas.

Os cientistas do Copernicus, sistema de observação da Terra da União Europeia, também alertaram que 2023 deve ser o ano mais quente já registrado —  o mês de outubro já foi o mais quente da história , com temperatura média da superfície do ar de 15,30ºC, sendo 0,40ºC mais alta em relação ao recorde anterior, ocorrido em 2019.

A expectativa, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), é que o El Niño perca intensidade somente no outono de 2024 .


O que é o El Niño?

“O El Niño é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico na região do Equador, então quando essas águas estão mais aquecidas, a gente tem o fenômeno”, explica a meteorologista da Climatempo, Maria Clara Sassaki.

“Como consequência das águas aquecidas, nós temos também o aumento de temperaturas na vertical da atmosfera, potencializando o calor que já é comum na primavera, mas levando ao extremo”, completa a especialista.

Maria Clara destaca que as ondas de calor podem provocar novos recordes de temperatura decorrentes de outros fatores além do El Niño.

“O El Niño é uma boa quantidade de energia, ele tem uma área bem grande do oceano com temperaturas acima da média e nós temos também outras áreas do globo também com temperaturas acima do normal. Quanto mais calor no oceano, mais energia a gente tem na atmosfera. Então temos as águas dos outros oceanos mais aquecidas do que o normal, temos ainda, nessas condições de energia, o aumento do número de focos de incêndio de grandes proporções, como é o caso da Amazônia, que tem registrado muitas queimadas e está com a temperatura muito acima do normal. Os gases do efeito estufa que também contribuem para elevação das temperaturas de uma forma global. Tudo isso acaba influenciando”, diz a especialista da Climatempo.


Onda de calor

Na quinta-feira (9),  o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo para cinco estados devido à onda de calor. O aviso vale para São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. De acordo com o Inmet, as temperaturas nesses estados devem ficar até 5ºC acima da média. Em algumas cidades do Centro-Oeste, os termômetros devem ultrapassar os 42ºC.

Segundo a MetSul Meteorologia, as ondas de calor duram entre quatro e sete dias, mas esta deve se estender por dez dias e pode chegar até duas semanas. As máximas são incomuns para a época. Mesmo em cidades com calor muito intenso, os termômetros devem alcançar de 10ºC a 15ºC acima da climatologia histórica.

De acordo com a meteorologista Maria Clara Sassaki, os dias 16 e 17 desse mês serão os mais quentes e só depois a onda deve diminuir.

“O ápice deve acontecer por volta do dia 16, 17, mas ela não deve encerrar nesses dias, depois ela tem é uma queda, uma diminuição na magnitude das temperaturas”, diz a especialista.

Sassaki ressalta ainda que, apesar do calor, devem ocorrer chuvas isoladas e preocupantes, por haver uma umidade característica da primavera.

“São chuvas muito pontuais, o que predomina mesmo é o tempo mais firme. A tendência para essa onda de calor é que haja algumas instabilidades, porque é normal dessa época do ano”, afirma.

“Isso é um perigo, porque você tem uma condição de temperaturas muitíssimo elevadas, passando de 40 graus e uma unidade que consegue formar uma nuvem de chuva que se desenvolve muito rápido, provocando as tempestades de fim de tarde. Essa combinação de chuva e de calorão é extremamente preocupante, porque essa chuva pode ser com granizo, pode vir com trovoadas e até com rajadas de vento de moderada até forte intensidade, mesmo que seja uma chuva localizada pontual”, acrescenta a meteorologista.

 Fonte: Portal IG -11/11/2023

Irecê: Flirecê é encerrada com show do cantor Tatau

 

                                             fotos: PMI/facebook/reprodução

Com uma extensa programação em dois dias de realização da Flirecê- Feira Literária de Irecê, na praça Chico Mendes, foi encerrada ontem com um show do cantor Tatau, que atraiu milhares de pessoas.

Desde quinta (9), que como parte da programação, foi realizado FEMUCI – Festival de Calouros de Irecê, nos encantou com verdadeiros talentos se apresentando e concorrendo ao primeiro lugar do festival.

foto:reprodução/facebook PMI

O envolvimento dos alunos da rede municipal, estadual, da UNEB - Campus XVI, enriqueceram esses dois de programação, que contou também com as participações de escritores da região palestrando e lançando novos trabalhos na sexta-feira(10).


Brasileiros em Gaza: Ministro da Secom cria novo apelido para Bolsonaro

                              O ministro Paulo Pimenta e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Fotos: Palácio do Planalto/Agência Brasil

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, inventou um novo apelido para Jair Bolsonaro. A atitude irônica vem como reação à tentativa do ex-presidente de tirar vantagem da operação de resgate que vem sendo deflagrada pelo governo Lula para retirar o grupo de brasileiros que segue retido na Faixa de Gaza em meio aos bombardeios de Israel.

A nova alcunha de Bolsonaro criada por Pimenta é "chupim", uma ave que bota ovos em ninhos de outras espécies e possui um comportamento "parasita"

"BOLSONARO, O CHUPIM DA REPÚBLICA. Não enviou oxigênio para Manaus quando nosso povo estava sufocando. Não queria repatriar brasileiros na China em meio a uma pandemia porque custava caro. Abandonou brasileiros na Ucrânia e orientou que saíssem "por meios próprios". E agora quer dar um golpe no trabalho do Presidente Lula. Xô, chupim!", escreveu o ministro na legenda de um vídeo postado nas redes sociais. 

Confira: 

Bolsonaro tenta tirar vantagem 

Nesta quinta-feira (9), o governo de Israel informou ao governo brasileiro que o grupo de 34 brasileiros que está na Faixa de Gaza, finalmente, será autorizado a deixar o local, epicentro dos ataques e bombardeios das forças militares israelenses contra palestinos. Nesta sexta-feira (10), entretanto, a repatriação foi frustrada, pois o posto de controle na fronteira com o Egito estava fechado e os brasileiros não puderam sair da zona de guerra. Novas tentativas serão realizadas nos próximos dias. 

O grupo foi deixado de fora das 6 listas de estrangeiros autorizadas por Israel a saírem de Gaza pela fronteira com o Egito e, a cada informe de que os brasileiros não poderiam ser libertados, a situação foi ficando mais tensa e um princípio de crise diplomática se instaurou. 

O ápice do mal-estar se deu nesta quarta-feira (8). Trata-se da última data que o governo de Israel havia garantido que os brasileiros seriam autorizados a deixar a região. Após nova frustração e mais uma retenção do grupo, no final da tarde, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, participou de uma reunião com parlamentares de extrema direita e o ex-presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional - o que representa uma afronta ao governo brasileiro. 

Conforme era esperado, Bolsonaro e seus seguidores vêm usando a confirmação de Israel de que os brasileiros em Gaza serão libertados para associar ao ex-presidente a façanha. Como a saída do grupo do epicentro do conflito já era iminente, visto que essas pessoas já estavam há mais de um mês retidas, o ex-mandatário aproveitou o momento para criar a narrativa de que foi ele o responsável por salvar os brasileiros de uma tragédia. 

Não à toa, Bolsonaro já se apressou, logo após a informação de que os brasileiros deixarão Gaza na sexta-feira (10) vir à tona, e disse em entrevista que pediu apoio ao governo de Israel para a liberação do grupo. 

“Conversei com o assessor especial do Benjamin Netanyahu e ex-embaixador do Brasil e pedi um apoio para a liberação dos brasileiros. Yossi me relatou que não há nenhuma medida restritiva, não há nenhum empecilho por parte do governo de Israel. Israel concordou que os brasileiros têm que sair da região, seja por Israel ou pelo Egito”, disse à CNN Brasil. 

Acontece que a narrativa é falaciosa. Bolsonaro não teve nenhuma influência na decisão do governo de Israel em autorizar a saída do grupo da Faixa de Gaza. 

Articulação do governo Lula 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos primeiros do mundo a realizar operações de repatriação em Israel logo após o ataque do grupo islâmico-palestino Hamas em 7 de outubro. Desde esta data, o Brasil resgatou 1.445 pessoas em territórios israelenses e na Cisjordânia em voos da Força Aérea Brasileira (FAB). 

Em 13 de outubro, Lula enviou para Cairo, a capital do Egito, o avião presidencial, que desde então está na cidade à espera de autorização para trazer os brasileiros retidos na Faixa de Gaza. O longo deste período, o presidente, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e diplomatas do Brasil vêm mantendo diálogo constante com o governo de Israel na tentativa de retirar o grupo de brasileiros da zona de guerra. 

Foi o governo brasileiro quem conseguiu alugar casas para o grupo de brasileiros próximo a fronteira com o Egito e quem vem garantindo a entrega de suprimentos a essas pessoas. Lula, inclusive, chegou a conversar com os brasileiros retidos em Gaza e seus familiares via videoconferência. 

Em nota divulgada nesta quinta-feira (9), a Embaixada de Israel no Brasil informou que Jair Bolsonaro sequer foi convidado para a reunião do embaixador - indicando, portanto, que o ex-presidente não teve influência no processo de retirar os brasileiros de Gaza. O comunicado diz, ainda, que "o governo israelense jamais criou obstáculos ou preteriu a saída dos brasileiros de Gaza.

"Brasil e Israel têm laços fortes e fraternos desde a fundação do Estado de Israel e nosso esforço é para fortalecer cada vez mais essa amizade", afirma a representação diplomática. 

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por sua vez, informou em nota que a inclusão dos brasileiros na nova lista de autorizados a deixarem Gaza acontece depois de todo um trabalho de diálogo com o governo de Israel e que a decisão vem após o quarto telefonema, nesta quinta-feira (9), entre o ministro Mauro Vieira e o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen. 

Segundo a pasta, o órgão israelense informou que os brasileiros só não foram libertados na última quarta-feira (8), conforme havia sido combinado, por "fechamentos inesperados na fronteira". 


FONTE: REVISTA FÓRUM - 11/11/2023

Vitória da Conquista: Falsa médica é presa pela 2ª vez em operação

                                               foto:reprodução

 Equipes da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Vitória da Conquista prenderam, nesta sexta-feira (10), pelos crimes de estelionato, falsidade de documento público e falsa identidade, uma mulher que estava atuando como pediatra em uma clínica localizada num shopping, naquela cidade. 

 

O flagrante ocorreu no âmbito da Operação Hipócrates, após uma denúncia do Conselho Regional de Medicina (CREMEB). “Apuramos que a mulher falsificou o diploma, um RG e a carteira do CREMEB de uma médica, que era devidamente cadastrada e qualificada para exercer a profissão, e passou a solicitar contratos em diversos hospitais e clínicas de Conquista”, explicou o titular da unidade especializada, delegado Odilson Pereira Silva. 


Dois celulares, notebook, carimbo profissional, estetoscópio, receituário, carteira do Cremeb falsificada e um RG falso foram apreendidos no consultório. “No momento da prisão, ela estava atendendo uma paciente. A falsa médica, que na realidade é enfermeira formada na cidade de Jequié, atendia aproximadamente 200 crianças por mês”, destacou o titular da DRFR de Conquista. 

 

Em agosto deste ano a mulher foi presa pelo mesmo crime, na cidade de Tanhaçu. A flagranteada passou por exame de lesão corporal e foi encaminhada para o Conjunto Penal de Vitória da Conquista, onde ficará à disposição da Justiça.  


Fonte:BN - 10/11/2023

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Judiciário: Lula nomeou os novos ministros para o STJ

 

                                                   imagem:reprodução

Do STJ - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou, nesta sexta-feira (10), a advogada Daniela Teixeira e os desembargadores José Afrânio Vilela e Teodoro Silva Santos para os cargos de ministra e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O tribunal marcou a sessão solene para a posse dos seus novos membros para o próximo dia 22 de novembro, às 17h. Os decretos da presidência da República foram publicados no Diário Oficial da União.

A nomeação ocorre depois de os três terem sido aprovados pelo Senado no dia 25 de outubro , após sabatina realizada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

Daniela Teixeira integrou a lista tríplice formada pelo Pleno do STJ em 23 de agosto, a partir de uma lista com seis nomes apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A vaga decorre da aposentadoria do ministro Felix Fischer, que ocorreu em 2022.

Os desembargadores José Afrânio Vilela, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), e Teodoro Silva Santos, do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), foram escolhidos em uma lista de quatro nomes também formada pelo Pleno do STJ no mesmo dia. Vilela entrará na vaga aberta pela aposentadoria do ministro Jorge Mussi, em janeiro último. Santos vai ocupar a vaga decorrente do falecimento do ministro Paulo de Tarso Sanseverino, em abril.

Quem são os indicados

Daniela Teixeira possui mestrado em direito penal pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa. Entre outras funções, atuou como integrante da comissão de reforma da Lei de Lavagem de Dinheiro instituída pela Câmara dos Deputados e foi conselheira federal da OAB. É advogada há mais de 27 anos.

José Afrânio Vilela tem formação em direito pela Universidade Federal de Uberlândia e pós-graduação em gestão judiciária pela Universidade de Brasília. Tomou posse como juiz em 1989 e ocupa o cargo de desembargador do TJMG desde 2005. Atuou como vice-presidente do tribunal mineiro no biênio 2018-2020.

Teodoro Silva Santos é mestre em direito constitucional pela Universidade de Fortaleza. Desembargador do TJCE desde 2011, é atualmente o presidente da câmara de direito público da corte. Entre outras funções, já exerceu o cargo de corregedor-geral da Justiça do Ceará.

fonte: BRASIL 247 - 10/11/2023

Em delação, Cid diz que Magno Malta e Onyx Lorenzoni estimularam Bolsonaro a dar um golpe


Senador Magno Malta em novembro de 2022
Senador Magno Malta foi citado durante delação de Mauro Cid. (Roque de Sá/Agência Senado)


247 - Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o senador Magno Malta (PL-ES) e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL-RS) estimularam o ex-ocupante do Planalto a dar um golpe de Estado. 

De acordo com a Polícia Federal (PF), investigadores têm informações suficientes para indiciar o ex-mandatário por crimes como o planejamento de uma ruptura institucional no Brasil. Foi o que apontou a coluna de Bela Megale, publicada nesta sexta-feira (10). 

Em delação premiada, o coronel disse que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL-DF) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também demonstravam simpatia pela ideia de colocar em prática um golpe no País. Em 2022, o ex-ocupante do Planalto ouvia de interlocutores que tinha apoio popular para impedir a posse do então candidato e presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

O tenente Mauro Cid havia dito que Jair Bolsonaro consultou militares em relação à maneira como poderia ocorrer um golpe. No celular do coronel, investigadores também haviam encontrado uma minuta para um golpe de Estado no País com a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) - o documento previa estado de sítio "dentro das quatro linhas" da Constituição.

Durante a sua gestão, Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem de que o Judiciário atrapalhava o governo. Ele também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição. 

fonte:BRASIL 247 c/adaptações 

Brasileiros em Gaza: “Eu não falo com o embaixador de Israel no Brasil. Eu falo com o chefe dele" diz chanceler Mauro Vieira: Vídeo

                                  foto: Mauro e Lula/Ricardo Stuckert/ PR -Bolsonaro e o embaixador de Israel Daniel Zonshineno congresso - reprodução/twitter

Em entrevista nesta sexta-feira (10) à GloboNews, após a coletiva em que anunciou a imprevisibilidade da liberação dos brasileiros que estão no posto de controle de Rafah, na fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, humilhou o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine.

Em clara provocação, Zonshine esteve em evento no Congresso nesta semana ao lado de Jair Bolsonaro (PL), que busca convencer apoiadores que o regresso dos brasileiros em Gaza estaria relacionada à sua atuação diplomática junto ao governo extremista de Benjamin Netanyahu.

Indagado sobre a "conjectura" decorrente do encontro entre Zonshine e Bolsonaro, Mauro Vieira deu uma resposta à altura e humilhou o embaixador israelense.

"Eu não falo com o embaixador de Israel no Brasil. Eu falo com o chefe dele, que é o ministro das Relações Exteriores", respondeu Vieira, revelando que nos últimos dias falou quatro vezes com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen.

Vieira ainda afirmou que "só posso me referir a fatos concretos em contatos oficiais, de governo a governo”.

"E eu tenho mantido esses contatos por instrução do presidente Lula para viabilizar essa saída o mais rápido possível", emendou Vieira, ressaltando que o grupo de 34 brasileiros está reunido em uma casa disponibilizada pela embaixada brasileira em Rafah.

O chanceler brasileiro ainda negou que tenha havido retaliação de Israel por causa da posição do governo brasileiro, que condena tanto o ataque do Hamas, quanto a reação desproporcional de Israel.

"Não, de forma alguma, não há nenhuma relação. Inclusive, já saíram nacionais de países que não têm relações diplomáticas, que não reconhecem o Estado de Israel”.

 

fonte: revista fórum -10/11/2023

Salvador: Torcida do Vitória leva time ao aeroporto antes de jogo decisivo

 

                                   Torcida foi levar o time no aeroporto -foto:BN/reprodução


O clima foi de festa no Aeroporto Internacional de Salvador nesta sexta-feira (10). A torcida do Vitória lotou o local para se despedir do time que vai enfrentar o Novorizontino no próximo domingo (12), às 18h, no estádio Jorge de Biasi, em Novo Horizonte (SP), pela 36ª rodada da série   B do Campeonato Brasileiro. Confira:

  


Foto: Bahia Notícias

 

 

Foto: Os jogadores filmaram a calorosa despedida da torcida no aeroporto - Bahia Notícias

 

 

Líder do campeonato com 66 pontos, o Leão pode garantir o acesso com um empate ou uma vitória fora de casa. De quebra, pode terminar a rodada com o primeiro título nacional de sua história.


Fonte:BN c/adaptações 10/11/2023

Rio: Candinho, único filho vivo de João Cândido, luta por reparação

                                           Fernanda Frazão/Ag. Brasil

Em novembro de 1910, cerca de dois mil marinheiros tomam o controle de embarcações da Marinha na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Eles pedem o fim de castigos corporais, as chibatadas, e são liderados pelo marinheiro João Cândido Felisberto, ou simplesmente João Cândido.

Os canhões dos navios são apontados para aquela que era a capital do Brasil na época, não com a intenção de bombardear, mas para chamar a atenção a práticas que ainda remetiam à recém-extinta escravidão. O estopim para a revolta foi a punição do marinheiro Marcelino Rodrigues Menezes com 250 chibatadas.  

O motim tomou grandes proporções e João Cândido foi alçado a herói e celebridade. Mas, assim como cresceu, a revolta foi abafada a ponto da sua importância ter sido invisibilizada por muitos anos.

Os marinheiros que sobreviveram tiveram a anistia negociada na época. João Cândido, no entanto, apesar de ter sido também anistiado, foi duramente perseguido, até ser expulso da Marinha, em 1912. Ele morreu aos 89 anos, em 1969, na pobreza.  

Hoje, a história é contada e recontada por Adalberto Cândido, o seu Candinho, 85 anos, único filho vivo de João Cândido. “É uma história muito bonita, é uma história de um herói popular. Um país que não tem história não é um país, e meu pai deixou uma parte da história do Brasil”, diz.

João Cândido Felisberto (1880-1969) foi o principal líder da Revolta da Chibata, ocorrida no Rio de Janeiro em 1910, que acabou com os castigos corporais na Marinha de Guerra. Foto:  Prefeitura de São João de Meriti/ Reprodução
João Cândido Felisberto foi o principal líder da Revolta da Chibata, ocorrida no Rio de Janeiro em 1910, que acabou com os castigos corporais na Marinha de Guerra - Prefeitura de São João de Meriti/Reprodução

Casa da Memória

No dia que se encontrou com a equipe da Agência Brasil, Candinho participaria, em seguida, de reunião para a construção da Casa de Memória Marinheiro João Cândido. A casa será construída pela Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj), em parceria com a prefeitura de São João de Meriti, onde Candinho nasceu e onde o pai viveu grande parte da vida.  “Agora já tem peça de teatro, tem doutorado, tudo que você imaginar. Tudo que possa ter ele, tem”, diz. Se antes apenas citar o nome de João Cândido já trazia consequências para quem o fazia na Marinha, hoje batem continência para mim”, revela. João Cândido - também chamado de Almirante Negro - patente eternizada na canção Mestre Sala dos Mares, de João Bosco.  

O reconhecimento, no entanto, é recente, e ainda tem um longo caminho. A família luta por reparação financeira do Estado e pela inclusão do nome de João Cândido no livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

Criado em 1992, o livro de aço - abrigado no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, - registra os nomes das pessoas que tiveram uma trajetória importante na formação da história do país. Entre elas, estão, por exemplo, Tiradentes, Chico Mendes e Machado de Assis. 

Nascido em 1880, João Cândido era filho de escravizados. Entrou para a Marinha em uma época que a corporação reunia jovens excluídos socialmente. A maior parte dos marinheiros era negra.

João Cândido tinha muito talento. Segundo o filho, chegou a dar aulas para os oficiais e operava navios de alta tecnologia para a época, como o Minas Geraes, usado na Revolta da Chibata. Ele tinha um senso de coletividade e lutava por justiça.  

“Ele nunca levou um castigo, mas não aceitava que os companheiros dele [passassem por isso], entende?”, diz. “Ele tinha convivência com oficiais e tudo, mas tinha aquele ideal, não era porque tinha convivência com oficial da Marinha que aceitava aquilo”. 

Tudo que sabe sobre o pai, Candinho aprendeu depois da morte dele. Era a irmã, Zeelândia Cândido de Andrade, quem cuidava da história e legado do pai. “Meu pai era muito fechado. Gaúcho. Ele não contava nada. Eu só vim entrar depois do falecimento dele e da minha irmã, que minha irmã era mais atuante. Eu também, trabalhando, não tinha tempo. Agora, só tem eu para advogar”, explica. 

João Cândido nasceu em Encruzilhada (RS) e, ao longo da vida, teve pelo menos sete filhos. “Meu pai era marinheiro, né”, brinca, Candinho. Depois de ser expulso da Marinha, ele teve muita dificuldade para conseguir emprego. Viveu da pesca, segundo o filho, “até a estrutura dele não dar mais”. E viveu sempre próximo ao mar. “Ele dizia que o mar era família dele, que era amigo”, conta o filho.   

Rio de Janeiro (RJ), 08/11/2023 - Entrevista com Adalberto Cândido, o Candinho, filho de João Cândido Felisberto, o marinheiro líder da Revolta da Chibata, conhecido como Almirante Negro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Adalberto Cândido, filho de João Cândido - foto - Fernando Frazão/Agência Brasil

Busca por direitos  

Esta semana, o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro enviou documento ao Executivo e à Câmara dos Deputados defendendo a reparação - inclusive financeira - à família de João Cândido. O MPF pediu a manifestação da Comissão de Anistia e da Coordenação-Geral para Memória e Verdade sobre Escravidão e o Tráfico Transatlântico, ambas vinculadas ao Ministério de Direitos Humanos e da Cidadania, no prazo de um mês.  

O MPF argumenta que - embora anistiado duas vezes – em 2008 ele recebeu uma anistia depois de morrer no governo de Luiz Inácio Lula da Silva – o marinheiro não chegou a receber nenhuma compensação. Pela carreira na Marinha, da qual ele foi privado, teria uma série de benefícios, não apenas para ele como para a família. Um arcabouço de leis, citado pelo MPF - corrobora o direito a esse tipo de compensação.

“Minha família vive toda com dificuldade. São trabalhadores. Então, se houver essa reparação para eles... Porque para mim, eu já estou mais para lá, com 85 anos, mas eles não”, afirma Candinho.

“Os marinheiros foram anistiados, uns chegaram a capitão de corveta, capitão de fragata, meu pai, não. Ele foi absorvido, mas não teve mais espaço na Marinha, nem indenização, nem nada”, reclama.  

Além disso, o MPF e a família defendem que ele seja oficialmente considerado herói, que tenha o nome inscrito no livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A inclusão está tramitando no Congresso Nacional e ainda precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados antes de ir para a sanção presidencial. Atualmente, o Projeto de Lei (PL) 4046/2021, já aprovado pelo Senado Federal, está na Comissão de Cultura da Câmara.  

Samba-enredo 

Candinho e a família preparam-se para levar a história de João Cândido para o carnaval de 2024 do Rio de Janeiro. A escola de samba Paraíso do Tuiuti irá homenagear o líder da Revolta da Chibata com o samba-enredo Glória ao Almirante Negro. “Recebi com muita gratidão essa notícia”, opina Candinho. Ele irá desfilar em um dos carros alegóricos com outros familiares. “Querem até que eu faça ginástica, exercício físico”, sorri. 

Fonte:Kleber Sampaio/Ag. Brasil - 10/11/2023