quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Dino diz que Brasil é "país soberano" e que, em momento oportuno, PF apresentará provas da ação sobre terrorismo


Flávio Dino

Flávio Dino (Foto: José Cruz/Agência Brasil)


247 - Diante da desconfiança manifestada por diversos setores em relação à operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (8), em parceria com o Mossad, serviço de inteligência de Israel, que prendeu brasileiros que supostamente estariam tramando atentados terroristas no Brasil com o apoio do grupo Hezbollah, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), destacou que o Brasil "é um país soberano" e que "nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal". 

"Os mandados cumpridos ontem, sobre possível caso de terrorismo, derivaram de decisões do Poder Judiciário do Brasil. Se indícios existem, é dever da Polícia Federal investigar, para confirmar ou não as hipóteses investigativas. A conduta da Polícia Federal decorre exclusivamente das leis brasileiras, e nada tem a ver com conflitos internacionais. Não cabe à Polícia Federal analisar temas de política externa", publicou Dino no X, antigo Twitter, nesta quinta-feira (9). Veja a publicação completa: 

1.O Brasil é um país soberano. A cooperação jurídica e policial existe de modo amplo, com países de diferentes matizes ideológicos, tendo por base os acordos internacionais. 

2.Nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal do Brasil. E nenhum representante de governo estrangeiro pode pretender antecipar resultado de investigação conduzida pela Polícia Federal, ainda em andamento; 

3.Quem faz análise da plausibilidade de indícios que constam de relatórios internacionais são os delegados da Polícia Federal, que submetem pedidos ao nosso Poder Judiciário; 

4.Os mandados cumpridos ontem, sobre possível caso de terrorismo, derivaram de decisões do Poder Judiciário do Brasil. Se indícios existem, é DEVER da Polícia Federal investigar, para CONFIRMAR OU NÃO as hipóteses investigativas; 

5.A conduta da Polícia Federal decorre exclusivamente das leis brasileiras, e nada tem a ver com conflitos internacionais. Não cabe à Polícia Federal analisar temas de política externa; 

6.As investigações da Polícia Federal começaram ANTES da deflagração das tragédias em curso na cena internacional; 

7.Apreciamos a cooperação internacional cabível, mas repelimos que qualquer autoridade estrangeira cogite dirigir os órgãos policiais brasileiros, ou usar investigações que nos cabem para fins de propaganda de seus interesses políticos; 

8.Quando legalmente oportuno, a Polícia Federal apresentará ao Poder Judiciário do Brasil os resultados da investigação técnica, isenta e com apoio em provas analisadas EXCLUSIVAMENTE pelas autoridades brasileiras.

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